Enquanto os deputados de oposição protestavam contra a convocação de militares para "garantir a ordem" na Esplanada dos Ministérios, a bancada do governo – sozinha no plenário - aprovava sete medidas provisórias. Além de sinalizar para o mercado que ainda são capazes de aprovar as reformas que interessam, as medidas aprovadas não tratam apenas de assuntos burocráticos.
Uma delas regula a comercialização de terras da União na Amazônia e de imóveis funcionais em Brasília, outra aumenta a carência para benefícios previdenciários; e a última a ser aprovada amplia a isenção fiscal da marinha mercante em portos do Norte e do Nordeste.
A votação também buscava dar um "ar de normalidade" ao governo de um presidente desmoralizado contra o qual protestavam milhares de pessoas do lado de fora do Congresso, como notou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). A repressão policial que chegou a usar armamento letal contra os manifestantes agravou a situação – há manifestantes feridos em estado grave, entre eles um rapaz alvejado com balas de verdade na mandíbula.
Curiosamente, os que primeiro forçaram as barreiras policiais – dando origem ao tumulto – foram os manifestantes vestidos com as camisas laranja da Força Sindical, a única central trabalhista importante a promover mobilizações pelo impeachment de Dilma Rousseff, ligada ao deputado Paulinho da Força (Sd-SP).
Paulinho vem ameaçando deixar a base do governo por causa da reforma trabalhista, mas sua tropa sempre foi considerada dócil, quando comparada pelos amantes da lei e da ordem aos vermelhos da CUT ou do MST. Note-se estamos falando do início dos tumultos, não da depredação que se seguiu.
Se não se pode aplaudir os que tocaram fogo em ministérios não é difícil acreditar em irrupção espontânea de revolta quando um governo exposto por corrupção tenta aprovar a toque de caixa reformas que só agradam aos empresários, como mostra o meticuloso trabalho de nossa repórter, Alice Maciel.
Mas a "selvageria sem paralelo", como qualificou o promotor Arthur Pinto Filho, ficou por conta do prefeito de São Paulo, João Dória, na derrubada da Cracolândia. "Não tem paralelo você destruir casas com pessoas dentro. Eles deram duas horas para as pessoas saírem dos hotéis", disse em entrevista à Folha de S. Paulo.
O promotor voltou a repetir a crítica quando perguntado sobre o pedido de "autorização judicial para busca e apreensão de pessoas em estado de drogadição" pela secretaria municipal da Justiça. "É uma caçada humana que não tem paralelo no mundo", afirmou.
O prefeito e seu padrinho, o governador Geraldo Alckmin, tiveram que fugir no meio de uma entrevista coletiva, repudiados pela massa de pobres que habita a Cracolândia – muitos deles sem qualquer relação com drogas. "Especulação imobiliária" e "gentrificação" estão entre as palavras citadas pelos moradores nas entrevistas, cujo significado aprenderam na prática.
A proteção aos mais frágeis não está entre as prioridades dos dirigentes paulistas. É o que comprova outra reportagem da Pública, essa assinada pelo repórter José Cícero da Silva. O Estado de São Paulo é o único da federação que não repassou verbas para o PPCAM, o programa de proteção de adolescentes e crianças ameaçados de morte. Seus principais algozes são, pela ordem, a polícia paulista e os traficantes.
Marina Amaral, codiretora da Agência Pública
Texto para dar distância entre figuras
Digital Radio e Tv
Outras páginas 2
sábado, 27 de maio de 2017
Eles não rasgam dinheiro
Mapa das Organizações da Sociedade Civil (Mapa das OSCs)
Qual o tamanho do campo social brasileiro?
Como é composta a massa de trabalhadores que atua na área social?
Quais são as principais interfaces das organizações da sociedade civil com as instâncias governamentais? Todas essas perguntas parecem difíceis de ser respondidas já que o setor que compreende as OSCs, por conta de sua dimensão e heterogeneidade, pode parecer um lago de águas um tanto turvas – apesar das inúmeras iniciativas de pesquisas e mapeamentos realizados recentemente.
Entre essas iniciativas ressaltamos a importância de pesquisas como a Fasfil (IBGE), aquelas empreendidas por associações do campo, tais como a Abong e o próprio GIFE que, por meio de seu Censo ajudaram a trazer concretude para análises do setor que compreende o trabalho das organizações da sociedade civil.
Agora, mais uma importante iniciativa deve contribuir com essa leitura do campo.
