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quinta-feira, 29 de março de 2018

Qual é a melhor forma de organizar as carteiras na sala de aula?

Imagem: ilustração.


Alguns formatos possíveis de organização e quais interações são favorecidas em cada um deles

Imagine uma situação em que você, educador, está na posição de quem aprende. Pode ser em um congresso, curso ou formação – até mesmo aquelas reuniões da secretaria. O que você prefere: passar todo o tempo sentado em intermináveis fileiras ou assumir uma postura mais participativa, com discussões em grupos ou círculos? "Os professores gostam de sair da 'pedagogia da nuca' – em que todos se vêem de costas – e interagir com os colegas. Mas quando você pergunta se fazem isso nas suas salas, pouquíssimos fazem", comenta Célia Senna, formadora de professores da consultoria INovAÇÃO.


A discussão sobre qual seria a melhor maneira de organizar os alunos na sala de aula acompanha a evolução da Pedagogia nas últimas décadas. O modelo tradicional, de fileiras individuais justapostas em linhas paralelas, tem sido posto em xeque por limitar o ensino à aula expositiva e não favorecer a interação entre alunos e entre estes e os professores. "No Brasil, em redes nas quais as concepções construtivistas entraram com mais força, a transformação da organização mais convencional em grupos ou círculos tornou-se a regra", conta Cláudia Dalcorso, sócia-fundadora da Elos Educacional.

Afinal, existe formato ideal? "Na verdade, isso depende da intencionalidade pedagógica, isto é, dos objetivos que o docente espera que os alunos alcancem", explica Marília Novaes, formadora de gestores da Comunidade Educativa Cedac. Segundo ela, não se trata de adotar um e abandonar o outro para garantir melhor aprendizado. "A sala pode e deve mudar conforme a necessidade do momento", defende.

O ponto central na escolha do formato deve contemplar o desenvolvimento de habilidades de colaboração e troca entre os colegas – o que nem sempre é fácil para quem está habituado à estrutura tradicional de sala de aula. Para compreender melhor as propostas e implicações de cada forma de organização, listamos as vantagens que oferecem no processo de ensino-aprendizagem.

Fileiras individuais ou U (meia-lua)

Os dois formatos permitem que o educador trabalhe aulas expositivas, apresentações em vídeo, filmes e situações em que é necessário o apoio da lousa. O esquema tradicional, porém, tem seus críticos. "Colocamos os alunos durante cinco horas olhando um para a nuca do outro e queremos que se sintam estimulados?", questiona Célia Senna. Para a especialista, a meia-lua ou U sai na frente. "Quando o aluno vê a sala como um todo, consegue interagir mais com os colegas, o que é muito favorável para a aprendizagem".



Esse formato proporciona contato visual entre todos os presentes e favorece o debate coletivo, além de manter a possibilidade de foco no professor e na lousa – que não precisa ser demonizada. Há momentos em que a lousa é a opção mais eficiente para apoiar uma explicação ou registrar as questões de uma discussão.

Já Cláudia Dalcorso acredita que há alguma utilidade nas fileiras, especialmente em ambientes espaciais mais limitados. "Em certos momentos, a aula tem um foco central, que pode ser uma exposição oral, um vídeo, o trecho de um filme, e a sala não possui espaço suficiente para acomodar todos os alunos e as mesas em formato de meia-lua".


Outro ponto que pode pesar na escolha tem muito mais a ver com a postura do professor e como ele se conecta à sala de aula. "É preciso considerar que o professor, às vezes, se sente mais confortável ao explicar um conteúdo para a sala em fileiras. Não precisamos descartar o modelo a priori, nem nos amarrarmos a ele", pondera Marília Novaes, da Cedac.

Duplas ou trios

Esse formato é recomendado para uma interação mais direta entre os alunos. "É uma composição muito utilizada em atividades de produção de texto e de alfabetização, em que se podem construir duplas produtivas", explica Claudia. O professor pode, por exemplo, propor uma atividade de escrita juntando um aluno com escrita ortográfica (isto é, que já domina a norma padrão da língua e é capaz de construções mais complexas) e outro que ainda não alcançou o mesmo nível, mas é criativo e pode ajudar na elaboração da história. Também pode unir um aluno alfabético e outro silábico para que troquem conhecimentos, ou ainda estudantes com saberes diferentes de matemática para resolver um problema que exige vários procedimentos.

Célia Senna atenta, no entanto, que na composição ideal, os integrantes das duplas não se sentam um ao lado da outro, mas um  de frente para o outro. O modelo favorece a interação e discussão entre os dois colegas. "Pode parecer só um detalhe, mas dirigir o olhar e a discussão dessa maneira são favorecidos", diz.

Grupos (quatro ou mais alunos)

Os grupos formados por um número maior de alunos são indicados nos casos em que é preciso levantar hipóteses, investigar diferentes itens e pluralizar o olhar sobre o objeto de aprendizagem. Aumentam-se as informações e olhares sobre o processo – com a possibilidade de desenvolver outras habilidades e competências que não são possíveis no trabalho individual. "Trabalhar em grupo – independentemente de você ser chefe ou funcionário – é algo que encaramos ao longo de toda a vida", diz Célia. "As dinâmicas de sala em que há trabalho em equipe favorecem esse desenvolvimento".



Habilidades como negociação, argumentação, responsabilidade compartilhada, divisão e delegação de tarefas são desenvolvidas à medida que as crianças se veem diante dos desafios do trabalho em equipe. Quando a formação de grupos é pontual, ou seja, acontece algumas vezes, é mais difícil desenvolver tais habilidades do que quando se cria uma dinâmica de equipe. "O grupo começa a se autogerir", explica a especialista. "Mas o professor deve observar essa dinâmica para intervir nos grupos em que um aluno, por exemplo, não está colaborando. Isso ajuda tanto esse indivíduo quanto o grupo a se desenvolver".


Para a formadora, a dinâmica de organização da sala vai ganhando agilidade à medida que os estudantes vão se familiarizando com a proposta. Idem para comportamento. "Os problemas de comportamento não são maiores do que quando os alunos estão enfileirados", defende Célia. De acordo com ela, a agitação é maior na formação ocasional de grupos, do que quando estão acostumados a trabalhar com esse formato.  "A questão de ter o 'controle' da turma também não desenvolve a autonomia dos estudantes".

