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terça-feira, 27 de junho de 2017

Mulheres se unem para quebrar tabus na área de programação

 

Kauany Fernandes, 13, estuda programação desde fevereiro no Code Club, uma rede de programadores voluntários criada por duas inglesas para ensinar meninas e meninos a programarem.

A garota, que cursa o 9º ano em uma escola pública no Jardim Monte Azul, zona sul da cidade, sonha em se formar em engenharia civil ou química, gosta de jogar vídeo game e saber como eles funcionam. "Eu tinha certo interesse em aprender a fazer. Quando entrei no curso estranhei um pouco, mas as coisas foram se tornando mais fáceis", conta Kauany, que sempre recebeu o apoio da família.

O universo onde Kauany adentrou há poucos meses é predominantemente masculino. Segundo dados do ano 2016 da comunidade de programadores Stack Overflow, 92,8% das pessoas que responderam a pesquisa são homens, 5,8% são mulheres e o restante preferiu não divulgar ou escolheu a alternativa "outros". O Stack Overflow contou com a participação de mais de 55 mil pessoas envolvidas em alguma área tecnológica em 173 países, inclusive o Brasil.

A mesma pesquisa ainda indica que o grupo de profissionais que tem mais de 5 anos de experiência é dominado pelo público masculino, 55%. Em contrapartida, entre os que possuem menos de 5 anos, 63,4% são mulheres. Neste quesito não foram considerados os estudantes.




KAUANY TEM 13 ANOS E COMEÇOU A ESTUDAR PROGRAMAÇÃO NA ONG CODE CLUB BRASIL – FOTO: PRISCILA PACHECO


Outra pesquisa que aponta desigualdade de gênero no mercado de trabalho, de uma forma mais geral, é o IRBEM 2017, elaborada pela Rede Nossa São Paulo e pelo IBOPE Inteligência.

Nela, os moradores de São Paulo deram nota 3 para o quesito igualdade no acesso à oportunidade de trabalho e emprego. Na comparação entre as regiões, divididas de acordo com o IBOPE, a sul 2, onde Kauany mora, recebeu uma avaliação média de 2,8. Junto com a região oeste, essa é a nota mais baixa.

A engenheira de software Luciana Bezerra, 46, faz parte da minoria feminina com muitos anos de carreira na área de programação. Desde que se formou em engenharia elétrica pela USP (Universidade de São Paulo), em 1996, trabalha em grandes empresas de TI (Tecnologia da Informação), inclusive com projetos internacionais.

Voluntária no Code Club, a engenheira que dá aulas para Kauany Fernandes, afirma que não teve problemas com preconceito na faculdade ou onde trabalha por ser mulher. "Eventualmente um ou outro colega poderia ter [preconceito], mas de modo geral fui muito bem acolhida. O curso era difícil para mim como era para qualquer pessoa, não por eu ser mulher", explica.

Egressa de um curso com poucas garotas na turma, Luciana acredita que o primeiro obstáculo para mais mulheres se interessarem por tecnologia está dentro de casa, quando dizem "isso é coisa de menina, isso é coisa de menino", quando bloqueiam a curiosidade da garota em mexer em algo como uma caixa de ferramentas ou jogar videogame.

"Quando dentro de casa ela tem a liberdade de brincar com boneca, mas também com uma ferramenta, com computador, de ser mais curiosa em relação à tecnologia, ela tem a chance de ver se tem vocação para aquilo ou não. E, se ela tiver, começar a estudar", diz Luciana. "Se encontrarem dificuldades, não é porque são mulheres, mas porque é difícil para todo mundo", finaliza.

Atualmente há grupos independentes que atuam para aproximar o público feminino de atividades tecnológicas, por exemplo, Minas Programam, PrograMaria, Reprograma, Marialab e Infopreta.  Há cursos de programação e de outras ramificações de TI, além de formação de redes de diálogos sobre o espaço da mulher. O Marialab é um caso que nasceu para ser um lugar de discussão de tecnologia para mulheres.

