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domingo, 6 de outubro de 2019

Vale transporte digital troca cartão físico por aplicativo e QR Code


Além de tornar o uso mais fácil para os passageiros, a novidade busca evitar o uso indevido.


O sistema de pagamento de passagens de transporte sobre trilhos por QR Code, disponível atualmente em sete estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do metrô na capital paulista, vai ser usado para testar outra novidade: o vale transporte (VT) digital. A ideia é que, no futuro, o recurso substitua os cartões usados atualmente.


O VT digital será incluído no aplicativo VouD e o acesso a ele vai requerer login e senha. O pagamento das passagens é feito via QR Code (exibido na tela do celular e apresentado no validador da catraca) e os valores são deduzidos à medida os créditos são utilizados. Trata-se, portanto, de uma alternativa aos cartões físicos que garante mais comodidade aos usuários e ajuda a evitar o uso indevido.


Ainda não há data definida para o início do projeto-piloto, mas a Autopass, responsável pela novidade, diz que ele vai entrar em vigor até o fim de 2019 — a ideia é garantir que a solução esteja disponível para o mercado no primeiro trimestre de 2020. Depois do teste, a intenção é integrar a solução com os ônibus e, até, levá-la para outras localidades.

Todo o gerenciamento do VT digital será feito em tempo real. Com isso, será possível monitorar os locais de uso do app e identificar mau uso (caso alguém forneça login e senha a terceiros, por exemplo). Entre as facilidades para os passageiros estão a possibilidade de consultar o saldo online e validar os créditos automaticamente.


Saiu no olhar digital - por Roseli Andrion

Novo CD de Consuelo de Paula, Maryákoré,,,tem show de pré-lançamento em Campinas


Capa Maryákoré -Consuelo de Paula -divulgação


A cantora e compositora mineira Consuelo de Paula faz show de pré-lançamento de seu novo CD, Maryákoré, no Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo - Campinas, SP, integrando a programação do projeto Primavera da Canção. O espetáculo acontece no dia 11 de outubro, sexta, às 20 horas. E os ingressos são contribuições espontâneas no chapéu.

 

Consuelo (voz, violão e percussão), acompanhada por Carlinhos Ferreira (percussão), interpreta, além do repertório de Maryákoré, o catimbó "Tupinambá" (D.P.), um canto dos índios Kiriris e músicas dos seus discos anrteriores que 'conversam' esteticametne com o novo trabalho. O cenário do show, criado por Marli Wunder e Alik Wunder, coloca o som de Consuelo de Paula e Maryákoré em sintona com o charme do Casarão.

 

O Primavera da Canção acontece entre os dias 4 e 25 de outubro, sempre às sextas, às 20h, com curdoria e produção de João Arruda.

 

O sétimo disco da carreira de Consuelo de Paula é uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani) e yakoré (nome próprio africano).

 

Além de assinar letras e músicas - tendo apenas duas parcerias, uma com Déa Trancoso e outra com Rafael Altério -, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos, por todos os violões e por algumas percussões de Maryákoré (caixa do divino, cincerro, unhas de lhama, entre outros). A harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada é nítida nesse CD. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos "brasis", notamos a artista imersa em sua história: ela traz a vida e a arte integrada às canções.

 

Segundo Consuelo, desde o nome, o trabalho "traduz uma arte guerreira e amorosa, que se alimenta da força dos ventos, das brisas e das tempestades; nasceu entre o dia e a noite, entre a cidade e as matas, entre raios e trovões". Essas energias, movimentos e gestos de amor e de luta, estão condensados nas músicas, nos arranjos e na voz da cantora e compositora, de modo a reafirmar a fisionomia vigorosa de uma artista inquieta, de expressividade singular e força criativa que se renova a cada trabalho.

 

O violão é seu instrumento de composição que, nesse trabalho, revela-se também, de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou juntos o violão e a voz, ao vivo, no estúdio Dançapé do músico Mário Gil, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido em cada uma das dez faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela; em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia; e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico. Tudo ao mesmo tempo.

