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Técnica desenvolvida no Brasil visa ao transplante de órgãos de porcos para humanos



 A possibilidade de reduzir ou mesmo acabar com a fila de transplante de órgãos no Brasil pode se tornar uma realidade por meio do xenotransplante.

Assim é chamado o transplante de órgãos entre duas espécies diferentes – nesse caso o Sus scrofa domesticus e o Homo sapiens, porco e homem.

A iniciativa foi apresentada no primeiro dia da FAPESP Week London, que ocorre de 11 a 12 de fevereiro de 2019.

"Os órgãos dos suínos são muito semelhantes aos de humanos, mas se fossem transplantados hoje seriam rejeitados. A ideia é modificá-los para que se tornem compatíveis com o organismo humano", disse Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e pesquisadora responsável pelo estudo.

A coordenação científica é do IB-USP, no âmbito do Centro de Pesquisa do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.

As outras instituições associadas são o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e o Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (InCor).

O projeto é uma parceria da farmacêutica EMS e FAPESP, no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE). É coordenado pelo professor Silvano Raia, da Faculdade de Medicina da USP. Raia foi o primeiro médico a realizar um transplante de fígado com doador cadáver na América Latina e o primeiro transplante com doador vivo no mundo.

Atualmente, porcos modificados para esse fim são criados em países como Alemanha e Estados Unidos, com resultados promissores de transplantes de seus órgãos em macacos.

Segundo a geneticista, três genes que provocam a rejeição são bem conhecidos. Desativando-os por meio da técnica de edição gênica conhecida como Crispr-Cas9, é possível fazer com que o sistema imunológico humano não rejeite os órgãos.

O soro do sangue desses porcos será testado com o de pessoas que estão na fila de transplante de rim, a fim de verificar a presença de anticorpos que possam rejeitar os órgãos suínos na população brasileira.

As amostras fazem parte da soroteca do Laboratório de Imunologia do InCor, dirigido pelo médico Jorge Kalil, professor da Faculdade de Medicina da USP e um dos responsáveis pelo projeto. Atualmente, mais de mil amostras de soro de pacientes candidatos a transplante de rim que têm rejeição a qualquer rim humano compõem a soroteca.

Simultaneamente, Kalil e a professora Maria Rita Passos-Bueno, do IB-USP e também pesquisadora do projeto, vão desenvolver novos protocolos de acompanhamento de futuros pacientes transplantados, a fim de monitorar no sangue o surgimento de anticorpos que possam causar rejeição.

O Brasil ocupa a segunda colocação em número absoluto de transplantes, atrás apenas dos Estados Unidos. No entanto, a fila de espera por órgãos ultrapassou 41 mil inscritos em 2016. O transplante de rim é o que apresenta a maior discrepância entre número de pacientes na fila de espera e procedimentos realizados: foram 5.592 transplantes para 24.914 inscritos. Em 2017, 1.716 pacientes morreram enquanto esperavam por um rim.

"Trata-se de desenvolver um produto de base biotecnológica nacional, cujo objetivo final será prover à população em fila de espera para transplantes uma alternativa terapêutica viável e definitiva, que pode encurtar o sofrimento do paciente e seus familiares", disse Zatz à Agência FAPESP.

Hoje, mesmo transplantes entre humanos exigem que o transplantado tome medicamentos imunossupressores, alguns para o resto da vida, a fim de combater a rejeição. No caso dos que precisam de transplante de rim, há ainda um custo elevado em hemodiálise daqueles que esperam por um novo órgão.

A fase inicial do projeto tem duração prevista de três anos e prevê ainda compatibilizar aspectos éticos, religiosos e legais do xenotransplante, pela criação de uma cátedra sobre o assunto no Instituto de Estudos Avançados.

Fabricação de órgãos

Durante sua palestra, Zatz apresentou ainda os resultados mais recentes da criação de órgãos a partir de células-tronco. Como parte do trabalho de doutorado de Ernesto Goulart, de pós-doutorado de Luiz Caires e de Luciano Abreu Brito – todos com bolsa da FAPESP –, fígado e artéria hepática de ratos foram criados usando células-tronco de um mesmo animal.

A aorta e o fígado de ratos foram descelularizados, ou seja, foram removidas todas as células por ácidos especiais, restando apenas um suporte (scaffold) formado por colágeno. Células-tronco de humanos foram colocadas nesses suportes e se reprogramaram em células hepáticas e de aorta, criando novos órgãos.

Futuramente, essa pode ser uma solução para pessoas que precisam de transplante de órgãos. Por serem feitos com células do próprio paciente, estes não estariam sujeitos a rejeição pelo organismo.