E onde deve ficar a mesa do professor?

No modelo tradicional, a mesa do professor geralmente está localizada à esquerda da lousa, para não atrapalhar a visibilidade.



Saindo do modelo de fileiras, a mesa do professor pode ficar em qualquer lugar da sala, já que ele irá circular entre as equipes. Idem no semicírculo: a mesa fica fora da roda. Isso implica em maior mobilidade para o docente, que mantém os alunos em seu raio de visão, o que estimula o contato.



Por: Pedro Annunciato, Laís Semis (novaescola)



terça-feira, 27 de março de 2018

Morre Linda Brown, um ícone na luta contra a segregação racial, uma mulher do Kansas.

Linda Brown, em 1954, no Kansas; após ser recusada em escola pública por ser negra, pai da garota ajuizou processo contra Junta de Educação que culminou no fim de doutrina de segregação nas escolas americanas Foto: AP Photo


Após ser rejeitada em uma escola primária por ser negra, Brown foi o principal nome no processo judicial que pôs fim à divisão que regia a educação pública americana
 

WASHINGTON - Linda Brown, uma mulher do Kansas que na década de 1950 ficou famosa por um processo que proibiu a segregação racial nas escolas dos Estados Unidos, morreu aos 76 anos nesse domingo, 25, segundo a imprensa americana.

Nascida em Topeka, capital do Kansas, Brown tinha nove anos quando o seu pai, o reverendo Oliver Brown, tentou inscrevê-la em 1950 na escola pública primária mais próxima à casa da família.

A recusa da escola Summer School a aceitá-la por ser negra provocou quatro anos mais tarde a histórica decisão do processo "Brown vs. Board of Education" (Brown contra a Junta de Educação), no qual a Suprema Corte dos Estados Unidos pôs fim à doutrina "segregada, mas igual" que regia na educação pública americana desde 1896.

O Tribunal determinou que "separar (as crianças negras) de outras de idade e qualificações similares unicamente pela sua raça gera um sentimento de inferioridade quanto à sua posição na comunidade que pode afetar seus corações e mentes de um modo improvável de reverter".

Além disso, a Corte concluiu que a segregação era uma prática que violava a cláusula de "proteção igualitária" prevista na Constituição.

Embora Brown tivesse dado o nome, o processo agrupava vários casos recompilados pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) de estudantes afro-americanos rechaçados em instituições educativas ao redor do país.

Um porta-voz da funerária de Topeka confirmou à imprensa americana que Brown morreu neste domingo, 25, por razões que não foram informadas.

Em entrevista à emissora "PBS" em 1985, por ocasião do aniversário de 30 anos da sentença, Brown disse sentir que a decisão da Suprema Corte tinha tido "um impacto em todas as facetas da vida das minorias em todo o país".

"Eu penso em termos do que fez para nossos jovens, na eliminação desse sentimento de cidadania de segunda classe. Acho que fez com que os sonhos, as esperanças e as aspirações de nossos jovens sejam hoje maiores", acrescentou.

Embora tenha se tornado um ícone dos direitos civis, o "Brown" que nomeia o processo contra a Junta de Educação pertence ao seu pai, que foi quem levou o caso à Justiça e morreu em 1961. //EFE


Reprodução:@Digitalradiotv

quinta-feira, 22 de março de 2018

Relatório da UNESCO indica soluções baseadas na natureza para uma melhor gestão da água

    Relatório foi lançado durante evento no Fórum Mundial da Água. Foto: Jorge Cardoso/8º FMA



A infraestrutura cinza, ou seja, aquela construída pelo homem, foi por muito tempo considerada a principal forma de gestão da água no mundo. No entanto, soluções baseadas na natureza muitas vezes podem ser mais eficientes em termos de custo-benefício, de acordo com o coordenador e diretor do Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos (WWAP, na sigla em inglês) da UNESCO, Stefan Uhlenbrook.

Em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) durante o Fórum Mundial da Água, em Brasília (DF), o especialista afirmou que a chamada infraestrutura verde, ou soluções baseadas na natureza, como a agricultura de conservação, é subutilizada globalmente, respondendo por apenas 5% dos investimentos no setor de água.

As conclusões estão no relatório mundial sobre desenvolvimento dos recursos hídricos lançado nesta segunda-feira (19) pela UNESCO. O documento terá sua versão em português publicada na quinta-feira (22).

"As soluções baseadas na natureza não foram muito adotadas porque são consideradas complicadas e caras. Mas é o contrário. As soluções baseadas na natureza podem ter melhor custo-benefício do que as infraestruturas tradicionais construídas pelos seres humanos", disse.

As soluções baseadas na natureza são inspiradas e apoiadas pela natureza e usam, ou simulam, processos naturais a fim de contribuir para o aperfeiçoamento da gestão da água. Segundo Uhlenbrook, essas soluções têm como objetivo purificar a água, assim como desacelerar seus fluxos de forma a reduzir as enchentes ou o impacto das secas.

"Há três principais objetivos que podemos atingir com as soluções baseadas na natureza. Um deles é aumentar a disponibilidade de água, tanto para o consumo como para a agricultura e a indústria", explicou.

Outro objetivo, de acordo com o especialista, é aumentar a qualidade da água, que está se degradando devido a uma série de atividades humanas. O último é reduzir os riscos associados à água, como as secas e enchentes. "Todos são objetivos de gestão da água que podemos atingir com soluções baseadas na natureza e infraestrutura verde", disse.
Produção agrícola

A agricultura consome 70% da água disponível no mundo, a indústria outros 20% – incluindo a geração de energia elétrica – e o consumo doméstico, 10%, lembrou o especialista, em um cenário em que o mundo precisará aumentar em 50% sua produção de alimentos até 2050.

"Precisamos pensar em formas sustentáveis de aumentar a produção agrícola. Podemos fazer isso com sementes melhores e melhores práticas agrícolas. Mas a gestão da água é particularmente importante. Para podermos aumentar a disponibilidade de água para as plantas e a produção agrícola de maneira sustentável, isso tem a ver com a gestão da água nas fazendas", declarou.