 

Além do violão, um piano e vários instrumentos percussivos compõem a sonoridade de Maryákoré. Consuelo conta com o percussionista Carlinhos Ferreira para produzir paisagens e novos sons com instrumentos criados por ele, como goopchandra com arco, flautas de tubos, rabeca de lata, tambor de mar, gungas de sementes e outros. O piano de Guilherme Ribeiro enriquece esse cenário ao fazer destacar na obra, utilizando suavidade e desenhos sonoros, os contrastes imaginados por Consuelo.

 

O CD é apresentado em dois movimentos. Da mesma maneira que assistimos a um bom filme, acompanhar o roteiro de Maryákoré é uma experiência surpreendente. "São gestos, ventos que impulsionam ciclos, são lutas internas e externas que foram trazendo o disco e apontando o rumo das canções", revela Consuelo. Maryákoré é uma guerreira em meio às batalhas cotidianas pela vida e pela arte, é uma obra-síntese da dedicação da artista, de sua fina sensibilidade musical, poética e social. É a voz de Consuelo de Paula frente aos desafios dos nossos tempos.

 

O primeiro movimento começa com "Ventoyá" (poesia de Déa Trancoso, que Consuelo musicou logo na primeira leitura). Consuelo abre o disco batucando no violão, trazendo um clima de ventos e tempestades que anunciam uma nova estação. Na sequência ouvimos o piano, o violão e a percussão que revelam a nova textura sonora, feita para a canção "Andamento". Consuelo a compôs quando viu um instrumento feito por índios brasileiros (pau de chuva) e se lembrou de um verso do terno dos marinheiros de sua cidade natal (Pratápolis, MG): "eu vou, eu vou remando contra a maré". Aqui ela cita também um verso do poeta Paulo Nunes ("o uivo perdido no meio da floresta, passados mil anos, virou esse canto") e acrescenta: "um grito que a noite me empresta / um fado cigano / um índio, um banto / na voz que me resta / que por uma fresta / vazou nesse canto". É clara a poesia contrastante da artista que traduz a comoção pelo belo. E o trio de aberturas se faz com a próxima canção: "Chamamento"- em um clima de capoeira que Consuelo realiza com o seu toque de violão-berimbau. A cantora criou um arranjo crescente, um a um os instrumentos entram - flauta de tubos, violão, piano, rabeca de lata (criada por Carlinhos Ferreira), caxixis, unhas de lhama (instrumento indígena e andino), triângulo, pandeiro e caixa do divino. É um grito de guerra, uma convocação: "vai chamar meu povo / o pajé, o capoeira / as senhoras, as meninas / ... / vai chamar o sol mais quente / a lua cheia, a ventania, o trovão fora de hora / o raio e a nossa alegria / ... /".

 

Com seu violão harmônico e percussivo, Consuelo traz na quarta faixa a canção homônima ao CD, "Maryákoré": "Sou a fumaça que sobe na mata na hora mais quente / a fogueira no quintal da minha gente / sou maryákoré, katxerê, marielle da maré / sou a lua, a luta e os nossos olhos brilhando horizontes". E no final Consuelo cria um outro ambiente no qual cita Tom Jobim ("deixe o índio vivo") e um ponto de candomblé. A canção "Separação" encerra o primeiro movimento. É a música da ausência, do silêncio. O violão em pizzicato é perfeito para o sentimento que a canção nos causa. "Esse é um poema meu, que redescobri durante o processo do disco, e musiquei", conta Consuelo.

