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domingo, 23 de junho de 2019

Agenda Cultural RJ



EBC
21 a 27 de junho
AGENDA
cultural
Rio de Janeiro
Amigo leitor,
Queremos melhorar sua experiência e para isso estamos aperfeiçoando a forma de envio da Agenda Cultural. A nova ferramenta torna nossa comunicação mais eficiente, responsiva e leve. É possível que o conteúdo da mensagem não carregue automaticamente no seu aplicativo de e-mail e, para visualizá-lo, basta clicar no botão "exibir imagens" ou equivalente aqui em cima, no cabeçalho dessa mensagem. Teve dificuldades? Conta pra gente o que achou?
MÚSICA
CÁSSIA ELLER, O MUSICAL

O musical tem direção de João Fonseca e Viniciús Arneiro, idealização de Gustavo Nunes e produção da Turbilhão de Ideias Entretenimento. O texto é de Patrícia Andrade, que flagra Cássia ainda antes do início da carreira e acompanha toda a sua trajetória musical – dos primeiros passos como cantora em Brasília a sua explosão nacional – sem deixar de lado seus amores, em especial Maria Eugênia, sua companheira com quem criou o filho Chicão. A autora fez um amplo mergulho na obra de Cássia Eller e entrevistou familiares e amigos, que a ajudaram a construir um mosaico fiel sobre a história da cantora. A direção musical é de Lan Lanh, que tocou anos com Cássia e tem total propriedade na obra da cantora. O roteiro passeia desde uma criação autoral quase obscura, como "Flor do Sol", até algumas canções que ficaram imortalizadas por ela, como "Malandragem" (Cazuza/Frejat), "Socorro" (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz) e "Por Enquanto" (Renato Russo). O amigo Nando Reis, que é também personagem do espetáculo, comparece com várias composições no repertório, como ''All Star", "O Segundo Sol", "Relicário", "Luz dos Olhos" e "E.C.T.", entre outras. Cássia Eller é interpretada no musical por Tacy de Campos, atriz e cantora de Curitiba que foi escolhida entre mais de 1.000 candidatas que se inscreveram para as audições, quando foi definido também todo o elenco, que conta ainda com Eline Porto, Emerson Espíndola, Juliane Bodini, Jana Figarella, Jandir Ferrari, Thainá Gallo. De 20 de junho a 07 de julho, sexta às 21h, sábado às 17h e 21h e domingo às 19h. No Teatro VillageMall – Shopping VillageMall Av. das Américas, 3.900 – 160 – Barra da Tijuca. Ingressos a partir de R$ 25.


 
DE COISAS QUE APRENDI COM ELIS

Em cartaz de sexta a domingo nos últimos dois fins de semana de junho, produção reverencia a carreira da pimentinha com grande qualidade musical e roteiro afetivo na voz da cantora mineira. No show, a cantora Isabela Morais revisita o repertório de Elis Regina num olhar apaixonado sobre o legado da artista gaúcha, tida como a maior intérprete da música popular brasileira. com cenário inspirado no álbum "elis, essa mulher", a produção mineira passeia pela própria história da música brasileira a partir de um recorte afetivo sobre o repertório consagrado pela pimentinha, incluindo clássicos como "madalena", "como nossos pais" e "romaria" e igualmente um mergulho no lado b, com músicas como "rancho da goiabada" e "cobra criada". Dias 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de junho, sexta e sábado às 19:30, domingo às 18:00. No Teatro João Caetano - Praça Tiradentes, s/n – centro. Ingressos a partir de R$ 30.

 
QUARTETO DA GUANABARA CELEBRA 50 ANOS

Um dos mais tradicionais conjuntos de câmera do Brasil, o Quarteto da Guanabara acaba de completar 50 anos de existência. E para celebrar tamanha longevidade, o grupo – atualmente formado por Marcio Malard(violoncelo), Daniel Guedes e Ramon Feitosa (violinos) e Daniel Albuquerque (viola) – subirá ao palco para um concerto comemorativo. No programa, Haydn, Villa-Lobos e Schubert. Criado pelo pianista Arnaldo Estrêla e pela violinista Mariuccia Iacovino, o Quarteto da Guanabara teve em sua primeira formação a presença do violoncelista Iberê Gomes Grosso, um ícone do violoncelo brasileiro, e o violista Federiçk Stephany. Com o falecimento de Estrêla, Luiz Medalha se tornou pianista do grupo e Márcio Malard substituiu Iberê Gomes Grosso em 1983. Com o falecimento de sua fundadora Mariuccia Iacovino, Márcio Malard, último remanescente do grupo, decidiu dar continuidade ao trabalho do Quarteto da Guanabara, mantendo sua tradição e importância no cenário musical carioca e brasileiro. Em 2019, o Quarteto da Guanabara pretende comemorar os 50 anos homenageando seus membros fundadores e tocando os grandes compositores que fizeram parte da trajetória deste grupo. Dia 21 de junho sexta, as 20h. Na Sala Cecília Meireles - Largo da Lapa, 47 – Centro. Ingressos a partir de R$ 20.