O Mapa das Organizações da Sociedade Civil (Mapa das OSCs), plataforma georreferenciada que apresenta dados relativos às OSCs no Brasil, já está disponível com atualizações importantes.
O usuário agora pode exportar a base do mapa e os dados do extinto Cadastro Nacional de Entidades Sociais do Ministério da Justiça (CNES/MJ).
Foram incluídas as OSCs de Interesse Público (OSCIP) que estavam ausentes na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2013 e foram atualizados os dados de repasses da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o serviço de dados do Sistema de Convênios (Siconv), os infográficos e o conteúdo da Metodologia.
O coordenador do projeto, Félix Garcia Lopez, explica que a intenção é expandir o site: "A proposta é termos, no futuro, um portal muito mais completo e diverso que o atual. Mas, já nessa versão, temos aprimoramentos importantes. O mapa está mais rápido e o sistema de busca e a base de dados estão mais completos".
A página continua recebendo informações sobre projetos executados, histórico de atuação da organização, bem como alguns dados cadastrais atualizados. Com a gestão da plataforma feita pelo Ipea, o Mapa das OSCs é construído a partir do cruzamento de informações de 22 bases de dados geradas por 14 órgãos do governo federal.
Conheça o Mapa das Organizações da Sociedade Civil em https://mapaosc.ipea.gov.br/
Fonte: Ipea.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
28ª Caravana do Movimento de Luta pela Moradia - Pastoral Leste II
Todos os anos o Movimento de Luta pela Moradia, faz uma viagem a Brasília-DF, para reivindicar, cobrar posições, buscar soluções, acompanhar de perto as decisões, comparecer a agendas pré-marcadas pelo dirigentes do Movimento, e, esta caravana é composta basicamente por seus dirigentes, como o Dalcides Neto e Padre Ticão, coordenadores de comunidades, membros do Movimento, e ativistas.
Durante o ano, algumas pautas são confeccionadas, para terem suas prioridades atendidas pelos diversos Ministérios Federais, inclusive, pautas que são direcionadas, não necessariamente para o Ministério das Cidades, pois, a luta do Movimento, vai muito além de moradia, englobando saúde, educação, transporte, segurança, cultura, etc.
Neste ano de 2017, inúmeras foram as dificuldades enfrentadas para a realização desta viagem em caravana, devido as diversas crises em curso em nosso país, mas, decidiu-se que não seria o momento de deixar de realizar esta caravana, e, desta forma, no dia 20 de maio de 2017, um sábado, o ônibus com destino a Brasília-DF partiu as 16 horas de São Paulo-SP, com destino à capital da República no Distrito Federal.
Lá chegando, e, iniciados os trabalhos, muitas foram as dificuldades de realizar as reuniões agendadas, porém, de forma alguma os representantes do povo, deixaram de tentar realizar suas tarefas, e, com todas as dificuldades, inclusive o bloqueio de acesso às repartições públicas, Guarda nacional nas ruas e nos acessos, greve de ônibus urbano e outras dificuldades, algumas agendas foram cumpridas, trazendo algumas notícias para os inscritos nos projetos do Movimento de luta pela Moradia - Pastoral Leste II.
Os integrantes desta 28ª caravana, chegaram em São Paulo-SP, no bairro de São Miguel Paulista, zona leste, exatamente como planejado, as 06:00 horas da manhã do dia 24 de maio de 2017, uma quarta feira, onde foram recebidos com alegria.
Você poderá ver também:
Vídeos da 28ª Caravana do Movimento de Luta pela Moradia Leste II a Brasília-DF
Ministério das Cidades - Parte 1
Ministério das Cidades - Parte 2
Outras fotos da 28ª Caravana do Movimento de Luta pela Moradia Leste II a Brasília-DF no link a seguir:
https://goo.gl/photos/7pdHLeA4XBbCnT939
quarta-feira, 24 de maio de 2017
#Ocupa Brasília
FRANCISCO PRONER RAMOS/MIDIA NINJA
Ocupa Brasília contra reformas de Temer cresce e ganha destaque nas redes sociais.
Durante a manhã, usuários se manifestavam pela saída do presidente, contra as reformas da Previdência e trabalhista e pela realização de eleições diretas
Manifestantes chegam de todas as partes do Brasil para ocupar a capital pela saída Temer e eleições diretas
São Paulo – A mobilização convocada pelas principais centrais sindicais do país, apoiadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que pretendem ocupar Brasília nesta quarta-feira (24), pela saída do presidente Michel Temer (PMDB-SP), contra as reformas da Previdência e trabalhista, e pela realização de eleições diretas como saída para a crise política, já repercute nas redes sociais. No Twitter, a hashtag #DiretasPorDireitos está entre os assuntos mais comentados durante a manhã.
Outras hashtags usadas para promover a adesão à mobilização são #OcupaBrasília e #ReformasNãoDiretasJá
A estimativa dos organizadores é que a capital federal receba até 100 mil manifestantes, que chegam de todas as partes do Brasil – cerca de 600 ônibus rumam a Brasília, segundo os organizadores. A concentração é nos arredores do Estádio Mané Garrincha, de onde seguem em marcha até o Congresso Nacional.
"É diretas já com a imediata retirada (das reformas) da pauta. Ou construiremos uma nova greve geral, as centrais e os movimentos organizarão uma greve maior que a do dia 28 (de abril)", afirmou ontem (23), o presidente da CUT, Vagner Freitas, em Brasília.
Por: RBA
Vagas de estágio nos planetários de São Paulo
De: SVMA - Escola de Astrofísica
Enviada em: segunda-feira, 22 de maio de 2017 13:23
Olá,
A Divisão Técnica de Astronomia e Astrofísica está com vagas de estágio abertas para atuar nos Planetários de São Paulo. Estamos recebendo currículos para contratação imediata e banco de currículos. Para participar da seleção é preciso cumprir os seguintes requisitos:
1. Estar regularmente matriculado em um curso de Ensino Superior – nível graduação – na área de Ciências Exatas e da Terra;
2. Não estar cursando nem o primeiro nem o último semestre;
3. Ter disponibilidade de 20h semanais;
4. Enviar currículo atualizado para svmaescoladeastrofisica@prefeitura.sp.gov.br até 05/06/2017;
Atenciosamente,
Equipe dos Planetários de São Paulo
terça-feira, 23 de maio de 2017
Cracolândia paulistana só mudou de lugar, diz promotor
Por: Agência Brasil
Direito dos povos indígenas à terra
A Constituição de 1988 estabeleceu que os direitos dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam são de natureza originária. Os índios têm a posse das terras, que são bens da União. O advogado Gustavo Proença, pesquisador da área de direitos humanos, chama a atenção para ameaças e "possibilidades de retrocesso" nesse quesito. "Qualquer exploração econômica da terra dentro da comunidade indígena deve ficar a cargo exclusivamente da população indígena. Deve ser respeitada a sua autonomia, e os lucros, os ganhos dali provenientes devem ser geridos autonomamente pela população indígena."
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Virada Cultural 2017 - Programação Completa

A 13ª edição do evento terá início às 18h de sábado (20/5) e termina às 18h do dia seguinte. As últimas edições foram marcadas por eventos em praticamente todas as regiões da Capital. Desta vez, participam espaços públicos como Casas de Cultura, Centros Culturais e Teatros Municipais.
"Quem quiser ficar na sua região, também encontrará uma programação diversa e interessante, em áreas verdes importantes e locais com toda a infraestrutura para recebê-los, como o Parque do Carmo e o Sambódromo", afirmou o secretário municipal de Cultura, Andre Sturm.
Confira a programação completa: ( Acesse...AQUI )
Depois de muito atraso Brasil finalmente lança satélite com objetivo de melhorar a banda larga

Imagem: Reprodução
O Brasil lançou nesta quinta-feira, 4, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que deverá ter funções tanto civis quanto militares. O lançamento aconteceu no início da noite no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
O satélite foi desenvolvido pela empresa francesa Thales Alenia Space, contratada pela Visiona, que reúne a Embraer e a estatal Telebras. O projeto ainda envolve os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
Uma das funções do SGDC será melhorar a qualidade da internet de banda larga brasileira. O governo afirma que o satélite permitirá acesso à internet em todos os locais do país, sem qualquer exceção.
A outra missão do satélite tem a ver com a segurança das informações. Uma segunda banda do SGDC é permitir que as informações governamentais e da área de defesa do território nacional trafeguem de forma segura.
O lançamento, no entanto, ocorreu com bastante atraso. Em 2016, Dilma Rousseff, antes de sofrer o impeachment, garantiu que isso aconteceria ainda naquele ano, o que não se confirmou. Neste ano, o lançamento já deveria ter acontecido no dia 21 de março, mas foi atrasado por conta de uma greve dos trabalhadores da Guiana Francesa que havia começado no dia anterior e durou cerca de um mês.
Por: RENATO SANTINO - OlharDigital