 

Abrindo o segundo movimento de Maryákoré, "Caminho de Volta" traz Consuelo cantando à capela, anunciando um recomeço com um canto limpo e forte: "avistei grande búfalo do oriente / travessei o mar / ... / morte não vai me matar / longe do meu lugar". É um moçambique, ritmo afro-mineiro (compasso em seis por oito) de forte presença nas origens da música de Consuelo de Paula. O álbum segue com "Arvoredo" que traz o clima das paisagens mineiras: "minha casa é madeira, tronco, galho e raiz / minha casa é cordilheira / fiz pra gente ser feliz / ... /". E aqui ela constrói 'nossa casa' ao lado de várias tribos (kariris, puris, guaranis, kiriris). Essa é mais uma composição na qual mostra sua forma particular de respirar, cantar e tocar ritmos, que quando ouvimos já sabemos que se trata de Consuelo de Paula. "Os Movimentos do Amor" é um samba de Consuelo tocado com caixa de congo e berimbau. Traz uma harmonia rica que passa pela sonoridade mineira mais urbana. Na abertura, um poema dela entre notas suaves de piano e berimbau: "o amor é o som do seu nome / o rastro que fica quando você some / a alga verde que o mar come entre brancas ondas / pra depois matar a fome do peixe e do homem".

 

A nona faixa, "Remando Contra a Maré" (melodia de Rafael Altério, letrada por Consuelo), conversa com a segunda abertura do CD - "Andamento" - por meio do canto dos congadeiros: "eu vou, eu vou remando contra a maré" (aqui apresentado no final da canção). Impossível não se emocionar com essa bela toada. "Saudação" encerra o segundo movimento do CD e traz, ao mesmo tempo, a despedida e a abertura para um recomeço: "Vou saudar a gira do tempo / ogunhê meu pai / vou cantar despedida / ... /  e com o olhar cruzado no teu / abrirei caminho / noite afora, noite adentro / até que o sol retorne da casa de Lia / com o cheiro da terra que nossos olhos não alcançam / com aromas de um novo dia". E, conversando com a terceira faixa de abertura do CD - "Chamamento" - Maryákoré termina com o contagiante violão percussivo de Consuelo de Paula, como uma energia que nos visita, como um ciclo que se fecha e se abre no tempo.

 

Lançamento/CD: Maryákoré

Artista: Consuelo de Paula

Distribuição: Tratore. Ano: 2019. Preço sugerido: R$ 35,00

Há 30 anos, no dia 6 de outubro de 1989, Dalai Lama ganhou Nobel da Paz.


A MÚSICA DO DIA - 6 de outubro_Digital_Radio_&_Tv.



A Música do dia 6 de outubro é: "Om Mani Padme Hum", com Tomaz Lima.

Produção e apresentação - Luiz Cláudio Canuto.

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https://br.historyplay.tv/hoje-na-historia/dalai-lama-ganha-o-nobel-da-paz

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tenzin_Gyatso

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

21 Anos do Google.


O Google começou em janeiro de 1996 como um projeto de pesquisa de Larry Page e Sergey Brin, quando ambos eram estudantes de doutorado na Universidade Stanford, na Califórnia, Estados Unidos.

A trajetória do Google:

 Para se tornar uma grande empresa de tecnologia chamou a atenção de Hollywood, que tem o interesse de levar a história dos fundadores da empresa, Sergey Brin e Larry Page, para o cinema.

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pt.wikipedia.org/wiki/Google

g1.globo.com/tecnologia/noticia/2010/08/historia-da-fundacao-e-do-crescimento-do-google-pode-virar-filme.html

domingo, 22 de setembro de 2019

Hoje, 22 de setembro, é o "Dia Mundial sem carro".


Dia Mundial sem carro (em inglês: World Car Free Day) é uma data internacional celebrada dia 22 de setembro, em cidades do mundo todo, que tem como objetivo estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. Criado pelo movimento "Sem Carro" (em inglês: Car Free), tem como fundamento que as pessoas experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover pela cidade sem usar o automóvel e que há vida além do para-brisa. Neste dia são realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no que passou a ser conhecido como Dia Mundial Sem Carro. Na Europa, a semana toda é recheada de atividades, no que chamam de Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de setembro). A data foi criada na França, em 1997, sendo adotada por vários países europeus já no ano 2000.


