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segunda-feira, 5 de junho de 2017

População do Jd. Helena pede que seja criada uma prefeitura regional para o distrito



Cerca de 9 km separam a rua Marigui, no Jardim Helena, zona leste, da sede da Prefeitura Regional de São Miguel Paulista, responsável pela administração do distrito, além de Vila Jacuí e de São Miguel Paulista. A necessidade de mais atenção para o Jardim Helena é um dos motivos pelo qual os moradores pedem a criação de uma nova prefeitura regional, só para este distrito.

A carência de serviços públicos na região é um grande problema e a necessidade de uma nova unidade administrativa é uma demanda antiga. No dia 8 de abril, durante a audiência pública regional do Plano de Metas, ela foi apresentada ao secretário da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato e à secretária adjunta da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz , que representavam a prefeitura municipal, além de Edson Marques, o administrador local.

"Precisamos de mais transporte para circular dentro dos bairros, um atendimento de saúde 24 horas, melhoria no sistema de coleta de lixo, melhoria na pavimentação de vias, mais creches", lista o microempresário Rodrigo Rey, 42. Ele, como a maioria dos moradores do Jardim Helena, acredita que o distrito precisa ter a sua própria administração regional. "Pequenos espaços são melhores geridos do que os grandes, a verba pode ser melhor fiscalizada e orientada para atender às necessidades do cidadão, que há muito tempo precisa de melhor atenção do poder público", argumenta.

Com 90 mil moradores, o distrito do Jardim Helena é totalmente separado de São Miguel pela linha 12 – Safira da CPTM, possuindo apenas uma única e estreita ligação viária, a avenida Doutor José Arthur Nova, constantemente congestionada, pois também é a principal ligação da região com o município de Guarulhos. A distância é tanta entre os distritos que os moradores do Jardim Helena acreditam que são representados por outra prefeitura regional, a vizinha Itaim Paulista, que está mais próxima.

"Uma vez fui reclamar que o uniforme escolar não chegou para o meu filho lá na Prefeitura do Itaim. Quando disseram que eu precisava ir até São Miguel, me senti desrespeitada", desabafa a doméstica Jennifer Barros, 28, que reside há 10 anos no local.

As diferenças entre si também são grandes. Enquanto São Miguel se firmou como um grande polo comercial e tem uma renda média de R$ 1.600, o Jardim Helena se tornou um distrito dormitório e sua renda média é quase a metade, de R$ 870. As desigualdades sociais entre ambos ficam ainda mais nítidas quando analisamos alguns indicadores básicos disponíveis no Observatório Cidadão, como visto na tabela abaixo.


DESIGUALDADES ENTRE OS DISTRITOS DE SÃO MIGUEL PAULISTA E JARDIM HELENA (CRÉDITO: LUCAS LANDIN)
 

O aposentado José Antônio Bezerra, 75, também é favorável à descentralização administrativa e pensa que ela construirá uma nova ponte de comunicação entre os munícipes e o Executivo. "Só assim para eles ouvirem a gente, para cuidarem dos problemas de enchente, de saúde. Aqui é tão longe de São Miguel que acaba ficando em segundo plano", lamenta.

 
por Lucas Landin

Foto: Foto: Milton Jung/ Flickr

Nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas


País, contudo, não possui estudo integrado da vulnerabilidade das cidades litorâneas ao fenômeno, aponta relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (imagem: Ponta da Praia, em Santos/Leandro Negro/Agência FAPESP)


O nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas. No Brasil, contudo, onde mais de 60% da população vive em cidades costeiras, não há um estudo integrado da vulnerabilidade dos municípios litorâneos a este e a outros impactos decorrentes das mudanças climáticas, como o aumento da frequência e da intensidade de chuvas. Um estudo desse gênero possibilitaria estimar os danos sociais, econômicos e ambientais e elaborar um plano de ação com o intuito de implementar medidas adaptativas.

As conclusões são do relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) sobre "Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas", lançado nesta segunda-feira (05/06) durante um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

A publicação tem apoio da FAPESP e parte dos estudos nos quais se baseia são resultado do Projeto Metrópole e de outros projetos apoiados pela Fundação no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, financiado pela Fundação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

"A ideia do relatório foi mostrar o estado da arte sobre mudanças de clima e cidades costeiras, baseado em uma exaustiva revisão de publicações internacionais e nacionais sobre o tema, e também identificar lacunas no conhecimento para que os formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão no Brasil possam propor e implementar medidas de adaptação", disse José Marengo, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e um dos autores e editores do relatório, à Agência FAPESP.

