Para se começar um tratamento contra o câncer existe uma série de informações que precisamos recolher para selecionar o melhor tratamento. Um dos exames mais importantes nesse contexto é a biópsia do tumor.

O exame de biópsia consiste na retirada de um pequeno pedaço do tumor para que seja feita sua análise detalhada no laboratório de patologia. A biópsia, e retirada deste pequeno fragmento do tumor, pode ser feita de diversas maneiras, dependendo do tipo e da localização do tumor. Por exemplo, a biópsia da mama pode ser feita com uma agulha, a do estômago é feita com o aparelho de endoscopia, a de intestino é feita com o colonoscópio, etc.

No laboratório de patologia o médico patologista vai processar este pequeno fragmento de tumor e observá-lo no microscópio. Este médico tem um longo treinamento e é capaz de dizer, a partir da aparência do tumor ao microscópio, qual é o diagnóstico, qual é o tipo da doença, descrever suas características, comportamento e seu grau de agressividade, ou seja, qual a velocidade que o tumor cresceria se não fosse feito nenhum tratamento.

Para a maioria das doenças o grau de agressividade é divido em 1 (bem diferenciado), 2 (moderadamente diferenciado) e 3 (pouco diferenciado). Quanto maior é o grau, maior é a velocidade de crescimento do tumor. Algumas pessoas classificam isto como agressividade do tumor, quanto maior o grau, mais agressivo. Existem doenças que usam outras escalas, como os tumores cerebrais (que vai de 1 a 4) e o tumor de próstata, que usa uma escala conhecida como Gleason (de 6 a 10). O princípio aqui também é o mesmo, quanto maior, mais rápido o tumor cresce.

Quanto maior                                                        o grau, mais                                                        rápido o tumor                                                        cresce, caso não                                                        seja tratado.

Quanto maior o grau, mais rápido o tumor cresce, caso não seja tratado.

 

Esta informação é importante porque ajuda o médico na escolha do melhor tratamento (veja uma matéria sobre os tipos de tratamento). Quanto mais rápido é o crescimento maior é a chance da doença se espalhar para outros órgãos, por isso, podem ser necessários tratamentos com mais medicamentos para estas doenças.

Imagem real                                                        de microscópio                                                        mostrando 3                                                        tumores diferentes                                                        com 3 graus de                                                        diferenciação.

Imagem real de microscópio mostrando 3 tumores diferentes com 3 graus de diferenciação.

 

Por exemplo, doenças da mama de crescimento lento podem ser tratadas apenas com tratamentos hormonais, enquanto usamos quimioterapia para as doenças mais agressivas. No caso do câncer de próstata de crescimento lento, por vezes, pode-se apenas observar sem a necessidade de tratamento. Já no caso de doenças com a classificação de Gleason alta é necessário tratamento com cirurgia ou radioterapia, além de medicamentos. Nos tumores cerebrais de grau IV o tratamento é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Nos tumores mais lentos podemos tratar com cirurgia e observar apenas, usando medicamentos caso a doença volte a crescer no futuro (veja uma matéria sobre como se preparar para o tratamento).

A escolha do melhor tratamento passa por uma consulta médica detalhada, da conversa aberta, franca e honesta entre a pessoa que está em tratamento e seu médico  e por  uma série de análises, tanto de laboratório quanto de imagens. O exame da biópsia é peça fundamental deste processo e deve ser analisado dentro do contexto geral da doença que cada pessoa está tratando, seu quadro clínico, idade e escolhas pessoais.

A escolha do                                                        tratamento passa                                                        análise detalhada                                                        dos exames, do                                                        quadro clínico e                                                        da conversa franca                                                        com a equipe                                                        médica.

A escolha do tratamento passa análise detalhada dos exames, do quadro clínico e da conversa franca com a equipe médica.

 

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