 
UMMAGUMMA-THE BRAZILIAN PINK FLOYD
Maior tributo da banda inglesa no Brasil, com 17 anos de estrada, esta produção mineira realiza na atual turnê apresentações com foco nos quatro álbuns que apresentam a essência do Pink Floyd: "Dark Side of the Moon" (1973), "Wish You Were Here" (1975), "Animals" (1977) e "The Wall" (1979). A fase setentista traz um equilíbrio na potência criativa e instrumental compartilhada por David Gilmour, Nick Mason, Richard Wright e Roger Waters em clássicos como "Time", "Shine on You Crazy Diamond", "Pigs" e "Comfortably Numb". O show ainda passa pela fase inicial com Syd Barrett e inclui temas dos discos "Meddle", "More", "Obscured by Clouds" e "Division Bell". O Ummagumma faz referência em seu nome a um dos álbuns mais experimentais do grupo inglês, lançado em 1969. Em 2012, com 10 anos de sucesso do projeto, tornaram-se The Brazilian Pink Floyd. Mas o reconhecimento da alcunha original em todo o país já era tal que tiveram que mantê-lo em destaque: Ummagumma - The Brazilian Pink Floyd. Dia 27 de junho quinta às 19:30. No Teatro João Caetano Praça Tiradentes, s/n – Centro. Ingressos a partir de R$ 50..
EXPOSIÇÃO
GRAFITARTE DIGITAL

A exposição será composta por dois painéis de grandes dimensões, pintados pelos artistas Juliana Fervo e Smael Vagner, além de uma instalação interativa na qual o visitante poderá criar sua própria arte, imprimir e levar de recordação. A iniciativa vai de encontro ao carácter social da mostra, que promoveu oficinas de grafite, gratuitamente, em duas escolas públicas, terminando com a transformação dos muros das instituições realizada pelos próprios alunos. Até o dia 06 de julho, de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. No Centro Carioca de Design (Praça Tiradentes, 48 – Centro). Entrada Grátis.

 
CLAUDIO VALÉRIO TEIXEIRA: TRABALHOS DO ATELIÊ 

A mostra contará com 29 telas de médias e grandes dimensões do renomado artista e restaurador, filho do importante pintor, Oswaldo Teixeira. Dentre as obras que serão expostas destacam-se O mundo de Van Gogh, Ateliê Picasso, Onírico e Califórnia em azul. Até o dia 13 de julho, de segunda a sábado, das 10h às 19h. Na Galeria Evandro Carneiro Arte (Rua Marquês de São Vicente, 124 – Gávea). Entrada Franca.

 
VILLE INVISIBLE

A mostra conta com 24 imagens, que retratam o resultado de uma imersão do fotógrafo na periferia carioca, ao buscar retratar a realidade da Colônia Juliano Moreira, um dos muitos bairros sociais construídos a partir de 2009, para realocar os moradores das favelas. No entanto, esse isolamento e os erros políticos já o transformaram em gueto. Até o dia 31 de agosto, de segunda a sexta, de 10h às 19h, aos sábados, de 08h às 12h. Na Galeria da Aliança Francesa (Rua Muniz Barreto, 746 - Botafogo). Entrada franca.

 
DANIEL FEINGOLD, PEQUENOS FORMATOS
Planos de cor. Linhas cromáticas. Formas geométricas em constantes inserções sobre as superfícies tanto da tela quanto do papel. Em sua nova individual, o artista plástico Daniel Feingold mostra cerca de 40 trabalhos inéditos desenvolvidos ao longo do último ano. Com trinta anos de trajetória, Daniel é conhecido pelo desenvolvimento de novas técnicas de pintura que, quase sempre, abolem o uso do pincel. Há anos, vem criando suas obras com esmalte sintético derramado diretamente sobre as telas. E, agora, trabalha em paralelo com o bastão a óleo, que deixa o traço mais íntegro, praticamente sem nenhuma possibilidade de descontrole como no caso do esmalte. Até o dia 30 de julho, de segunda a sexta, das 10h às 19h, aos sábados, das 10h às 15h. Na Galeria Cassia Bomeny (Rua Garcia D´Ávila, 196 - Ipanema). Entrada Franca.
CIDADE PERDIDA

A relação entre tráfico de escravizados, genealogia familiar e o desenvolvimento urbano carioca é o ponto de partida da exposição do artista Pedro Meyer. A mostra é composta por cerca de 20 obras, entre pinturas e desenhos que traçam um paralelo entre o campo do Valongo, local de concentração, trânsito e extermínio de escravos negros no Rio de Janeiro, e Treblinka, quarto campo de extermínio nazista. Estes trabalhos foram desenvolvidos a partir de uma pesquisa iniciada na Gamboa, no Rio de Janeiro, onde o artista trabalhou durante seis meses. Até o dia 01 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 12h e das 13h às 17h, aos sábados, domingos e feriados das 11h às 18h. Na Galeria do Lago (Rua do Catete, 153, Catete). Entrada Franca. Classificação Livre.

