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<>A "Música do Dia" é - Mili Vanilli - Girl, You Know It's True (Bill Pettaway Jr., Sean " DJ Spen " Spencer, Kevin Liles , Rodney "Kool Rod" Holloman e Ky Adeyemo)<>
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<>A "Música do Dia" é - Mili Vanilli - Girl, You Know It's True (Bill Pettaway Jr., Sean " DJ Spen " Spencer, Kevin Liles , Rodney "Kool Rod" Holloman e Ky Adeyemo)<>
imagem: Augusto Coelho / CNI/ reprodução
As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) são a espinha dorsal da economia brasileira: representam 99% das companhias e respondem por cerca de 30% do PIB, além de serem motores de geração de empregos formais, segundo o Sebrae e a ONU. No cotidiano desses negócios, a proteção de ativos intangíveis – como marcas, patentes e desenhos industriais – passou de tema acessório a condição estratégica para crescer com segurança, acessar crédito e abrir mercados.
Neste cenário, a propriedade intelectual tornou-se o ativo valioso usado como ferramenta estratégica de crescimento econômico e competitividade para as MPMEs brasileiras. Isto porque, ao registrar sua marca, o empresário cria seu próprio ativo financeiro, segundo apontam especialistas.
Para o advogado Paulo Bento Forte Júnior, especializado em Direito Comercial, o registro da marca traz um ativo intangível para o empresário. "Ao registrar uma marca, é possível franquear a própria marca. Porque, ao realizar o registro, a marca aumenta o próprio valor. E ter o registro da propriedade intelectual desta marca faz desta marca um ativo financeiro".
Outro especialista que destaca a importância de empresários registrarem suas marcas é o advogado Rodrigo Meyer Bornholdt. Conforme Bornholdt, "ao registrar marcas, o empresário aumenta as chances de lucro e de concorrência no mercado".
Para o superintendente de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrício Silveira, "a marca é um dos ativos mais importantes e mais usados pelas empresas". No entanto, é preciso ampliar o conhecimento sobre a propriedade intelectual, seus benefícios e processos".
Na visão da CNI, propriedade intelectual é uma das grandes agendas para melhorar o ambiente de negócios, integrada à Nova Indústria Brasil (NIB), que usa dados de patentes, licenciamento e transferência de tecnologia como ferramentas de desenvolvimento e inovação.
O impacto prático disso se traduz em histórias como a da artesã Karyene Feitosa, de Taguatinga (DF), criadora da marca Kayoleta Artesanatos. Ao ingressar na capacitação coletiva de registro de marcas promovida pela CNI, o Sebrae e a Federação das Indústrias de Brasília (FIBRA), no Distrito Federal, a empreendedora entendeu que registrar a marca evita prejuízos e confusões de identidade, uma situação comum quando terceiros passam a usar sinais semelhantes, e reforça a credibilidade do negócio perante clientes e parceiros. O registro assegura exclusividade de uso no segmento, dá base jurídica contra cópias e facilita a construção de valor de longo prazo.
"Quando surgiu essa oportunidade de fazer o registro eu quis, porque quando nós nos mostramos com postura no mercado, que somos registrados, temos CNPJ, temos uma marca por trás, a gente ganha credibilidade. Por isso, eu corri atrás para ter este registro", explicou a artesã.
A primeira turma de capacitação sobre registro de marcas no DF foca no passo a passo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), da busca de anterioridade ao deferimento, respondendo dúvidas sobre documentos, custos e gestão estratégica da marca. Serão quatro encontros que irão ocorrer até o dia 2 de dezembro de 2025.
No Brasil, somente o INPI pode registrar marcas. O órgão é a autarquia federal responsável pelo desenvolvimento de ações previstas na Lei 5.648/1970, conhecida como Lei da Propriedade Industrial. Cabe ao instituto controlar e analisar solicitações de registro de patentes, marcas e transferência de tecnologia.
