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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

USP, Unicamp e Unesp fixam novas métricas de desempenho acadêmico e comparações internacionais



As três universidades estaduais paulistas se uniram para desenvolver novas métricas de avaliação de desempenho e comparações internacionais. A ideia é criar um sistema digital de uso comum, mantido pelos escritórios responsáveis pela gestão de indicadores das três universidades. O sistema poderá avaliar com maior precisão não só o desempenho, mas também impacto socioeconômico, cultural e ambiental das universidades públicas.

A cooperação entre Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) tem o objetivo de tornar as métricas de desempenho interoperáveis, com auditoria prévia dos indicadores enviados para comparações internacionais.

A iniciativa tem apoio da FAPESP, no âmbito do projeto "Indicadores de desempenho nas universidades estaduais paulistas", vinculado ao Programa de Pesquisa em Políticas Públicas e renovado até o ano de 2022.

Liderado pelo professor da USP Jacques Marcovitch e pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), o estudo tem como parceira a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.

A USP, por exemplo, já implantou um novo escritório para a gestão de indicadores e está promovendo mudanças nos sistemas tecnológicos de captação e disseminação de dados. A Unicamp está reformando estruturas internas, com o objetivo de gerar dados que possam ser usados em seu planejamento estratégico. Já a Unesp implementa um plano multidisciplinar e de longo prazo para analisar as relações possíveis entre o desempenho acadêmico e as tendências evidenciadas pelos rankings.

"Os rankings nas universidades se tornaram extremamente populares não só entre acadêmicos, jornalistas, administradores de educação, como também para a população em geral. Porém, eles são vistos sob uma ótica bastante distorcida, como uma olimpíada global em que as universidades estão competindo umas com as outras, em que se ganha ou se perde posições", disse Marco Antônio Zago, presidente da FAPESP, na abertura do II Fórum "Indicadores de Desempenho Acadêmico e Comparações Internacionais: Impactos para a Sociedade", realizado no dia 18 de outubro, no auditório da Fundação.

Para Zago, há um efeito indesejável criado pela profusão de novos índices e indicadores. "É, portanto, nossa responsabilidade, como universidades importantes, responder de maneira fundamentada ao desafio de identificar indicadores de relevância e garantir qualidade, levando em conta a heterogeneidade das universidades, sua influência sob a cidade, o estado e o país", disse.

Repensar a universidade

O encontro também foi palco para o lançamento do livro "Repensar a Universidade II: Impactos para a Sociedade", segunda publicação do projeto, com artigos sobre avaliação de desempenho nas universidades e que fixa novas métricas de desempenho para ampliar sua presença em comparações internacionais com desdobramentos que se cumprirão até 2022.

"O projeto é fundamental, pois como universidade estamos sofrendo ataques que nunca existiram em nosso país. É importante entendermos essa motivação e também mostrar para a sociedade como um todo o impacto socioeconômico das universidades. Isso só é possível comunicando dados e mostrando resultados", disse Marcelo Knobel, presidente do Cruesp e reitor da Unicamp.

Respondendo por 33,8% de toda a produção científica nacional, o complexo estadual paulista de ensino superior e pesquisa pretende agregar ao projeto dados referentes às universidades federais, que também estão abrindo seus escritórios de métricas (e-dados). Estavam presentes no fórum reitores e representantes da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

"Nenhuma universidade evolui, de fato, sem ser comparada a outras na aferição de seus avanços. É preciso ser coletivo e promover um movimento em favor da qualidade das instituições de ensino superior no Brasil. A universidade contemporânea torna a alteridade um de seus fundamentos", disse Marcovitch, que ressaltou a iniciativa como um esforço, inédito no Brasil, para construir uma política pública em busca de melhores índices de excelência e novos espaços nas comparações externas.

Ponte com a sociedade

Para tanto, será oferecido um curso, em março de 2020, sobre indicadores e métricas associados ao monitoramento do desempenho acadêmico e comparações internacionais. Entre as próximas ações do projeto está o foco na digitalização.