 
O RIO DOS NAVEGANTES

A mostra traz uma abordagem transversal da história do Rio de Janeiro como cidade portuária, do ponto de vista dos diversos povos, navegantes e imigrantes que desde o século XVI passaram, aportaram e por aqui viveram. "O Rio dos Navegantes" reúne cerca de 550 peças históricas e contemporâneas, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações, objetos, documentos, esculturas, etc. Com trabalhos de artistas como Ailton Krenak, Antonio Dias, Arjan Martins, Augusto Malta, Belmiro de Almeida, Custódio Coimbra, Guignard, Iran do Espírito Santo, João Cândido (João Cândido Felisberto), Kurt Klagsbrunn, Lasar Segall, Mayana Redin, Mestre Valentim, Osmar Dillon, Rosana Paulino, Sidney Amaral, Virginia de Medeiros, além de jovens artistas como Aline Motta e Floriano Romano. Entre os destaques da curadoria está um raro tapete feito pela Manufatura dos Gobelins – um complexo de oficinas dedicadas à produção de tapeçarias e mobiliários na França do século XVI. Também promete chamar a atenção do público um painel de cinco metros, pintado em madeira pelo artista Carybé e pertencente ao acervo do Museu do Ingá. Outro destaque é o desenho original de Hélio Eichbauer que foi transformado em um painel na emblemática montagem da peça O Rei da Vela, em 1967, e mais tarde virou capa do disco O Estrangeiro, de Caetano Veloso. Para ampliar a viagem pela história do Porto do Rio e seus desdobramentos, o museu firmou parceria com 37 instituições públicas e privadas, que cederam trabalhos para a exposição. Do Museu Nacional, destruído por um incêndio em 2018, virão 15 peças de diversas coleções da seção didática do museu, como conchas, corais, artefatos líticos, e frascos que apresentam a biodiversidade da baía de Guanabara. Outro destaque é o vídeo instalação do sul-africano Mohau Modisakeng, exibido na Bienal de Veneza de 2017. A obra simula barcos com figuras submersas e aborda o desmembramento da identidade africana pela escravidão, que promoveu violentos apagamentos de histórias pessoais. "O Rio dos Navegantes" não se limita aos espaços tradicionais de exposição. Na rampa que leva o visitante ao pavilhão, por exemplo, o público já será ambientando à mostra por meio de uma das cinco obras comissionadas pelo MAR. Vozes, conversas e sons ambientes da Região Portuária foram reunidos pelo artista carioca Floriano Romano no trabalho "O Som do Porto", que dá a dimensão da diversidade naquela região. Mais quatro trabalhos foram desenvolvidos pelos artistas Aline Motta, Carlos Adriano, Katia Maciel, Regina de Paula e Wilton Montenegro especialmente para "O Rio dos Navegantes". A mostra também dá voz a personagens famosos e anônimos da região, como Arthur Bispo do Rosário, João Cândido, as polacas Berta, Esther e Rachel, o Dragão do Mar, os comerciantes árabes do mercado popular Saara, entre outros, que terão suas vidas narradas por meio de obras e documentos da época. A exposição convida o público a refletir sobre os modos de vida que formaram o Rio de Janeiro, a relação entre cariocas e visitantes, a miscigenação, as formas de uso e democratização do espaço público, e os conflitos geográficos, linguísticos, culturais, econômicos e políticos que estão presentes na cidade desde o século XVI. Documentos e imagens raras mostram indígenas escravizados construindo os Arcos da Lapa, evidenciam os problemas das enchentes do Rio desde o século XVI e questionam o mito da praia democrática, evidenciando tensões sociais no espaço público e as praias do subúrbio, como as do Caju, Ramos, Sepetiba e Ilha do Governador. Até dia 25 de junho, às terças-feiras das 10h às 19h, de quarta a domingo, das 10h às 17h. No Museu de Arte do Rio (Praça Mauá, 5 – Centro). Entrada gratuita.

 
SOMOS SUA LUZ

Com obras inéditas do artista Alexandre Mazza, que apresentará 15 trabalhos inéditos produzidos este ano, dentre vídeos e videoinstalações, que dialogam entre si e possuem uma unidade, como se fossem um trabalho único. Em comum, todos eles partem de imagens de águas e cachoeiras. A partir dos trabalhos desta exposição, o artista pretende chamar a atenção para os milagres que estão a nossa volta. Com formação musical, Alexandre Mazza trabalhou durante 18 anos como baixista e compositor e passou a se interessar pela luz e pela eletricidade. Desde 2008 se dedica somente ao que chama de "multiplicação da luz", utilizando diversos materiais, tais como espelhos, vidros, metais, lâmpadas, acrílicos e madeira. Os trabalhos desta exposição são uma continuidade desta pesquisa. Percurso da Exposição: No salão térreo da galeria estarão 12 monitores de televisão de 75 polegadas. Em cada um deles, haverá um vídeo de uma cachoeira, mostrando a água em movimento. Pela imagem, não é possível identificar o local, pois para o artista, o que importa é a imagem e a energia que ela traz. No meio desta sala, estará uma pedra citrino, bruta, em formato de arco, trazendo para dentro da galeria a ideia de natureza, provocando uma verdadeira imersão no espectador. No terceiro andar, estarão outros três trabalhos, divididos em duas salas. Na primeira delas, uma televisão projeta a imagem de uma queda d´água, que parece perfurar o chão. A ilusão de ótica é possível devido a um espelho colocado no piso, que reflete a imagem, dando a sensação de que a água escorre por um buraco no chão. Nesta mesma sala, haverá um monitor, que projeta a imagem de um redemoinho. Em volta dele, haverá terra, como se ele estivesse quase soterrado. Ainda no terceiro andar, na segunda sala, haverá uma videoinstalação composta por um tanque de acrílico, com cerca de 300 litros de água, onde será projetada a imagem de um fundo de rio, com areia, pedras, etc, misturando a imagem da água do rio com a água real e translúcida. Até o dia 29 de junho, de segunda a sexta, das 10h às 19h, aos sábados, das 11h às 15h. Na Luciana Caravello Arte Contemporânea (Rua Barão de Jaguaripe, 387 – Ipanema). Entrada franca.