De acordo com dados do documento, entre 1901 e 2010 o nível médio do mar globalmente aumentou 19 centímetros – com variação entre 17 e 21 centímetros.

Entre 1993 e 2010, a taxa de elevação correspondeu a mais de 3,2 milímetros (mm) por ano – com variação entre 2,8 e 3,6 mm por ano.

No Brasil também há uma tendência de aumento do nível do mar nas regiões costeiras com algum grau de incerteza porque não há registros históricos contínuos e confiáveis, ponderam os autores.

"Ainda não conseguimos detectar o aumento do nível do mar no Brasil por conta das poucas observações existentes e de estudos de modelagem para avaliar os impactos. Mas já identificamos por meio de estudos regionais diversas cidades de médio e grande porte que apresentam alta exposição à elevação do nível relativo do mar e já têm sofrido os impactos desse fenômeno, particularmente na forma de ressacas e inundações", disse Marengo.

Entre essas cidades, onde 60% da população reside na faixa de 60 quilômetros da costa, estão Rio Grande (RS), Laguna e Florianópolis (SC), Paranaguá (PR), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Maceió (AL), Recife (PE), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Belém (PA).

Nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, têm sido registradas taxas de aumento do nível médio do mar de 1,8 a 4,2 mm por ano desde a década de 1950.

Na cidade de Santos, no litoral sul paulista, onde está situado o maior porto da América Latina, o nível do mar tem aumentado 1,2 mm por ano, em média, desde a década de 1940. Além disso, ocorreu um aumento significativo na altura das ondas – que alcançava 1 metro em 1957 e passou a atingir 1,3 m, em 2002 – e na frequência de ressacas no município.

Já no Rio de Janeiro, a análise dos dados da estação maregráfica da Ilha Fiscal – que tem a série histórica mais antiga do Brasil e fica no meio da Baía da Guanabara – indica uma tendência média de aumento do nível do mar de mais ou menos 1,3 mm por ano, com base nos dados mensais do nível do mar do período de 1963 a 2011 e com um índice de confiança de 95%.

Por sua vez, em Recife o nível do mar aumentou 5,6 mm entre 1946 e 1988 – o que corresponde a uma elevação de 24 centímetros em 42 anos. A erosão costeira e a ocupação do pós-praia provocaram uma redução da linha de praia em mais de 20 metros na Praia de Boa Viagem – a área da orla mais valorizada da cidade –, apontam os autores do relatório.

"Existem poucas observações como essas em outras regiões do país. Quando tentamos levantar dados dos últimos 40 ou 100 anos sobre o aumento do nível do mar em outras cidades do Nordeste, como Fortaleza, por exemplo, é difícil encontrar", disse Marengo.

Impactos socioeconômicos

De acordo com os autores do relatório, as mudanças climáticas e um acelerado ritmo de elevação do nível do mar podem causar sérios impactos nas áreas costeiras do Brasil.

Os impactos socioeconômicos seriam mais restritos às vizinhanças das 15 maiores cidades litorâneas, que ocupam uma extensão de 1,3 mil quilômetros da linha costeira – correspondente a 17% da linha costeira do Brasil.

Entre as principais consequências da elevação do nível do mar, entre diversas outras, estão o aumento da erosão costeira, da frequência, intensidade e magnitude das inundações, da vulnerabilidade de pessoas e bens e a redução dos espaços habitáveis.

"Os impactos mais evidentes da elevação do nível do mar são o aumento da frequência das inundações costeiras e a redução da linha de praia. Mas há outros não tão perceptíveis, como a intrusão marinha, em que a água salgada do mar começa a penetrar aquíferos e ecossistemas de água doce", ressaltou Marengo.

As projeções do quinto relatório (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) são que a elevação do nível do mar globalmente varie entre 0,26 e 0,98 metro até 2100 – em um cenário mais pessimista. O relatório apresenta estimativas similares para a costa brasileira.

Considerando que a probabilidade de inundações aumenta com a elevação do nível do mar pode ser esperada uma maior probabilidade de inundações em áreas que apresentam mais de 40% de mudanças no nível do mar observadas nos últimos 60 anos – como é o caso de várias metrópoles costeiras brasileiras, ressaltam os autores.

