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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Rapidinhas... Os acontecimentos no Brasil e no Mundo.

O acordo da Petrobras

A estatal Petrobras fechou nesta quarta-feira um acordo com acionistas americanos para encerrar uma ação judicial coletiva, aberta em dezembro de 2014, após os investidores tomarem conhecimento de que diretores da companhia estavam envolvidos em esquemas de pagamento de propinas. Pelo prejuízo gerado com a perda de valor das ações, a petroleira vai precisar pagar 2,95 bilhões de dólares — um dos mais caros acordos já fechados na história dos Estados Unidos. Em comunicado oficial, a Petrobras informou que esse tipo de acordo é a melhor saída para a empresa, para evitar passar por um júri popular e pelas peculiaridades da legislação e do mercado de capitais americano.

Embraer e Boeing: a saga continua

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a apoiar uma parceria entre a fabricante de aeronaves americana Boeing e a brasileira Embraer. "É possível fazer uma parceria ou promoção comercial também na área militar, desde que seja resguardado o sigilo, caso a caso. Só não faremos alienação, venda ou transferência do controle", disse o ministro ao jornal O Globo. O governo tem uma golden share, classe especial de ações que permite o veto em assuntos estratégicas. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo o modelo de atuação ainda não está definido, mas uma joint venture, tipo de parceria que permite a colaboração em um projeto específico, está descartada, com as partes indo atrás de uma negociação "mais complexa". As ações da Embraer tiveram a maior alta do dia no Ibovespa, 3,9%.

Nova ministra

O presidente Michel Temer decidiu que a nova ministra do Trabalho será a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ). Ela é filha de Roberto Jefferson, delator e condenado no esquema do mensalão. Jefferson chegou a chorar ao dizer que a nomeação de sua filha é um "resgate" de sua imagem após o escândalo. De acordo com o ex-deputado, Temer consultou o líder do PTB na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (GO), que consentiu na escolha. Cristiane ocupará o lugar do deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS), que pediu demissão no dia 27 para se dedicar à campanha eleitoral de 2018.

Ministro fora

No dia que conseguiu recompor seu time, o governo Temer teve nova baixa. O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), pediu demissão nesta quarta-feira, também para disputar as eleições. Em carta entregue no Palácio do Planalto, Pereira ressalta seus feitos à frente da pasta e garante que "eu e o meu partido [sic], o PRB, apoiamos as reformas e continuaremos apoiando tudo aquilo que for bom para o país". O ex-ministro diz ainda que a "história" reconhecerá os feitos do governo e a "popularidade não quer dizer absolutamente nada". Ele é o quarto ministro a deixar a Esplanada desde novembro.

Greve no RN

Apesar da determinação da Justiça, que autoriza a prisão de grevistas, os policiais civis do Rio Grande do Norte não se apresentaram nesta quarta-feira ao trabalho, alegando falta de recursos estruturais e de dinheiro para trabalhar, pois estão sem o salário de novembro e de dezembro e sem 13º do ano passado. Decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Cláudio Santos, prevê pena de multa e prisão com a manutenção da greve iniciada no dia 19 de dezembro. "Os policiais do Rio Grande do Norte estão com a dignidade afetada. Os policiais não conseguem cumprir a decisão judicial. Que o Estado nos prenda", declarou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Nilton Arruda.

Spotify prepara IPO secretamente

A plataforma de músicas Spotify teria iniciado, secretamente, sua oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês). Segundo informações do site de notícias Axios, o serviço de streaming iniciou o processo no fim de dezembro e planejava abrir as ações ainda no primeiro trimestre deste ano. A abertura em segredo é uma tática utilizada por empresas que desejam testar o interesse de investidores antes de colocar suas ações no mercado. A ação, que era permitida somente para empresas com valor inferior a 1 bilhão de dólares, foi autorizada para qualquer empresa pelo governo dos Estados Unidos em junho do ano passado. A plataforma não se pronunciou sobre a ação.