Em dezembro de 2020, em comemoração aos 50 anos do INPI, o Ministério da Economia lançou a Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI), com validade até 2030, e com 210 ações envolvendo questões como inovação, registro de patentes e marcas, transferência de tecnologia, criação de programas de computador, entre outras.
No plano nacional, a ENPI funciona como guarda-chuva de políticas para difundir a cultura de propriedade industrial e aumentar seu uso por empresas de todos os portes. O objetivo é elevar competitividade e produtividade, ampliando registros e a apropriação de resultados de P&D por MPMEs. A estratégia se desdobra em cronogramas anuais e mensais, com ações por regiões, como oficinas, capacitações e materiais práticos, para garantir capilaridade e aderência às realidades locais, do Norte ao Sul do país.
O coordenador substituto de Relações Institucionais do INPI, Cláudio Picanço, pontua que a propriedade intelectual é estratégica para a consolidação dos negócios, mas os empreendedores possuem muitas dúvidas sobre como iniciar o processo de registro de marca. "Portanto, iniciativas como essa [de criar capacitações, como a capacitação que está sendo realizada no DF] são essenciais para a gestão estratégica da marca como ativo econômico. Precisamos fortalecer a propriedade intelectual no país para intensificar a competitividade", destaca.
Para ajudar as micro, pequenas e médias empresas no processo de registro de marcas, a CNI lançou em setembro o e-book Registro de Marcas para MPMEs, em parceria com INPI e o escritório Di Blasi, Parente e Advogados Associados.
O guia traz um passo a passo sobre como registrar e proteger uma marca no Brasil junto ao INPI, órgão responsável por registros e concessões de ativos de propriedade intelectual no país.
Além de explicar as etapas formais, do depósito ao deferimento, o guia responde às principais dúvidas dos empresários, como: quando registrar a marca, quais documentos são necessários, como fazer a busca de anterioridade, quais são os custos envolvidos e normas aplicáveis, entre outras.
A analista de Políticas e Indústria da CNI, Janaína Stein, traz mais detalhes sobre o e-book. "Ele foi elaborado para ser um guia digital prático, que leva o portal do site do INPI, por meio de links, e traz exemplos práticos do dia a dia para o empresário. O e-book também explica o que é marca, quais são suas formas de apresentação, como o empresário pode identificar qual a melhor marca para ser registrada, qual o passo a passo que o empresário adota dentro do site do INPI, como evitar fraude e qual a importância do registro da marca para a empresa. Porque a falta do registro pode trazer riscos jurídicos e financeiros."
imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ reprodução
Em meio à programação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou, nesta quinta-feira (13), um estudo que elenca ações para viabilizar a nova meta global de financiamento climático (NCQG). O compromisso foi aprovado na COP29, no Azerbaijão, e prevê a mobilização de US$300 bilhões por ano até 2035. Há a possibilidade de esse valor chegar a US$1,3 trilhão anualmente a partir de fontes públicas, privadas, bilaterais e multilaterais.
Denominado "Nova arquitetura do financiamento climático: mobilização de recursos para a mitigação e adaptação", o levantamento da CNI defende a reforma da arquitetura financeira internacional, com a disponibilidade de instrumentos mais atrativos, acessíveis e de menor custo de capital.
Entre outros pontos, o estudo recomenda o fortalecimento de políticas públicas e mecanismos nacionais, como por exemplo, a Política Nacional sobre Mudança do Clima, o Plano Clima e o programa Eco Invest Brasil.
O superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, explica que o estudo retrata uma realidade do financiamento no âmbito nacional e no internacional. Na avaliação dele, o progresso das metas dependerá da criação de ambientes regulatórios favoráveis, com instrumentos financeiros eficazes.
"Financiamento é um tema transversal que toca várias temáticas que vêm sendo discutidas aqui na COP, como transição energética, bioeconomia, economia circular, o papel das cidades sustentáveis. Então, todos esses temas precisam ter um alicerce do financiamento, porque fazer uma transição custa e custa caro e a gente precisa identificar quais seriam aquelas linhas mais competitivas para que as empresas possam fazer a sua transição para baixo carbono dentro das suas plantas, dentro dos seus empreendimentos", destaca.