O relatório estima que melhorar a gestão da água poderia aumentar a produção agrícola global em 20%. "Localmente, pode aumentar ainda mais, pode até dobrar. Mas depende das circunstâncias. Todos os países podem fazer isso, olhando para os investimentos que precisam ser feitos, equipando os agricultores com o conhecimento necessário para fazê-lo. É muito mais do que só dar dinheiro, é fazê-los ter a capacidade", declarou.

"É mobilizar recursos humanos, investimento em infraestrutura e em ferramentas socioeconômicas, como governança, arranjos institucionais, regulações, leis. É uma série de coisas que precisam acontecer."
Lançamento do relatório

O lançamento do relatório ocorreu durante painel realizado no Fórum Mundial da Água nesta segunda-feira (19), com a presença da diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay; do vice-presidente da ONU Água, Joakim Harlin; do diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim; e do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

No evento, Audrey afirmou que a paz é colocada em risco em um cenário de escassez de água e que o relatório se propõe justamente a buscar alternativas já existentes para mitigar esse problema. Segundo ela, o objetivo do documento é apoiar os governos em sua transição para melhores políticas de água. "A mensagem do relatório é alta e clara. Agora é hora de ação. Trabalhar com a natureza e não contra ela", declarou.

"Podemos não estar cientes dos serviços que a natureza nos proporciona. Podemos mimetizá-los. Muito da gestão de água é encontrada na natureza. Precisamos adotar soluções integradas à natureza na gestão da água", disse Harlin, da ONU Água, durante o painel. Para Solheim, da ONU Meio Ambiente, casos de sucesso em gestão da água precisam ser replicados globalmente.

Organizado a cada três anos, o Fórum Mundial da Água é o principal encontro global em que a comunidade de profissionais do setor hídrico e os formuladores de políticas trabalham para estabelecer os planos de ação de longo prazo sobre os desafios relacionados à água. Com mais de 150 países representados, o fórum visa aumentar a conscientização e reforçar o compromisso político com relação ao uso e à gestão da água.

Além do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, este ano acontece a abertura da Década Internacional de Ação "Água para o Desenvolvimento Sustentável" (22 de março de 2018 a 22 de março de 2028). A Década visa fortalecer a cooperação e a mobilização internacionais, a fim de contribuir para a realização dos ODS.

Informações à imprensa

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)

 Ana Lúcia Guimarães e Fabiana Pullen
 (61) 2106-3536, (61) 99966-3287, (61) 2106-3596, (61) 99601-6776
 gcomunicacao@unesco.org.br | a.guimaraes@unesco.org | f.sousa@unesco.org
 www.unesco.org/brasilia

terça-feira, 20 de março de 2018

Salário de parlamentar em Genebra é inferior ao de professor; não existe auxílio-moradia



Na Suíça, sem benefícios para os deputados


Guy Mettan, deputado e ex-presidente do Parlamento de Genebra, chega à sede do Poder Legislativo do cantão suíço em sua scooter. Não tem carro oficial. Tampouco tem uma vaga reservada apenas para ele diante do prédio histórico no centro da cidade.

Por vezes, Mettan confessa que vai ao trabalho com um motorista – o que conduz o ônibus público da cidade. Deputado já por 18 anos consecutivos, Mettan levou a reportagem do Estado aos corredores do Grand Conseil, o nome dado ao Parlamento do Cantão.

A região é uma das mais ricas do mundo, tem uma taxa de desemprego de 5,3% e é um dos pilares de um sistema financeiro que guarda em seus cofres trilhões de dólares. Genebra, de forma insistente, entra em todas as listas das cidades mais caras do mundo há anos.

Mas, para não atrapalhar o emprego dos cem representantes do povo, as sessões do Parlamento são todas organizadas no final da tarde, quando o expediente já terminou.

Não apenas o deputado ordinário não conta com um carro oficial, mas tampouco é beneficiado por qualquer tipo de transporte. Uma exceção é feita ao presidente do Parlamento que, caso esteja indo a um evento oficial, tem o direito de usar um veículo oficial. Mas apenas se ele for à reunião na condição de presidente da Câmara e não a título pessoal.

O auxílio-moradia não faz parte dos benefícios. Ao final de quatro anos de mandato, os deputados não ganham uma aposentadoria. Durante anos no "poder", não podem contratar parentes e ganham um voucher para fazer duas refeições por mês. Cada uma delas de 40 francos suíços (R$ 137). "Dá para uma pizza e um copo de vinho", brinca Mettan.

Na melhor das hipóteses, um deputado em Genebra vai somar um salário anual de 50 mil francos suíços (o equivalente a R$ 172 mil), cerca de 4,1 mil francos por mês. Isso se ele for o presidente do Parlamento e comparecer a todas às sessões. O cálculo de quanto Mettan e todos os demais recebem a cada mês é feito por hora. "Se você vem, você recebe. Se não, não recebe", disse o deputado, que conta que precisa assinar com seu próprio punho uma lista de presença a cada reunião.

Transformado em reais, o valor pode até parecer elevado. Mas, hoje, o pagamento ao presidente do Parlamento de Genebra é inferior à média de um salário de um fabricante de queijo, menor que a renda de um mecânico de carros na Suíça, de uma secretária, de um policial, de um carpinteiro, de uma professora de jardim de infância, de um metalúrgico e de um motorista de caminhão. Ele, porém, é equivalente ao salário médio de um açougueiro da cidade alpina.

Para um deputado "ordinário", o salário é muito inferior ao do presidente do Parlamento. Por ano, eles chegam a receber cerca de 30 mil francos suíços, o equivalente ao pagamento médio atribuído a um artista de circo ou a um ajudante de cozinha, postos ocupados em grande parte por imigrantes.

No Brasil, o salário de um deputado estadual chega a R$ 25.300 por mês em São Paulo, por exemplo. Além disso, os parlamentares brasileiros têm direito a uma verba mensal (o chamado 'cotão'), que pode superar R$ 30 mil, para custeio de gastos de alimentação, transporte, passagens aéreas e despesas de escritório.

Empregos originais

Mettan explica que a função de deputado consome apenas 25% do seu tempo de trabalho e que, por conta do salário baixo, todos são orientados a manter seus empregos originais, mesmo depois de eleitos.