As inundações costeiras serão mais preocupantes no litoral do Nordeste, Sul e Sudeste, e também podem afetar o litoral sul e sudoeste da cidade do Rio de Janeiro. Os seis municípios fluminenses mais vulneráveis à elevação do nível do mar, de acordo com estudos apresentados no relatório, são Parati, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé e Campos dos Goytacazes.

"A combinação do aumento do nível do mar com tempestades e ventos mais fortes pode provocar danos bastante altos na infraestrutura dessas cidades", estimou Marengo.

Exemplo de plano

O documento destaca o Plano Municipal de Adaptação à Mudança de Clima (PMAMC) da cidade de Santos como exemplo de plano de ação para adaptação às mudanças de clima e os seus impactos nas cidades [Leia mais sobre o assunto em http://agencia.fapesp.br/21997/].

A elaboração do plano foi baseada nos resultados do Projeto Metrópole, coordenado por Marengo.

O estudo internacional estimou que a inundação de áreas costeiras das zonas sudeste e noroeste de Santos, causada pela combinação da elevação do nível do mar com ressacas, marés meteorológicas e astronômicas e eventos climáticos extremos, pode causar prejuízos acumulados de quase R$ 2 bilhões até 2100 se não forem implementadas medidas de adaptação.

O estudo é realizado por pesquisadores do Cemaden, dos Institutos Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Geológico (IG) e das Universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com colegas da University of South Florida, dos Estados Unidos, do King's College London, da Inglaterra, além de técnicos da Prefeitura Municipal de Santos.

"Nossa intenção é aplicar essa metodologia utilizada em Santos em outras cidades litorâneas brasileiras para termos pelo menos uma estimativa inicial do custo de adaptação à elevação do nível do mar", disse Marengo.



Elton Alisson

Agência FAPESP

domingo, 4 de junho de 2017

“Floresta em Pé” - edital


A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e o Fundo Amazônia/BNDES lançaram o edital "Floresta em Pé", para apoiar projetos de desenvolvimento sustentável a serem implementados preferencialmente em áreas de entorno e mosaicos de áreas protegidas, e corredores ecológicos do Amazonas.


O valor máximo do apoio será de 150 mil reais por projeto selecionado.


Segundo informações do site, poderão participar da chamada as organizações de direito privado, sem fins lucrativos, formais e regulares, como associações comunitárias, organizações da sociedade civil, cooperativas e outras, e que tenham pelo menos dois anos de fundação.


As propostas devem ter duração máxima de 18 meses e podem ser encaminhadas até o dia 05 de junho.


Mais informações estão disponíveis em
http://fas-amazonas.org/edital/

Estão abertas as inscrições para envio de propostas para o edital PEGASuS




 – Biodiversidade e Ativos Naturais, uma iniciativa da Terra Futura, plataforma internacional de pesquisa na área ambiental.


As propostas enviadas pelas organizações poderão concorrer a um dos quatro a oito financiamentos que serão realizados, com um total disponível de 600 mil dólares, (mais de 1 milhão e 800 mil reais).


As áreas temáticas desse edital são:
a) valoração ambiental, funcionamento e serviços de ecosistemas, dentre outros;
b) indicadores de biodiversidade, planejamento de cenário, análise de risco e muito mais.
A preferência será dada a propostas de pesquisa que mostrem potencial significativo de fazer avançar a ciência e a capacidade de prever e responder de forma eficaz para a escala, ritmo e impacto das mudanças globais.


Propostas podem ser enviadas, em inglês, até o dia 05 de junho – não há indicação de fuso horário, por isso sugerimos enviar até o dia 04.


Todas as informações estão disponíveis em
http://www.futureearth.org/news/request-proposals-pegasus-biodiversity-and-natural-assets

sábado, 3 de junho de 2017

Comissão aprova proposta que altera regras para benefício do Bolsa Família


A Comissão de Educação da Câmara aprovou proposta que estabelece nova condição para o recebimento do Bolsa Família: que os pais ou responsáveis pelo estudante compareçam, no mínimo, a uma reunião por semestre de pais e professores (PL 3994/2015).