Apesar de os aportes globais apresentarem crescimento, o estudo revela que há desigualdades no acesso aos recursos. Entre 2021 e 2022, o financiamento climático do mundo registrou uma média anual de US$ 1,3 trilhão. Esse valor equivale um salto de 63%, na comparação com o biênio anterior.
Porém, a maior parte dos fluxos – que corresponde a 89% - foi destinada à mitigação. Para as atividades de adaptação, só foram destinados 11%. Outro fator de alerta é que os países menos desenvolvidos e pequenos estados insulares receberam somente 2,6% e 1%, respectivamente, do total mobilizado.
Mapa lidera agenda do agro sustentável na COP 30
Entre os principais problemas relacionados a esse cenário estão o alto custo do capital, o espaço fiscal limitado, a volatilidade cambial e a ausência de incentivos concretos para projetos climáticos, sobretudo nas nações em desenvolvimento.
"É nesse espírito que a CNI vem contribuindo para divulgar um estudo onde elenca a realidade, mas também mostra como fazer uma melhoria no sistema de financiamento global para que a gente possa cada vez mais acessar financiamentos competitivos, não só para grandes empresas, mas também considerando micro, pequenas e médias empresas, essas que têm mais dificuldades em termos de garantia e também de acesso a esse financiamento climático", pontua Bomtempo.
Com o intuito de enfrentar esses desafios e promover maior equidade na distribuição dos recursos, a CNI estruturou 24 ações, organizadas em 11 temas prioritários. As medidas apresentadas abordam iniciativas como aprimoramento de políticas climáticas nacionais e criação de arranjos inovadores de garantia e incentivo à participação privada. Confira:
| Tema | Ações |
|---|---|
| Ampliar a adoção de políticas climáticas alinhadas ao financiamento climático | 1. Manutenção e atualização das NDCs, considerando a participação da indústria na formulação das metas, incluindo o Plano Clima e a Política Nacional sobre Mudança do Clima. 2. Políticas específicas de financiamento voltadas para promover ações climáticas. 3. Existência de taxonomias ou políticas verdes. |
| Papel dos países desenvolvidos na mobilização de recursos para financiamento climático | 1. Manter o papel dos países desenvolvidos na liderança da mobilização de recursos, visando à meta de USD 300 bilhões por ano. 2. Doações de países desenvolvidos podem ser prioritariamente usadas para determinados tipos de projetos, como adaptação e perdas e danos. |
| Assegurar a captação de financiamento nos BMD com recursos públicos e privados | 1. Estimular que os BMD garantam a captação pública para projetos climáticos. 2. Aprimorar a governança dedicada a financiamento climático e para biodiversidade. 3. Definir quotas de referência para capital público e privado. 4. Aumentar a capacidade de empréstimo. |
| Abordar os riscos para o financiamento climático | 1. Riscos regulatórios e riscos institucionais. 2. Barreiras devido aos altos custos de empréstimos, resultantes dos riscos da dívida soberana dos países. 3. Endividamento dos países e espaço fiscal limitado e volatilidade cambial. |
| Fortalecer arranjos para garantia que viabilizem projetos de forma efetiva | 1. Aprimorar modelos e arranjos de garantia customizados por tipos de projeto (mitigação ou adaptação). 2. Definir diferenciais de garantia para projetos de adaptação em países de menor desenvolvimento relativo e países em desenvolvimento que envolvam determinados tipos de objetivos (ex.: saneamento, infraestrutura urbana, transporte). |
| Ampliar o acesso a seguros | 1. Integrar riscos climáticos como parâmetros para orientar financiamento associado a instrumentos de seguros. 2. Estimular seguros climáticos para setores, como indústria e agropecuária. |
| Viabilizar a inclusão de valores não reembolsáveis no contexto de instrumentos financeiros | 1. Definir orientações que promovam a inclusão de recursos não reembolsáveis em certos tipos de projeto. 2. Garantir que recursos públicos na forma de doações possam integrar instrumentos de blended finance customizados para apoiar projetos. |
| Aprimorar os diferenciais de financiamento climático vis-à-vis outros tipos de projeto | 1. Definir orientações que devem ser consideradas como base para projetos de financiamento climático, visando garantir diferenciais ligados à taxa de juros, às garantias, aos prazos de pagamento, ao volume de recursos elegíveis, entre outros. 2. Avaliar opções que permitam reduzir os custos de tomada de crédito para financiamentos climáticos. |
| Capacitação para o desenvolvimento de projetos | 1. Expandir plataformas que forneçam liquidez às PMEs para investimentos climáticos. 2. Aprimorar o suporte a países para o desenvolvimento de projetos financeiros. |
| Financiamento para projetos em países que tenham esquemas de precificação de carbono | 1. Definir orientações que incentivem financiamento de projetos que viabilizem a geração de créditos de carbono segundo as decisões dos mecanismos do artigo 6 do Acordo de Paris. |
| Definir regras de reporting para todos os atores do ecossistema de financiamento climático | 1. É essencial que a UNFCCC e o Acordo de Paris definam regras de como reportar financiamento climático no contexto da NCQG. |
Fonte: Agência de Notícias da Indústria
O estudo divulgado pela CNI também destaca oportunidades para o Brasil no novo cenário global. Em 2025, o Fundo Clima conta com orçamento de R$ 21,2 bilhões – valor recorde – representando uma janela importante para financiar projetos nacionais.
No ambiente externo, o país já conta com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Nesse caso, a alocação chega a US$79,83 milhões no atual ciclo; além do Fundo Verde para o Clima (GCF), com US$12,8 bilhões mobilizados mundialmente.
Outra possibilidade é o fundo Alterra, lançado em Dubai, durante a COP28, com aporte inicial de US$30 bilhões. O Alterra dá prioridade a projetos de inovação tecnológica e soluções sustentáveis relacionadas à transição para uma economia de baixo carbono, com foco em startups e iniciativas escaláveis em setores como descarbonização industrial, tecnologias limpas, economia circular e transição energética.
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<>A "Música do Dia" é - Angela Ro Ro - Gota de Sangue (Angela Ro Ro)<>
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A Vila do Cocal, localizada em São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó (PA), virou tema de um curta-metragem que tem como propósito preservar a tradição oral da comunidade. Intitulada Vozes do Cocal, a produção busca fortalecer a memória e a identidade local, promover a educação ambiental e ampliar a consciência sobre as mudanças climáticas, destacando e valorizando os saberes ribeirinhos.
O documentário será lançado no dia 14 de novembro, às 19h, no salão comunitário de Marajó (PA). A exibição é gratuita para o público de São Sebastião da Boa Vista e comunidades ribeirinhas próximas. Segundo o diretor, essa será a primeira exibição de um curta-metragem na Vila.
Vozes do Cocal é um documentário poético – um subgênero do documentário que se afasta do factual e foca em uma linguagem sensorial e estética. A produção conta com o patrocínio do Banco da Amazônia e envolve moradores de todas as idades na realização, desde crianças, a pescadores e artesãos, como explica o diretor do projeto e artista ribeirinho, Josué Castilho:
"O curta-metragem Vozes do Cocal mistura realidade e poesia, explorando essa dimensão mais emocional e visual da experiência ribeirinha. A narrativa se constrói através dos depoimentos dos próprios moradores, imagens da natureza, imagens do vilarejo e composições visuais que traduzem o cotidiano e o espírito da comunidade."
Para ele, a participação dos moradores em todas essas etapas do projeto, desde a entrevista às gravações das cenas, "promove autoestima, inclusão social e, principalmente, fortalecimento coletivo".
Entre os objetivos da obra está fortalecer os laços sociais, promover educação ambiental e levar a realidade amazônica a festivais de cinema no Brasil e no exterior.
A produção busca resgatar a história centenária da comunidade da vila, com abordagem de temáticas centrais que vão desde as tradições, ancestralidade e oralidade, até as que envolvem o meio ambiente.