Fonte:  eportuguese.blogspot.com/2014/09/22-de-setembro-dia-mundial-sem-carro.html

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Música na Biblioteca - 31/08




MÚSICA NA BIBLIOTECA RAIMUNDO DE MENEZES
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quarta-feira, 31 de julho de 2019

MPT, ONU Brasil e parceiros lançam campanha #TodosContraOTraficoDePessoas


A iniciativa visa promover a inclusão social de vítimas desse crime por meio do acesso ao mercado de trabalho.
Vítimas de tráfico humano. Foto: ONU/Martine Perret

Vítimas de tráfico humano. Foto: ONU/Martine Perret

No Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas (30 de julho), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a ONU Brasil e parceiros lançam a campanha "Somos Livres: todos contra o tráfico de pessoas". A finalidade é chamar a atenção para a situação das vítimas do tráfico de pessoas no Brasil e ressaltar a importância da proteção dos seus direitos, uma realidade enfrentada por mais de 25 mil pessoas a cada ano no mundo, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Em 2013, os Estados-membros da ONU adotaram o 30 de julho como o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, um dos grandes desafios contemporâneos no mundo. Além do MPT e da ONU, são parceiros nesta campanha a UNICAMP, a Cátedra Vieira de Mello, o Núcleo de Estudos de População "Elza Berquó" (Nepo), a Comissão Pastoral da Terra e a ONG Somos Livres.

#TodosContraOTraficoDePessoas #SomosLivres.

Somos Livres: todos contra o tráfico de pessoas

A campanha tem como principal objetivo possibilitar a inclusão social das vítimas do tráfico de pessoas por meio do acesso ao mercado de trabalho. A estratégia visa quebrar o ciclo de vulnerabilidades a que estão sujeitas as vítimas do tráfico de pessoas, uma das causas-raiz do problema.

A iniciativa conjunta prevê a realização de debates, mostra de fotografias, organização de audiências públicas e de oficinas de troca de experiências e fundamentos, ministradas por profissionais referência em suas áreas, como o maquiador Henrique Martins e o estilista Dudu Bertholini. As turmas são compostas por pessoas em diversas situações de vulnerabilidade, tais como mulheres, pessoas trans, migrantes e refugiada/os.

Oficinas

As atividades começaram no mês de julho, com três oficinas. Na oficina que teve a participação de Henrique Martins e da Escola de Beleza Sweet, o objetivo foi despertar o interesse do público-alvo para a área da beleza, fornecendo informações e técnicas para o trabalho como auxiliar de cabeleireiro. O conteúdo incluiu questões práticas, como atendimento ao cliente, noções de cosmetologia, técnicas de secagem e escovação e maquiagem.

O Projeto Ponto Firme, que já ensinou crochê para pessoas em privação de liberdade, conduziu a oficina 'Crochê Criativo e Experimental', em que participantes foram estimulados a pesquisar referências visuais e estéticas para elaborar peças com a técnica. Além disso, a estilista Lena Santana ensinou como reutilizar peças de roupas descartadas e transformá-las em novos itens de vestuário, na oficina de moulage — técnica de modelagem e costura tridimensional.

Na Oficina de Música e Tecnologia, que conta com o apoio da Escola DJ BAN E.M.C., os participantes aprenderam a lidar com equipamentos eletrônicos e softwares para mixagem, com oportunidade de pesquisa de estilos musicais e estrutura rítmica.

Tráfico de pessoas

O tráfico de pessoas é crime. Consiste na comercialização de seres humanos para exploração sexual, trabalho escravo, remoção de órgãos ou partes do corpo, adoção ilegal, entre outras finalidades. Qualquer pessoa que contribua para esse fim, inclusive quem alicia, recruta, transporta ou aloja vítimas, pode ser responsabilizada. Formado por redes transnacionais e gerando lucros que alimentam economias ilegais, o tráfico vitimiza pessoas em situações socioeconômicas vulneráveis. Trata-se de um problema que atinge todos os países do mundo, inclusive o Brasil.

No país, os dados mais recentes apontam que a maior parte das pessoas é vítima do tráfico para fins de exploração sexual ou trabalho escravo, a maioria mulheres (Ministério da Justiça, UNODC e PNUD, 2018). Os números brasileiros corroboram o perfil das vítimas na América do Sul, cuja maior parte é composta por mulheres (51%) e meninas (31%) (Fonte: UNODC, 2018). Regionalmente, 58% das vítimas são aliciadas para a exploração sexual, 32% para o trabalho escravo e 10% para outros propósitos.

