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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Observatório e Mapa da Desigualdade da Primeira Infância serão lançados na próxima terça-feira.



Plataforma e indicadores que retratam situação das crianças paulistanas serão divulgados pela Rede Nossa São Paulo e Fundação Bernard van Leer em evento público.



A cidade de São Paulo, os gestores públicos e a sociedade civil, em especial as pessoas e organizações que atuam na área da infância ou se preocupam com o tema, vão ganhar dois novos importantes instrumentos de informação, análise e planejamento.

Na próxima terça-feira (5/12), a Rede Nossa São Paulo e a Fundação Bernard van Leer lançarão o Observatório da Primeira Infância e o Mapa da Desigualdade da Primeira Infância, que retratam a situação das crianças paulistanas de zero a seis anos.

A divulgação da nova plataforma digital e dos indicadores será realizada em um evento público no auditório do Sesc 24 de Maio, no centro da capital paulista.

Com 130 indicadores, o Observatório da Primeira Infância (OPI) permitirá ao internauta selecionar e comparar até cinco itens que possuam dados por distrito. Por meio dessa interatividade, o interessado poderá saber a situação dos indicadores por ele selecionados em cada um dos 96 distritos da cidade de São Paulo.

Uma das novidades do OPI é o Banco de Boas Práticas, onde estarão disponíveis experiências exitosas nacionais e internacionais na área da infância. Além de acessar as boas práticas – por Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), eixo do Programa Cidades Sustentáveis ou pelo Urban95 –, o internauta poderá encaminhar sugestões de programas e políticas públicas exitosas para serem incluídas na plataforma.

Alguns indicadores visam chamar a atenção das autoridades e da própria sociedade para a situação das "Crianças Invisíveis". Ou seja, para as crianças que têm seus direitos básicos violados cotidianamente e não são contemplados por políticas públicas.

Outro ponto de destaque do Observatório será o espaço virtual "Olhar das Crianças", onde serão disponibilizadas fotos feitas pelos pequenos e pequenas. 

O Mapa da Desigualdade da Primeira Infância, por sua vez, visa mostrar as diferenças existentes dentro de uma mesma cidade – no caso, São Paulo – em relação à situação das crianças.

Utilizando a mesma metodologia do Mapa da Desigualdade da Cidade de São Paulo, o estudo inédito revelará o "desigualtômetro" – a distância entre o melhor e o pior distrito – em cada um dos 28 indicadores vinculados à primeira infância.

Observatório poderá ser replicado em outras cidades

Para que municípios interessados possam elaborar seus próprios Observatórios da Primeira Infância, a Rede Nossa São Paulo e a Fundação Bernard van Leer divulgarão, no mesmo evento, dois guias destinados a facilitar a construção de plataformas semelhantes.

O Observatório da Primeira Infância em 5 Passos – Guia de Multiplicação explicará como implantar a plataforma, considerando os indicadores, o conteúdo, o banco de boas práticas, entre outros pontos.

Já o Observatório da Primeira Infância – Guia Técnico orientará a instalação da plataforma, incluindo como configurar e cuidar da funcionalidade do sistema.

Serviço:
Evento: Lançamento do Observatório e do Mapa da Desigualdade da Primeira Infância
Data: próxima terça-feira, dia 5 de dezembro de 2017
Horário: das 9h30 às 12h30
Local: Sesc 24 de Maio
Endereço: Rua 24 de Maio, 109 – perto da Estação República do Metrô

Confirme aqui sua presença no evento.


Evento no Facebook.



Enviado por Airton Goes, da NossaSP



Estudo resgata a história do Movimento do Custo de Vida.

Em oposição à política econômica da ditadura civil-militar, o movimento, que atuou de 1973 a 1982, promoveu as primeiras grandes manifestações populares do Brasil depois de 1968 (detalhe da capa do livro Como pode um povo vivo viver nesta carestia)


Criado em 1973, a partir dos Clubes de Mães e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Igreja Católica na periferia sul de São Paulo, o Movimento do Custo de Vida (MCV) incorporou outras forças políticas; cresceu em número e articulação; e, em 1978, colocou nas ruas mais de 20 mil pessoas, em um ato público realizado na Praça da Sé, em plena ditadura civil-militar.

Contornando as barreiras policiais, que procuraram impedir o acesso dos manifestantes ao local, e contrariando a ordem de que o ato fosse realizado apenas no interior da catedral, a manifestação transbordou pelas escadarias.

No mesmo evento, foi apresentado um abaixo-assinado de âmbito nacional, com 1,3 milhão de assinaturas, a ser entregue à Presidência da República, reivindicando o congelamento dos preços dos gêneros de primeira necessidade; o aumento dos salários acima do aumento do custo de vida; e um abono salarial de emergência imediato e sem desconto para todas as categorias de trabalhadores.

A história do MCV, praticamente desconhecida pelas novas gerações, é o objeto do livro Como pode um povo vivo viver nesta carestia: o Movimento do Custo de Vida em São Paulo (1973-1982), de Thiago Nunes Monteiro. Resultado de trabalho de mestrado feito na Universidade de São Paulo, com orientação da professora Maria Aparecida de Aquino, o livro foi publicado com apoio da FAPESP.