A educação ambiental e consciência ecológica são pontos cruciais no filme. A obra estimula reflexões sobre o impacto das mudanças climáticas na região e a importância das práticas sustentáveis, com incentivo ao cuidado com os rios e com a floresta. Além disso, o manejo correto de resíduos e o respeito aos ciclos da natureza também compõem a narrativa cinematográfica.
"O filme aborda como os ribeirinhos se relacionam com o ambiente de forma afetiva e principalmente espiritual e sustentável. As mudanças climáticas e a sustentabilidade também são temáticas mais centrais. Eu busquei trazer dentro da obra e discutir os impactos das transformações ambientais na Vila do Cocal, na comunidade. A questão do lixo que chega na comunidade, que vem pelo rio. E isso gera escassez de peixe", salienta Josué.
Conforme Josué, o filme também tem o papel de estimular a comunidade e os espectadores a refletirem sobre a importância de práticas sustentáveis de preservação dos recursos naturais.
Como a produção alia valorização da cultura local e práticas sustentáveis, Josué avalia que a parceria com o Banco da Amazônia também reforça o compromisso da instituição com a preservação da Região Amazônica.
"Acho que mais do que um investimento cultural, o patrocínio representa uma aliança simbólica com os valores da preservação ambiental, valorização da cultura amazônica e desenvolvimento sustentável – princípios que estão diretamente alinhados com a missão da instituição Banco da Amazônia. E o filme, ao dar voz à comunidade ribeirinha da Ilha do Marajó, Vila do Cocal, minha comunidade, reflete o compromisso do Banco com o fortalecimento das identidades regionais e, principalmente, com a promoção de iniciativas que unem cultura, ecologia e cidadania", afirma.
Josué menciona que o apoio do Banco da Amazônia esteve presente desde a etapa de pesquisa, passando pela produção, pós-produção até à exibição pública que será em novembro. O patrocínio foi aprovado por meio do edital de seleção pública de patrocínios do Banco da Amazônia 2025.
"Esse apoio me permitiu garantir essa infraestrutura técnica, transporte, equipamento, alimentação, cachê, para todos os participantes do filme, foi muito importante", destaca o diretor.
O Vozes do Cocal está em processo de finalização, já com todas as cenas gravadas. A previsão é de que o curta tenha cerca de 18 minutos e que mostre "que a verdadeira essência da floresta está nas pessoas que habitam a Amazônia", conforme afirma Josué.
O diretor ressalta que os saberes dos povos ribeirinhos sustentam o ecossistema de pé. Partindo desse princípio, o filme busca abordar o equilíbrio ecológico unindo o espiritual e o cultural.
"A oralidade é um patrimônio muito importante que resiste ao esquecimento e, ao registrar essas histórias aqui no Cocal, penso que o curta defende essa palavra falada como forma de resistência e transmissão de conhecimento. A fala dos moradores é um rio que carrega memórias e valores", observa Josué.
Entre as principais mensagens da produção está a articulação entre justiça social e justiça ambiental, com convite ao público para refletir que a destruição da floresta também passa pelo apagamento das culturas e das comunidades que ali vivem.
"As vozes do Cocal são muito importantes e no filme mostrar como a arte, o saber tradicional e a coletividade são formas de resistência diante da invisibilidade social e das pressões econômicas que ameaçam de formar a Amazônia. Esperança e futuro são uma das temáticas também centrais que eu quis abordar no filme", acrescenta Josué.
A Vila do Cocal está situada no município paraense de São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó, e uma pequena comunidade ribeirinha amazônica centenária.
Josué explica que a Vila foi um importante ponto econômico da região, com destaque na extração e exportação de produtos naturais, como óleo de andiroba, patauá, borrachas e fibras vegetais, além de cerâmica.
"Esses produtos eram todos exportados para Europa. Esse passado de prosperidade deixou marcas profundas na memória coletiva dos moradores. Hoje, Cocal preserva uma forte identidade cabocla, marajoara, sustentada pela oralidade, pelos rituais de convivência com o rio, com a mata e pela sabedoria ancestral transmitida entre gerações."