Zatz apresentou ainda outras possibilidades de uso da genética para um envelhecimento saudável, como a medicina P4 (preditiva, preventiva, personalizada e participativa). Por meio da análise do perfil genético do paciente, é possível saber quais doenças a pessoa pode vir a desenvolver. Com isso, pode-se preveni-las e mesmo participar do tratamento junto com o médico.

"A partir de estudos de milhares de pessoas no mundo inteiro que têm doenças, comparando com pessoas saudáveis, podemos derivar o que chamamos de riscos poligênicos, que são as chances aumentadas de ter diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, câncer, entre outras. Essas doenças dependem muitos dos genes, mas também do ambiente", disse Zatz.

A pesquisadora apresentou ainda o projeto 80+, que sequenciou o genoma de 1.324 pessoas com mais de 60 anos para entender como os que permanecem saudáveis depois dos 80, ou mesmo depois dos 100 anos de idade, diferem dos demais e quais desses fatores podem ser aplicados para a população como um todo. Atualmente existem cerca de 500 mil pessoas acima de 100 anos no mundo.


 Assista ao vídeo aqui https://youtu.be/XBdFm6RHFnA

 
André Julião, de Londres / Agência FAPESP




Polinização é ameaçada por desmatamento e agrotóxicos no Brasil

Declínio desse serviço ambiental, estimado em R$ 43 bilhões em 2018, põe em risco a produção de alimentos e a conservação da biodiversidade brasileira, alertam autores do primeiro relatório sobre o tema no país (fotos: Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (REBIPP))


Das 191 plantas cultivadas ou silvestres utilizadas para a produção de alimentos no Brasil, com processo de polinização conhecido, 114 (60%) dependem da visita de polinizadores, como as abelhas, para se reproduzir. Entre esses cultivos estão alguns de grande importância para a agricultura brasileira, como a soja (Glycine max), o café (Coffea), o feijão (Phaseolus vulgaris L.) e a laranja (Citrus sinensis).

Esse serviço ambiental (ecossistêmico), estimado em R$ 43 bilhões anuais, fundamental para garantir a segurança alimentar da população e a renda dos agricultores brasileiros, tem sido ameaçado por fatores como o desmatamento, as mudanças climáticas e o uso de agrotóxicos. A fim de combater essas ameaças, que colocam em risco a produção de alimentos e a conservação da biodiversidade brasileira, são necessárias políticas públicas que integrem ações em diversas áreas, como a do meio ambiente, da agricultura e da ciência e tecnologia.

O alerta foi feito por um grupo de pesquisadores autores do 1º Relatório Temático de Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil e de seu respectivo "Sumário para Tomadores de Decisão", lançados quarta-feira (06/02), durante evento na FAPESP.

Resultado de uma parceria entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, da sigla em inglês), apoiada pelo Programa BIOTA-FAPESP, e a Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (REBIPP), o relatório foi elaborado nos últimos dois anos por um grupo de 12 pesquisadores e revisado por 11 especialistas.

O grupo de pesquisadores fez uma revisão sistemática de mais de 400 publicações de modo a sintetizar o conhecimento atual e os fatores de risco que afetam a polinização, os polinizadores e a produção de alimentos no Brasil, e apontar medidas para preservá-los.

"O relatório aponta que o serviço ecossistêmico de polinização tem uma importância não só do ponto de vista biológico, da conservação das espécies em si, como também econômica. É essa mensagem que pretendemos fazer chegar a quem toma decisões no agronegócio, no que se refere ao uso de substâncias de controle de pragas ou de uso da terra no país", disse Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenador do programa BIOTA-FAPESP e membro da coordenação da BPBES, durante o evento.

O relatório indica que a lista de "visitantes" das culturas agrícolas supera 600 animais, dos quais, no mínimo, 250 têm potencial de polinizador. Entre eles estão borboletas, vespas, morcegos, percevejos e lagartos.

As abelhas predominam, participando da polinização de 91 (80%) das 114 culturas agrícolas que dependem da visita de polinizadores e são responsáveis pela polinização exclusiva de 74 (65%) delas.

Algumas plantas cultivadas ou silvestres dependem, contudo, exclusivamente ou primordialmente de outros animais para a realização desse serviço, como é o caso da polinização de flores de bacuri (Platonia insignis) por aves. Outros exemplos são da polinização de flores de pinha (Annona squamosa) e araticum (Annona montana) por besouros, de flores de mangaba (Hancornia speciosa) por mariposas e de flores de cacau (Theobroma cacao) por moscas.