"Monteiro pesquisou nos principais arquivos do Estado de São Paulo. Ele consultou material produzido pelo próprio MCV e sobre o movimento, como discursos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e no Congresso Nacional, artigos de imprensa da época e documentos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP). Com base nessa documentação extensa, fez um trabalho de mestrado com nível de doutorado. Por isso, sem que fosse apresentada qualquer solicitação nesse sentido, sua dissertação foi selecionada, pelos pareceristas da USP, para publicação em livro", disse Aquino à Agência FAPESP.

Conforme explicou a orientadora, o MCV foi a resposta a um processo inflacionário, que corroía o poder aquisitivo das camadas populares, sem que houvesse a contrapartida de elevações salariais. Com uma linguagem acessível às pessoas menos instruídas, os folhetos produzidos pelo movimento recorriam a imagens marcantes como a de que os salários subiam pela escada, enquanto o custo de vida disparava pelo elevador.

O livro cobre uma década de atividade do MCV e acompanha seu nascimento, ascensão, apogeu, declínio e fim. "Adotei como balizas temporais os anos 1973 e 1982. Em 1973, o MCV foi criado, com base nos Clubes de Mães, já atuantes na periferia de São Paulo. Em 1982, o movimento já havia esgotado sua capacidade de mobilização em São Paulo, e a última manifestação agendada acabou não ocorrendo, por falta de público", disse Monteiro.

Segundo o autor, a maior força no início do movimento – e a própria condição para que ele ocorresse – foi a Igreja Católica, liderada pelo cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo.

"Por meio dos Clubes de Mães e das CEBs, a Igreja mobilizou grande número de participantes, residentes nos bairros populares da periferia. Além disso, foi a Igreja que proporcionou a infraestrutura material necessária, como espaços para reuniões ou mimeógrafos para a produção de folhetos. Mas, desde o começo, houve também a participação de pessoas ligadas à luta sindical e à oposição ao regime ditatorial, incluindo agrupamentos de esquerda, especialmente militantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B)", disse.

À medida que o MCV cresceu, criou-se uma coordenação central; outros militantes de esquerda, que não moravam anteriormente nos bairros onde o movimento atuava, se incorporaram a ele; e chegou-se ao auge com o abaixo-assinado de 1,3 milhão de assinaturas. A partir de 1978, a capacidade de mobilização foi, gradualmente, reduzida.

As causas do declínio foram objeto de outros estudos, que enfatizaram a influência prejudicial das disputas por hegemonia entre as várias forças políticas. Monteiro reconhece que essas disputas contribuíram para a desmobilização, mas considera que esta não pode ser atribuída a uma única causa.

"Movimentos populares com objetivos limitados, como a construção de creches ou o asfaltamento de ruas, são capazes de proporcionar pequenas vitórias concretas, que retroalimentam a mobilização. O MCV, porém, tinha um objetivo de escala nacional, que só poderia ser alcançado com a revisão de toda a política econômica do regime. A incapacidade de obter uma vitória desse porte pode ser apontada como uma das causas para o seu progressivo esvaziamento. Além disso, surgiram outras pautas e espaços de atuação, que atraíram parte dos militantes", disse Monteiro.

Para Aquino, é preciso contextualizar o declínio do MCV. "O fim da década de 1970 foi caracterizado pelo eclipse do regime ditatorial. Houve crise econômica, a emergência de um novo sindicalismo com as greves do ABC paulista em 1978, mobilizações dos estudantes e de outros setores da população por liberdades democráticas. Tudo isso sinalizou que não havia mais condições de sobrevivência para a ditadura no longo prazo. O MCV foi a resposta possível em um contexto anterior. Mas o novo contexto gerou outras oportunidades de enfrentamento do regime ditatorial", disse.

Perguntado sobre as lideranças que se destacaram no movimento, Monteiro citou três: Aurélio Peres, operário metalúrgico, e Irma Passoni, freira que abandonou a vida religiosa para se engajar nas lutas da periferia sul; em 1978, os dois foram eleitos, respectivamente, como deputados federal e estadual.

"Além deles, Ana Dias teve um papel muito importante no MCV desde o início, embora seja mais lembrada como a companheira do operário metalúrgico Santo Dias da Silva, que também atuou no MCV e foi assassinado por um soldado da Polícia Militar, durante repressão à greve dos metalúrgicos de São Paulo", disse.

Em 31 de outubro de 1979, 30 mil pessoas saíram às ruas do centro de São Paulo para acompanhar o cortejo fúnebre e protestar contra o assassinato de Santo Dias. O policial responsável por sua morte, condenado em primeira instância, foi unanimemente absolvido pelo Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo.

Há 38 anos, familiares e companheiros de militância de Santo se dirigem, todos os anos, ao local onde Santo foi morto e escrevem, com tinta vermelha, a frase "Aqui foi assassinado o operário Santo Dias da Silva, no dia 30-10-1979, pela Polícia Militar".