O colegiado concordou com o parecer da relatora, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), que apresentou emenda ao projeto original, da deputada Geovania de Sá (PSDB-SC). A autora condicionava o recebimento do auxílio ao comparecimento às reuniões e a emenda da relatora fixou em pelo menos um encontro de pais e mestres por semestre.

Professora Dorinha Seabra Rezende explicou a importância de exigir a presença dos pais e responsáveis na escola para ter direito ao Bolsa Família.

"Ao fazer isso, reconhece que, quando o pai vai à escola, ele mostra pro seu filho a importância da permanência na escola, ele acompanha seu filho, se apresenta para equipe pedagógica da escola como um parceiro no processo de aprendizagem."

A deputada Geovania de Sá concordou também com as mudanças feitas pela Comissão de Educação.

"É uma responsabilidade dos pais com a qualidade do que os filhos estão aprendendo. Acho que isso já começa a fazer uma mudança cultural na vida dessas famílias que dependem desse programa."

A proposta que amplia as condicionantes para recebimento do Bolsa Família ainda será analisada por mais três comissões da Câmara. Se aprovada, poderá seguir diretamente ao Senado, sem passar pelo Plenário.


Atualmente, o recebimento do Bolsa Família é vinculado ao cumprimento das seguintes condições pela família beneficiária: exame pré-natal; acompanhamento nutricional e de saúde; frequência escolar de 85%, para crianças até quinze anos, e de 75%, para adolescentes entre 16 e 17 anos.

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Pesquisadores capturam imagens de raios atingindo prédios em São Paulo


Registros serão utilizados para confirmar modelos e teorias que determinam a zona de proteção dos para-raios (foto: quadro do vídeo de alta velocidade mostra a ação de para-raios em resposta à aproximação de um raio/American Geophysical Union)


Pesquisadores registraram imagens de raios atingindo para-raios de prédios comuns com uma câmera de alta velocidade. As imagens e a pesquisa relacionada foram publicadas em um artigo da Geophysical Research Letterse também divulgadas na seção de vídeos do Facebook da American Geophysical Union, responsável pela publicação da pesquisa.

A pesquisa, que teve apoio da FAPESP, foi conduzida por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, da empresa Análises, Pareceres e Treinamento (APTEMC) e da Universidade de Witwatersrand, da África do Sul.

Marcelo Saba, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Inpe e coordenador do projeto, explicou à Assessoria de Comunicação do Inpe que o estudo teve como objetivo compreender melhor como os para-raios funcionam. O estudo adotou como referência prédios residenciais de altura média na cidade de São Paulo.

Capturar cenas do momento em que o relâmpago atinge construções e prédios, em alta resolução, é muito difícil, comentou Saba. Os resultados só foram possíveis devido à proximidade das câmeras com os prédios e à alta velocidade da câmera (20 mil imagens por segundo). Segundo o pesquisador, esses registros serão úteis para confirmar modelos e teorias que determinam a zona de proteção dos para-raios.

As cenas capturadas mostram descargas se aproximando dos prédios. Quando isso acontece, os para-raios lançam descargas ascendentes que se conectam naquelas que descem das nuvens. A conexão das duas descargas forma o canal do raio, momento de maior luminosidade e corrente elétrica. As imagens dos relâmpagos também podem ser conferidas abaixo.



Agência FAPESP

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Falta de acordo na CCJ impede análise de PEC das eleições diretas


Foto: arquivo

O presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), propôs a data e uma sessão única para análise do texto. Em troca, seria retirada a obstrução que impede os trabalhos da comissão há três semanas.



A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania não conseguiu fechar um acordo para analisar, na próxima quarta-feira (7), a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC227/16), que prevê eleição direta no caso de vacância da Presidência e da Vice-Presidência da República até seis meses do término do mandato.

Na reunião desta quarta-feira os deputados trataram apenas de tentar um acordo, e novamente não houve votações.

O presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), propôs a data e uma sessão única para análise do texto, o que teve o consentimento da oposição. Em troca, seria retirada a obstrução que impede os trabalhos da comissão há três semanas.

"Nós tentamos o acordo de todas as formas, não foi possível então nós estabeleceremos uma data a critério da presidência. Obviamente abertos a sugestões de deputados da oposição e da base, eventualmente até num acordo que seja celebrado, mas caso não haja nós vamos exercer essa prerrogativa da presidência de escolher uma data para pautar essa PEC."

Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), é urgente o debate da PEC porque o atual governo pode ser deposto, e uma eleição precisa ser organizada. A oposição, que tem o apoio de alguns deputados da base, quer votar a PEC.

"Nós aceitamos a proposta do presidente, de votar como item único, até porque nós apresentamos um requerimento com um terço de assinaturas da comissão para que seja instalada uma sessão extraordinária, e o presidente precisa agendar. Quem inviabiliza agora isso, pressionando o presidente para não marcar é o governo, que não quer que a pauta das eleições diretas venha para a comissão"

Mas os deputados que apoiam o governo deixaram claro que não participariam do acordo. Para o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), vice-líder do governo, a proposta é apenas oportunista.

"É claro que não, isso é oportunismo que se chama, isso é demagógico, nós queremos que cumpra a Constituição, o Congresso elegerá uma pessoa de dentro ou de fora dele, isso é o que está na Constituição. Nós não estamos pedindo nada mais que isso. Agora, diríamos, uma eleição direta no nosso país ajudaria em quê? Se nós temos uma economia que tem um projeto em andamento que está dando certo, nós precisamos buscar os empregos de volta, vamos eleger uma pessoa por um ano e oito meses, um ano e quatro, um ano e três meses? Vamos colocar o país num debate oportunista profundo? Isso é só para irresponsável."

Nesta quarta-feira (31), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou outra proposta de emenda à Constituição para eleições diretas em caso de vacância na Presidência da República. A diferença é que este texto do Senado prevê eleições diretas até um ano antes do término do mandato, e na proposta da Câmara são seis meses.

Reportagem - Marcello Larcher

Grupo da USP desenvolve nova metodologia para diagnóstico de Zika


Anticorpo capaz de se ligar de forma muito específica ao vírus é identificado. Pesquisa foi apresentada na Escola São Paulo de Ciência Avançada em Arbovirologia (foto: Cynthia Goldsmith / CDC)


Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, identificaram no sangue de pacientes um anticorpo capaz de se ligar de forma muito específica ao vírus Zika, o que possibilitou o desenvolvimento de um teste para fazer o diagnóstico sorológico da doença.

Os ensaios feitos para validar a nova metodologia serão publicados em breve na revista PLoS Neglected Tropical Diseases. Dados preliminares foram apresentados por Esper Kallás, professor da FMUSP, na Escola São Paulo de Ciência Avançada em Arbovirologia. Apoiado pela FAPESP, o evento vai até 9 de junho em São José do Rio Preto.

"Os anticorpos habitualmente identificados em pacientes com Zika apresentavam reação cruzada com o vírus da dengue. Os testes sorológicos disponíveis até o momento, portanto, podem passar por problemas para discriminar quem efetivamente já foi infectado pelo Zika no passado", disse Kallás à Agência FAPESP.

A estratégia usada pelo grupo da USP e colaboradores foi analisar uma célula do sangue conhecida como plasmablasto em pacientes com diagnóstico confirmado de Zika por testes moleculares (capazes de detectar a infecção apenas em sua fase aguda, logo após a circulação do RNA viral no organismo).

"Fizemos o sequenciamento de cada uma dessas células sanguíneas para identificar as moléculas de imunoglobulinas que elas estavam produzindo. Um dos anticorpos encontrados, que chamamos de P1F12, só foi capaz de se ligar ao vírus Zika, sem reação cruzada com o causador da dengue", contou.

Caso o teste sorológico se mostre realmente eficaz para discriminar pessoas previamente infectadas pelo vírus Zika, terá diversas utilidades. Poderá, por exemplo, auxiliar na avaliação dos riscos de mulheres grávidas que necessitem viajar para uma região onde estejam ocorrendo casos da doença. "Se ela souber com certeza que teve Zika no passado, poderá viajar com certa tranquilidade. Caso contrário, deverá tomar mais cuidados", disse Kallás.

Permite ainda que autoridades de saúde pública consigam estimar a porcentagem de pessoas suscetíveis (nunca antes infectadas) ao vírus em uma determinada população, o que pode ajudar a prever a ocorrência de novos surtos e a organizar os serviços de assistência.