 
COSTURAS
A mostra reúne cerca de 30 pinturas em pequenos formatos, que misturam tinta a óleo e costura sobre papel. Nas obras, a artista Sandra Antunes Ramos trabalha tanto a questão pictórica, com blocos de cor, sua marca registrada, como rompe com isso, com linhas fluidas costuradas, que remetem ao corpo feminino. São obras delicadas, tanto no formato quanto no acabamento, que tentam equilibrar o geométrico e o orgânico, a rigidez e a fluidez. Sobre o papel, base conceitual do trabalho da artista, Sandra utiliza folhas de ouro, chapas de cobre e latão, tinta a óleo, tinta acrílica metalizada, caneta metalizada, cera para dourar e linhas metalizadas, material que a artista garimpa em suas viagens. As pinturas, em média de 21 x 21 cm, são, em sua maioria, quadradas e dividas em três planos. O primeiro, mais pictórico, pintado a óleo, carrega certa profundidade. O segundo é composto por um traçado de linhas que formam uma renda geométrica, que parecem pular para fora do papel. E, por fim, unindo esses dois planos antagônicos, como numa sutura, rompem traços orgânicos de estudos que a artista realiza há anos a partir da observação de modelo vivo em movimento. Uma das características da obra da artista são os pequenos formatos. É a segunda individual da artista no Rio de Janeiro, sendo a primeira em 2014. Inauguração dia 4 de junho, às 19h, até o dia 11 de julho, de segunda a sexta, de 10h às 18h30, aos sábados, de 10h às 14h. No Mul.ti.plo Espaço Arte (Rua Dias Ferreira, 417 – Leblon). Entrada gratuita.
É O CORAÇÃO DE TUDO

Nos trabalhos apresentados, a artista Daniela Poliello desenvolve uma ficção com base na experiência, onde há contato direto com o acontecimento e o fluxo do real. O corpo experimenta fisicamente o espaço produzindo uma imagem que se afirma ao mesmo tempo como empírica e ficcional. A experiência do corpo no espaço é essencial, é o ponto de partida da invenção, da construção de um território imaginário. Nas imagens é estabelecida uma relação entre a fotografia, o vídeo e a auto performance, em que o corpo da própria artista atua exclusivamente para a câmera, distante do olhar direto do público. Fotografar sem ver a cena: é uma imagem da ordem do antes (imagem-projeção) e do depois (imagem ao acaso). Inauguração dia 6 de junho, às 18h30, visitação até 5 de julho, de segunda a quinta, das 13h às 19h, nas sextas, das 12h às 18h. Na Galeria Ibeu (Rua Maria Angélica, 168 – Jardim Botânico). Entrada gratuita.

 
50 ANOS DE REALISMO – DO FOTORREALISMO À REALIDADE VIRTUAL

A mostra apresenta cerca de 100 obras das últimas cinco décadas, entre pinturas, esculturas, vídeos e instalações interativas, de 30 artistas brasileiros e internacionais como John Salt e Ralph Goings, Ben Johnson, Craig Wylie, Javier Banegas, Raphaella Spence, Simon Hennessey, John De Andrea e os brasileiros Hildebrando de Castro, Fábio Magalhães, Rafael Carneiro e Giovanni Caramello. A exposição faz um recorte inédito da realidade na arte e tem espaços exclusivos destinados a obras tridimensionais de escultores de diferentes gerações do hiper-realismo, modelos em 3D e realidade virtual. Até 29 de julho, de quarta a segunda, de 09h às 21h. No CCBB (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro). Entrada gratuita. 

 
O BANCO DO BRASIL E SUA HISTÓRIA

A mostra longa duração que apresenta a história do Banco do Brasil e sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade e do país. As quatro salas, recentemente reabertas, com nova cenografia, mostram a linha do tempo de 1808 até os dias atuais, destacando os acervos museológico e arquivístico do Banco do Brasil. Outros três ambientes apresentam a sala do secretário, a sala do presidente e a biblioteca utilizadas pela Direção Geral do Banco do Brasil até a transferência da capital do Rio para Brasília, em 1960. Até o final do ano, de quarta a segunda, de 09h às 21h. No CCBB (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro). Entrada gratuita.

 
EXPOSIÇÃO PIXINGUINHA: NAQUELE TEMPO, HOJE E SEMPRE
Com curadoria de Luiz Fernando Vianna, coordenador da Rádio Batuta, a mostra relembra a trajetória de um dos mais importantes nomes da história da música brasileira, apresentando itens do arquivo de Pixinguinha no IMS, como objetos pessoais, partituras, fotografias, gravações, vídeos, entre outros. Até 03 de novembro. No Instituto Moreira Sales - Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea. Entrada Gratuita.
TEATRO
ANTÍGONA

A história se passa em Tebas e foi escrita há 2.500 anos por Sófocles. Uma jovem princesa enfrenta a ordem do rei Creonte de deixar seu irmão, que lutou na guerra, sem sepultura. Ao desobedecer a determinação real, ela paga com a própria vida. É estabelecido, então, o confronto entre o Estado e o cidadão. Até o dia 28 de julho, de quinta a sábado, às 21h, aos domingos, às 19h. No Teatro Poeira (Rua Prudente de Morais, 824 – Ipanema). Ingressos: R$35 (meia). Classificação 14 anos.