Como pode um povo vivo viver nesta carestia: o Movimento do Custo de Vida em São Paulo (1973-1982)
Autor: Thiago Nunes Monteiro
Editora: Humanitas
Ano: 2017
Páginas: 274
Preço: R$ 42
Mais informações: https://editorahumanitas.commercesuite.com.br/lancamentos/como-pode-um-povo-vivo-viver-nesta-carestia.


Por: José Tadeu Arantes  /  Agência FAPESP


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Novo julgamento do caso do fotógrafo Sérgio Silva acontece nesta quarta.


Nesta quarta-feira (29), às 9h30, a 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julga recurso movido pela defesa do fotógrafo Sérgio Silva, que contesta decisão dada em 1ª instância em uma ação judicial impetrada por ele no qual reivindica que o Governo de São Paulo seja apontado como responsável pela perda de parte de sua visão.
No dia 13 de junho de 2013, o fotógrafo foi atingido no rosto por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar enquanto cobria manifestação contra o aumento da tarifa de transporte público em São Paulo, marcada pela intensa repressão policial. Em decorrência do ferimento, Sérgio perdeu o olho esquerdo.
No mesmo ano, o fotógrafo acionou a Justiça para requerer que o governo estadual pagasse uma indenização no valor de R$1,2 milhão referentes a danos morais, estéticos e materiais, além de uma pensão vitalícia mensal de R$2,3 mil com a alegação de que não poderia exercer sua profissão da mesma forma que antes em função do ocorrido.
No entanto, no dia 10 de agosto de 2016, o fotógrafo teve sua demanda rejeitada pelo juiz Olavo Zampol Junior, da 10ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que afirmou que a responsabilidade pelo ferimento era do próprio fotógrafo. "No caso, ao se colocar o autor entre os manifestantes e a polícia, permanecendo em linha de tiro, para fotografar, colocou-se em situação de risco, assumindo, com isso, as possíveis consequências do que pudesse acontecer", afirma trecho da sentença.
Em reação, diversas entidades da sociedade civil repudiaram a decisão judicial e manifestaram apoio ao fotógrafo, que resolveu recorrer à 2ª instância.
"Espero que o TJ-SP desfaça o absurdo que foi a primeira decisão e acate o meu pedido. Fui vítima da truculência policial, que desrespeitou os protocolos básicos de uso de armamento menos letal durante protestos. O responsável neste caso é o Estado, que deve me indenizar pelos danos que me foram causados, e não eu, que apenas estava no local cumprindo com meu dever de repórter fotográfico", afirma Sérgio Silva.
A ARTIGO 19 defende que o TJ-SP reverta a decisão judicial de primeira instância, uma vez que a medida chancela a conduta violenta da Polícia Militar, cerceando a liberdade de imprensa e incentivando ainda a ocorrência de novas violações no contexto de protesto.
Após o julgamento, Sérgio Silva dará uma coletiva de imprensa em frente ao TJ-SP.
SERVIÇO
Evento: Julgamento do recurso movido pelo fotógrafo Sérgio Silva
Data: 29/09 (quarta-feira)
Horário: 9h30
Local: Tribunal de Justiça de São Paulo, sala 604
Endereço: Praça da Sé, s/nº


Por: Artigo 19





sábado, 4 de novembro de 2017

2º Edital Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo

ATENÇÃO!!

Foi aberto o edital para inscrições do Fomento a Cultura da Periferia, a fim de proporcionar apoio financeiro a projetos e ações culturais propostos por coletivos de diversas regiões com vulnerabilidade social do município.

Cada projeto concorrente deve apresentar um orçamento para apoio de, no mínimo, R$ 102.179,40 (cento e dois mil e cento e setenta e nove reais e quarenta centavos) e de, no máximo, R$ 306.538,19 (trezentos e seis mil e quinhentos e trinta e oito reais e dezenove centavos) de acordo com a necessidade de seu plano de trabalho.

 O total de recursos para os fins deste edital é de R$ 7.176.000,00 (sete milhões, cento e setenta e seis mil reais).

As inscrições irão de hoje (24/10) até as 23:59 de 7 de Novembro, então fique de olho para não perder o prazo. Não se esqueça de compartilhar e marcar seus amigos neste post!!

Para saber mais informações e também realizar a inscrição, acesse o link abaixo:

http://spcultura.prefeitura.sp.gov.br/projeto/3075/

#AgoraVAI  #SecretariadaCulturaSP

domingo, 22 de outubro de 2017

Novo modelo físico explica de onde veio a água da Terra


Objetos deslocados para o interior do Sistema Solar devido ao crescimento de Júpiter teriam levado à região a maior parte do acervo hídrico atualmente existente (imagem: Nasa)

Munidos da lei da gravitação universal de Newton (cuja publicação completou 330 anos em 2017) e de pesados recursos computacionais (para poder aplicar a lei a mais de 10 mil corpos em interação), um jovem pesquisador brasileiro e seu antigo supervisor de pós-doutorado acabam de propor um novo modelo físico para explicar a origem da água na Terra e nos demais objetos de tipo terrestre do Sistema Solar.

O artigo assinado por ambos, Origin of water in the inner Solar System: Planetesimals scattered inward during Jupiter and Saturn's rapid gas accretion, foi publicado na revista Icarus.

Os autores são André Izidoro, da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – bolsista FAPESP na modalidade Apoio a Jovens Pesquisadores –, e o astrofísico norte-americano Sean Raymond, do Laboratoire d'Astrophysique de Bordeaux, na França.

"A ideia de que a água da Terra veio predominantemente por meio de asteroides não é nova. Ela é praticamente consensual entre os pesquisadores. Nosso trabalho não é pioneiro em relação a isso. O que conseguimos foi associar esse aporte de asteroides ao processo de formação de Júpiter. E, com base no modelo resultante, 'entregar à Terra' quantidades de água consistentes com os valores estimados atualmente", disse Izidoro à Agência FAPESP.

O valor de água existente na Terra varia muito de uma estimativa a outra. Usando como unidade de medida o "oceano terrestre", o que corresponde a toda a água dos oceanos da Terra, alguns falam em três a quatro "oceanos terrestres". Outros, em dezenas. A variação decorre do fato de não se saber quanta água existe no manto do planeta. E nem mesmo na crosta, aprisionada no interior das rochas. De qualquer forma, o modelo proposto dá conta do amplo leque de estimativas.

"Convém afastar logo a ideia de uma Terra que recebeu toda a sua água por meio do impacto de cometas oriundos de regiões muito distantes. Tais 'entregas' também ocorreram, mas sua contribuição foi posterior e percentualmente muito menos importante. A maior parte da água chegou à região atualmente ocupada pela órbita da Terra antes que o planeta tivesse se constituído", disse Izidoro.

Para entender "como", vale recapitular o cenário definido pelo modelo convencional de formação do Sistema Solar, acrescentando o novo modelo relativo ao aporte de água. A condição inicial é uma gigantesca nuvem de gás e poeira cósmica. Devido a algum tipo de perturbação gravitacional ou turbulência local, essa nuvem entra em colapso e passa a ser atraída por uma determinada região de seu interior, que configura um centro.

Com o aporte de matéria, o centro torna-se tão massivo e aquecido que, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, entra em processo de fusão nuclear, transformando-se em estrela. Enquanto isso, a nuvem remanescente continua a orbitar o centro e seu material se aglutina, formando um disco, que posteriormente se fragmenta, definindo os nichos protoplanetários.

"Estima-se que, nesse disco, a região rica em água se localizava a partir de algumas unidades astronômicas de distância do Sol. Na região interior, mais próxima da estrela, a temperatura era alta demais para que a água pudesse se acumular, exceto talvez em muito pequena quantidade, na forma de vapor", explicou Izidoro.

Por definição, a unidade astronômica (AU) é a distância média da Terra ao Sol. Entre 1,8 AU e 3,2 AU localiza-se atualmente o Cinturão de Asteroides, com centenas de milhares de objetos. Nessa faixa, os asteroides que ocupam a região entre 1,8 AU e 2,5 AU são predominantemente pobres em água, enquanto a maioria daqueles situados além de 2,5 AU são ricos. O processo de formação de Júpiter pode explicar a origem dessa divisão, de acordo com o pesquisador.

"O tempo transcorrido entre a formação do Sol e a completa dissipação do disco gasoso foi bastante curto, na escala cosmogônica: de apenas 5 milhões a no máximo 10 milhões de anos. E a formação de planetas gasosos tão massivos quanto Júpiter e Saturno só pode ter ocorrido durante essa fase de juventude do Sistema Solar. Então, foi durante essa fase que o rápido crescimento de Júpiter perturbou gravitacionalmente milhares de planetesimais ricos em água, deslocando-os de suas órbitas originais", disse Izidoro.

Estima-se que Júpiter possua um núcleo sólido, com massa equivalente a algumas vezes a massa da Terra. Esse núcleo sólido é recoberto por um extenso e massivo envoltório gasoso. Júpiter só pode ter adquirido tal envoltório durante a fase da nebulosa solar, quando o sistema estava em formação e havia enorme quantidade de material gasoso disponível.

Devido à vultosa massa do embrião de Júpiter, o processo de aquisição do gás, por atração gravitacional, foi muito rápido. Nas vizinhanças do planeta gigante em formação, situados além da "linha de gelo", milhares de planetesimais [corpos rochosos semelhantes a asteroides] orbitavam o centro do disco, atraindo-se, simultaneamente, uns aos outros.

O rápido aumento da massa de Júpiter rompeu o precário equilíbrio gravitacional desse sistema de muitos corpos. Vários planetesimais foram engolidos pelo Proto-Júpiter. Outros, enviados para os confins do Sistema Solar. E uma pequena fração, arremessada para a região interior do disco, entregando água para o material que, mais tarde, formaria os planetas terrestres e constituiria o Cinturão de Asteroides.

"O período de formação da Terra é datado entre 30 milhões e 150 milhões de anos após a formação do Sol. Quando isso ocorreu, a região do disco onde nosso planeta se constituiu já dispunha de bastante água, entregue pelos planetesimais deslocados por Júpiter e também por Saturno. Admite-se que uma pequena fração da água existente na Terra tenha chegado mais tarde, mediante o choque de cometas e asteroides. E que uma fração ainda menor possa ter-se formado localmente, por meio de processos físico-químicos endógenos. Mas a maior parte da água veio com os planetesimais", disse Izidoro.

A afirmação sustenta-se no modelo construído por ele e seu antigo supervisor. "Com o emprego de supercomputadores, simulamos a interação gravitacional entre os múltiplos corpos por meio de integradores numéricos, em linguagem Fortran. E introduzimos uma modificação para incluir os efeitos do gás presente no meio durante a época de formação dos planetas. Isso porque, além de todas as interações gravitacionais em cena, os planetesimais sofreram também a ação do chamado 'arrasto gasoso', que é, basicamente, um 'vento' em sentido contrário ao do movimento – o mesmo tipo de efeito que um ciclista percebe ao se deslocar, decorrente da colisão das moléculas do ar com seu corpo", descreveu o pesquisador.

O "arrasto gasoso" fez com que as órbitas dos planetesimais deslocados por Júpiter, inicialmente muito alongadas, fossem, pouco a pouco, "circularizadas". Foi tal efeito que implantou esses objetos na zona que corresponde atualmente ao Cinturão de Asteroides.

Um parâmetro fundamental para esse tipo de simulação é a massa total da nebulosa solar no início do processo. Para chegar a esse número, Izidoro e Raymond utilizaram um modelo proposto no início da década de 1970. Ele parte do levantamento da massa de todos os objetos atualmente observados no Sistema Solar.

Para compensar as perdas decorrentes da ejeção de matéria durante a fase de formação do sistema, o modelo corrige as massas atuais dos diferentes objetos, fazendo com que suas proporções de elementos pesados (oxigênio, carbono etc.) e de elementos leves (hidrogênio, hélio etc.) fiquem iguais às do Sol. Isso com base na hipótese de que o disco de gás e o Sol tinham a mesma composição. Feitas as alterações, obtém-se a massa presumível da nuvem primitiva.

"Além disso, nosso novo modelo considerou também os diferentes tamanhos dos atuais asteroides, que vão de quilômetros a centenas de quilômetros de extensão, porque o gás tende a afetar mais os asteroides menores", disse Izidoro.

A simulação feita a partir destas considerações pode ser vista no vídeo a seguir:



No eixo horizontal, foram marcadas as distâncias dos objetos ao Sol, em unidades astronômicas (AU). No eixo vertical, foram marcadas as excentricidades das órbitas dos objetos. A progressão da animação mostra como o sistema evoluiu em sua fase de formação. Os dois pontos pretos, situados, respectivamente, a pouco menos de 5,5 AU e mais de 7,0 AU, são, pela ordem, Júpiter e Saturno. Durante a animação, esses corpos crescem pelo acréscimo de gás da nuvem protoplanetária. E seu crescimento desestabiliza os planetesimais e os lança em várias direções. As diferentes cores atribuídas aos planetesimais servem apenas para mostrar onde eles estavam no início e para onde foram lançados. A área cinzenta assinala a posição atual do Cinturão de Asteroides. E o cômputo do tempo, em milhares de anos, aparece na porção superior do gráfico.

A segunda animação acrescenta um importante ingrediente, que é a migração de Júpiter e Saturno para mais perto do Sol durante o processo de crescimento.



Todos os cálculos de interação gravitacional entre os corpos em presença foram feitos a partir da Lei de Newton. O integrador numérico possibilitou calcular a posição de cada corpo em vários momentos – algo que, dado o número de corpos, da ordem de 10 mil, seria impossível fazer sem os recursos computacionais utilizados.

O artigo Origin of water in the inner Solar System: Planetesimals scattered inward during Jupiter and Saturn's rapid gas accretion (doi: 10.1016/j.icarus.2017.06.030), de Sean N. Raymond e André Izidoro, pode ser lido em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0019103517302592?via%3Dihub e em https://arxiv.org/abs/1707.01234.


Por José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP

domingo, 15 de outubro de 2017

Frutas pouco conhecidas têm alto poder anti-inflamatório e antioxidante.




As frutas conhecidas como bacupari-mirim, araçá-piranga, cereja-do-rio-grande, grumixama e ubajaí ainda não ganharam fama, nem espaço nos supermercados. Se depender de suas propriedades bioativas, em questão de tempo elas poderão estar não só disputando espaço nas gôndolas como ganhando posição no ranking dos alimentos da moda.

Além dos valores nutricionais, as cinco frutas nativas da Mata Atlântica têm elevadas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Foi o que verificou uma pesquisa desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de La Frontera, no Chile.

"Não havia muito conhecimento científico sobre as propriedades dessas frutas nativas. Agora, com os resultados do nosso estudo, a ideia é fazer com que elas sejam produzidas por agricultura familiar, ganhem escala e cheguem aos supermercados. Quem sabe elas não se tornam um novo açaí?", disse Severino Matias Alencar, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq, se referindo ao sucesso comercial da fruta amazônica com grande quantidade de antioxidantes e que hoje tem a polpa exportada pelo Brasil para vários países.

O trabalho, com apoio da FAPESP, teve resultados publicados na revista PLOS ONE.

No estudo foram avaliados os compostos fenólicos – estruturas químicas que podem ter efeitos preventivos ou curativos – e os mecanismos anti-inflamatórios e antioxidantes do extrato de folhas, sementes e polpa de quatro frutas do gênero Eugenia e uma do gênero Garcinia: araçá-piranga (E. leitonii), cereja-do-rio-grande (E. involucrata), grumixama (E. brasiliensis), ubajaí (E. myrcianthes) e bacupari-mirim (Garcinia brasiliensis), todas típicas da Mata Atlântica.

Como elas são espécies difíceis de serem encontradas e algumas estão em risco de extinção, as plantas foram fornecidas por dois sítios localizados no interior de São Paulo. As duas propriedades comercializam as plantas com o objetivo de preservação da coleção. Um dos produtores possui a maior coleção de frutas nativas do Brasil, somando mais de 1,3 mil espécies plantadas.

"Começamos nosso estudo prospectando as propriedades bioativas das frutas, pois sabíamos que elas poderiam ter boa quantidade de antioxidantes, assim como são as chamadas 'berries' americanas, como o mirtilo, a amora e o próprio morango, muito conhecidas pela ciência. Mas nossas frutas nativas se mostraram ainda melhores", disse Alencar.

De acordo com o estudo, as espécies do gênero Eugenia têm um vasto potencial econômico e farmacológico evidenciado não só pelo número de publicações científicas, mas também pela exploração comercial de suas frutas comestíveis, madeira, óleos essenciais e uso como plantas ornamentais.

Elas são exemplos de alimentos funcionais, que, além das vitaminas e valores nutricionais, têm propriedades bioativas como o combate aos radicais livres – átomos instáveis e altamente reativos no organismo que se ligam a outros átomos, provocando danos como envelhecimento celular ou doenças.

"O organismo tem naturalmente antirradicais livres, que neutralizam e eliminam os radicais livres do corpo, sem causar dano. Porém, fatores como idade, estresse e alimentação podem promover um desequilíbrio nessa neutralização natural. Nesses casos, é preciso contar com elementos exógenos, ingerindo alimentos que tenham agentes antioxidantes como os flavonoides, as antocianinas do araçá-piranga e das outras frutas do gênero Eugenia", disse Pedro Rosalen, da Faculdade de Odontologia da Unicamp em Piracicaba.

O pesquisador ressalta que há cerca de 400 espécies pertencentes ao gênero Eugenia distribuídas pelo Brasil, incluindo várias espécies endêmicas. "Temos uma imensidão de frutas nativas com compostos bioativos que trariam benefícios para a saúde da população. É preciso estudá-las", disse.

Alencar é um dos pesquisadores do projeto "Bioprospecção de novas moléculas anti-inflamatórias de produtos naturais nativos brasileiros", coordenado pelo professor Rosalen, também autor do artigo publicado na PLOS ONE.

Campeão contra inflamação

As frutas estudadas no projeto com elevada atividade antioxidante para serem usadas em indústrias de alimentos e farmacêuticas também tiveram pesquisadas as capacidades anti-inflamatórias. A grande estrela foi a araçá-piranga, como demonstraram em artigo publicado no Journal of Functional Foods.

"A araçá-piranga, espécie ameaçada de extinção, teve a melhor atividade anti-inflamatória em comparação com a de outras frutas do gênero Eugenia", disse Rosalen. "O mecanismo de ação também é muito interessante, pois ocorre de forma espontânea e logo no começo da inflamação, impedindo uma via específica do processo inflamatório. Ela age também no endotélio dos vasos sanguíneos, evitando que os leucócitos transmigrem para o tecido agredido, reduzindo a exacerbação do processo inflamatório"

Rosalen destaca que os antioxidantes não têm como função única combater o envelhecimento ou a morte celular, mas a prevenção de doenças mediadas por processo inflamatório crônico. "A ação oxidante dos radicais livres também significa o surgimento de doenças inflamatórias dependentes, como diabetes, câncer, artrite, obesidade, doença de Alzheimer", disse.

"Não percebemos muitas dessas lesões provocadas pelos radicais livres. São as inflamações silenciosas. Por isso, é importante a ação de sustâncias antioxidantes, que podem neutralizar os radicais livres", disse Rosalen.

As pesquisas colaborativas, apoiadas pela FAPESP e pela Universidad de La Frontera, também permitiram ampliar o conhecimento sobre espécies nativas do Chile. Em um dos estudos, os autores demonstraram a atividade antioxidante e vasodilatadora da murtilla (Ugni molinae), uma fruta nativa do país.

No estudo publicado na Oxidative Medicine and Cellular Longevity, os pesquisadores destacam que o uso de preparações alimentares obtidas a partir de frutas e folhas da murtilla pode ter efeitos benéficos na prevenção e, possivelmente, no tratamento de sintomas de doenças cardiovasculares.

Alencar destaca que conhecer melhor as propriedades pode se mostrar uma boa alternativa para estimular a produção das frutas nativas.

"Antes do projeto com a Universidad de La Frontera, eu e o professor Pedro Rosalen já estudávamos as frutas nativas, pois acreditamos que elas podem revelar ótimas soluções alimentares para a sociedade", disse.

O artigo Antioxidant and Anti-Inflammatory Activities of Unexplored Brazilian Native Fruits, de Juliana Infante, Pedro Luiz Rosalen, Josy Goldoni Lazarini, Marcelo Franchin e Severino Matias de Alencar (https://doi.org/10.1371/journal.pone.0152974), pode ser lido em http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0152974.

Por: Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Venham participar e se capacitarem para um futuro melhor e mais consistente.



Teremos uma reunião na próxima sexta feira, dia 29 de setembro de 2017, às 20 horas (oito horas da noite), no local citado, para a decisão de horários e distribuição dos inscritos em turmas, nos respectivos horários.

Participem!

domingo, 24 de setembro de 2017

Paulistano avalia que transporte público piorou na cidade.


Essa é uma das principais conclusões da pesquisa divulgada nesta quarta-feira (20/9), em entrevista coletiva, pela Rede Nossa São Paulo, projeto Cidade dos Sonhos e Ibope Inteligência


Os resultados da Pesquisa de Mobilidade Urbana 2017, divulgados nesta quarta-feira (20/9) pela Rede Nossa São Paulo e projeto Cidade dos Sonhos, mostram que a maioria dos paulistanos está insatisfeita com a qualidade do transporte público e com outros pontos relacionados a sua locomoção.

As notas atribuídas pelos pesquisados para os diversos itens relacionados ao tema foram todas abaixo da média – que é de 5,5, em uma escala de 1 a 10 – e são as menores da série histórica do levantamento, iniciado há dez anos. Para o item "transporte público de uma maneira geral", que inclui ônibus e metrô, os paulistanos deram nota 3,8. Em 2016, o indicador registrou 5,1.

O item "controle da poluição do ar" recebeu uma das avaliações mais baixas: 2,8. No ano anterior a nota tinha ficado em 3,5. Além disso, a pesquisa revela que há uma percepção de piora no "tempo de espera pelos ônibus nos pontos ou terminais" e no "tempo de duração da viagem".

A Pesquisa de Mobilidade Urbana de 2017 foi promovida pela Rede Nossa Paulo e o projeto Cidade dos Sonhos, em parceria com o Ibope Inteligência.

O levantamento foi realizado entre os dias 27 de agosto e 11 de setembro com 1.603 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

"A maioria [dos paulistanos] avalia negativamente todos os aspectos relacionados aos ônibus municipais", explicou Marcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, ao apresentar os dados da pesquisa na entrevista coletiva. Segundo ela, é possível perceber, em qualquer levantamento realizado atualmente, que a população está mais crítica e cobrando mais resultados do poder público.

Confira aqui a apresentação da Pesquisa de Mobilidade Urbana 2017

Tabelas da pesquisa completa

Para o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão, os resultados do levantamento são um alerta. "Sabemos que é muito difícil resolver o problema de uma cidade de uma hora para outra, mas o que gente percebe na pesquisa é que há uma descontinuidade do que vinha ocorrendo nos últimos anos."

Em sua avaliação, há um desejo expresso pelos paulistanos de que é preciso melhorar o transporte coletivo.

Abrahão destaca o fato de 52% dos entrevistados afirmarem que, em função do preço da passagem, deixam de visitar amigos e familiares e de ir a parques, cinemas e outras atividades de lazer. "O direito de ir e vir é um direito previsto na Constituição, e percebemos que há alguns impedimentos para que isso se concretize."

Ele também chama a atenção para outro dado do levantamento: 61% dos paulistanos desaprovam a concessão do Bilhete Único à iniciativa privada; 31% aprovam; e 9% não souberam ou não responderam.

"Estamos num debate na cidade sobre a privatização de diversos equipamentos e serviços. Aqui [na pesquisa] há uma sinalização sobre um deles: o bilhete único", ponderou o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, lembrando dos projetos da Prefeitura, de concessões e privatizações, que estão em debate na Câmara Municipal.

Na opinião de Flavio Siqueira, representante do projeto Cidade dos Sonhos, os resultados mostram que, para a maioria dos paulistanos, o serviço do transporte público é ruim e caro. "É inaceitável que as pessoas deixem de realizar alguma atividade em função ao preço da passagem", argumentou.

Ele relacionou um dos resultados do levantamento – 59% dos pesquisados declararam haver problemas de saúde em seu domicílio relacionados com a poluição do ar na cidade – com o projeto de lei que muda a matriz energética da frota de ônibus do município, em discussão no Legislativo Paulistano, e o edital de licitação dos ônibus a ser lançado pela Prefeitura de São Paulo.