A metodologia poderá contribuir com futuros estudos voltados ao desenvolvimento e validação de vacinas contra a dengue e contra o Zika. "Para fazer esse tipo de pesquisa é importante saber se o participante já teve uma ou outra doença, ou as duas anteriormente, pois isso pode influenciar o resultado. Um teste sorológico capaz de discriminar bem os casos ajudaria a economizar muitos recursos", disse Kallás.

Segundo o pesquisador, o anticorpo P1F12 não se mostrou altamente eficiente para neutralizar o vírus Zika. Entretanto, em sua apresentação, ele mencionou estudos que estão sendo desenvolvidos por outros grupos com o objetivo de encontrar anticorpos que possam ser usados no tratamento e na prevenção da infecção.

"Seria interessante, por exemplo, para uma gestante que descobre o vírus no início da gestação. A administração de anticorpos neutralizantes poderia impedir que o Zika seja transmitido para o bebê", comentou.

Desafios da Rede Zika

No primeiro dia da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Arbovirologia, Paolo Zanotto, professor no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, apontou como um dos principais desafios das pesquisas relacionadas ao vírus Zika o desenvolvimento de um teste sorológico realmente eficaz.

Zanotto coordena a Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika), apoiada pela FAPESP. "Quando a rede começou, quatro temas prioritários haviam sido estabelecidos no âmbito internacional: diagnóstico, vacina, entender a relação do vírus com microcefalia e montar coortes de pacientes [grupos para serem acompanhados no longo prazo] para acompanhar as gestantes infectadas e observar os efeitos nos bebês", comentou.

"Já conseguimos mostrar que o vírus é capaz de causar alterações congênitas em animais. Depois, esses mesmos modelos foram usados na prova de conceito de candidatos promissores a vacinas. Mostramos que essas potenciais vacinas imunizam roedores e macacos e temos evidências de que podem funcionar em humanos. Também já existem coortes de pacientes estabelecidas em São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí e vários outros lugares do Brasil. O que ainda precisa evoluir mais é essa parte do diagnóstico sorológico", disse Zanotto.

Os estudos feitos até o momento permitem concluir que a microcefalia não é a única manifestação da infecção congênita pelo Zika.

"Existe um gradiente de manifestações que vai desde quadros severos de anencefalia até alterações leves e quase imperceptíveis, eventualmente podem ocorrer apenas alterações cognitivas, mas não morfológicas. A descrição completa da doença só vai surgir quando terminarmos de acompanhar essas coortes durante tempo suficiente para que todas as manifestações sejam apresentadas em quantidades suficientes para termos uma base estatística", disse Zanotto.

Internacionalização

Organizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e da University of Texas Medical Branch, nos Estados Unidos, a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Arbovirologia reúne, no interior de São Paulo, alguns dos expoentes mundiais nas pesquisas sobre arbovirologia.

Foram selecionados para assistir ao evento cerca de 100 pós-graduandos e pós-doutorandos do Brasil e do exterior, que além de palestras terão a oportunidade de participar de diversas atividades práticas e trabalhos de campo.

Durante a abertura do evento, o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, destacou a importância para a Fundação de financiar esse tipo de iniciativa.

"Na última década, com o intuito de melhorar a qualidade da pesquisa feita em São Paulo, temos buscado uma abordagem mais internacional. Temos convidado pessoas de fora para passar um tempo no Brasil e também buscamos levar estudantes para fora. Isso é estratégico. E, com esse objetivo, temos financiado nos últimos anos diversas Escolas São Paulo de Ciência Avançada", disse.

De acordo com Walter Colli, membro da Coordenação Adjunta - Ciências da Vida da FAPESP, esta é a 50ª edição da Escola São Paulo de Ciência Avançada. "É uma oportunidade para reunir pesquisadores, trocar ideias e dar treinamento. É uma das melhores ideias que já tivemos", disse.


Karina Toledo, de São José do Rio Preto  |  Agência FAPESP

Criador do Android revela novo sistema operacional; saiba o que esperar


Foto: reprodução

O Essential Phone é uma das grandes apostas de Andy Rubin, apontado como o criador do Android, mas o pai de um dos principais sistemas operacionais da última década ainda não desistiu de falar em software. Sua empresa também apresentou o sistema Ambient OS, que poderia vir a se transformar em uma pedra no sapato do Google.