 
ÂNSIA

Em um universo de vozes, quatro personagens expressam forte intimidade. Escrito por Sarah Kane, dramaturga referência do teatro britânico do final do século XX, o espetáculo, envolto em poesia, amor e ódio, cria conexões, numa trama cruel e abusiva, onde sujeito, tempo e espaço se apresentam indefinidos e refletem anseios contemporâneos. Até o dia 01 de julho, de sexta a segunda, às 20h. No Teatro Ipanema (Rua Prudente de Morais, 824 – Ipanema). Ingressos: R$ 25. Classificação 16 anos.

 
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Internado num hospital devido a um câncer, José, um ateu convicto, vive um renascimento espiritual, a partir de conversas com uma enfermeira espírita. Muitas surpresas são reservadas nessa emocionante história de fé. Nas quintas, às 18h, até 27 de junho. No Teatro Vannucci (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Gávea). Ingressos: R$35 (meia). Classificação Livre. 

 
EU COMIGO MESMO
Stand-up do ator Rafael Portugal, do Porta dos Fundos. Personagens como Ivan, um funkeiro apaixonado que fala um pouco da sua relação conjugal; o Chinês, um brasileiro que viva na ilusão de que é um chinês, por desejar ser um, assumindo costumes orientais; Tadeu, um compositor muito louco com as composições mais hilárias. Nas sextas e sábados, às 21h, nos domingos, às 20h, até 30 de junho. No Teatro PetroRio das Artes (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Gávea). Ingressos (meia): R$40 na sexta e sábado; R$35 no domingo. Classificação 14 anos.
UM CASAMENTO FELIZ
Henrique, um heterossexual e solteirão convicto. Recebe uma herança milionária da sua Tia Carola, mas no testamento consta a condição que ele precisa se casar, e ficar bem casado por um período mínimo de um ano. Durante esse período, ele receberá visitas esporádicas de um oficial de justiça, para avaliar se realmente ele está vivendo "Um Casamento Feliz". Para não deixar de receber a herança, Henrique aceita a proposta de seu advogado e amigo Roberto, em realizar um casamento gay com Dodô. Que além de ser o seu melhor amigo, é ator e também heterossexual. A partir dai, inúmeras situações inusitadas e divertidíssimas acontecem, quando o lar cor de rosa do falso casal gay é visitado por vários personagens, tais como o Pai de Henrique, um viúvo extremamente religioso e aparentemente sisudo. O advogado Roberto, que é um homem estressadíssimo com sua futura ex-esposa. E a nova namorada de Henrique, que é uma especialista em farejar e detectar homens casados. De quinta a sábado, às 21h, aos domingos, 20h, até 30 de junho. No Teatro Vannucci (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Gávea). Ingressos (meia): R$35 na quinta; R$40 na sexta e domingo; R$45 no sábado. Classificação 12 anos.
 
ANGELA MARIA - LADY CROONER
O musical apresenta a relação da temperamental cantora Carina Breton e seu camareiro Olavo – fã incondicional da cantora Ângela Maria, durante apresentação de um show composto por 26 sucessos gravados pela eterna Rainha da Rádio Nacional em seus 70 anos de uma vitoriosa carreira. Com Lilian Valeska e Mauricio Baduh. Texto e direção de Francis Mayer. Até 26 de junho, às terças e quartas, às 19h. No Centro Cultural Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ingressos a partir de R$30.
INFANTIL
UM CONTO DE FADO PADRINHO

A história conta a inusitada trajetória de um Fado Padrinho, primo da Fada Madrinha, que vem ao Brasil escolher uma Princesa Brasileira. Em cena, os atores vão se transformando e dando vida aos personagens de forma lúdica, com muita música brasileira, ao vivo e, bom humor. Contada e cantada por uma trupe de nove amigos que anda pelas regiões do país, proporciona alegria e encantamento ao apresentar a diversidade e riqueza da nossa cultura. Nos sábados e domingos, às 17h, até 30 de junho. No Teatro dos Quatro (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Gávea). Ingressos: R$30 (meia).  

 
POLLYANA – O MUSICAL

A história de Pollyanna trará muita emoção para crianças e adultos e contará as aventuras da pequena órfã que extrai algo de bom e positivo em tudo, mesmo nas coisas aparentemente mais desagradáveis. Pollyanna passa a ser amiga de todos da cidade, tornando-os felizes, mas um acontecimento trará suspense e emoção até o final da peça. Até o dia 30 de junho, aos sábados e domingos, às 18h30. No Teatro Vannucci (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Gávea). Ingressos a partir de R$30 (meia).

 
O PEDRO E O LOBO

Um jovem Pastor de ovelhas chamado Pedro, encarregado de tomar conta de um rebanho perto de um vilarejo, por algumas vezes, fica entediado com a calmaria de sua atividade e, num certo dia, acaba correndo perigo com o lobo. Até o dia 30 de junho, aos sábados e domingos, sempre às 16h. No Teatro Fashion Mall (Estrada da Gávea, 899 – São Conrado). Ingressos: R$30 (meia). 

 
A PEQUENA SEREIA 
Ariel é a filha caçula do Rei Tritão, comandante dos sete mares, que está insatisfeita com sua vida. Ela deseja caminhar entre os humanos para conhecê-los melhor, mas sempre é proibida por seu pai, que considera os humanos como sendo "bárbaros comedores de peixe". Até que ela se apaixona por um jovem príncipe e, no intuito de conhecê-lo, resolve firmar um pacto com Úrsula, a bruxa do mar, que faz com que ela ganhe pernas e se torne uma verdadeira humana. Porém, Úrsula também tem seus planos e eles incluem a conquista do reino de Tritão. Até 30 de junho, sábados e domingos às 17h10. No Teatro Vannucci – Shopping da Gávea, R. Marquês de São Vicente, 52. Ingrssos a partir de R$30.
 

   

segunda-feira, 17 de junho de 2019

O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) tem o prazer de convidar para o evento Talent Outreach Mission.


Esse evento faz parte da missão vinda da Sede da ONU em Nova Iorque para apresentar a jovens universitárias/os e profissionais brasileiras/os as diversas oportunidades de trabalho internacional e ingresso nas Nações Unidas. Buscamos não só profissionais de relações internacionais, mas economistas, cientistas sociais, juristas, jornalistas, engenheiros, administradores, e pessoas de outros cursos.

O encontro será no Palácio Itamaraty (Av. Marechal Floriano, 196 – Centro, Rio de Janeiro/RJ), no dia 26 de junho de 2019, às 10h, para jovens profissionais (egressos que já trabalham no mercado de trabalho, ou que ainda estão procurando trabalho) e no dia 27 às 14h para jovens que ainda se encontram em trajetória acadêmica. Portanto, deixe claro qual sua posição quando for preencher o formulário.

Pedimos que, caso haja interesse, o participante se inscreva em http://bit.ly/tom-rj

É preciso trazer o documento de identificação inscrito no formulário. A administração do Palácio não permite a entrada de pessoas trajando shorts, bermudas, mini saias/mini vestidos e sandálias de dedo.

Para mais informações, entre em contato em julia.ribeiro@unic.org


Inovação é crucial para aumentar o ganho de produtividade do país

Avaliação foi feita por participantes de debate sobre desafios na criação de políticas públicas voltadas a estimular a atividade no setor industrial durante o Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria (foto: CNI)

A estagnação da produtividade da economia brasileira nos últimos anos se deve, entre outros fatores, à baixa atividade de inovação do setor industrial no país. A fim de mudar esse quadro serão necessárias políticas públicas que fortaleçam a agenda da inovação e, principalmente, de um esforço maior da iniciativa privada em incorporá-la.

A avaliação foi feita por participantes de um debate durante o 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria. Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o evento ocorreu nos dias 10 e 11 de junho em São Paulo.

"O Estado tem o papel importante de alavancar o investimento e o esforço do setor privado em inovação. Mas o protagonismo nessa seara é, fundamentalmente, da iniciativa privada", disse Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP, durante o evento.

"Sem uma iniciativa forte do setor privado em inovar, as políticas públicas voltadas a fomentar essa atividade serão inócuas", disse Pacheco.

Segundo Jorge Almeida Guimarães, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii), há 307 mil empresas classificadas como indústrias no Brasil, das quais 83% são pequenas empresas.

Se um número pequeno dessas empresas inovasse já seria possível, em poucos anos, sair da crise econômica em que o Brasil se encontra, estimou. "Estimular a inovação nas pequenas indústrias brasileiras representa um enorme desafio e custa caro. Precisamos de políticas públicas que facilitem esse processo", disse.

Políticas públicas de apoio à inovação deveriam ter foco não só a inovação disruptiva, baseada em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas também na inovação incremental, recomendou Igor Nazareth, subsecretário de inovação do Ministério da Economia. "A inovação organizacional e de processos, por exemplo, traz ganhos de produtividade para as indústrias", disse.

Outra medida necessária é estimular a difusão de tecnologias existentes, como de internet das coisas (IoT), big data, robótica avançada e inteligência artificial, que permitiriam ao setor industrial brasileiro se capacitar para atender às exigências da indústria 4.0 ou da manufatura avançada no país, ponderou Pacheco.

"Ao olhar para o parque industrial do país vemos que há uma grande necessidade de difundir tecnologias existentes de modo a atualizá-lo. Parte das políticas públicas de inovação deve ter esse foco", disse o diretor-presidente da FAPESP.

Continuidade de políticas

Na avaliação dos palestrantes, apesar das crises estruturais houve um progresso significativo no desenvolvimento de políticas públicas voltadas à inovação no Brasil nos últimos 20 anos.

Nesse período foram criadas, por exemplo, a Lei de Inovação, que trouxe uma série de avanços para aumentar a interação entre universidades e empresas em pesquisas e que estabeleceu incentivos fiscais para a inovação no setor industrial.

"O Brasil conta com inúmeros modelos inovadores de gestão da inovação e com instituições de ciência e tecnologia. Essa experimentação institucional contínua é fundamental para estabelecer um sistema de inovação saudável e produtivo no país", disse Cauam Ferreira Pedroso, pesquisador do Centro de Performance Industrial do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos.

Um dos desafios na implementação de políticas públicas voltadas a estimular a inovação, porém, é garantir a segurança jurídica para as empresas fazerem investimentos nessa atividade, disse Paulo Alvim, secretário de empreendedorismo e inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

"É fundamental o entendimento de que a inovação é um processo continuado. Não podemos ter processos espasmódicos, mas evolutivos, e que garantam o fluxo de recursos necessários para fortalecer a capacidade de inovação das empresas", disse.

Outro desafio apontado por Pedroso é não tratar as políticas de inovação de forma isolada de outras, como as econômicas e sociais. "As políticas de inovação são transversais e influenciam as políticas econômicas e sociais", afirmou.

"Nesse sentido, a agenda de políticas econômicas e sociais do Brasil está intimamente ligada à capacidade de implementação de uma agenda de inovação e crescimento estratégica", disse Pedroso.


Elton Alisson  |  Agência FAPESP

sábado, 1 de junho de 2019

Aparelho portátil permite diagnosticar doenças oculares a distância.

Com apoio do PIPE-FAPESP, empresa de São Carlos criou o Eyer, dispositivo acoplado a um smartphone que examina a retina e detecta retinopatias a um custo mais baixo do que os métodos convencionais (imagem: divulgação)


Um aparelho portátil ligado a um smartphone faz imagens precisas da retina, permitindo detectar doenças do fundo do olho a um custo bem mais baixo do que os métodos convencionais. Criado pela Phelcom Technologies, o Eyer tem ainda a vantagem de possibilitar o diagnóstico por telemedicina, a quilômetros de um médico oftalmologista.

A empresa recebeu apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP pela primeira vez em 2016, para desenvolvimento e validação de um protótipo. Recentemente, teve aprovado projeto de comercialização e fabricação do produto no âmbito do Programa PIPE/PAPPE, resultado de parceria da FAPESP com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) (leia mais em: agencia.fapesp.br/30590).

Além disso, a Phelcom é incubada na Eretz.bio, do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos investidores. Em março, começou a operar sua fábrica em São Carlos, depois de conseguir as certificações do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Atualmente, são produzidas 30 unidades do Eyer por mês, número que deve chegar a 100 até o fim do ano. O dispositivo já sai da fábrica acoplado a um smartphone de última geração e custa cerca de US$ 5 mil. O aparelho convencional mais usado hoje precisa ser ligado a um computador e custa em média R$ 120 mil.

Na frente da câmera do celular, fica um conjunto óptico projetado para iluminação e imageamento da retina. Quando as imagens são produzidas, o aplicativo que opera o aparelho as envia pela internet para um sistema web – chamado Eyer Cloud – que permite armazenar e gerenciar os exames dos pacientes.

Caso não haja acesso a wi-fi ou rede 3G ou 4G no momento do exame, as imagens ficam salvas no aparelho e são enviadas para a nuvem assim que houver conexão com a internet.

"Houve um esforço grande na área de óptica. Um dos desafios foi fazer uma versão portátil de um equipamento que normalmente é bem grande. Outro foi habilitar a operação não midriática, permitindo capturar exames de retina de qualidade sem a necessidade de dilatação da pupila do paciente", disse José Augusto Stuchi, CEO da empresa à Agência FAPESP.

Não por acaso, o nome da empresa é um acrônimo em inglês das três áreas: física, eletrônica e computação (physics, electronics e computing). Os outros sócios fundadores da Phelcom são Flávio Pascoal Vieira, diretor operacional (COO, na sigla em inglês), e Diego Lencione, diretor técnico (CTO). Os três se conheceram no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa Opto Eletrônica, em 2008, e se aproximaram durante o mestrado na Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos.

O Eyer Cloud é uma inovação da equipe que vem se destacando por armazenar todas as informações adquiridas nos exames e organizar em um banco de dados. Os equipamentos atuais são, na maior parte, off-line, operando junto a um computador que salva as informações em um disco rígido.

O usuário do Eyer, por sua vez, deve criar uma conta, como a de e-mail ou de rede social, na qual são salvas automaticamente as imagens adquiridas pelo dispositivo.

"Tivemos de garantir a segurança dessas informações e um meio de subi-las rapidamente para a nuvem, para que se pudesse fazer a imagem em um lugar e ela já aparecer on-line", explicou Stuchi.

Esse último fator é essencial para realizar a chamada telemedicina. O Eyer permite que um técnico treinado ou um médico generalista possa fazer as imagens, enquanto um oftalmologista especializado em retina as analisa e emite um laudo de outro lugar.

A empresa atualmente realiza parcerias com médicos oftalmologistas para a emissão de laudos da retina. Enviadas as imagens, o médico parceiro emite o parecer no próprio sistema. O pagamento se dá por meio de planos mensais. A depender da quantidade de laudos emitidos, cada um custará entre US$ 5 e US$ 10.

Inteligência artificial

Além de representarem um novo serviço, os laudos emitidos alimentam um banco de dados que pode ser usado para "ensinar" o computador a identificar padrões associados às principais doenças que afetam a retina, principalmente a retinopatia diabética.

Atualmente, a empresa tem mais de 10 mil retinas fotografadas e projeta ter, em pouco tempo, o maior banco de dados do gênero do mundo. Só para o próximo ano, os sócios projetam ter 50 mil pacientes examinados.