O Brasil conta com uma forte legislação para o combate ao tráfico de pessoas, abrangendo todas as formas de tráfico indicadas pelo Protocolo da ONU sobre Tráfico de Pessoas. Em 2016, foi aprovada uma lei específica sobre o tema, a qual criminaliza o tráfico de pessoas cometido no território nacional contra qualquer pessoa, brasileira ou estrangeira, ou contra brasileiros no exterior. Apesar disso, assim como em outras partes do mundo, a subnotificação e a insuficiência de dados confiáveis permanecem um grande desafio para o enfrentamento ao problema. Globalmente, o número de vítimas aumenta a cada ano, embora isso possa ser atribuído tanto ao aumento no volume de pessoas traficadas quanto à maior capacidade de identificar vítimas.

Em 2017, as Nações Unidas lançaram a campanha Coração Azul, uma iniciativa de conscientização para lutar contra o tráfico de pessoas e seu impacto na sociedade. Coordenada pelo UNODC, a campanha encoraja a participação em massa e visa servir de inspiração para medidas que ajudem a pôr fim ao tráfico de pessoas. O símbolo do coração azul representa a tristeza das vítimas do tráfico de pessoas e nos lembra a insensibilidade daqueles que compram e vendem outros seres humanos, além de demonstrar o compromisso do azul das Nações Unidas com a luta contra um crime que viola a dignidade humana.

Ministério Público do Trabalho

O Ministério Público do Trabalho é o ramo do Ministério Público que tem como atribuição fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista quando houver interesse público, procurando regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores. Cabe ao MPT promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados direitos sociais constitucionalmente garantidos aos trabalhadores.

Para saber mais sobre o MPT, acesse www.mpt.mp.br

Organização das Nações Unidas no Brasil

A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais. As Nações Unidas têm representação fixa no Brasil desde 1947. No Brasil, o Sistema das Nações Unidas está representado por agências especializadas, fundos e programas que desenvolvem suas atividades em função de seus mandatos específicos.

Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), ONU Mulheres e Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) são alguns dos organismos com ações voltadas a reduzir a vulnerabilidade ao tráfico de pessoas no país.

Para saber mais sobre a atuação das Nações Unidas no país, acesse www.nacoesunidas.org

Para saber mais sobre a campanha das Nações Unidas "Coração Azul", acesse www.unodc.org/blueheart/pt/

Informações para a imprensa:

Ministério Público do Trabalho
Layrce de Lima
Assessora – Chefe
Assessoria de Comunicação Social
T. (61) 3314-8030
layrce.lima@mpt.mp.br

ONU Brasil
Roberta Caldo
Assessora de Comunicação
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro)
T. (21) 2253.2211

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Risco de morte por febre amarela pode ser identificado mais cedo

Pesquisadores da USP e do Instituto Emílio Ribas identificam marcadores que preveem risco de morte em pacientes com sintomas de febre amarela, o que pode ajudar a evitar que a doença evolua para formas mais graves. Trabalho foi publicado na revista Lancet Infectious Diseases (foto: Bernardo Portella / Arca Fiocruz )


De cada 100 pessoas que são picadas por mosquitos infectados com o vírus da febre amarela, cerca de 10% desenvolverão sintomas da doença. Embora a maioria dos infectados com o vírus da febre amarela não desenvolva a doença, cerca de 40% dos que apresentam sintomas acabam morrendo.

A febre amarela vem sendo estudada há mais de um século, sendo que existe uma vacina bastante eficaz desde 1938. Apesar disso, ainda não se conheciam os sintomas preditivos específicos que pudessem ser utilizados pelos médicos de modo a estabelecer um prognóstico do grau de severidade da evolução da doença para cada paciente.