"Ao longo do projeto, temos visto o impacto da digitalização de conteúdos e do papel das universidades não só como geradora, mas também como curadora de conhecimento", disse Marcovitch.

O papel de curador das universidades foi ressaltado na palestra de Priscila Cruz, presidente-executiva do movimento da sociedade civil Todos Pela Educação. Cruz defendeu a necessidade da universidade não só na formação de professores, mas também nos resultados de pesquisa necessários para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências.

"Ninguém diz que educação pública de qualidade não é importante. Mas, de forma contraditória, não temos dado a ela a devida prioridade. Precisamos sair da retórica, fortalecendo pontes com a universidade para, a partir da produção acadêmica, auxiliar os governos a produzir soluções prementes na educação. Assim será possível construir um país justo no campo da educação, mas com um reflexo muito forte na economia, na distribuição de renda e na garantia de outros direitos", disse Cruz.

Um exemplo histórico de ponte criada entre a universidade e um setor socioeconômico está na área agrícola. Em um dos artigos que constituem o livro, Solange Santos e Rogerio Mugnaini, da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP), analisaram a produção das três universidades públicas paulistas entre os anos de 2007 e 2016. No período, houve aumento da internacionalização de 44% para 64% nas ciências agrárias. Os dados foram medidos a partir de artigos publicados nas plataformas Scielo e Web of Science.

De acordo com Santos, a formação de capital humano e de conhecimento ocorre principalmente nas universidades. "É uma área prioritária para o país, por sua relevância social, impacto econômico e ambiental. Até a década de 1980, o país era um grande importador de alimentos e passou a ser uma grande potência produtora. Nossos resultados mostram que o Brasil alcançou isso graças à pesquisa e à formação de capital humano – fatores que estão fortemente ligados às universidades – em uma área cujo impacto social, econômico e ambiental é muito grande", disse Santos.

A publicação mostra também o impacto da pós-graduação da USP na qualidade de outras universidades com a análise de dados dos mais de 50 mil egressos, entre 1970 e 2014. Os resultados revelam que 52% são docentes em universidades do Brasil ou do exterior. "No caso da UFABC, 52% dos docentes são egressos da USP. Na Unesp são 40% e, na Unicamp, 34%", disse Aluísio Segurado, coordenador do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP.

De acordo com Teresa Atvars, coordenadora-geral da Unicamp, os novos indicadores e métricas devem representar para a universidade uma ferramenta de disciplina para a tomada de decisão. Na comparação entre instituições, ela sublinha, também é preciso levar em conta o contexto e o modus operandi que diferencia cada universidade.

"No caso da Unicamp, trata-se de uma universidade abrangente em ensino, pesquisa e extensão e com um impacto enorme na área da saúde. Dessa forma, a análise não pode estar fundamentada apenas em dados objetivos, mas também em informação qualitativa", disse.

Para Sabine Righetti, coordenadora acadêmica do Ranking Universitário Folha (RUF), as universidades trabalham com métricas diferentes. "As universidades são muito diferentes entre si e os rankings olham todas elas como se fossem a mesma coisa. No entanto, é importante que isso não aconteça para que não se corra o risco de políticas públicas equivocadas", disse.


Por: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Governo enviará pacto federativo na próxima semana, diz Guedes



Depois da reforma da Previdência, o governo se concentrará na reforma do pacto federativo e enviará a proposta ao Congresso na próxima semana, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele falou rapidamente com a imprensa ao deixar o Senado, onde acompanhou a divulgação do resultado da aprovação do texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reforma da Previdência, em segundo turno.

"Agora vamos para o pacto federativo, com várias dimensões", destacou Guedes. A revisão do pacto federativo pretende dar mais dinheiro para estados e municípios, além de desvincular e desindexar o Orçamento. "Na semana que vem, vocês [jornalistas] estarão com tudo", declarou.

