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Para onde vai o dinheiro público gasto na cidade de SP?

São Paulo é uma das cidades mais desiguais do mundo. Essas desigualdades se manifestam de diversas formas (Eduardo Silva/32xSP)



Prefeitura não sabe informar onde gastou R$ 48 bilhões entre 2014 e 2017. Falta de transparência contribui para desigualdades sociais e territoriais na capital paulista


 Orçamento Público em São Paulo
São Paulo é uma das cidades mais desiguais do mundo. Essas desigualdades se manifestam de diversas formas (Eduardo Silva/32xSP)
A auxiliar de limpeza Joseilma Feitosa, 51, moradora do Jardim Helena, no extremo leste de São Paulo, chega a esperar de dois a três meses para ser atendida na UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de sua residência.

De acordo com dados do Mapa da Desigualdade, levantados pela Rede Nossa São Paulo, o tempo médio de espera para consultas de clínico geral no distrito do Jardim Helena é de 40 dias. No Lajeado, também na zona leste, o tempo é ainda maior: 63 dias.

"Quando eu não passo no médico pelo SUS [Sistema Único de Saúde], sou obrigada a pagar uma consulta particular. Às vezes, minha mãe tem que passar numa consulta com um geriatra e o menor valor que a gente encontra é de R$ 200. Mas nós já chegamos a pagar R$ 1.200 no Hospital Albert Einstein e no Sírio-Libanês", comenta.

Dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social) apontam que o Jardim Helena e o Lajeado estão entre os cinco distritos com a menor média salarial em São Paulo, junto com Guaianases e Artur Alvim (zona leste), e Marsilac (extremo sul).

No Jardim Helena, a remuneração média mensal de pessoas com emprego formal é de R$ 1.540,72 – seis vezes menos do que a média do Campo Belo e quase três vezes menos do que a média do Itaim Bibi, ambos na zona sul.

O custo de um plano de saúde para Joseilma e sua mãe de 75 anos ocuparia boa parte de sua renda, por isso um serviço público de qualidade é uma de suas necessidades.

"Acho que o investimento deveria ser melhor na questão humana: se houvessem mais médicos e enfermeiros trabalhando, tanto no clínico geral como em outras especialidades (que às vezes nem têm aqui no bairro), com certeza a gente teria um atendimento melhor e menos demora para a consulta", conta.

Quando perguntada sobre qual é o orçamento da cidade de São Paulo (que também poderia ser direcionado para a zona leste e melhorar a qualidade dos serviços públicos na região), Joseilma chuta: "acho que uns R$ 3 bilhões". O valor, apesar de alto para ela, está muito aquém do que é orçado pela Câmara Municipal anualmente.


Por Eduardo Silva

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