Protestos se agravam no Irã

A Guarda Revolucionária iraniana comunicou que três membros da força de inteligência foram mortos em confrontos no país nesta quarta-feira. Segundo o comunicado, os agentes teriam sido mortos durante confronto com "elementos antirrevolucionários". O comunicado, porém, não detalhou se as mortes estão relacionadas aos protestos contra o governo. As manifestações já causaram mais de 20 vítimas fatais, e as tensões do país com a comunidade internacional estão aumentando. Em seu Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que apoia as manifestações populares e que seu país é contra o regime brutal e corrupto do Irã. Trump ainda criticou as medidas do ex-presidente Barack Obama em tentar manter relações diplomáticas com o governo iraniano, afirmando que elas só teriam contribuído para o terrorismo na região.

Coreia do Norte reabre linha de comunicação com Coreia do Sul

O governo da Coreia do Norte reabriu, nesta quarta-feira, uma linha de comunicação com a Coreia do Sul. O Ministério de Unificação da Coreia do Sul afirmou, nesta manhã, que recebeu uma ligação da Coreia do Norte pela linha que se localiza no vilarejo de trégua de Panmunjom. A conversa durou cerca de 20 minutos, e seu conteúdo não foi revelado. A reabertura da linha ocorre um dia após o anúncio de uma rodada de negociações sobre a participação de atletas norte-coreanos nas Olimpíadas de Inverno, marcadas para fevereiro na Coreia do Sul. Além da retomada do diálogo entre as Coreias, a decisão veio com a nova resposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o poder bélico de seu país. Trump afirmou que também terá um botão nuclear em sua mesa, em resposta à mesma ameaça que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, fez na segunda-feira. A linha estava interrompida desde 2016 como uma retaliação ao fechamento de uma fábrica que era operada pelas duas Coreias.

DigitalRadioTv & Voz da Comunidade.

Câmara avalia propostas que tentam aumentar qualidade da internet e promover inclusão digital


Propostas em tramitação na Câmara tentam superar o desafio do País quanto à qualidade da internet e à inclusão digital da população. Alguns projetos de lei são polêmicos. É o caso da proposta (PL 5319/16) que transfere para o regime público a execução do serviço da internet de banda larga, mais rápida do que as demais. Pelo texto do relator, deputado Rodrigo Martins, do PSB do Piauí, as operadoras, que hoje exploraram esse serviço em livre concorrência, ficariam sujeitas a reversibilidade de bens, regime de concessão e controle tarifário. Já o deputado André Figueiredo, do PDT cearense e ex-ministro das Comunicações, faz restrições a essa proposta.

"A gente tem que separar regime público de política pública. Hoje é impensável que venhamos a ter a internet única e exclusivamente pelo regime público, até porque, em sua maior parte, ela já é em regime completamente privado. O que precisamos é determinar metas de cobertura: onde se tem ambiente altamente competitivo, não se discute ter um regime público para banda larga porque as operadoras já competem entre si e já levam internet de qualidade; e onde não se tem, define-se uma política pública adequada e consequentemente cobre metas de atingimento da população".

Para viabilizar a inclusão digital, Figueiredo defende ações como a reversão de multas aplicada às operadoras em investimento em fibra óptica para regiões mais remotas e as operações efetivas do satélite SGDC, da tecnologia 5G e dos projetos de "Cidade Inteligente", com foco no uso intensivo das novas tecnologias no planejamento urbano.

Já a advogada do Comitê Gestor da Internet, Flávia Lefèvre, cobra investimentos em infraestrutura para suporte às conexões da internet de banda larga. Ela ressalta que o FUST, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, recolhe dois bilhões e meio de reais por ano, mas apenas 1% dos valores investidos desde 2001 foi, de fato, em universalização. Flávia lembra que hoje apenas 52% dos domicílios brasileiros são conectados à internet. E desse total, só 28% têm banda larga.

"A gente também fica preocupada com a baixa atuação do Ministério da Ciência e Tecnologia, que teria condições, de acordo com o que está hoje previsto na Lei Geral de Telecomunicações, para estender o regime público para a infraestrutura de banda larga e não faz. E há muitos anos, resiste a adotar essas medidas, que seriam fundamentais porque, automaticamente, os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações estariam liberados para novos investimentos em infraestrutura".