"As plantas cultivadas ou silvestres visitadas por esses animais polinizadores enriquecem a nossa dieta ao prover frutas e vegetais que fornecem uma série de nutrientes importantes", disse Marina Wolowski, professora da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e coordenadora do relatório. "Outras plantas cultivadas pelo vento, como o trigo e o arroz, por exemplo, estão mais na base da dieta", comparou.

Os pesquisadores avaliaram o grau de dependência da polinização por animais de 91 plantas para a produção de frutas, hortaliças, legumes, grãos, oleaginosas e de outras partes dos cultivos usadas para consumo humano, como o palmito (Euterpe edulis) e a erva-mate (Ilex paraguariensis)

As análises revelaram que, para 76% delas (69), a ação desses polinizadores aumenta a quantidade ou a qualidade da produção agrícola. Nesse grupo de plantas, a dependência da polinização é essencial para 35% (32), alta para 24% (22), modesta para 10% (9) e pouca para 7% (6).

A partir das taxas de dependência de polinização dessas 69 plantas, os pesquisadores estimaram o valor econômico do serviço ecossistêmico de polinização para a produção de alimentos no Brasil. O cálculo foi feito por meio da multiplicação da taxa de dependência de polinização por animais pela produção anual do cultivo.

Os resultados indicaram que o valor do serviço ecossistêmico de polinização para a produção de alimentos no país girou em torno de R$ 43 bilhões em 2018. Cerca de 80% desse valor está relacionado a quatro cultivos de grande importância agrícola: a soja, o café, a laranja e a maçã (Malus domestica).

"Esse valor ainda está subestimado, uma vez que esses 69 cultivos representam apenas 30% das plantas cultivadas ou silvestres usadas para produção de alimentos no Brasil", ressaltou Wolowski.

Fatores de risco

O relatório também destaca que o serviço ecossistêmico de polinização no Brasil tem sido ameaçado por diversos fatores, tais como desmatamento, mudanças climáticas, poluição ambiental, agrotóxicos, espécies invasoras, doenças e patógenos.

O desmatamento leva à perda e à substituição de hábitats naturais por áreas urbanas. Essas alterações diminuem a oferta de locais para a construção de ninhos e reduzem os recursos alimentares utilizados por polinizadores.

Já as mudanças climáticas podem modificar o padrão de distribuição das espécies, a época de floração e o comportamento dos polinizadores. Também são capazes de ocasionar alterações nas interações, invasões biológicas, declínio e extinção de espécies de plantas das quais os polinizadores dependem como fonte alimentar e para construção de ninhos, e o surgimento de doenças e patógenos.

Por sua vez, a aplicação de agrotóxicos para controle de pragas e patógenos, com alta toxicidade para polinizadores e sem observar seus padrões e horários de visitas, pode provocar a morte, atuar como repelente e também causar efeitos tóxicos subletais, como desorientação do voo e redução na produção de prole. Além disso, o uso de pesticidas tende a suprimir ou encolher a produção de néctar e pólen em algumas plantas, restringindo a oferta de alimentos para polinizadores, ressaltam os autores do relatório.

"Como esses fatores de risco que ameaçam os polinizadores não ocorrem de maneira isolada é difícil atribuir o peso de cada um deles separadamente na questão da redução das populações de polinizadores que tem sido observada no mundo", disse Wolowski.

Na avaliação dos pesquisadores, apesar do cenário adverso, há diversas oportunidades disponíveis para melhorar o serviço ecossistêmico de polinização, diminuir as ameaças aos polinizadores e aumentar o valor agregado dos produtos agrícolas associados a eles no Brasil.

Entre as ações voltadas à conservação e ao manejo do serviço ecossistêmico de polinização estão a intensificação ecológica da paisagem agrícola, formas alternativas de controle e manejo integrado de pragas e doenças, redução do deslocamento de agrotóxicos para fora das plantações, produção orgânica e certificação ambiental.

Uma política pública destinada aos polinizadores, à polinização e à produção de alimentos beneficiaria a conservação desse serviço ecossistêmico e promoveria a agricultura sustentável no país, estimam os pesquisadores.

"Esperamos que o relatório ajude a estabelecer planos estratégicos e políticas públicas voltadas à polinização, polinizadores e produção de alimentos em diferentes regiões do país", afirmou Kayna Agostini, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e também coordenadora do estudo.

Na avaliação de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, o relatório incorpora várias atividades que o programa BIOTA tem feito ao longo dos seus 20 anos de existência. Entre elas, a de fornecer subsídios para políticas públicas.