"Essa é uma oportunidade para a população discutir a qualidade do transporte e, para isso, é preciso que haja possibilidade de participação da sociedade", defendeu Siqueira.


Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Semana Nacional do Trânsito: conscientização sobre segurança viária e mobilidade urbana.

Moça levando copo com bebida à boca, usando celular, enquanto dirige automóvel: risco de acidente.


O Governo do Estado de São Paulo participa, de 18 a 25 de setembro, da Semana Nacional do Trânsito. O objetivo é incentivar práticas seguras em ruas e estradas de São Paulo. A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo participa da ação junto com outros órgãos do Governo e municípios parceiros do Movimento Paulista de Trânsito.
 
As mais de mil ações que acontecerão na Semana, distribuídas pelo Estado de São Paulo, visam conscientizar a população sobre a importância de evitar comportamentos de risco no trânsito, como dirigir alcoolizado, não usar o cinto de segurança e exceder os limites de velocidade, por exemplo. Segundo dados do Infosiga SP, ferramenta para auxiliar na elaboração de políticas públicas relacionadas à segurança no trânsito, 94% dos acidentes fatais são causados por negligência de condutores ou pedestres.
 
Metade das pessoas atendidas na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que sofreram acidentes de trânsito no ano passado, ficaram paraplégicas ou tetraplégicas, e quase 30% tiveram um membro amputado. Os números foram divulgados pela instituição, que participou, em maio deste ano, da 4ª Semana Global da Segurança Viária, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
Desde agosto de 2015, com o lançamento do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito – Vida dê Preferência, o Governo vem implantando ações para chamar atenção para a questão de acidentes de trânsito. A Secretaria participa da iniciativa que tem como uma das frentes de trabalho a promoção de ações de conscientização para prevenir deficiências. De acordo com dados do Infosiga, só no mês de julho de 2017 foram mais de 15 mil acidentes de trânsito com vítimas.
 
"A Semana Nacional do Trânsito é mais uma oportunidade de reforçarmos a mensagem de que cada um é responsável pela segurança, adotando práticas seguras e protegendo os elementos mais frágeis, como pedestres e ciclistas", diz Maxwell Vieira, presidente do Detran.SP.
 
Um elemento cada vez mais presente no trânsito e que pode causar acidentes graves é a distração causada pelo celular. Segundo Silvia Lisboa, coordenadora do Movimento Paulista de Trânsito, os riscos causados pelo aparelho estão presentes em boa parte das ações promovidas pelos 67 municípios parceiros do programa, que já beneficiam 71% da população.
 
 
Atrações na capital
 
Na capital paulista, diversas atrações no Parque Villa Lobos promoverão a segurança viária para adultos e crianças. Realizado em parceria com Detran.SP e Polícia Militar, o evento teve início neste domingo, 17, e segue até o dia 24, e visa incentivar a população a fazer sua parte por um trânsito melhor.
 
Durante a semana, o Clube do Bem-Te-Vi promoverá oficinas com crianças da rede estadual de ensino. A previsão é que cerca de 800 alunos participem das atividades, que incluem um teatro de fantoches e uma turma formada por pessoas com deficiência auditiva.

Também será feita uma ação educativa na fiscalização do uso do álcool. Policiais militares distribuirão etilômetros (bafômetros) descartáveis em bares e restaurantes para que os condutores verifiquem se têm condições de assumir a direção do veículo. Na semana, a fiscalização será ainda mais intensificada.
 
Sobre o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito
 
Programa do Governo do Estado de São Paulo, tem como principal objetivo reduzir pela metade os óbitos no trânsito no Estado até 2020. Inspirado na "Década de Ação pela Segurança no Trânsito", estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período de 2011 a 2020, o comitê gestor do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito é coordenado pela Secretaria de Governo e composto por mais nove secretarias de Estado: Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Transportes Metropolitanos, Planejamento e Gestão, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.  As secretarias são responsáveis por construir um conjunto de políticas públicas para redução de vítimas de acidentes de trânsito no Estado.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Dia do Educador Social (Para todo mundo saber).

Educador Paulo Freire - Arquivo


Câmara aprova criação do Dia do Educador Social.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, em caráter conclusivo, proposta que cria o Dia do Educador Social, a ser comemorado em 19 de setembro, data do nascimento de Paulo Freire. O texto aprovado segue para análise do Senado.

Relator na Comissão, o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) defendeu a aprovação da nova data, prevista no Projeto de Lei 2989/08, do ex-deputado Chico Lopes.

"A proposição respeita os dispositivos constitucionais de cunho material, estando em inteira conformidade com o ordenamento jurídico em vigor no País, bem como com os princípios gerais de Direito", observou o relator.

Nascido em Recife, Freire morreu em 1997, aos 76 anos. O educador e filósofo influenciou o movimento chamado pedagogia crítica. Sua prática didática fundamentava-se na crença de que o estudante assimilaria o objeto de análise fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
PL-2989/2008