"Na Suíça, a política é considerada como um envolvimento popular", explicou. "É um sistema de milícia. Ou seja, não é um sistema profissional. Somos obrigados a ter um emprego paralelo, de ter uma profissão paralela. Não se pode viver com essa indenização", admitiu o deputado suíço. "Não existe deputado profissional", completou ele.

Jamil Chade, correspondente / Genebra, O Estado de S.Paulo
Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
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sábado, 27 de janeiro de 2018

Jovens brasileiros participam do Fórum da Juventude da ONU em Nova Iorque



Dois jovens brasileiros participarão do Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), que será realizado em Nova Iorque nos dias 30 e 31 de janeiro. Lorenna Vilas Boas, de Salvador (BA), e Daniel Canabrava, do Gama (DF), são ex-alunos do Programa Embaixadores da Juventude, uma iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A dupla vai liderar uma atividade sobre mobilidade urbana organizada pela representação da agência da ONU no Brasil, que também comparecerá ao encontro.



Daniel Canabrava é um dos brasileiros que participarão do Fórum da Juventude do ECOSOC. Foto: UNODC

Dois jovens brasileiros participarão do Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), que será realizado em Nova Iorque nos dias 30 e 31 de janeiro. Lorenna Vilas Boas, de Salvador (BA), e Daniel Canabrava, do Gama (DF), são ex-alunos do Programa Embaixadores da Juventude, uma iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A dupla vai liderar uma atividade sobre mobilidade urbana na América Latina.

A equipe do UNODC no Brasil coordenará um dos painéis que ocorrem paralelamente ao Fórum da Juventude. Roda de debates, liderada por Lorenna e Daniel e mediada pelo UNODC, abordará desafios de mobilidade urbana enfrentados pelos jovens da América Latina. É a primeira vez em que um escritório brasileiro de organismo da ONU coordena uma das atividades realizadas no âmbito do Fórum.

O painel ocorrerá no dia 31 de janeiro, às 16h15 (horário de Brasília) e será transmitido ao vivo na internet pela página de transmissão das Nações Unidas. Para acompanhar, clique aqui.

Neste ano, o tema do Fórum do ECOSOC é o papel da juventude na construção de cidades e áreas rurais sustentáveis e resilientes. Resiliência é a capacidade de comunidades de se adaptar e crescer, mesmo diante de desastres naturais e problemas como sistemas de transporte ineficientes, corrupção, violência e altas taxas de desemprego. O evento é um dos mais importantes espaços de discussão do Sistema ONU de temas relacionados à juventude. Mais de 500 defensores dos direitos dos jovens são aguardados no encontro, que terá a participação também de ministros de governo e de oficiais das Nações Unidas.

Participação brasileira

Entre os jovens brasileiros que participarão do Fórum, o Grupo Interagencial de Juventude da ONU Brasil selecionou dois ex-participantes do Programa Embaixadores da Juventude, iniciativa do UNODC em parceria com o Instituto Caixa Seguradora.

Lorenna Vilas Boas, de 19 anos, é moradora do bairro de Candelas, região metropolitana de Salvador, e está engajada em projetos de tecnologia social e robótica desde a infância. A estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) já representou o Brasil durante a Intel International Science Fair 2017, em Los Angeles. Hoje, Lorenna representa o movimento iamtheCODE, iniciativa internacional que mobiliza ações sociais para incentivar a participação feminina nas áreas de robótica e programação.

Daniel Canabrava, de 24 anos, mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e morador do Gama, Distrito Federal, já participou de projetos para infraestrutura urbana e ambiental e para assentamentos precários, integrando comunidades locais em planejamentos urbanos.
Lorenna Vilas Boas participará do Fórum da Juventude do ECOSOC. Foto: UNODC


Lorenna Vilas Boas participará do Fórum da Juventude do ECOSOC. Foto: UNODC

O Programa Embaixadores da Juventude foi criado em 2016 com o propósito de capacitar jovens em contextos de vulnerabilidade social na temática dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O curso já formou mais de 70 jovens em três edições. Daniel e Lorenna participaram das edições de 2017, uma em Brasília e outra em Salvador.

"Para mim, é uma honra poder reportar a voz da juventude brasileira neste Fórum, especialmente a da juventude feminina negra, que em muitas esferas ainda é sub-representada no nosso país", afirma a baiana.

Lorenna e Daniel vão liderar o painel do UNODC, que será organizado como uma roda de debates, com jovens latino-americanos, especialistas e tomadores de decisão. O objetivo é refletir, em um espaço de discussão horizontal, sobre os desafios enfrentados pelos países da América Latina para promover sistemas de transporte urbano sustentáveis. Diálogos buscarão esclarecer como a juventude é colocada no centro deste assunto.

Para a atividade, o UNODC também conta com o apoio da organização 100 Cidades Resilientes, da Fundação Rockefeller.

Rodrigo, ponto focal de Juventude do escritório do UNODC no Brasil e mediador do debate em Nova Iorque, destaca a importância do painel. "Pela primeira vez, colocamos a juventude latino-americana em um lugar de destaque no Fórum. Este grande passo reforça o potencial de nossos jovens em assumir papel-chave na consolidação de cidades mais coerentes, seguras e eficientes para as gerações futuras."

Esta é a terceira edição do Fórum da qual participam jovens brasileiros selecionados pelo UNODC. Em 2017, Alexandre Carvalho, de 25 anos, Fatima Moreira, de 22, e Jade dos Santos, de 22, também formados pelo Programa Embaixadores da Juventude, participaram da sexta edição da Conferência.


Para informações à imprensa:
Rodrigo Araujo – ponto focal de juventude do UNODC no Brasil

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Secretaria Municipal de Saúde autorizou a abertura de unidades básicas de saúde (UBSs) no feriado de aniversário de São Paulo, 25 de janeiro.

Após anunciar que a vacinação fracionada contra a febre amarela seria aplicada somente a partir do dia 26 de janeiro por causa do feriado de aniversário da cidade de São Paulo, a Prefeitura decidiu antecipar o início da vacinação para a próxima quinta-feira (25) para conter o desespero da população.


A lista compreende unidades de 16 bairros nas Zonas Sul e Leste da capital paulista e foi publicada no Diário Oficial da cidade no sábado (20).

As unidades básicas irão ficar abertas nos dias 25 e 26 de janeiro de 2018, para imunizar a população contra febre amarela.

Unidades na Zona Leste que estarão abertas:

- Cidade Tiradentes UBS Barro Branco

-Cidade Tiradentes UBS Carlos Gentile de Melo

- Cidade Tiradentes UBS Castro Alves

- Cidade Tiradentes UBS Cidade Tiradentes I

- Cidade Tiradentes UBS Dom Angélico

- Cidade Tiradentes UBS Fazenda do Carmo

- Cidade Tiradentes UBS Ferroviários

- Cidade Tiradentes UBS Gráficos

-Cidade Tiradentes UBS Inácio Monteiro

- Cidade Tiradentes UBS Jardim Vitória

-Cidade Tiradentes UBS Prefeito Prestes Maia

- Cidade Tiradentes UBS Profeta Jeremias

- Guainases UBS Celso Daniel

- Guainases UBS Guaianases II

- Guainases UBS Jd. São Carlos

- Guainases UBS Jd. Soares

- Guainases UBS Juscelino

-Guainases UBS Vila Cosmopolita

- Parque do Carmo UBS Gleba do Pêssego

-Parque do Carmo UBS Jardim Copa

- Parque do Carmo UBS Jardim Helian

-Parque do Carmo UBS Nossa Senhora do Carmo

- Parque do Carmo UBS Santo Estevão

- Cidade Líder UBS Jardim Santa Maria

- Cidade Líder UBS Jardim Santa Terezinha

- Cidade Líder AMA/UBS Integrada Cidade Líder I

-Cidade Líder UBS Jardim Marília

- Cidade Líder AMA/UBS Integrada Jardim Brasília

- Cidade Líder AMA/UBS Integrga Vila Itapema

- José Bonifácio UBS Jardim São Pedro

- José Bonifácio UBS José Bonifácio I

- José Bonifácio UBS José Bonifácio II

-José Bonifácio AMA/UBS Integrada José Bonifácio III

- Iguatemi Pq. Boa Esperança

- Iguatemi Jd. Das Laranjeiras

- Iguatemi Jd Roseli

- Iguatemi RecantoVerde Sol

- Iguatemi Jd Conquista II

- Iguatemi Jd Conquista III

- Iguatemi CDHU/Palanque

- São Rafael UBS's Jd Colorado,

-São Rafael Pq. São Rafael


-São Rafael Jd. Carrãozinho

- São Rafael Jd Rio Claro

- São Rafael Jd Santo André

-São Rafael Jd São Francisco II

-São Rafael Jd Conquista I

-São Mateus Jd Tiete I

- São Mateus São Mateus I

- São Mateus IV Centenário

- São Mateus Santa Bárbara

- São Mateus Jd Colonial

-São Mateus Jd Paraguaçu

- São Mateus Jd Tiete II

-São Mateus Jd Nove de Julho

Veja as unidades que estarão abertas na Zona Sul de São Paulo:

-Capão Redondo AMA/UBS Integrada Pq Fernanda

-Capão Redondo UBS Jd Maracá

-Capão Redondo UBS Jd Comercial

-Capão Redondo UBS Jd Germânia

-Capão Redondo UBS Jd Macedônia

-Capão Redondo UBS Jd Magdalena

-Capão Redondo UBS Jd São Bento

-Capão Redondo UBS Luar do Sertão

-Capão Redondo UBS Pq Engenho II

-Capão Redondo UBS Valquiria

-Capão Redondo UBS Jd Lídia

-Capão Redondo UBS Jd Eledy

-Vila Andrade UBS Dr Vittório Rolando Bocaletti - V Praia

-Vila Andrade UBS Paraísopolis I

-Vila Andrade UBS Paraísopolis II

-Vila Andrade UBS Paraísopolis III

-Campo Limpo AMA/UBS Integrada Prel Prof. Antonio B. de Oliveira

-Campo Limpo UBS Pq Regina

-Campo Limpo UBS Alto do Umuarama

-Campo Limpo UBS Campo Limpo

-Campo Limpo UBS Campo Limpo - Dr. Francisco S. Sobrinho (Arrastão)

-Campo Limpo UBS Jd das Palmas

-Campo Limpo UBS Jd Helga

-Campo Limpo UBS Jd Mitsutani

-Campo Limpo UBS Jd Olinda

-Campo Limpo UBS Pq Arariba CEO II

- M'Boi Mirim AMA/UBS Integrada Jd Capela

- M'Boi Mirim AMA/UBS Integrada Pq Novo Santo Amaro

-M'Boi Mirim UBS Alto da Rivieira

-M'Boi Mirim UBS Chacara Santa Maria

- M'Boi Mirim UBS Cidade Ipava

-M'Boi Mirim UBS Horizonte Azul

- M'Boi Mirim UBS Integral Vera Cruz (Data Inaug 24/08/2013)

- M'Boi Mirim UBS Jd Aracati

- M'Boi Mirim UBS Jd Caiçara

-M'Boi Mirim UBS Jd Coimbra


-M'Boi Mirim UBS Jd Guarujá

-M'Boi Mirim UBS Jd Herculano

- M'Boi Mirim UBS Jd Nakamura

- M'Boi Mirim UBS Jd Paranapanema

- M'Boi Mirim UBS Pq do Lago

- M'Boi Mirim UBS Santa Lúcia

-M'Boi Mirim UBS Santa Margarida

-M'Boi Mirim UBS V Calu

- M'Boi Mirim AMA/UBS Integrada Jd Alfredo

- M'Boi Mirim AMA/UBS Integrada Pq Figueira Grande

- M'Boi Mirim AMA/UBS Integrada Pq Santo Antonio CEO I

-M'Boi Mirim UBS Brasilia

-M'Boi Mirim UBS Chacara Santana

- M'Boi Mirim UBS Jd Celeste

- M'Boi Mirim UBS Jd Sousa

-M'Boi Mirim UBS Jd Thomas

- M'Boi Mirim UBS Novo Caminho

- M'Boi Mirim UBS Novo Jardim I

- M'Boi Mirim UBS V das Belezas - Alberto Ambrosio

-M'Boi Mirim UBS Zumbi dos Palmares

- Pedreira AMA/UBS Integrada Pq Doroteia

-Pedreira UBS Jd Apurá

-Pedreira UBS Laranjeiras

-Pedreira UBS Mar Paulista

- Pedreira UBS Mata Virgem

-Pedreira UBS Vila Aparecida

-Pedreira UBS Guacuri

-Pedreira UBS Jd Selma

-Grajaú AMA/UBS Integrada Jd Castro Alves

-Grajaú AMA/UBS Integrada Jd Mirna

-Grajaú UBS Alcina Pimentel Piza

-Grajaú UBS Cantinho do Céu

-Grajaú UBS Chacara do Conde

-Grajaú UBS Chacara do Sol

-Grajaú UBS Chacara Sto Amaro

-Grajaú UBS Gaivotas

-Grajaú UBS J Novo Horizonte

-Grajaú UBS Jd Eliane

-Grajaú UBS Jd Três Corações

-Grajaú UBS Varginha

-Grajaú UBS Vila Natal

-Grajaú UBS/ESF Pq Res Cocaia Independente

-Cidade Dutra AMA/UBS Integrada Jd Icarai- Quintana

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Estreia de Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro,comemora os 20 anos do grupo O Buraco d’Oráculo


Ilustração: Jadiel Lima

Contemplado pela a 5ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro, o grupo paulistano O Buraco d'Oráculo comemora 20 anos de história com a montagem de Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro, cuja estreia ocorre no formato de circulação pelas cinco regiões da cidade de São Paulo.

As 20 apresentações, grátis, acontecem no período de 4 de fevereiro a 25 de março, privilegiando os espaços públicos ocupados por coletivo de artes.

O espetáculo, dirigido por Elizete Gomes, é uma intervenção urbana, um mosaico de poemas extraídos da obra de Ray Lima que foram costurados dramaturgicamente a partir do conceito da cenopoesia: expressão artística que mistura imagens, gestos, canções e palavras na composição de uma mesma expressão artística. Os fragmentos poéticos que permeiam a encenação convergem para um tema central: a séria questão político-social da disputa de poder.

Em cena, os atores Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira interpretam poemas em formato de cenas, de poesia teatralizada que transita com leveza entre o cômico e o dramático, provocando o espectador, seja pela sutileza poética ou pela contundência dos temas sociais. Desta forma, O Buraco d'Oráculo ultrapassa os limites do teatro prosaico e do recital de poesias. As cantigas originais, executadas ao vivo, foram criadas por Júnior Santos e Ray Lima.

Os locais de apresentação são: Praça do Casarão (Jardim Helena), Teatro Flávio Império (Cangaíba), Teatro Pandora (Perus), Ocupação Casa no Meio do Mundo (Jardim Brasil), Largo São Bento (Centro), Cine Campinho (Jardim Bandeirantes), Conjunto Residencial Prestes Maia (Cidade Tiradentes), Centro Cultural Arte em Construção (Cidade Tiradentes) e Sarau Pretas Peri (Itaim Paulista), Comunidade Quilombaque (Perus), Ocupação Coragem (Itaquera), Parque São Rafael, Largo do Campo Limpo, Casa de Cultura Salvador Ligabue (Freguesia do Ó), Arsenal da Esperança (Bresser), CDC Vento Leste (Cidade Patriarca) e Ocupação Canhoba (Perus).

Segundo a diretora, a intervenção "faz uma colagem da obra do poeta Ray Lima, explorando diversos sinais, signos, sons, cores, movimentos, objetos e palavras que, somados, funcionam como dispositivos para a manifestação da liberdade entre os atores e o público".  Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro é uma aposta do Buraco d'Oráculo no tênue limite entre a realidade e a representação artística, onde a mediação entre esses dois pontos é feita pelo espectador que ora atua, ora contempla, inserido em um espaço cênico profanado, que se move apenas pela força lírico-dramática-épica da cenopoesia.

Ficha técnica

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro
Textos e dramaturgia: Ray Lima
Direção: Elizete Gomes
Elenco: Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira
Concepção de figurinos e adereços: Luciano Wieser com colaboração de Raquel Durigon
Músicas: Júnio Santos e Ray Lima
Preparação vocal: Cadu Wintter
Colaboração dramatúrgica: Luciano Carvalho
Projeto gráfico: Jadiel Lima
Cenotécnico: Romison Paulo
Produção e idealização: O Buraco d'Oráculo
Apoio: Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo – 5ª Edição/2016

Sinopse: Intervenção teatral que utiliza a poesia de forma dramatúrgica, a partir dos princípios da cenopoesia em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam. Os poemas aparecem em cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética e também de forma contundente tocando em temas sociais.

Programação

·         4/2 (domingo, às 17h) – Pré-estreia
Local: Praça do Casarão - Rua São Gonçalo do Rio das Pedras, S/N - Vila Mara, São Miguel Paulista (estação Jardim Helena/Vila Mara da CPTM).

·         17 e 18/2 (sábado e domingo, às 17h)
Local: Teatro Flávio Império - Rua Prof. Alves Pedroso, 600 - Engenheiro Goulart, Cangaíba. Tel: (11) 2621-2719.

·         23/2 (sexta, às 19h)
Local: Ocupação CORAGEM - COHAB II - Rua Vicente Avelar, 53 - José Bonifácio, Itaquera (estação José Bonifácio da CPTM).

·         24/2 (sábado, às 16h)
Local: Parque São Rafael
Praça Oswaldo Luiz da Silveira, S/N - Parque São Rafael. (Região do Grupo Rosas Periféricas).

·         25/2 (domingo, às 16h)
Local: Largo do Campo Limpo
Largo do Campo Limpo S/N – Campo Limpo. (Região do Bando de Trapos / CITA).

·         2/3 (sexta, às 20h30)
Local: Casa de Cultura Salvador Ligabue (Biblioteca) - Largo da Matriz, S/N - Freguesia do Ó.
·         3/3 (sábado, às 19h)
Local: Comunidade Quilombaque - Travessa Cambaratiba, 5 - Perus.

·         4/03 (domingo, às 17h)
Local: Arsenal da Esperança - Rua Dr. Almeida Lima, 900 - Bresser.

·         9/03 (sexta, às 20h)
Local: CDC Vento Leste (Clube da Comunidade) - Rua Frederico Brotero, 60 – Jardim Tirana, Cidade Patriarca. (Espaço de atuação do Coletivo Dolores).