Flávia Lefèvre também manifesta preocupação com algumas propostas, segundo ela, vantajosas apenas para as grandes operadoras. É o caso do polêmico projeto de lei (PL 3453/15) que reformula o modelo de telecomunicações. O texto tem tramitação conclusiva nas comissões e já foi aprovado na Câmara e no Senado. Chegou a ser enviado à sanção presidencial, mas o Supremo Tribunal Federal acolheu mandado de segurança de alguns senadores que querem uma votação definitiva no Plenário do Senado.

Reportagem - José Carlos Oliveira

Procon-SP notifica Apple.


O Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, tentou notificar nessa quarta-feira (3) a fabricante do iPhone em razão de problemas que a própria empresa reconheceu: lentidão de processamento após atualizações do software. A Apple se recusou a assinar a notificação, mas os representantes do Procon deixaram assim mesmo o documento na recepção do prédio e consideraram a comunicação feita. A partir de hoje ela terá 10 dias para se manifestar.
 
Embora a empresa negue que as atualizações tivessem por objetivo reduzir a vida útil dos aparelhos e que os problemas possam surgir eventualmente em caso de pico de processamento, a Fundação quer saber oficialmente:
- qual é o problema de fato e os prejuízos que os usuários do iPhone estão tendo ou poderão ter;
- inicialmente, a empresa anunciou a venda da bateria com desconto para os Estados Unidos. Depois para todo o mundo. O Procon SP quer informações de como o consumidor deverá proceder, quais modelos estão incluídos nessa ação, qual o prazo para essa troca e o custo.
 
Fundação Procon-SP
Assessoria de Comunicação

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Reajuste de tarifas de ônibus passa a valer em São Paulo.


ECO Barreira do Rio Atuba.

Cansado de ver garrafas plásticas, latas e até sofás e fogões correndo pelas águas poluídas do rio que passa nos fundos de sua casa, em Colombo (região metropolitana de Curitiba), o vendedor Diego Saldanha, 31, inventou o que chama um dique flutuante formado por galões plásticos unidos por uma rede que, esticado de uma a outra margem, funciona como uma barreira que retém o lixo que é arrastado pela correnteza.

Theo Marques/UOL

Funcionários de atendimento ao público poderão ser obrigados a usar crachá de identificação.



Na Câmara, a Comissão de Defesa do Consumidor aprovou um projeto de Lei que determina que o atendimento ao público por empresas de qualquer setor deverá ser prestado por profissionais com nomes identificados nos crachás em local de fácil visualização.

O autor, deputado Vinicius Carvalho, do PRB de São Paulo, alega que frequentemente atendentes não são identificados com o nome verdadeiro, e que em casos de conflito ou de discriminação, por exemplo, os consumidores têm dificuldade para acionar o funcionário pela Justiça.

A proposta original estabelece que seja colocado o nome completo do trabalhador. Mas o relator da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado César Halum, do PRB de Tocantins, entende que a identificação do primeiro nome já é suficiente, conforme relatório apresentado na Comissão de Desenvolvimento Econômico:

"É uma extensão natural do direito do consumidor à plena informação. Deve-se observar, no entanto, que a utilização de crachás com o nome completo dos funcionários pode apresentar fator de risco a estes. Estarão expondo seu nome completo, que poderá ser pesquisado e utilizado para práticas de ações delituosas, principalmente quando atuam em empresas que exigem um maior grau de segurança."

O autor do projeto apoiou as modificações, mas o deputado Chico Lopes, do PCdoB do Ceará, acredita que o mais importante é avaliar a empresa que trabalha com informações falsas, e que não há problema se utilizado o nome pelo qual a pessoa é conhecida:

"Como que eu boto uma placa num funcionário meu com um nome diferente dele? Começa logo aí pela empresa que usar isto – tem alguma coisa errada. Eu não vou mudar meu nome de Chico Lopes, embora seja Francisco, porque eu sou conhecido como Chico Lopes, aí eu boto "Francisco". Então eu acho assim uma bobagem a gente estar discutindo um negócio desse. Fui clandestino no regime militar, então eu tinha um outro nome, porque era necessário, mas na democracia, besteira grande essa."