"O BIOTA-FAPESP participa ativamente da vida do Estado de São Paulo e do país ao fornecer subsídios científicos para as decisões governamentais e, ao mesmo tempo, realizar atividade de pesquisa da maior qualidade em uma área vital", disse Zago na abertura do evento.

Também esteve presente na abertura do evento Fernando Dias Menezes de Almeida, diretor administrativo da FAPESP.
 

ASSISTA AO VÍDEO



Elton Alisson | Agência FAPESP


Pesquisa revela que sobreviventes do câncer devem mudar estilo de vida



Um estudo inédito divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), nesta segunda-feira (4), Dia Mundial de Combate ao Câncer, revelou que o desafio para a saúde pública não termina com o fim do tratamento. Após sobreviver à doença é preciso cercar o paciente de cuidados integrais para evitar complicações futuras.

 

A pesquisa "Compreendendo a Sobrevivência ao Câncer na América Latina: Os casos do Brasil " foi desenvolvida ao longo de 2014 e 2015, com 47 pacientes do Rio de Janeiro e Fortaleza diagnosticados com câncer de próstata, mama, colo do útero ou leucemia linfoblástica aguda.

 

O estudo analisou o pós-tratamento dos sobreviventes para garantir mais qualidade de vida. E uma das principais conclusões é que a maioria reavaliou o estilo de vida e optou por comportamentos mais saudáveis, com dietas e práticas de exercício físico.

 

Esse foi o caso da advogada Leide Jane, de 47 anos.

 

Em janeiro de 2017, ela descobriu que tinha câncer de colo do útero. Após concluir o tratamento ela mudou velhos hábitos e a forma de encarar a vida.

 

O estudo identificou que a depressão, os problemas financeiros e dificuldade de reinserção no mercado de trabalho são apenas algumas das questões pelas quais os sobreviventes da doença precisam lidar. Como forma de garantir qualidade de vida, é preciso tratamento integral.

 

De acordo com o Inca, entender as necessidades dos pacientes que concluem o tratamento é essencial, já que a taxa de sobrevida da doença tem aumentado significativamente.  Em 2014, os sobreviventes do câncer somavam mais de 22 milhões de pessoas em todo o mundo.


A isenção do Poder Judiciário nos casos que envolvem o ex-presidente Lula,suscita dúvidas que recaem sobre um dos pilares da democracia: a separação,entre os poderes.

Frio na espinha

 O lance mais recente ocorreu essa semana quando a juíza
Carolina Lebbos negou o direito de Lula – adversário político do atual governo –
de comparecer ao funeral do irmão, como determina a Lei de Execuções Penais.

Em vez de autorizar a saída, facultada pelo artigo 120 a todos os presos em caso
de "falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão", a juíza preferiu se ater ao parágrafo único, ao final do
mesmo artigo, estabelecendo que "a permissão de saída" (nos casos
anteriormente previstos) "será concedida pelo diretor do estabelecimento onde
se encontra o preso". A Superintendência da Polícia Federal, responsável pela
custódia de Lula, declarava-se impossibilitada de garantir "a ordem pública" e a
segurança do preso e pedia que sua saída fosse barrada pela Justiça.

O caso ficou ainda mais nebuloso quando chegou ao Supremo Tribunal Federal. O
ministro Dias Toffoli autorizou a saída de Lula, afirmando que a alegada
dificuldade da PF "não deveria obstar o cumprimento de um direito assegurado".
Mas surpreendeu todo mundo ao determinar que o ex-presidente teria que se
deslocar para "uma unidade militar" e que sua família poderia levar o corpo,
àquela altura já no cemitério, para ser velado no local.

A desumanidade da Justiça e da Polícia Federal surpreendeu até os que se
recordam da ditadura militar, quando o então líder sindical, preso no DOPS,
obteve do delegado Romeu Tuma a permissão para ir ao enterro da mãe. E
assumiu ares de vingança nas polarizadas redes sociais, tanto para os que
comemoraram a decisão como vitória política, como para os que com ela se
indignaram.

Desde o início de julgamento de Lula, a confusão entre os limites entre Justiça,
ideologia e política partidária paira desagradavelmente no ar, turvando os
méritos da operação Lava Jato. No atual governo, com forte presença militar, e
chefiado por um presidente admirador confesso da ditadura e das milícias, ver a
credibilidade da Justiça oscilar entre o arbítrio e a submissão é de dar frio na
espinha.

Marina Amaral, codiretora da Agência Pública