·         10/3 (Sábado, às 16h)
Local: Ocupação Artística Canhoba - Rua Canhoba, 299 – Vila Fanton, Perus. (Espaço do Grupo de Teatro Pandora).

·         11/3 (domingo, às 16h)
Local: Ocupação Casa no Meio do Mundo - Rua Itamonte, 2008 - Jardim Brasil. (Espaço do Coletivo Casa no Meio do Mundo).

·         15 e 16/3 (quinta e sexta, às 17h)
Local: Largo São Bento - Centro. Metrô São Bento.

·         17/3 (sábado, às 17h)
Local: Cine Campinho - Rua Alessio Prates, S/N - Jardim Bandeirantes. (Espaço do Coletivo Cine Campinho).

·         18/3 (domingo, às 16h)
Local: Conjunto Residencial Prestes Maia - Praça José Ribeiro Carvalhais, S/N - Cidade Tiradentes.

·         22 e 23/3 (quinta e sexta, às 17h)
Local: Largo São Bento - Centro. Metrô São Bento.

·         24/3 (Sábado, às 19h)
Local: Centro Cultural Arte em Construção - Av. dos Metalúrgicos, 2100 - Cidade Tiradentes. (Espaço do grupo Pombas Urbanas).

·         25/3 (domingo, às 17h)
Local: Sarau Pretas Peri - Rua Manuel Álvares Pimentel, 432 / 442 - Jardim Camargo Velho, Itaim Paulista.


Serviço

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro
Circulação: 4 de fevereiro a 25 de março
Ingressos: Grátis.
Classificação: Livre. Duração: 50 min. Gênero: Teatro de rua (Cenopoesia)
Informações: (11) 98152-4483
Programação completa: http://www.buracodoraculo.com.br/


Cenopoetizar é perceber a vida ato de recriação constante, onde o cenopoeta
de corpo inteiro age cultura adentro,
rompendo com as barreiras do individualismo,
do ser ilhado e egoísta das multidões do consumo,
restabelecendo o diálogo ancestral entre ser e existir com o outro,
com  o prazer, a espontaneidade e o respeito de uma
criança que brinca à beira de um rio caudaloso
a interagir e aprender com o perigo de viver, sem medo de existir dignamente.
É arte que segue, vida que continua.
(Lima, Ray)


Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel (11) 2738-3209 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br

Grupo O Buraco d'Oraculo - Fazendo teatro desde 1998


domingo, 21 de janeiro de 2018

Hanseníase

O que é:

Hanseníase, lepra, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen) que causa danos severos a nervos e à pele. A denominação hanseníase deve-se ao descobridor do microrganismo causador da doença, dr. Gerhard Hansen. O termo lepra está em desuso por sua conotação negativa histórica.

A hanseníase é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de dois a cinco anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. O portador de hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico. Pode atingir crianças, adultos e idosos, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo. Pode causar incapacidade ou deformidades quando não tratada ou tratada tardiamente, mas tem cura. O tratamento geralmente é fornecido por sistemas públicos de saúde (como o brasileiro Sistema Único de Saúde).


Transmissão:

A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto.

A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas (a alta prevalência de lepra em crianças é indicativo de um alto índice da doença em uma região).

Noventa por cento (90%) da população exposta à bactéria tem resistência ao bacilo de Hansen (M. leprae), causador da hanseníase, e conseguem controlar a infecção sem sintomas. As formas contagiantes são a lepromatosa/virchowiana/multibacilar e a limítrofe/borderline. Após 15 dias de tratamento os portadores já não transmitem mais a lepra.


Sinais e sintomas

Essa bactéria, assim como o da tuberculose, é bastante lento para se reproduzir a ponto de causar sintomas, de modo que o tempo de incubação após a infecção é de 2 a 7 anos.

Um dos primeiros efeitos da hanseníase, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.

A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). A partir do estado inicial, a lepra pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. A lepra pode adotar também vários cursos intermediários entre estes dois tipos de lepra, sendo então denominada lepra dimorfa.


Leia este artigo na íntegra em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lepra

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A educação clandestina no Gueto de Varsóvia


Crianças e adultos judeus, retirados à força e enviados aos campos de extermínio pelos nazistas, após o levante do Gueto de Varsóvia, em 1943. A foto, de autor desconhecido, que se tornou um dos retratos mais pungentes da Segunda Guerra Mundial, fazia parte do relatório enviado a Heinrich Himmler, comandante-geral da SS (foto: Wikimedia Commons)

A invasão da Polônia pela Alemanha nazista, em 1º de setembro de 1939, é considerada o início oficial da Segunda Guerra Mundial. A ocupação alemã da porção ocidental do território polonês perdurou até o final da guerra, em 1945. Para os judeus da Polônia, sob o domínio nazista a vida transformou-se em um pesadelo que começou no primeiro dia e, ao longo de seis anos, provocou a morte de 90% da população judaica, cerca de 2,9 milhões de pessoas.

Os judeus não foram as únicas vítimas. Nos seis campos de extermínio construídos pelos alemães na Polônia (Auschwitz-Birkenau, Treblinka, Belzec, Chelmno, Sobibór e Majdanek), milhões de não judeus foram também sistematicamente assassinados: comunistas, eslavos, ciganos, portadores de deficiências físicas ou mentais e outras pessoas que a ideologia nazista classificava com Untermenschen ("sub-humanos").

Nesse cenário diabólico, o pior e o melhor da natureza humana vieram à tona. Em contraste com os simpatizantes do nazismo que entregavam seus vizinhos "indesejáveis" para as forças de ocupação e para a morte, milhares de poloneses arriscaram suas vidas para esconder judeus e outros perseguidos. Um eloquente exemplo do melhor foi a educação clandestina promovida no Gueto de Varsóvia, onde os nazistas haviam confinado a população judaica da capital e de outras localidades.

Apesar do muito que já se disse sobre o Holocausto, essa passagem da história era pouco conhecida. Agora, ela foi posta ao alcance do público leitor brasileiro pelo livro Gueto de Varsóvia: educação clandestina e resistência, de Nanci Nascimento de Souza, publicado com apoio da FAPESP.