Conforme o texto aprovado, as penalidades para quem descumprir a determinação e não identificar os atendentes com nome em local visível ao público estarão sujeitos às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), que poderão variar de acordo com a gravidade e possível reincidência.

O projeto ainda será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça e poderá seguir para análise do Senado sem precisar passar pelo Plenário.

Reportagem - Leilane Gama




Constituição Federal de 1988: deputados avaliam legado do documento após três décadas.


Quase 30 anos depois da promulgação da chamada Constituição Cidadã, em 5 de outubro de 1988, a nossa reportagem conversou com alguns dos parlamentares atualmente em exercício que participaram da elaboração da Carta Magna

Democracia, cidadão, direitos, liberdade. Estas quatro palavras estão entre as mais pronunciadas pelos 17 deputados atualmente em exercício que participaram da elaboração da Constituição Federal entre 1987 e 1988.

Quase 30 anos depois da promulgação da chamada Constituição Cidadã, em 5 de outubro de 1988, a nossa reportagem conversou com esses parlamentares. A principal pergunta: qual o legado do documento após três décadas?

O deputado Arolde de Oliveira, do PSC do Rio de Janeiro, por exemplo, respondeu:

"A Constituição foi um marco importante na história do Brasil depois de um período de exceção que vivemos. (...) A Constituição teve um significado próprio e o mérito de abrir completamente a sociedade à participação democrática. Preservou as liberdades plenas, coletivas, individuais da sociedade. Impôs valores a serem respeitados, a cidadania. Daí o nome Constituição Cidadã."

O texto de 1988 foi construído por uma Assembleia Nacional Constituinte convocada especialmente para a tarefa. O clima era de transição do regime militar para a democracia, em um contexto mundial também marcado por mudanças, como lembrou o deputado Miro Teixeira, da Rede do Rio de Janeiro:

"Caiu o muro de Berlim, acabou a União Soviética, acabou a guerra fria."

Havia insegurança, disse o deputado Heráclito Fortes, do PSB do Piauí:

"Foi um período de muita desconfiança com a solidez das instituições democráticas. Havia uma preocupação muito grande com a preservação da imunidade do cidadão. (...) Havia um terror de que setores insatisfeitos quisessem uma volta ao passado."

Mas houve também uma unificação, nas palavras da deputada Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro, única mulher constituinte atualmente com mandato:

"A Constituição de 88 foi capaz de unificar os interesses da nação brasileira. (...) Ela foi muito completa, com algumas exceções, como a reforma agrária que não passou naquela época."

A preocupação do deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, foi incluir na Carta um capítulo inteiro de seguridade social. Agora ele se preocupa com as ameaças que as reformas em andamento ou já realizadas, como a da Previdência e a trabalhista, podem significar aos direitos conquistados:

"Essa [reforma] da Previdência quebra a espinha dorsal que a gente trabalhou muito."

Benedita da Silva defende mudanças profundas na Constituição, talvez até a convocação de uma nova assembleia constituinte. Também na avaliação dela, as reformas em andamento estão gradativamente modificando a Constituição e retirando direitos:

"Uma assembleia nacional constituinte para ter condições de fazer uma reforma política verdadeiramente, reformas econômicas, reformas sociais."

Miro Teixeira é da opinião de que a Constituição não é perfeita e já cumpriu um grande papel pós-regime militar:

"Com a evolução do planeta, é preciso que nos atualizemos. (...) Essa Constituição atual acaba provocando amarras ao empreendedorismo. Os jovens estão reclamando muito do excesso de regulamentações que são necessárias em decorrência da organização da Constituição."

Mas o hoje deputado José Fogaça, do PMDB do Rio Grande do Sul, que à época da construção da Carta Magna era senador e relator-geral-adjunto do documento, afirmou que ainda não existe consenso para uma nova constituinte:

"Vejo que isso surge aqui ou ali, na voz ou na palavra de alguns membros do Congresso, a opinião de algumas entidades fora do mundo político, mas ainda isso não tem um processo crítico tão maduro e tão definido. Acho que isso ainda vai demorar um pouco para que aconteça."

Para Fogaça, independentemente da necessidade de mudanças, a Constituição atual é sólida, consistente e segura. Nas palavras do parlamentar, o Brasil pode ter tudo o que tiver, mas as pessoas sabem que a democracia não será quebrada.