No ano passado, a Food and Drug Administration, agência que regula a venda de medicamentos, alimentos e equipamentos médicos nos Estados Unidos, aprovou pela primeira vez um algoritmo para diagnóstico de uma doença. A empresa IDx conseguiu autorização para usar um algoritmo que detecta justamente a retinopatia diabética, maior causa de diminuição da visão e de cegueira entre adultos norte-americanos.

No Brasil, estima-se que 7,6% da população urbana entre 30 e 69 anos tenha diabetes e, destes, metade tenha retinopatia diabética.

"O uso da inteligência artificial para diagnóstico ou para auxiliá-lo é uma tendência no mundo todo. Os computadores processam os dados, enquanto o médico atua na tomada de decisão", disse Stuchi.

O empreendedor afirmou que o sistema da empresa tem atualmente precisão próxima de 80% para detectar retinopatia diabética, sem a necessidade de intervenção humana.

Com o aumento de sua base de dados, em breve essa taxa deverá chegar a 95% de precisão, quando a aplicação poderá começar a ser comercializada. O algoritmo norte-americano tem atualmente até 89,5% de chances de dar um diagnóstico correto.

"Com o apoio do PIPE, conseguimos contratar um time e manter o foco no projeto, deixando nossos empregos", disse Stuchi.

Com projeções de colocar 150 Eyers no mercado brasileiro nos próximos 12 meses e obter R$ 3 milhões de faturamento, a ideia dos sócios agora é expandir as vendas para outros países da América Latina e depois para os Estados Unidos e a Europa.

Dispositivo vestível

A Phelcom Technologies também tem o apoio do PIPE para desenvolver outro produto inovador. Trata-se de um par de óculos que, quando colocado pelo paciente, faz o exame da retina e também mede a refração, principal exame oftalmológico realizado hoje.

O exame de refração define o grau de miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia ("vista cansada"), define se o paciente precisa de óculos e determina o grau necessário.

"Demoramos três anos do desenvolvimento à comercialização do nosso primeiro produto, o Eyer. Agora queremos fazer em menos tempo. Por isso, a ideia é criar pequenos módulos que possam ser acoplados ao Eyer ou a uma versão aprimorada dele. O ideal é que tenhamos, em alguns anos, óculos que façam de uma só vez a retinografia e meçam a refração e a pressão intraocular", explicou Stuchi.

Agregar todos esses dispositivos em um par de óculos pode ainda eliminar ou tornar menos crítica a figura do operador do equipamento e padronizar os exames. Mesmo com o treinamento on-line realizado pela empresa para operar o Eyer, ainda há fatores subjetivos, como a forma de posicionar o aparelho, que podem gerar uma imagem melhor ou pior.

"Seguindo a tendência atual de dispositivos vestíveis, o próprio paciente faria o exame simplesmente colocando os óculos por alguns minutos", disse.

Além do PIPE, a empresa credita seu desempenho à Eretz.bio, que, além de recursos, oferece mentoria em negócios e disponibiliza a estrutura do Hospital Albert Einstein para validação clínica dos aparelhos, e à Supera, incubadora de empresas de base tecnológica que funciona no Supera Parque, em Ribeirão Preto.

O parque tecnológico possui laboratórios de certificação para a indústria médica, fundamentais para o desenvolvimento do Eyer. Além dos suportes técnico e jurídico, a incubadora foi fundamental no direcionamento do produto para o mercado.

Novas tecnologias para a saúde

Com graduação e mestrado pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP e atualmente fazendo doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Stuchi foi um dos empreendedores apoiados pelo PIPE que apresentaram projetos no Painel FAPESP – Pesquisa Inovativa em equipamentos médicos-hospitalares – Oportunidades e Desafios, realizado no dia 23 de maio, como parte da programação da Hospitalar, um dos maiores eventos da cadeia médica das Américas.

Participaram também do Painel FAPESP Paulo Gurgel Pinheiro, fundador da Hoobox Robotics, que desenvolveu uma tecnologia de reconhecimento facial para monitorar comportamentos humanos, usada para mover cadeiras de roda eletrônicas com expressões faciais e monitorar pacientes em unidades de terapia intensiva (UTIs), entre outras aplicações (leia mais em: www.agencia.fapesp.br/29630/).

A outra empresa participante da seção foi a Brain4Care, criadora de um dispositivo não invasivo que mede a pressão intracraniana, auxiliando no diagnóstico e no monitoramento de uma série de condições médicas.

A empresa tem entre seus fundadores Sérgio Mascarenhas, professor emérito da USP, e Gustavo Frigieri, presente no evento, que teve seu primeiro apoio PIPE aprovado ainda em 2008 (leia mais em: www.pesquisaparainovacao.fapesp.br/5).

"As três empresas têm uma atitude de olhar para o Brasil e também para o mundo. Para elas, ocupar espaço no mercado brasileiro é um meio para chegar a outros países, e não um fim. É o tipo de empresa que gostamos de selecionar no programa PIPE. Aqui mostramos três, mas há mais de mil empresas que já apoiamos, todas trabalhando no mundo inteiro", disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, durante o evento.


André Julião | Agência FAPESP

Agenda Cultural de São Paulo, de 01 a 06 de junho de 2019.