"Li vários livros que mencionavam de passagem a educação como uma das formas de resistência praticadas pelos judeus no contexto do nazismo e da Segunda Guerra Mundial. Ao me interessar pelo tema, imaginei que iria reunir essas pequenas citações para compor um quadro. Não tinha ideia de tudo o que iria encontrar. Foi por meio do Instituto Histórico Judaico de Varsóvia [Jewish Historical Institute Warsaw] que entrei em contato com o extraordinário arquivo reunido pelo historiador, político e educador judeu-polonês Emanuel Ringelblum [1900-1944], que viveu no Gueto", disse Souza à Agência FAPESP.

Graduado pela Universidade de Varsóvia, onde se doutorou em 1927 com uma tese sobre a história dos judeus poloneses durante a Idade Média, Ringelblum era um entusiasta da língua iídiche e da causa socialista. Participou da ala esquerda do partido Poale Zion (Trabalhadores de Sião), de orientação marxista. E desenvolveu intensa atividade social, política e cultural.

"Ele se opunha ao uso do hebraico em substituição ao iídiche. Esse idioma, que era a língua das pessoas comuns, foi extremamente valorizado por Ringelblum", disse Souza.

Quando os nazistas invadiram a Polônia, Ringelblum estava em Genebra (Suíça), participando de um congresso como representante do partido. Poderia ter aproveitado a oportunidade para fugir para os Estados Unidos, como outros fizeram, mas considerou que era seu dever regressar a Varsóvia, para "estar junto com todos os judeus". Ele e sua família foram confinados no Gueto.

"Os nazistas implantaram o Gueto no local onde ficava o antigo bairro judaico de Varsóvia. Mais de 450 mil pessoas foram comprimidas nesse espaço exíguo. E a área foi progressivamente reduzida ao longo da ocupação. Também foram progressivamente restringidas as condições básicas de vida", disse Souza.

"Os judeus não tinham direito ao ensino, à cultura, à prática da religião. Os alimentos ficaram cada vez mais escassos, a comida que podia ser produzida no interior do Gueto não era suficiente, e a fome tornou-se crônica. Em muitos internatos, por falta de recursos, as crianças ficavam nuas, mesmo nos meses frios", disse.

Segundo a pesquisadora, o Gueto se transformou em um espaço de exclusão, desumanização e aniquilamento, "uma antessala dos campos de extermínio".

Ela explica que, em dezembro de 1940, quando o Gueto já havia sido fechado hermeticamente, os professores judeus decidiram assumir o risco de educar as crianças menores de 14 anos – que eram mais de 30 mil em idade escolar na época.

"Improvisaram, em diversas casas, escolas clandestinas. Providenciaram alimentos, roupas e condições mínimas de higiene. Ensinaram o idioma iídiche, literatura, matemática. Transmitiram noções sobre direitos, valores éticos e solidariedade. E devolveram às crianças o direito à infância – inclusive com a oportunidade de brincar", disse.

Paralelamente, a essa atividade educacional e assistencial, esses educadores, de orientação progressista, promoveram uma campanha no Gueto para que todos passassem a falar em iídiche, considerado a língua nacional judaica. Aqueles que não sabiam deveriam aprender. E um teatro de alto nível, em iídiche, foi produzido sob as condições mais adversas.

Nesse contexto, ao lado de sua incansável atividade como educador, Ringelblum criou um grupo, chamado Oyneg Shabbos ("A Alegria do Shabat", em iídiche), para recolher informações, materiais e depoimentos e registrar tudo o que acontecia no Gueto.

Intelectuais e pessoas comuns integravam esse grupo, que atuava clandestinamente, colecionando diários, documentos, cartazes e tudo o que pudesse dar conta do que era a vida dessa comunidade confinada, para que nada fosse esquecido, e, mesmo que a vida fosse subtraída, a memória perdurasse. Cerca de 25 mil folhas foram reunidas pelo grupo, guardadas em latões de leite vazios e escondidas em diversos edifícios.

Histórias da Repressão e da Resistência

Em 19 de abril de 1943, os habitantes do Gueto se insurgiram contra a decisão nazista de transportar a população judaica remanescente para o campo de extermínio de Treblinka. O levante foi duramente reprimido pelas forças da SS (Schutzstaffel), a criminosa tropa de elite nazista, e o Gueto foi incendiado. Cerca de 13 mil judeus morreram, a metade queimada viva ou sufocada pela fumaça.

Ringelblum e sua família conseguiram escapar e se refugiar no "lado ariano" de Varsóvia. Mas, em 7 de março de 1944, a Gestapo (Geheime Staatspolizei), a polícia secreta nazista, descobriu seu esconderijo. Ele, seus familiares e os poloneses que os esconderam foram fuzilados na prisão.

Ringelblum deixou para a posteridade o extraordinário legado de seu arquivo, grande parte do qual foi recuperada entre os escombros de Varsóvia após o final da guerra. Um pouco do conteúdo desse vasto material está disponibilizado agora pelo livro de Souza, como um tributo ao papel da educação no aperfeiçoamento da humanidade.

O livro Gueto de Varsóvia: educação clandestina e resistência integra a coleção Histórias da Repressão e da Resistência, produzida pelo Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER), coordenado pela professora Maria Luiza Tucci Carneiro no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

Leia mais sobre pesquisas produzidas pelo LEER em http://agencia.fapesp.br/24988.


José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP


domingo, 14 de janeiro de 2018

As lágrimas que não choramos, são mais cálidas e importantes, do que aquelas que se encenam no teatro do rosto

Imagem: arquivo


Uma pessoa sensível
                                    Quando alguém ofende, machuca;
Uma pessoa hipersensível
                                              Quando alguém ofende, estraga o dia;


Uma pessoa sensível
                                   Se preocupa com a dor dos outros;
Uma pessoa hipersensível
                                              Vive a dor dos outros;


Uma pessoa sensível
                                     Se preocupa com o amanhã;
Uma pessoa hipersensível
                                              Vive os problemas do amanhã;




O que vai transformar uma pessoa, em "ser rica emocionalmente", é, "quanto mais ela faz muito do pouco"!


Augusto Jorge Cury, Dr. - é um escritor de psiquiatria e libertação do EU para se tornar diretor da sua própria história. Seus livros já venderam mais de 25 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 70 países