"Discutimos mercado de trabalho, inclusão de mães e equidade de gênero. A gente também foca em projetos que dialogam com outras áreas de tecnologia, como administração de sistema", explica a analista de sistemas Fernanda Monteiro, 31.


Quem está em busca de cursos de programação é a consultora de marketing Viviane Resende, 33. No trabalho ela oferece produção de sites, gestão de redes sociais e consultoria. "Dependo de programador para fazer os sites. Seria bom eu aprender para entender o que ele está fazendo", diz.

Viviane tenta estudar assistindo a tutoriais na internet, mas os considera rasos. Deseja fazer cursos presenciais, mas teme estudar somente com homens e gostaria de encontrar um espaço com foco em mulheres.

Fernanda Monteiro pensa que é necessário acolher as pessoas na tecnologia. Formada em 2007, a analista conta que na sua turma, dos que concluíram, mais de 30 eram homens e apenas três eram mulheres.

Ela, que é transexual, já se reconhecia como mulher na época, mas ainda não havia passado pelo processo de transição e era vista como homem. Logo, se encaixou nas dezenas de formandos.

Durante a graduação viu uma colega ter a sexualidade questionada por ter bom desempenho nas matérias, enquanto outra que apresentava mais dificuldades era dita como "menininha boba".

Fernanda também chama a atenção para a falta de representatividade das mulheres negras e trans. Além de o fato de que em empresas menores as políticas de diversidades são mais fracas ou inexistentes.

Por fim, relembra que o ENIAC (Computador e Integrador Numérico Eletrônico), o primeiro computador digital totalmente eletrônico, foi programado por seis mulheres durante a Segunda Guerra Mundial, e que Margaret  Hamilton foi a mulher que, além de programar a engenharia do foguete, também projetou todo o pouso da Apollo 11. Para Fernanda, se muitas mulheres brancas passam despercebidas pela história da computação, negras e trans são mais ignoradas ainda.

Foto Wocintech Stock Flickr CCBY

por Priscila Pacheco
 32xSP

Especialistas divergem sobre como a Prefeitura zerou a fila para pré-escola




A prefeitura de São Paulo anunciou no fim de maio ter conseguido acabar com a fila na cidade para a pré-escola, que atende crianças de 4 e 5 anos. Segundo o Observatório Cidadão, no ano passado, houve 216.318 inscritos nas pré-escolas municipais e 215.049 deles foram atendidos. Há nove anos, eram 399.842 e 324.512 atendidos.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, nos últimos cinco meses foram criadas 10.548 vagas. O secretário destacou três medidas adotadas para alcançar o resultado: auditoria na oferta de vagas, mudança no limite de distância para as matrículas e readequação de espaços pedagógicos. Este último item – que significa a transformação de espaços de leitura, brinquedotecas e salas de informática em salas de aula – é justamente o ponto que divide a opinião dos especialistas ouvidos pelo32xSP.

Para Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a gestão João Doria (PSDB) cumpre uma obrigação constitucional ao universalizar a pré-escola na cidade, mas a forma utilizada para alcançar o número de vagas necessário prejudica o processo pedagógico.

"A forma como foi feita prejudica o processo pedagógico. Isso é inegável", afirma o especialista. "Isso foi feito em nome de uma política de fechamento de bibliotecas, de espaços de convivência nas unidades de Ensino Infantil ou mesmo em unidades de Ensino Fundamental, que significa que foi uma expansão que não respeitou o processo de qualidade."

Cara foi figura central no processo de aprovação do Plano Nacional de Educação, em 2012, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O PNE serviu como diretriz para a formulação do Plano Municipal de Educação da cidade de São Paulo, sancionado em setembro de 2015 pelo então prefeito Fernando Haddad (PT).

Uma das treze metas do PME era justamente universalizar a educação infantil para crianças de 4 a 5 anos de idade até o fim de 2016. Neste sentido, o coordenador explica que, ao mesmo tempo que o prefeito está cumprindo a meta estabelecida no plano, ele desrespeitou uma importante diretriz do mesmo documento que pressupunha que escolas estejam bem equipadas.