"Muitos pacientes que dão entrada no sistema de saúde com diagnóstico de febre amarela ainda não estão muito doentes. Vários chegam caminhando ao hospital, mas o que se observa nos dias seguintes é um quadro de piora acentuada, que muitas vezes leva ao óbito", disse Esper Kallás, professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

"Ainda não se conheciam vários marcadores que pudessem ser empregados pela equipe médica para avaliar o prognóstico de cada paciente, permitindo identificar quais seriam os pacientes com mais chances de evoluir para um quadro de maior gravidade e poder tratá-los de acordo com tal prognóstico, elevando as chances de tratamento e cura", disse Kallás.

Esses marcadores acabam de ser identificados e descritos em artigo na revista The Lancet Infectious Diseases. Assinam o artigo Kallás e outros 19 pesquisadores ligados à FMUSP, ao Instituto de Medicina Tropical (IMT) da FMUSP, ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas e ao laboratório Diagnósticos da América (Dasa). O trabalho teve apoio da FAPESP por meio de projeto de pesquisa coordenado pela professora Ester Sabino, diretora do IMT e professora no Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP.

O objetivo do estudo foi identificar os preditores de morte medidos na admissão hospitalar em um conjunto de pacientes internados no Hospital das Clínicas da FMUSP e no Instituto de Infectologia Emílio Ribas durante o surto de febre amarela de 2018 na periferia da cidade de São Paulo.

Entre 11 de janeiro e 10 de maio de 2018, 118 pacientes com suspeita de febre amarela foram internados no Hospital das Clínicas e outros 113 pacientes no Emílio Ribas.

Após uma triagem para a confirmação do diagnóstico, o estudo foi resumido a 76 pacientes (68 homens e 8 mulheres) com infecção confirmada pelo vírus da febre amarela, com base no RNA do vírus da febre amarela detectável no sangue (74 pacientes) ou no vírus da febre amarela confirmado apenas no laudo da autópsia (dois pacientes). Dos 76 pacientes, 27 (36%) morreram durante o período de 60 dias após a internação hospitalar.

"A infecção da febre amarela foi confirmada pela técnica de PCR [reação em cadeia da polimerase] em tempo real no sangue coletado na admissão ou em tecidos na autópsia. Sequenciamos o genoma completo do vírus da febre amarela de indivíduos infectados e avaliamos os achados demográficos, clínicos e laboratoriais na admissão. Investigamos se qualquer uma dessas medidas se correlacionava com o óbito do paciente", disse Kallás.

Marcadores da doença

Os pesquisadores identificaram que a febre amarela tende a ser mais grave quanto mais velho é o paciente. "Trata-se de um aspecto intuitivo. Faz sentido que os idosos sofram mais e tendam a ter um desfecho pior. Quanto mais velho o paciente, maiores são as chances de o quadro piorar", disse Kallás.

A contagem de neutrófilos elevada, o aumento da enzima hepática AST (aspartato aminotransaminase) e a maior carga viral também estão associados ao risco de morte. Neutrófilos (ou leucócitos polimorfonucleares) são as células sanguíneas que fazem parte essencial do sistema imune inato.

Todos os 11 pacientes com contagem de neutrófilos igual ou superior a 4.000 células/ml e carga viral igual ou superior a 5.1 log10 cópias/ml (ou seja, aproximadamente 125 mil cópias do vírus por mililitro de sangue) morreram, em comparação com apenas três mortes entre os 27 pacientes com contagens de neutrófilos menor que 4.000 células/ml e cargas virais de menos de 5.1 log10 cópias/ml (menos de 125 mil cópias/ml).

"O organismo pode estar tentando combater alguma outra coisa que não é o vírus da febre amarela. Nossa hipótese é que a multiplicação do vírus nas células do intestino possa estar permitindo a passagem de bactérias que vivem no intestino para a corrente sanguínea. Essa poderia ser a razão para o acionamento do sistema imune e o aumento na produção de neutrófilos. Outra possibilidade é que, no doente, a resposta imune estaria desequilibrada, o que faria a pessoa piorar", disse Kallás.

Outro marcador de severidade é o aumento da carga viral no sangue dos pacientes.