Hoje, o cotidiano da comunidade é marcado pela pesca artesanal, agricultura de subsistência e artesanato.

imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ reprodução
A mais recente edição do Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (6), aponta a manutenção do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pela influenza A em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O boletim também alerta para o início de crescimento na Bahia.
O levantamento, referente à semana epidemiológica 44 (de 26 de outubro a 1º de novembro), integra o sistema de vigilância do SUS e monitora a evolução dos casos graves de infecções respiratórias no país.
Além da influenza A, a covid-19 apresenta tendência de crescimento no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, embora ainda em níveis baixos de incidência. Em Sergipe, houve aumento atípico de casos de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas.
Três estados estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG com tendência de crescimento: Mato Grosso do Sul, Paraíba e Tocantins. Em Mato Grosso do Sul e na Paraíba, o aumento está concentrado em crianças pequenas e tem sido impulsionado pelo rinovírus.
No Tocantins, os casos crescem principalmente entre pessoas com mais de 50 anos, possivelmente por influência da influenza A.
Entre as capitais, Florianópolis (SC), João Pessoa (PB) e Palmas (TO) também apresentam aumento de casos e nível de alerta.
Em 2025, o Brasil já registrou 204.086 casos de SRAG, sendo:
Entre os casos positivos, 23,2% foram por influenza A, 1,2% por influenza B, 40,1% por vírus sincicial respiratório, 28,2% por rinovírus e 8,2% por Sars-CoV-2 (Covid-19).
Neste ano, já foram confirmados 12.151 óbitos por SRAG, sendo 49,4% causados por influenza A e 23,4% por covid-19.
A Fiocruz reforça a importância de manter as vacinas contra gripe e covid-19 em dia, especialmente entre idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde.
A cobertura vacinal contra a gripe está abaixo do ideal, com média nacional de cerca de 41% entre os grupos prioritários, quando o recomendado é de 90%.
Com a chegada do fim de ano e o aumento da circulação viral, a instituição recomenda:
Esses cuidados e a vacinação ajudam a reduzir o risco de agravamentos e internações durante o período de maior incidência de doenças respiratórias no país.
As informações são da FioCruz.
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imagem: José Cruz/Agência Brasil/ reprodução
Com a chegada das festas de fim de ano de 2025, os trabalhadores brasileiros já aguardam um reforço no orçamento: o 13º salário. As empresas têm até o dia 30 de novembro para pagar a primeira parcela do benefício aos empregados com carteira assinada. Instituído pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, o 13º garante um salário extra no encerramento do ano e se tornou um dos principais direitos trabalhistas do país.
Conforme a legislação, tem direito ao benefício o trabalhador que executou as atividades por 15 dias ou mais durante o ano – e que não foi demitido por justa causa.
O valor da gratificação de natal é proporcional ao período trabalhado. Ou seja, se o colaborador trabalhou 12 meses, o valor do 13° deve corresponder ao total de seu salário mensal. Já no cenário em que a pessoa trabalhou apenas 6 meses no ano, o bônus natalino corresponderá a 50% da sua remuneração.
Confira como fazer o cáculo da primeira parcela:
O benefício é pago em duas parcelas anualmente. A primeira deve ser paga até o dia 30 de novembro de cada ano, considerando o valor bruto da remuneração mensal. Já a segunda parcela pode ser paga até o dia 20 de dezembro. O empregador também pode realizar o pagamento integral – respeitando a primeira data.
O valor da segunda parcela é diferente da primeira, considerando que são inclusos no cálculo dela os descontos do trabalhador sob as normas da CLT.
O trabalhador tem assegurado que a cada mês trabalhado tenha o direito de receber o valor extra correspondente a 1/12 (um doze avos) do seu salário no ano correspondente.
Para calcular a segunda parcela do 13°, o salário bruto é dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados. Do montante são subtraídos o Imposto de Renda e a contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – conforme como já ocorre com o salário, mês a mês.