Reportagem - Noéli Nobre

Comissão avalia proposta para incentivar atividades culturais em escolas da rede pública.


Projeto inclui apresentações e ações culturais dos pontos e pontões de cultura nas escolas


Para incentivar atividades culturais nas escolas, a Comissão de Educação aprovou um projeto do Senado que altera a Política Nacional de Cultura Viva (Lei 13.018/14). A proposta inclui apresentações e ações culturais dos pontos e pontões de cultura nas escolas da rede pública.

Atualmente, já está previsto na lei a parceria dos grupos que desenvolvem atividades culturais, com as escolas e instituições de educação em todos os níveis de ensino. O projeto atualiza o texto, identificando esses locais como escolas e instituições da rede de educação básica, profissional e superior. O objetivo é harmonizar esse texto com o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394, de 1996) e ressaltar que os pontos e pontões de cultura podem aproximar os alunos do setor cultural. Quem explica é o relator da Comissão de Educação, deputado pelo PSDB do Distrito Federal, Izalci Lucas.

"O próprio Plano Nacional de Educação já prevê, numa meta, exatamente isso: levar a cultura para as escolas. Então, hoje, qualquer programa cultural pode ser apresentado nos pontos de cultura ou mesmo dentro das escolas. Se você faz um projeto de cultura hoje, inclusive com recursos da Lei Rouanet, você pode apresentar em diversos lugares, agora, inclusive, nas escolas - de acordo, evidentemente, com o projeto pedagógico para fazer parte do planejamento da escola".

A Política Nacional de Cultura Viva, criada em 2014, tem como objetivo estabelecer parceria com governos e outras instituições, como escolas e universidades, para difundir iniciativas culturais de modo descentralizado, ampliando o acesso da população. Mas mesmo sem recursos do governo, com ajuda apenas de doações e voluntários, Dora Barreto, que coordena o projeto ABC Musical, diz que por meio de propostas culturais é possível auxiliar no desenvolvimento escolar de crianças da comunidade.

"Me incomodava muito essas crianças soltas, na rua do jardim ABC. Nós estamos aqui desde março de 2014 e que não inclui só o ensinamento de música, a gente dá aula de reforço para a criançada, acompanhamento psicológico. É dar um pouco mais de educação, de tentar ajudar a meninada de alguma forma".

A secretária da cidadania e diversidade cultural, do Ministério da Cultura, Débora Albuquerque, conta que existe uma coordenação específica para cultura e educação na secretaria. Segundo ela já são realizadas atividades tanto no ensino básico como no superior. E para melhorar a política, a secretária identifica que a burocracia na prestação de contas é a maior dificuldade das organizações.

"Apesar de ser transferência de recurso público, a gente tem outros canais para que as pessoas possam prestar contas, possam bem utilizar o recurso público na cultura local, impactando positivamente sua comunidade, seu coletivo cultural, que precise ser com o rigor que tem sido".

Segundo o projeto, as ações promovidas pelos pontos e pontões de cultura devem ser compatíveis com calendário e plano pedagógico das escolas. A secretaria estima que existam hoje cerca de 3 mil pontos em atividade no Brasil.

A proposta é analisada agora pela Comissão de Cultura e depois passará pela Comissão de Constituição e Justiça.

Reportagem - Leilane Gama

Aplicativo avisa sobre chuva ou tempestade no local onde está o usuário

SOS Chuva, desenvolvido no Inpe com apoio da FAPESP, faz previsão imediata com precisão de 1 km e pode ser baixado em smartphones. Pesquisadores planejam novos apps, para Defesa Civil, produtores rurais e outros públicos

 Com a chegada do verão inicia-se também a temporada de chuvas na região Sudeste. A diferença é que este ano o aplicativo SOS Chuva poderá informar à população sobre a possibilidade de chuva ou de tempestade na localização exata onde a pessoa está.

É a chamada previsão imediata que, diferente da previsão do tempo convencional, consegue informar a incidência de chuva, granizo ou tempestade com precisão de 1 quilômetro e antecedência de 30 minutos a 6 horas. Desde outubro, o aplicativo SOS Chuva pode ser baixado gratuitamente em smartphones e já conta com mais de 60 mil usuários.