Guedes se disse satisfeito com o trabalho do Congresso nos oito meses de tramitação da reforma da Previdência na Câmara e no Senado. "O sentimento é bom, é de que o Congresso fez um bom trabalho. O desempenho do Senado foi excepcional", acrescentou. Sobre a economia de R$ 800 bilhões em dez anos, o ministro disse que o impacto fiscal foi o possível.

O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado em segundo turno por 60 votos a 19. O resultado foi mais favorável que o do primeiro turno, quando a proposta tinha sido aprovada por 56 a 19.

PEC paralela
Sobre a PEC paralela, o ministro defendeu a aprovação da peça para reincluir os estados e os municípios nas novas regras da Previdência. "Não adianta resolver o federal [na Previdência] e estados e municípios, não", disse. Guedes disse ainda que caberá aos presidentes da Câmara e do Senado definirem o processo político da revisão do pacto federativo e das reformas tributária e administrativa, como o cronograma de votações e que Casa começará a discutir qual assunto.


* Com informações da Agência Câmara

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Câmara aprova acordo de uso da Base de Lançamentos de Alcântara



O plenário da Câmara aprovou na noite de hoje (22) o acordo entre o Brasil e os Estados Unidos sobre o uso da Base de Lançamentos de Alcântara assinado em março deste ano. A matéria segue para análise do Senado.

O  Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado entre os dois países contém cláusulas que protegem a tecnologia americana de lançamento de foguetes e estabelece normas para técnicos brasileiros quanto ao uso da base e sua circulação nela.

Caso seja aprovado pelo Senado, o acordo permitirá que o Brasil ingresse em um mercado que movimentou, em 2017, cerca de US$ 3 bilhões em todo o mundo, segundo dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.

Votação de emenda e destaques


O Regimento Interno da Câmara prevê que, quando não há mudança no texto original, sejam as emendas sejam votadas antes do texto e dos destaques. Os deputados rejeitaram uma emenda do deputado André Figueiredo (PDT-CE) que retirava do acordo um trecho que impedia o Brasil de usar os recursos dos lançamentos no desenvolvimento de foguetes lançadores de satélites e/ou armas de destruição.

A emenda também retirava a restrição ao lançamento de satélites por países sujeitos a sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou acusados pelos Estados Unidos como financiadores de terrorismo ou mesmo de países que não assinaram o acordo de não proliferação de foguetes (MTCR), como a China. Os deputados também rejeitaram dois destaques que tratava da restrição a outros países.

* Com informações da Agência Câmara


terça-feira, 22 de outubro de 2019

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA BIBLIOTECA RAIMUNDO DE MENEZES,APROVEITE ESSA OPORTUNIDADE DE DIVERSÃO GRATUITA!


Sábado, 26 de outubro.


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Biblioteca Pública Raimundo de Menezes

Av. Nordestina, 780 – São Miguel Paulista

08021-000 – São Paulo, SP

tel.: (11) 2297-4053



segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Células do próprio paciente são usadas em tratamento inovador contra o câncer

Um tratamento inovador contra o câncer, feito com células reprogramadas do próprio paciente, foi testado pela primeira vez na América Latina por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.

Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica foi usada para tratar um caso avançado de linfoma difuso de grandes células B – o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin, doença que afeta as células do sistema linfático. O paciente, de 63 anos, já havia sido submetido sem sucesso a várias linhas diferentes de quimioterapia desde 2017.

"A expectativa de sobrevida desse paciente era menor que um ano. Para casos como esse, no Brasil, normalmente restam apenas os cuidados paliativos. Contudo, menos de um mês após a infusão das células CAR-T observamos melhora clínica evidente e até conseguimos eliminar os remédios para dor", contou Renato Cunha, pesquisador associado ao CTC e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP).

A terapia de células CAR-T (acrônimo em inglês para receptor de antígeno quimérico) foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, onde é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos a um custo de US$ 400 mil – sem considerar os gastos com internação. Já a metodologia desenvolvida no CTC tem custo aproximado de R$ 150 mil, que pode se tornar ainda mais baixo se o tratamento passar a ser oferecido em larga escala.