"Assim como ocorre com a idade avançada, parece lógico pensar que quanto maior for a quantidade de vírus no sangue, pior será o prognóstico do paciente. Mas é a primeira vez que alguém descreveu isso em um estudo", disse Kallás.

Por outro lado, os pesquisadores constataram que a coloração amarelada na pele dos doentes, tão característica que está no nome da doença, não é um marcador de severidade no momento da entrada do paciente no hospital.

"A coloração amarelada, consequência da destruição das células do fígado pelo vírus, só aparece em casos de piora avançada. Em nosso estudo, nenhum dos pacientes que veio a óbito chegou ao hospital ostentando coloração amarelada", disse Kallás.

Sabino destaca que o estudo representa um avanço muito importante, ao permitir que, "no caso de um surto de febre amarela como o que ocorre atualmente no Brasil, o pior em décadas, médicos realizam a triagem de pacientes no momento de entrada nos serviços de saúde, identificando aqueles pacientes que potencialmente poderão evoluir para casos mais severos. Com a antecipação nas internações em unidades de terapia intensiva, aumentam-se as chances de sobrevivência".

Diagnóstico precoce

Após décadas de pesquisa da febre amarela, não havia até agora marcadores associados ao risco de morte dos pacientes em um ambiente com maiores recursos de assistência à saúde.

"As grandes epidemias de febre amarela que ocorreram em países com maior grau de desenvolvimento e, portanto, com melhores meios médico-científicos para identificar tais marcadores, aconteceram há décadas, praticamente todas antes do desenvolvimento da vacina, que começou a ser testada há 80 anos, antes da Segunda Guerra Mundial", disse Kallás.

Em 2017, quando do início do surto recente de febre amarela no Brasil, Kallás, Sabino e colaboradores realizavam um trabalho de acompanhamento dos pacientes com dengue, chikungunya e zika, na tentativa de prever a transmissão e a distribuição no Brasil daquelas doenças igualmente provocadas por arbovírus, os vírus que são transmitidos aos humanos através da picada de insetos, como os mosquitos.

"Quando surgiram os primeiros sinais do surto de febre amarela, rapidamente percebemos que nos encontrávamos em condições ideais para acrescentar a febre amarela ao foco das nossas investigações, com vistas a detectar os fatores preditivos da severidade da doença. A colaboração entre o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital das Clínicas da FMUSP foi fundamental para fazer esta contribuição", disse Kallás.

A identificação de marcadores prognósticos em pacientes pode ajudar os médicos a priorizar a internação na unidade de terapia intensiva, pois o estado geral dos pacientes deteriora rapidamente.

"Coloque-se no lugar de um médico que examina um paciente diagnosticado com febre amarela e que acaba de ser internado. Não se sabia qual seria o prognóstico mais provável daquele paciente. O que se verificaria seria uma piora muito acentuada e rápida, ou não. Nosso trabalho ajudará a entender o que ocorre com os pacientes. Aqueles que contarem com todos os marcadores de severidade no momento da internação serão os que terão mais risco de morrer. Logo, será possível aos médicos estabelecer prioridades, enviando tais pacientes mais precocemente à terapia intensiva", disse Kallás.

Ao mesmo tempo, a alocação de recursos seria melhorada para priorizar exames laboratoriais mais úteis para determinar se um paciente poderia ter um resultado melhor.

O artigo Predictors of mortality in patients with yellow fever: an observational cohort study (doi: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(19)30125-2), de Esper G. Kallás, Luiz Gonzaga D'Elia Zanella, Carlos Henrique V. Moreira, Renata Buccheri, Gabriela B. F. Diniz, Anna Carla P. Castiñeiras, Priscilla R. Costa, Juliana Z. C. Dias, Mariana P. Marmorato, Alice T. W. Song, Alvino Maestri, Igor C. Borges, Daniel Joelsons, Natalia B. Cerqueira, Nathália C. Santiago e Souza, Ingra Morales Claro, Ester C. Sabino, José Eduardo Levi, Vivian Avelino-Silva e Yeh-Li Ho, está publicado em: www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(19)30125-2/fulltext.


Peter Moon  |  Agência FAPESP