A ferramenta foi desenvolvida por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em colaboração com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, os dois últimos da Universidade de São Paulo (USP).

"A previsão de tempo que ouvimos no jornal é uma previsão que está, de certa forma, bem estabelecida. Sua teoria foi desenvolvida nos anos 1950. Já a previsão imediata é um desafio novo, com funções, equipamentos e modelagens matemáticas completamente diferentes. Até porque é diferente dizer que amanhã vai chover ou falar que daqui a duas horas vai chover no ponto exato onde você está", disse Luiz Augusto Toledo Machado, pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe) e coordenador do projeto.

Com apoio da FAPESP, o Projeto Temático SOS Chuva, iniciado em 2016, vai desenvolver mais dois aplicativos, um voltado para a agricultura e outro para a Defesa Civil. Os pesquisadores pretendem também aumentar a compreensão da dinâmica das nuvens e melhorar modelos matemáticos usados na previsão climática.

"É um projeto que tem o aspecto científico de melhorar modelos de previsão imediata e também outro aspecto associado à extensão, que é o desenvolvimento do aplicativo e de sistemas de alerta mais sofisticados para a Defesa Civil e para a agricultura", disse Machado.

Em novembro, a equipe do projeto fez um treinamento para técnicos da Defesa Civil da região de Campinas (SP) e para profissionais do CPTEC que atuam nas regiões do Vale do Paraíba e no Litoral Norte do Estado de São Paulo. O objetivo é que os centros regionais de meteorologia possam fazer a previsão imediata. A iniciativa é inédita no país.

"Estamos desenvolvendo também um aplicativo voltado para o técnico, para que ele possa fazer a previsão imediata e divulgar os alertas com base nos nossos modelos matemáticos. Isso porque, dado o grande detalhamento, a previsão imediata deve ser feita regionalmente. Por isso, estamos desenvolvendo a ferramenta e os modelos matemáticos para que, no futuro, a previsão imediata seja feita nos centros regionais de meteorologia", disse.

Agrometeorologia de precisão

O grupo formado por pesquisadores do CPTEC/Inpe e da Esalq também está desenvolvendo um terceiro aplicativo, dedicado ao produtor rural.

"O aplicativo de cunho agrícola, além de mostrar onde exatamente está chovendo, também armazenará informações pluviométricas por um período, para que o agricultor possa acompanhar e identificar possíveis variações de produtividade", disse Felipe Pilau, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq, responsável pela parte agrícola do projeto.

Pilau afirma que com essa ferramenta será possível estipular estratégias para a chamada agrometeorologia de precisão. O termo junta a agricultura de precisão – que analisa a variabilidade da produção a partir de fatores como fertilidade do solo e recursos hídricos – com a parte meteorológica.

"Ao incluir a parte meteorológica na agricultura de precisão, é possível enxergar onde chove mais e se essa variabilidade vai afetar a produtividade agrícola. Até então, a parte meteorológica estava esquecida na agricultura de precisão", disse Pilau.

Para fazer a previsão imediata, seja para o usuário comum, o agricultor ou para a Defesa Civil, o projeto conta com um radar meteorológico de dupla polarização – adquirido com apoio da FAPESP e instalado no Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri-Unicamp).

A previsão do tempo convencional necessita de dados obtidos a partir de imagens de satélite, estações meteorológicas e também da interpolação desses dados. Já para obter os dados com precisão de 1 quilômetro de distância, o radar de dupla polarização trabalha com a emissão e reflexão de comprimentos de onda.

Ao emitir um feixe de energia, ele obtém a refletividade, uma medida da reflexão do feixe emitido pelo radar ao se chocar com um obstáculo, como uma gota de nuvem, por exemplo. O sinal então retorna para o radar e, dessa forma, é possível mapear o local exato onde vai chover.

Para fazer a previsão imediata de todo o Estado de São Paulo, o projeto SOS Chuva conta ainda com as informações de outros quatro radares instalados em Bauru, Presidente Prudente, São Paulo e no Rio de Janeiro.