"Trata-se de uma tecnologia muito recente e de uma conquista que coloca o Brasil em igualdade com países desenvolvidos. É um trabalho de grande importância social e econômica para o país", afirmou Dimas Tadeu Covas, coordenador do CTC e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular, apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O primeiro paciente foi atendido pela equipe do CTC e do Hemocentro do HC-FMRP-USP na modalidade de tratamento compassivo, que permite o uso de terapias ainda não aprovadas no país em casos graves sem outra opção disponível. O grupo pretende agora iniciar um protocolo de pesquisa com um número maior de voluntários. "Já temos outros dois pacientes com linfomas de alto grau em vias de receber a infusão de células reprogramadas", contou Cunha.

 



Como funciona

A partir de amostras de sangue dos pacientes a serem tratados, os pesquisadores isolam um tipo de leucócito conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo graças à sua capacidade de reconhecer antígenos existentes na superfície celular de patógenos ou de tumores e desencadear a produção de anticorpos.

Com auxílio de um vetor viral (um vírus cujo material genético é alterado em laboratório), um novo gene é introduzido no núcleo do linfócito T, que então passa a expressar em sua superfície um receptor (uma proteína) capaz de reconhecer o antígeno específico do tumor a ser combatido.

"Ele é chamado de receptor quimérico porque é misto. Parte de um receptor que já existe no linfócito é conectada a um receptor novo, que é parte de um anticorpo capaz de reconhecer o antígeno CD19 [antiCD-19]. Com essa modificação, os linfócitos T são redirecionados para reconhecer e atacar as células tumorais", explicou Cunha.

Os leucócitos reprogramados são "expandidos" em laboratório (colocados em meio de cultura para que se proliferem) e depois infundidos no paciente. Antes do tratamento, uma leve quimioterapia é administrada para preparar o organismo.

"Cerca de 24 horas após a infusão das células CAR-T tem início uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo e induzindo a liberação de substâncias pró-inflamatórias para eliminar o tumor. Além de febre, pode haver queda acentuada da pressão arterial [choque inflamatório] e necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. O médico deve ter experiência com a técnica e monitorar o paciente continuamente", disse.

O aposentado submetido ao protocolo no HC da FMRP-USP no dia 9 de setembro já superou a fase crítica do tratamento, conseguiu se livrar da morfina – antes usada em dose máxima – e não apresenta mais linfonodos aumentados no pescoço.

"Além desses sinais clínicos de melhora, conseguimos detectar as células CAR-T em seu sangue e essa é a maior prova de que a metodologia funcionou", disse Cunha.

De acordo com o pesquisador, somente após três meses será possível avaliar com mais clareza se a resposta à terapia foi total ou parcial – algo que depende do perfil biológico do tumor. Os linfócitos reprogramados podem permanecer no organismo pelo resto da vida, mas também podem desaparecer após alguns anos.



Versão brasileira

O projeto que possibilitou a produção das células CAR-T teve início há cerca de quatro anos, quando foi renovado o apoio da FAPESP ao CTC. Nesse período, foram conduzidos estudos fundamentais sobre as construções virais mais usadas para a modificação gênica, bem como estabelecidos modelos animais para os estudos pré-clínicos. Cerca de 20 pesquisadores, incluindo médicos e biólogos celulares e moleculares, além de engenheiros especializados em cultivo celular em larga escala, participam do projeto.

Mais recentemente, Cunha se incorporou ao time com a experiência clínica e laboratorial adquirida durante estágio realizado no National Cancer Institute, centro ligado aos National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos e pioneiro na técnica. Em dezembro de 2018, o pesquisador recebeu da Associação Americana de Hematologia (ASH, na sigla em inglês) o ASH Research Award e uma bolsa de US$ 150 mil para contribuir com o desenvolvimento da técnica na FMRP-USP. O projeto, no seu conjunto, teve apoio financeiro, além da FAPESP e do CNPq, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde.