O Ambient, no entanto, não tem como foco estar no seu futuro celular, mas sim um novo e já concorrido mercado da casa conectada, uma das principais apostas do setor de tecnologia. A ideia é garantir a interoperabilidade entre dispositivos, mesmo que tenham sido feitos por fabricantes diferentes.

Neste sentido, o Ambient é muito similar ao Android Things, um sistema do Google baseado no Android com a mesma proposta de permitir que objetos consigam se comunicar e funcionar em conjunto. E é por isso que criador e criação podem começar a entrar em conflito.

Rubin deu mais detalhes sobre o que é o Ambient. A sua meta é "ativar" a casa, entendendo o layout físico da residência, seus ocupantes e os serviços e dispositivos disponíveis para eles. Neste sentido, o sistema operacional serve como uma API, para que as coisas funcionem de forma combinada. Pense em um piscar das luzes da sala quando disparar um timer que monitora o tempo que um bolo passa no forno na cozinha.

Os desenvolvedores apontam que uma diferença que o Ambient OS tem para outros serviços que prometem recursos similares (como o IFTTT, por exemplo), é que todo o processamento pode acontecer localmente, o que dispensa a necessidade de enviar informações possivelmente delicadas pela internet para uma nuvem. O ganho de privacidade e segurança, neste caso, é imenso, já que dificulta muito a ação do cibercrime e também mantém os dados longe dos olhos de empresas como o próprio Google, que usam as informações de clientes para alavancar suas receitas com vendas de anúncios. A Essential diz que o seu sistema irá controlar os dispositivos e guardar dados localmente sempre que for possível.

Como pai do Android, Rubin foi um dos responsáveis por implantar a filosofia do código aberto, que foi um dos segredos do sucesso do sistema. E agora, ele pretende repetir a receita com sua nova empreitada, dando aos desenvolvedores de hardware a liberdade de modificação do código-fonte do Ambient OS. Isso quer dizer que cada fabricante pode ter uma visão própria do que o sistema deve ser capaz de fazer, ao mesmo tempo em que ainda há semelhanças o bastante para que tudo funcione em conjunto.

A questão é como a Essential pretende garantir que isso não crie o mesmo calcanhar de Aquiles do Android, que é a fragmentação do sistema que dificulta a distribuição de atualizações de recursos e de segurança. Em entrevista na Code Conference, Rubin disse que sua empresa tem uma solução, mas não revelou qual é.


OLHAR DIGITAL

Ferramentas online oferecem informações de contas públicas de forma simplificada


Plataformas digitais foram apresentadas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara nesta quarta-feira (31)

Os responsáveis pela plataforma digital Fiscalize Agora e pelo portal Diagnóstico Público fizeram uma apresentação das duas ferramentas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, nesta quarta-feira (31).

Os dois utilizam dados públicos de prestações de contas de prefeituras, estados e União com o objetivo de disponibilizar as informações de uma maneira mais amigável. É o que explicou um dos desenvolvedores dos sites, Matheus Moreira.

"A gente completou cinco anos da Lei da Transparência e isso fez com que todos os órgãos, desde prefeituras e até todo o Governo Federal, passassem a ter em seus portais disponibilizados dados financeiros e contábeis, mas a gente percebe que ainda existem grandes problemas nesta transparência: a falta de usabilidade destes portais; características técnicas - geralmente são abordadas questões de contabilidade pública, usando uma terminologia que fica difícil para o cidadão alcançar; ausência de padrões; indisponibilidade e lentidão - é muito comum entrar em um portal e ele estar fora do ar ou demorar muito a retornar a consulta".

O fiscalizeagora.org é mais simples e aberto. O interessado pode fazer pesquisas de gastos em um determinado município, utilizando apenas palavras-chave. Já o diagnóstico público é direcionado para gestores públicos e interessados em dados mais detalhados sobre os gastos de cada ente federativo. É possível pesquisar empresas que mais contratam com cada governo e até as que não poderiam contratar por estarem impedidas pela Controladoria Geral da União.

Questionado sobre os planos para o futuro pelo presidente da comissão, deputado Wilson Filho (PTB-PB), Matheus explicou que a ideia é tornar a análise dos dados mais sofisticada para que o próprio sistema identifique indícios de irregularidades no uso dos recursos públicos. Mas ele explicou que a qualidade dos dados nem sempre é boa e citou como exemplo despesas que não aparecem relacionadas com nenhuma função específica.



RADIOAGÊNCIA