Com a ajuda do radar de dupla polarização, os pesquisadores conseguem ter uma visão tridimensional da nuvem e acompanhar a velocidade com que ela se propaga. Assim é possível analisar outros parâmetros, como acúmulo de cristais de gelo dentro da nuvem ou os chamados intrarraios, raios dentro da nuvem que são indicativos da ocorrência de granizo.

"Com o radar de dupla polarização conseguimos saber, por exemplo, quais os cristais de gelo que têm dentro da nuvem e a partir disso fazer cálculos e previsões", disse Machado.

O pesquisador explica que ao acompanhar a nuvem é possível saber como esses diferentes cristais aumentam e diminuem, indicando a previsão de severidade ou formação de tornados. "Conseguimos também informações a partir do vento, se ele está formando uma circulação fechada, se há descarga elétrica. Tudo isso somado nos ajuda a fazer previsões", disse.

Entendendo eventos extremos

A experiência dos pesquisadores do SOS Chuva em desenvolver modelos e cálculos matemáticos para a previsão imediata será usada em um novo projeto de colaboração com colegas argentinos, chilenos e norte-americanos.

"Continuaremos a coletar dados em Campinas e a melhorar nossos modelos até agosto de 2018. Depois disso, vamos levar nossa instrumentação para São Borja, no Rio Grande do Sul, para uma nova campanha de medidas de colaboração internacional", disse Machado.

O pesquisador explica que a região a ser estudada é onde ocorrem as maiores tempestades do planeta. O fenômeno no Sul do Brasil, conhecido como Complexos Convectivos de Média Escala, ocorre em resposta a uma relação entre a região amazônica e a Cordilheira dos Andes.

"A umidade da Amazônia se propaga, encontra os Andes e se canaliza, trazendo a umidade para o Sul. É esse canal de umidade que começa a formar esses sistemas intensos de nuvens na Argentina. A baixa pressão acelera esse fluxo de umidade que vem da Amazônia e forma tempestades muito grandes."

O projeto nomeado RELAMPAGO é financiado pela National Science Foundation (NSF) e conta com a cooperação da agência espacial Nasa e da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), nos Estados Unidos, do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Conicet) da Argentina, da Comisión Nacional de Investigación Científica y Tecnológica (Conicyt) do Chile, da FAPESP e do Inpe.

"Será um experimento muito grande e o SOS Chuva participará desse esforço que é entender as tempestades severas que entram no Brasil, inclusive com possibilidade de formação de tornados", disse Machado.

O aplicativo SOS Chuva pode ser baixado na App Store (iOS) e na Google Play Store (Android). Mais informações: http://soschuva.cptec.inpe.br/soschuva.


Maria Fernanda Ziegler  -  Agência FAPESP


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Secretário-geral da ONU em sua mensagem para 2018: um alerta para o mundo.

"Queridos amigos em todo o mundo, Feliz Ano Novo!

Há um ano, quando iniciei o meu mandato, lancei um apelo à paz para 2017. Infelizmente o mundo seguiu, em grande medida, o caminho inverso. No primeiro dia do ano de 2018 não vou lançar um novo apelo. Vou emitir um alerta ao mundo.

Os conflitos aprofundaram-se e novos perigos emergiram. A ansiedade global relacionada com as armas nucleares atingiu o seu pico desde a guerra fria. As mudanças climáticas avançam mais rapidamente do que os nossos esforços para as enfrentar.

As desigualdades acentuam-se. Assistimos a violações horríveis de direitos humanos. Os nacionalismos e a xenofobia estão aumentando. Ao começarmos 2018, apelo à união. Acredito verdadeiramente que podemos tornar o mundo mais seguro.

Podemos solucionar os conflitos, superar os ódios e defender os valores que temos em comum. Mas só poderemos fazê-lo em conjunto.

Apelo aos líderes em todo o mundo para o seguinte compromisso de Ano Novo: Estreitem laços. Lancem pontes. Reconstruam a confiança reunindo as pessoas em torno de objetivos comuns.

A união é o caminho. O nosso futuro depende dela. Desejo a todos paz e saúde em 2018.

Thank you. Shokran. Xie Xie. Merci. Spasiba. Gracias. Obrigado."