"A metodologia que desenvolvemos é específica para o tratamento de linfoma, mas a mesma lógica pode ser usada para qualquer tipo de câncer. Estamos trabalhando em protocolos para o tratamento de leucemia mieloide aguda e para mieloma múltiplo. Também estamos acertando uma parceria com uma universidade japonesa com foco em tumores sólidos, como o de pâncreas", contou Rodrigo Calado, professor da FMRP-USP e membro do CTC.

O objetivo do grupo, segundo Calado, é desenvolver tratamentos de custo acessível a países de renda média e baixa e possíveis de serem incluídos no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

"O custo da terapia de células CAR-T é muito próximo do valor que o SUS repassa para um transplante de medula óssea – hoje em torno de R$ 110 mil. Então o tratamento pode ser considerado acessível", disse Calado.

Covas lembrou que o CTC tem tradição em terapias pioneiras, entre elas a aplicação de células mesenquimais para tratamento de diabetes e o transplante de medula óssea em portadores de anemia falciforme.

"Só conseguimos desenvolver o protocolo CAR-T de modo relativamente rápido porque temos uma estrutura há muito tempo em construção. Esse investimento da FAPESP em ciência básica, em formação de pessoas e em infraestrutura de pesquisa agora se traduz em novos tratamentos mais eficazes contra o câncer", disse o coordenador do CTC.



Por: Karina Toledo  |  Agência FAPESP

domingo, 20 de outubro de 2019

Campanha sobre o Câncer de mama.

Dia do Poeta



O Dia do Poeta é celebrado anualmente em 20 de outubro.

Esta data celebra o profissional, que pode (e deve) ser reconhecido como um artista escritor, que usa de sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, as poesias que faz.

O principal propósito desta data é incentivar a leitura, escrita e publicação de obras poéticas nacionais.

Há séculos as pessoas se emocionam, riem e choram com essas belas produção artísticas, consideradas como uma das Sete Artes Tradicionais.

Origem do Dia do Poeta

O Dia Nacional do Poeta é comemorado a nível extraoficial, ou seja, não há uma lei que oficialize o 20 de outubro como Dia do Poeta no país.

Mas, a data foi escolhida por uma razão bastante especial para os poetas brasileiros. No dia 20 de outubro de 1976, em São Paulo, surgia o Movimento Poético Nacional, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia.

A data homenageia e lembra este momento ímpar para os poetas do Brasil.


Retrato do poeta Paulo Menotti Del Picchia

Curiosidades sobre o Dia da Poesia

Antigamente, a poesia era cantada e acompanhada pela lira, um instrumento musical típico da Grécia. Por isso, a poesia é classificada como pertencente ao gênero lírico da literatura.

Os poetas ainda celebram o 31 de outubro como o Dia Nacional da Poesia, oficializado através da lei 13.131, de 3 de janeiro de 2015. A escolha desta data é uma homenagem ao nascimento do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade.

Antes da criação da lei que oficializa o Dia Nacional da Poesia em 31 de outubro, esta era celebrada em 14 de março, em caráter não-oficial.

A escolha desta data era uma homenagem ao poeta brasileiro do romantismo Castro Alves, que nasceu em 14 de março de 1847.

Ainda existe o Dia Mundial da Poesia, em 21 de março, que celebra a nível internacional este gênero artístico. Esta data foi criada durante a XXX Conferência Geral da UNESCO, em 16 de novembro de 1999.

Dia Mundial da Osteoporose


Foto: exame.abril

O Dia Mundial de Combate à Osteoporose é celebrado anualmente em 20 de outubro.

Esta data serve para conscientizar as pessoas sobre os cuidados que se deve ter para prevenir a doença, que já é considerada o segundo maior mal ao nível mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

A osteoporose enfraquece a massa óssea, tornando o osso muito frágil, como se fosse um vidro, em muitos casos. A doença é predominante em idosos e, como não possui sintomas que alarmem (assintomático), devem ser feitos exames rotineiros para verificar a densidade óssea das pessoas de mais idade.

A principal causa da osteoporose é a ausência ou déficit de vitamina D nos ossos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas acima dos 65 anos apresentam níveis de vitamina D no organismo abaixo do normal.