"O problema é que no Brasil há uma tradição de primeiro garantir a matrícula e depois buscar a qualidade. Ao passo que os países que têm grandes sistemas de ensino desenvolvidos, a matricula e a qualidade são duas faces da mesma moeda, são indissociáveis", conclui.


Por: 32xSP

terça-feira, 20 de junho de 2017

Creches: para quê? Para quem?


Crianças durante atividade em creche pública de Campo Bom, no Rio Grande do Sul. Investimento em educação infantil pode garantir incremento de até 60% na renda da população, aponta estudo (Tárlis Schneider/VEJA.com)


Para fazer diferença no desenvolvimento e no progresso escolar das crianças, as creches precisam ser boas. Mas, afinal, o que caracteriza uma boa creche?


De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 29 de março de 2017), mais de 60% das famílias de brasileiros de todos os níveis de renda e regiões do país gostariam de colocar seus filhos em creches.

E de acordo com estudos do IDados (idados.org.br), cerca de 41% das crianças de famílias mais ricas e 17% das famílias mais pobres frequentam creches.

Portanto, se as creches fazem diferença no desenvolvimento e no progresso escolar das crianças, é possível que as políticas públicas em vigor estejam aumentando as desigualdades de oportunidade. Será?

Há muitos estudos científicos sobre o tema, inclusive alguns realizados no Brasil. Eis as principais conclusões:

Primeiro, creche só faz diferença na escolaridade posterior e ao longo da vida da criança se for muito boa. E em todo o mundo, até em países desenvolvidos, a quantidade de creches muito boas é muito reduzida.

Segundo, creche ruim piora o desempenho das crianças na escola e na vida, especialmente as crianças que vivem em famílias de nível socioeconômico mais baixo.

Terceiro, meninas resistem melhor à falta de creche ou a creches em piores condições – creches de qualidade média ou ruim são mais prejudiciais para os meninos.

Quarto, no caso brasileiro, análise recente do IDados mostra que crianças que frequentam creches mais a pré-escola têm desempenho escolar pior do que crianças que só frequentaram a pré-escola e um pouco melhor do que crianças que só começaram a escola no Ensino Fundamental. Mas esses poucos ganhos desaparecem no 9o ano.

Mas o que caracteriza uma creche muito boa?

É o mesmo que caracteriza uma educação boa em casa: adultos que conhecem e gostam da criança, que interagem com ela de maneira adequada e frequente, estimulando-a a enfrentar desafios compatíveis com seu nível de desenvolvimento.

Essa descrição mostra como é difícil qualquer instituição – pública ou privada – reproduzir aquilo que se pode fazer em uma família. Mas também fornece elementos para identificar as características de uma creche de boa qualidade.


Por João Batista Oliveira


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Conheça um pouco mais as Subprefeituras da Cidade de São Paulo.


Poucas pessoas sabem, mas São Paulo possui 32 pequenos "municípios" distribuídos pela cidade. Desde 2002, com a aprovação da lei 13.399, a maioria dos equipamentos públicos, como clubes da comunidade (antigos CDMs) e clubes da cidade foram transferidos para as Prefeitura Regionais.

Essas subprefeituras têm o papel de receber pedidos e reclamações da população, solucionar os problemas apontados; preocupam-se com a educação, saúde e cultura de cada região, tentando sempre promover atividades para a população.

Além disso, elas cuidam da manutenção do sistema viário, da rede de drenagem, limpeza urbana, vigilância sanitária e epidemiológica, entre outros papéis que transformam, a cada dia, essas regiões da cidade em locais mais humanizados e cheios de vida.

Além dos problemas cotidianos, esses pequenos "municípios" guardam segredos e curiosidades pouco conhecidas pela população.

Você sabia que o cemitério de Aricanduva é o maior da América Latina, com uma área de 780 mil m²?

E que a Vila Carrão possui uma colônia japonesa que se formou durante as décadas de 1960 e 1970?


Os links abaixo mostram um pouco mais sobre cada subprefeitura e suas histórias.


Conheça cada uma delas:


Aricanduva/Vila Formosa M'Boi Mirim
Butantã Mooca
Campo Limpo Parelheiros
Capela do Socorro Penha
Casa Verde Perus
Cidade Ademar Pinheiros
Cidade Tiradentes Pirituba/Jaraguá
Ermelino Matarazzo Santana/Tucuruvi
Freguesia do Ó/Brasilândia Santo Amaro
Guaianases São Mateus
Ipiranga São Miguel Paulista
Itaim Paulista Sapopemba
Itaquera
Jabaquara Vila Maria/Vila Guilherme
Jaçanã/Tremembé Vila Mariana
Lapa Vila Prudente

Reguffe propõe concurso público para ministro de tribunais superiores



O senador Reguffe (sem partido-DF) defendeu proposta de emenda à Constituição de sua autoria que institui concurso público para o cargo de ministro dos tribunais superiores e para ministro e conselheiro dos tribunais de contas, com mandato de cinco anos. Para o senador, não é justo que um presidente da República, por exemplo, tenha as contas de seu governo julgadas por um ministro do TCU que ele próprio indicou.

Mesmo a sabatina dos indicados, no Senado, não acaba com a natureza anormal do modelo adotado no Brasil, acrescentou Reguffe, ao afirmar que o indicado passa também, nesse caso, a dever favores para os integrantes do Senado.

– Se não acham esse o melhor modelo, vamos discutir outros, mas esse atual é que não dá para aceitar, com o grau de influência político-partidária que nós temos hoje nas cortes superiores do país. A pessoa, quando vai julgar algo, tem que ser totalmente independente, tem que pensar só com sua consciência se aquilo é justo ou não é justo – afirmou o senador.

Reguffe também criticou os advogados que cobram honorários milionários para defender um cliente. Para ele, isso passa a ideia de que o advogado não está, apenas, prestando um serviço advocatício, mas também está vendendo a influência que ele pode ter no resultado do julgamento do cliente.

Fonte: BlogCorreioBraziliense

Pai Nosso dos Pobres e Marginalizados


Isso não pode ficar na impunidade!

Entenda as diferenças das tecnologias que levam a internet até você

Entenda para que serve um provedor de internet nos dias de hoje

terça-feira, 13 de junho de 2017

Prefeitura de São Paulo cria Comissão Municipal para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Órgão será consultivo e terá entre as suas atribuições "elaborar plano de ação para implementação da Agenda 2030"

Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo

O Decreto 57.718, que cria a Comissão Municipal para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, foi divulgado nesta terça-feira (6/6) pela Prefeitura de São Paulo.

Segundo o texto, o órgão terá caráter consultivo e será composto por 25 representantes da administração municipal, sendo um titular e um suplente de cada secretaria, e outros 25 da sociedade civil (também titulares e suplentes). Os conselheiros não receberão remuneração pela atividade.  

O documento informa ainda que os representantes da sociedade civil serão escolhidos em um processo de seleção pública coordenado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Entre as atribuições da comissão estão: elaborar o plano de ação para implementação da Agenda 2030; acompanhar e monitorar o desenvolvimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e elaborar relatórios periódicos; identificar, sistematizar e divulgar boas práticas e iniciativas que colaborem para o alcance dos ODS.

Embora não informe quando serão escolhidos os representantes da sociedade civil, o decreto determina que a Comissão Municipal para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável terá prazo de 90 dias para elaborar seu regimento interno, a ser aprovado pelos seus componentes.


Enviado por NossaSP


Confira aqui a íntegra do Decreto 57.718.

Brasil vai na contramão dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável


Relatório das Organizações da Sociedade Civil revela preocupação sobre a situação do país


As Organizações da Sociedade Civil apresentaram esta semana em Brasília um relatório sobre a implementação das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que serão monitoradas este ano pela Organização das Nações Unidas (ONU), num documento intitulado "Relatório Luz da Sociedade Civil sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável". O relatório é uma prévia da prestação de contas que será entregue à ONU no mês de julho e foi apresentado em primeira mão em dois seminários na capital federal nos dias 6, 7 e 8 de junho.

O primeiro seminário, "Avanços e Perspectivas da Agenda 2030 e as Prioridades Futuras da União Europeia no Brasil", ocorreu nos dias 6 e 7 de junho (terça e quarta), no Hotel Grand Mercure Eixo Monumental, em Brasília, apenas para pessoas convidadas. O evento foi realizado pela Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, pela União Europeia, pela Friedrich Ebert Stiftung Foundation (FES) e pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GTSC A2030).

O segundo evento acontece nesta quinta-feira (8/6), na Câmara dos Deputados, e é aberto ao público. Neste caso, a organização é da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, com o apoio do GTSC A2030, da União Europeia e da FES.

A avaliação das entidades que compõem o grupo de trabalho pela implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é de que o Brasil enfrenta uma situação preocupante em relação aos 17 objetivos e 169 metas a serem alcançadas por 193 países signatários do Fórum Político de Alto Nível da ONU até o ano de 2030. Especialmente em tempos de tensões sociais, políticas e econômicas, o Brasil não deve cumprir os objetivos traçados. O relatório elenca os desafios encontrados e apresenta propostas sobre como resolvê-los.

Segundo a integrante do GTSC A2030, Alessandra Nilo, da ONG Gestos (uma das organizadoras do relatório), os dados não são favoráveis ao país. "Em um contexto de múltiplas crises, ao analisarmos o Brasil sob a perspectiva da Agenda 2030, fica evidente a distância que dela nos separa, com o fortalecimento de forças retrógradas que atuam na contramão do desenvolvimento sustentável, e com a canalização das atenções e esforços da classe política para minimizar os escândalos de corrupção que corroem o sistema político-partidário nacional", avalia.

A coleta e a análise do conjunto de informações foi feita por peritos do GTSC A2030 em diferentes áreas. Embasado em coleta de dados e evidências, o documento pode ser mais um episódio de exposição negativa para o país diante da comunidade internacional. Em maio, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas pediu ao Brasil que adotasse medidas mais eficazes no combate às violações de direitos humanos. Em resposta, o governo brasileiro emitiu uma nota de repúdio, pelo Ministério das Relações Exteriores, na qual classificou o comunicado do ACNUDH e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) de teor desinformado, tendencioso e de "má-fé".
 




O relatório apresentado esta semana aponta legislações e normas explicitamente na no sentido contrário dos ODS, com impactos nos sistemas de saúde, educação e seguridade social. Além disso, trata do cenário de desemprego, trabalho indigno, retrocessos nos campos da segurança alimentar, justiça social e ambiental, e desmantelamento de conquistas básicas nos campos dos direitos humanos, inclusive dos direitos sexuais e reprodutivos.

Para Fabio Almeida Pinto, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, co-autor do relatório, dificilmente a promessa feita na ONU de não deixar ninguém para trás nesta agenda de desenvolvimento se cumprirá no Brasil. "Em meio a tantas crises, as populações em maior situação de vulnerabilidade e o meio ambiente são, naturalmente, as maiores prejudicadas, como comprovam, por exemplo, os ataques às mulheres, aos jovens, às populações LGBT, negra, quilombolas e indígenas (de todas as idades), à legislação do licenciamento ambiental e às unidades de conservação que ocorrem hoje no país".

O seminário contou com a participação de autoridades nacionais, da União Europeia, das Nações Unidas e de representantes do movimento social brasileiro. Além de avaliar o cumprimento dos ODS pelo Brasil, o evento discutiu estratégias para disseminar e alinhar a Agenda 2030 às políticas estaduais e municipais.

Já na atividade desta quinta-feira (8/6), o GTSC A2030 apresenta o "Relatório Luz da Sociedade Civil" durante o seminário da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. Com o tema "Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: Avanços e Desafios na Implementação da Agenda 2030 no Brasil", o encontro é realizado com a presença de representantes da Frente Parlamentar Mista sobre os ODS. O debate é focado nos principais entraves para implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país.

Com informações e imagens do Portal Gestos.