Fazer atividades físicas, ingerir alimentos ricos em cálcio (como o leite, por exemplo) e comer adequadamente são algumas dicas para prevenir a doença e não comprometer a sua qualidade de vida.


Osteoporose no Brasil

De acordo com dados da Federação Internacional de Osteoporose (IOF – International Osteoporosis Foundation), aproximadamente 10 milhões de brasileiros têm essa doença nos ossos.

Ainda segundo informações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o número de casos de osteoporose é maior em mulheres durante a pós-menopausa, sendo em média um caso para cada três mulheres.

Origem do Dia Mundial da Osteoporose

A Sociedade Britânica de Osteoporose instituiu a data em 1996 e no ano seguinte, 1997, a Internacional Osteoporosis Foundation adotou o dia como Dia Mundial e Nacional de Combate à Osteoporose.


Fonte: calendarr

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Estudo investiga transição crítica em água que se mantém líquida bem abaixo de 0 °C

 A água pode manter-se líquida em temperaturas muito inferiores a 0 °C. Essa fase, chamada de super-resfriada, é um tema atual da pesquisa científica. Um modelo teórico desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostrou que, na água super-resfriada, existe um ponto crítico, no qual grandezas como a expansão e a compressibilidade térmicas apresentam comportamento anômalo.

O estudo foi coordenado por Mariano de Souza, professor do Departamento de Física do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp em Rio Claro, e contou com apoio da FAPESP. Artigo a respeito foi publicado por Souza e colaboradores na revista Scientific Reports.

"Nosso estudo evidenciou que esse segundo ponto crítico é um análogo daquele que ocorre na faixa dos 374 ºC e sob pressão da ordem de 22 megapascais, quando a água transita entre os estados líquido e gasoso", disse Souza à Agência FAPESP.

Na faixa dos 374 ºC, coexistem na água duas fases, uma líquida e outra gasosa. A gênese de tal comportamento exótico pode ser observada, por exemplo, no interior de uma panela de pressão. Nesse ponto, as propriedades termodinâmicas da água começam a apresentar um comportamento anômalo. Por isso, o mesmo é classificado como "crítico".

No caso da água super-resfriada, também coexistem duas fases, porém ambas líquidas, uma mais densa e a outra menos densa. Se o sistema continua sendo resfriado apropriadamente abaixo de 0 ºC, há um ponto no diagrama de fases em que a estabilidade das duas fases se rompe. E a água começa a cristalizar. Este é o segundo ponto crítico, determinado teoricamente pelo estudo em pauta.

"O estudo mostrou que esse segundo ponto crítico ocorre na faixa de temperatura de 180 kelvin [aproximadamente -93 °C]. Acima desse ponto, é possível existir água líquida, a chamada água super-resfriada", disse Souza.

"O mais interessante é que o modelo teórico que desenvolvemos para a água pode ser aplicado a todos os sistemas nos quais coexistam duas escalas de energia. Por exemplo, um sistema supercondutor à base de ferro que apresente também uma fase nemática [cujas moléculas se alinhem em linhas paralelas soltas]. Esse modelo teórico teve origem em diversos experimentos de expansão térmica em baixas temperaturas realizados em nosso laboratório de pesquisa", disse.

Esse modelo universal foi obtido a partir de um aprimoramento teórico do chamado parâmetro de Grüneisen, assim denominado em referência ao físico alemão Eduard Grüneisen (1877-1949). Dito de maneira simplificada, esse parâmetro descreve os efeitos que a variação de temperatura e pressão exerce sobre uma rede cristalina.

"Nossa análise dos parâmetros de Grüneisen e Pseudo-Grüneisen pode ser aplicada para investigar o comportamento crítico em qualquer sistema com duas escalas de energia. É necessário apenas ajustar adequadamente os parâmetros críticos de acordo com o sistema de interesse", disse Souza.

O artigo Enhanced Grüneisen Parameter in Supercooled Water pode ser lido em nature.com/articles/s41598-019-48353-4.


José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP