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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pesquisa mostra que mulher desconhece relação entre câncer do colo do útero e HPV



Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Pesquisa mostra que 66% das mulheres brasileiras não acham que existe relação entre a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e o câncer do colo do útero. A infecção por esse vírus aumenta em até 100 vezes o risco de a mulher desenvolver esse tipo de câncer.

Para o levantamento, feito pela Associação Brasileira de Patologia no Trato Genital Inferior e Colposcopia em parceira com o Ibope, foram ouvidas 700 mulheres com idade entre 16 e 55 anos, em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife). O objetivo foi entender a percepção feminina sobre o assunto.

Descobriu-se que 18% das mulheres nunca fizeram o exame papanicolau – principal forma de detectar as lesões que podem levar ao câncer do colo do útero – e 13% fizeram apenas uma vez. Além disso, 40% das mulheres não acham que os exames preventivos de rotina podem servir como forma de prevenção à doença.

Segundo a pesquisa, 76% das mulheres ouvidas não relacionam a vacinação contra o HPV como forma de prevenção ao câncer do colo do útero. Estudos mostram que, embora o HPV seja comum (80% da população mundial já foram infectados ao menos uma vez na vida), ele é responsável pelo surgimento do câncer do colo do útero em alguns mulheres mais suscetíveis. Por isso, prevenir o vírus é fundamental, destaca o presidente da associação, Garibaldo Mortoza Júnior. "Enviamos como recomendação ao Ministério da Saúde um pedido para que essa vacina seja incorporada ao calendário oficial."

O professor Newton Sérgio de Carvalho, da Universidade Federal do Paraná, reforça a segurança oferecida pela imunização. Ele explica que a vacina é elaborada a partir de uma partícula semelhante ao vírus, produzida com base na engenharia genética, só que sem o conteúdo do vírus. “É impossível alguém se infectar ao tomar a vacina, ela é confeccionada com a 'capa' do vírus”, disse.

Segundo o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) José Focchi, a aplicação da vacina contra o HPV é totalmente eficaz antes da primeira relação sexual. Após cinco anos de atividade sexual, 60% das mulheres se infectam com algum dos 130 genótipos do HPV, sendo que os mais comuns são os tipos 16 e 18, que correspondem a 70,7% dos vírus. Mulheres mais velhas que recebem a vacina também podem ter benefícios, embora contra uma quantidade menor de genótipos. “Aquela paciente que já teve HPV e toma a vacina pode se beneficiar contra os outros tipos de HPV”, disse. “À medida que passa o tempo, o organismo também pode eliminar o vírus”, completa.

Para alertar as mulheres sobre a importância da prevenção, a associação lançou a campanha “Mulheres semeiam vida”. No site mulheressemeiamavida.com.br, é possível obter informações sobre a doença.

Edição: Juliana Andrade



Justiça determina paralisação imediata de obras do Comperj



Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Petrobras informou, em nota, agora no final da noite, que uma decisão da Justiça determinou a suspensão imediata das obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), anulando as licenças ambientais emitidas pelo órgão ambiental estadual. A nota da estyatal informa em apenas duas linhas a decisão da Justiça.

"A Petrobras informa, que foi intimada, no início da noite de hoje (14) de sentença que anula as licenças ambientais emitidas pelo órgão ambiental estadual [Instituto Estadual do Ambiente - Inea] para as obras do Comperj, implicando em paralisação imediata das obras. A Petrobras informa ainda que está avaliando as medidas cabíveis".



Hospital em Ribeirão Preto testa tratamento mais eficaz para a esquizofrenia



Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Uma doença mental que acomete pelo menos 1% da população, a esquizofrenia poderá ser tratada, em um futuro próximo, por um método mais eficaz do que o sistema convencional. Os testes estão sendo feitos com pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)

Em lugar de remédios que agem controlando apenas os sintomas mais graves, como delírios e alucinações, os pacientes recebem uma medicação capaz de melhorar também os demais efeitos, como perda de memória, déficit de atenção e depressão, problemas que, frequentemente, condenam o portador desse mal ao isolamento social.

Após mais de uma década de pesquisa, cientistas brasileiros e canadenses descobriram  que o componente de um antigo remédio usado para o controle da hipertensão arterial sistêmica grave, o nitroprussiato de sódio, mostrou ser eficiente também contra as disfunções no cérebro das pessoas afetadas pela esquizofrenia.

“A esquizofrenia é uma doença multidimensional, com sintomas psicóticos caracterizados por delírios e alucinações, mas que tem também outros sintomas negativos e cognitivos”, explica o cientista brasileiro Jaime Hallak, professor da  FMRP.

O especialista é um dos coordenadores dos testes que estão sendo feitos em Ribeirão Preto, seguindo as descobertas desenvolvidas em conjunto com a Unidade de Pesquisa em Neuroquímica da Universidade de Alberta, Canadá, onde o trabalho é coordenado pelo cientista Serdar Dursun.

O trabalho já ganhou o reconhecimento científico com uma publicação na revista Archives of General Psychiatry/JAMA Psychiatry. E os testes feitos em pacientes do HC de Ribeirão Preto vêm demonstrando êxito, informou Hallak. Ele prevê que daqui a quatro ou cinco anos já esteja disponível em toda a rede de saúde do país o tratamento com base no nitroprussiato de sódio.

Hallak observou ainda que essa enfermidade costuma surgir no auge da adolescência ou no período de maior preparação para a vida adulta. E entre 50% a 60% dos pacientes apresentam uma resposta parcial ao tratamento.

Já em relação aos testes no HC de Ribeirão Preto, o cientista informou que a medicação à base do nitroprussiato de sódio indicou melhora de todos os sintomas da doença e sem apresentar efeitos colaterais. Após constatar evidências de melhoras que duraram até três meses, os pesquisadores estudam, agora, os efeitos com aplicações endovenosas de doses repetidas.

O que se buscou foi regular a presença do óxido nítrico, que é um gás na comunicação do sistema neurotransmissor, conforme informou Hallak. “Conseguimos resultados bem impactantes, e isso tem chamado a atenção dos pesquisadores mundo afora”, salientou ele. Para o cientista, a nova descoberta e os desdobramentos desse conhecimento, com novas experiências, podem provocar uma revolução no setor.

Edição: Davi Oliveira



Comissão Nacional da Verdade se reúne com Dilma e pede prorrogação dos trabalhos



Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentaram hoje (14) à presidenta Dilma Rousseff um balanço das atividades do grupo – que completa um ano de criação na próxima quinta-feira (16), e as demandas da sociedade civil para que os trabalhos da comissão sejam prorrogados. O decreto de criação prevê a conclusão das atividades em maio de 2014.

A reivindicação de estender o prazo de funcionamento da comissão é defendida por estudantes, comissões estaduais da Verdade, comitês de Memória e Justiça e centrais sindicais. O pedido foi apresentado a Dilma em abril, durante reunião com lideranças do movimento estudantil.

Segundo o atual coordenador da comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, a pressão das entidades pela prorrogação das atividades do colegiado “é benéfica para o aprofundamento dos trabalhos da comissão”.

Além de Pinheiro, outros integrantes do colegiado também participaram da reunião com a presidenta da República, entre eles Rosa Cardoso, próxima coordenadora da CNV, Claudio Fonteles, José Carlos Dias e Maria Rita Kehl.

Até agora, o governo não se manifestou sobre uma possível extensão do prazo dos trabalhos da Comissão da Verdade.

A CNV foi criada para para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. De acordo com a lei que a criou, a comissão tem o objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo. O grupo vai aproveitar as informações produzidas há 17 anos pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e há 11 anos pela Comissão de Anistia.

 

Edição: Aécio Amado





Em assembleia, professores municipais de São Paulo decidem manter greve




Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Reunidos na tarde de hoje (14) em assembleia, em frente à sede da prefeitura, os professores da rede municipal de São Paulo decidiram manter a greve, iniciada no dia 3 de maio. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira (17), a partir das 14h, no mesmo local.

Os professores reivindicam 6,55% de reajuste retroativo a 2011, 4,61% de reajuste retroativo a 2012 e 5,6% de reajuste para este ano. Segundo o sindicato, a Secretaria Municipal de Educação propôs um reajuste de 0,82% retroativo a novembro, o que foi recusado pela categoria.

Em nota divulgada hoje (14), a secretaria informou que mantém seu compromisso de “diálogo permanente com os educadores, com a sua efetiva valorização e com a educação de boa qualidade como um direito de todos”.

Amanhã (15) à tarde está prevista uma reunião entre a secretaria e representantes dos grevistas, informou o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), por meio da assessoria de imprensa.

 

Edição: Aécio Amado




Apoio à alteração do PNE proposta pelo Senado



Educação

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, manifestou , hoje (14), apoio ao parecer sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) apresentado pelo senador José Pimentel (PT-CE) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O parecer altera a redação aprovada na Câmara e registra “investimento público em educação”, não especificando assim que o investimento ocorra apenas na educação pública.

O ministro disse que a mudança feita por Pimentel foi discutida com o Ministério da Educação e  defendeu que o investimento em educação previsto no plano não fique restrito às instituições públicas.

“Vamos definir o que é o investimento público que não seja em uma escola necessariamente pública. O Ciência sem Fonteiras, por exemplo, se estabelecermos que só vale a verba para a escola pública, eu não posso ter bolsa de estudo para mandar estudante para as melhores universidades do mundo. Isso não entra no orçamento. Precisamos ter uma visão de que o setor privado tem seu papel”, disse hoje (14) ao participar de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

Além do Ciência sem Fronteiras, que tem parceria com instituições privadas, Aloizio Mercadante citou também o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O conceito do senador Pimentel permite esse programas. O que podíamos fazer de entendimento? Vamos manter esse conceito e definir o que é investimento em educação pública, não necessariamente em escola estatal. É prioritariamente na estatal, mas não exclusivamente”, explicou.

O relator do PNE na Comissão de Assuntos Econômicos, senador José Pimentel, manteve a meta de investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Pimentel leu seu relatório sobre o PNE na sessão de hoje da comissão, mas a votação ficou para próxima semana. O plano será votado também nas comissões de Constituição e Justiça e de Educação e Cultura antes de ir ao plenário do Senado.

O PNE é um conjunto de 20 metas para a educação do país nos próximos dez anos. Entre as metas está a de alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade e oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Edição: Fábio Massalli



terça-feira, 14 de maio de 2013

Reconhecimento de um grupo etnorracial


Foto: Divulgação.

Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Nilma Gomes, entra para a história do país como a primeira mulher negra a comandar uma universidade federal. Empossada em abril, ela acredita que sua escolha para o cargo representa um avanço na luta em favor de políticas raciais no Brasil.

“É o reconhecimento de um grupo etnorracial, de brasileiros negros e negras, que há anos lutam por construção de espaços, por maior democracia, maior igualdade racial na sociedade brasileira”, disse Nilma em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

Apesar dos avanços conquistados ao longo de séculos, Nilma afirma que ainda existe uma grande desigualdade racial no país. A reitora defende que compete à sociedade debater o racismo e procurar maneiras de superá-lo. A seguir, os principais trechos da entrevista com a reitora.

Repórter – A senhora acredita que os negros estão conseguindo conquistar mais espaços no Brasil?
Nilma Gomes – Eu penso que sim, aos poucos. É um espaço conquistado com um histórico de muitas lutas, de forçar a sociedade brasileira a compreender que democracia e racismo não combinam. Se somos uma sociedade democrática, que caminha para lutas por igualdade e cidadania, não podemos deixar nenhum grupo fora dessas conquistas. Acho que nós, negros e negras, estamos alcançando, de fato, justiça social ou igualdade na sociedade brasileira. Já temos espaço se compararmos com dez, vinte anos atrás, mas ainda acho que falta muito para que igualdade racial e oportunidades igualitárias se concretizem em nosso país.

Repórter – Sobre o sistema de cotas no ensino superior, qual o seu posicionamento?
Nilma – Sou favorável às políticas de acesso com ações afirmativas de um modo geral. Não só para os negros, como para mulheres, população LGBT (lésbicas, gays, bissesuais e transgêneros), segmentos que reconhecemos com um histórico de desigualdade. Sobre as cotas, sou favorável para negros no mercado de trabalho e no serviço público. Temos que mapear a presença de população negra nos mais diversos setores da sociedade. Hoje temos o Estatuto da Igualdade Racial, legislação de cotas nas universidades, o princípio da constitucionalidade das ações afirmativas aprovado por unanimidade no Supremo Tribunal Federal. Acho que a sociedade brasileira não precisa ter dúvidas sobre a necessidade ou não de implementar cotas em determinado setor, uma vez que tenha sido comprovada uma sub-representatividade da população negra.

Repórter – Como avalia a situação do negro no Brasil hoje, 125 anos após a abolição da escravidão?
Nilma – Ao pensarmos os 125 anos, não é possível dizermos que não temos avanços. Se falássemos que nenhum avanço foi conseguido, estaríamos indo contra a própria luta por igualdade de direitos da população negra e também de outros setores que são partícipes da luta antirracista. Os avanços aconteceram. A minha avaliação é: quando olhamos educação, mercado de trabalho, acesso a saúde, os dados vão mostrando que algum tipo de mudança foi acontecendo ao longo dos anos. Mas ainda persiste uma grande desigualdade quando comparamos o segmento negro e o branco da população: a minha reflexão é que as práticas e políticas que temos ainda não atingiram aquilo que originou a luta anti-racista. O gap [distância] ainda é muito profundo e radical. Temos avanços, sim, mas não podemos nos sentir confortáveis [do caminho que ainda falta percorrer]. Uma sociedade que se quer, de fato, republicana, tem de conversar sobre suas mazelas e pensar formas de superá-las.

Repórter – A senhora conta no seu livro infantil Betina a história de uma avó que trança os cabelos da neta ao falar sobre seus ancestrais. Qual o resultado desse estudo?
Nilma – Essa foi minha tese de doutorado, sob a orientação do professor Kabengele Munanga, da USP [Universidade de São Paulo]. Para alguns dos resultados desse trabalho posso chamar a atenção. Um deles é a força da ancestralidade africana na nossa vivência como negros e negras brasileiros: foquei na questão do corpo e do cabelo. Pude perceber que o penteado que, nós negras brasileiras, adotamos, alguns inspirados inclusive numa estética norte-americana e outros em estética africana, faz parte de um movimento que chamei na tese de uma circularidade cultural de elementos africanos. Temos uma dupla inseparável, que é corpo e cabelo. Quando há uma junção de corpo e cabelo ocorrem práticas racistas: uma coisa é uma pessoa negra com os cabelos alisados, uma pele mais clara, uma pessoa negra que, por miscigenação, tenha cabelos lisos. Outra coisa é uma pessoa negra que tem a tez de pele mais escura. [A] esse tipo de combinação corpórea a sociedade brasileira faz leituras corporais. Dentro de um imaginário de uma sociedade que ainda é racista, corpo e cabelo são elementos simbólicos fortes. [Na minha tese, eu procurei] entender qual [foi] a força [que impulsionou) a miscigenação racial no Brasil.

Edição: José Romildo
Primeira reitora negra de universidade federal diz que compete à sociedade debater o racismo



Água do mar para remediar as secas


Especialistas desenvolveram modelos de unidades dessalinizadoras no Estado de Sonora para fornecer água a agricultores. Foto: Cortesia de Rodrigo González/Itson


A dessalinização é vista como uma arma efetiva contra a falta de água doce, embora os riscos de contaminação decorrentes do processo tenham disparado vários alarmes.

Cidade do México, México, 13 de maio de 2013 (Terramérica).- Diante da seca que ameaça o México, a dessalinização da água aparece como uma opção viável, embora especialistas questionem seus efeitos ambientais. Um dos métodos é a filtragem por meio de membranas semipermeáveis para reter os sais.

“Esta e outras tecnologias buscam resolver problemas de certas áreas com baixa disponibilidade do recurso e para isso é preciso apenas acesso ao mar ou a zonas de água salobra”, explicou ao Terramérica o pesquisador Rodrigo González. “Representam uma oportunidade para zonas costeiras com características áridas ou semiáridas”, ressaltou este especialista do Departamento de Ciências da Água e do Meio Ambiente do Instituto Tecnológico de Sonora (Itson, estatal).

Para experimentar esse método e atender as necessidades hídricas do Estado de Sonora, o Itson e a local Comissão Estatal da Água criaram o Centro Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e da Energia, cuja função é armar e instalar plantas dessalinizadoras.

No ano passado, o México sofreu uma dura e persistente seca que afetou especialmente uma vasta área entre o centro e o norte do país, com forte impacto sobre a agricultura, a pecuária e o bem-estar de dezenas de comunidades. A previsão para este ano não é muito diferente, com especial prejuízo para o norte.

A disponibilidade de água neste país, hoje com 117 milhões de habitantes, era, em 2010, de 4.250 metros cúbicos por pessoa, que cairá para 3.936, em 2020, e para 3.822 em 2025, um nível considerado entre médio e muito baixo, segundo projeções da Comissão Nacional da Água (Conagua). As estatísticas de 2010 indicam que 77% da água encanada eram destinada a usos agrícolas.

A dessalinização  ou dessalgação, “é uma opção viável, mas deve ser a última após se esgotarem todas as outras”, disse ao Terramérica o diretor do Escritório Noroeste do não governamental Centro Mexicano de Direito Ambiental, Agustín Bravo. “O problema do abastecimento em zonas desérticas ou semidesérticas tem a ver com a falta de uma política hídrica integral e ecossistemática que atenda e privilegie as necessidades humanas entre outras”, criticou.

O recurso potável

Existem diversos métodos de dessalinização, como destilação, cristalização ou congelamento, e a absorção ou mudança iônica, que requerem o uso de energia, enquanto a osmose inversa, ou filtração, e a eletrodiálise, ou filtração seletiva, ocorrem com a passagem da água por membranas mediante pressão mecânica.

As águas salobras contêm entre um mil e dez mil partes por milhão (ppm) de sais, as chamadas salinas entre dez mil e 30 mil ppm, e as do mar entre 30 mil e 50 mil ppm, enquanto a potável apresenta menos de um mil ppm. A água marinha contém principalmente clorito, sódio, sulfato, magnésio, cálcio e potássio.

Existem no mundo 15.988 estações de dessalinização, que possuem capacidade instalada superior a 66 milhões de metros cúbicos diários, e atendem mais de 300 milhões de pessoas, segundo os últimos dados da Associação Internacional de Dessalgação. O estatal Instituto Mexicano de Tecnologia da Água lista 435 plantas em operação, a maior funcionando no Estado de Baixa Califórnia Sul com capacidade de 200 litros por segundo. A maioria dessas instalações trabalha para o setor turístico.

Porém, esse método de tornar a água potável não conta neste país com um contexto regulatório que aborde os processos e o despejo dos resíduos líquidos. Na verdade, a única norma de qualidade estipula um nível máximo de sólidos dissolvidos totais de um mil ppm.

“Persiste um limbo jurídico. Não está claro exatamente como serão regularizados todos os passos para dessalinizar. Se será competência das autoridades nacionais, dos Estados e dos municípios, e, também, os possíveis efeitos negativos sobre o meio ambiente”, disse ao Terramérica o acadêmico César Nava, do Instituto de Pesquisas Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do México.

Os riscos do benefício

A dessalinização implica benefícios como a redução do consumo de água doce, o fim da redução dos aquíferos e a possibilidade de recarregá-los. Mas os especialistas insistem nos possíveis danos ecológicos desta tecnologia, cujo custo por metro cúbico equivale a US$ 0,50.

No processo “é gerada uma salmora, mais concentrada do que no mar, que é preciso dispor de uma maneira segura e, além disso, separar o sal exige um consumo importante de energia”, afirmou González, que construiu junto com sua equipe modelos de osmose inversa, eletrodiálise e termossolar.

Os pesquisadores instalaram este mês uma planta dessalinizadora em um cultivo de manga, sorgo e beterraba no Vale do Yaqui, região agrícola do sul de Sonora. A meta é contar, no prazo de dois anos, com um centro de produção e montagem de estações, cujo custo é de aproximadamente US$ 8 milhões.

A mistura é depositada em lagoas de secagem, onde a água evapora e o sal fica confinado ou é lançado no oceano. Mas esta opção pode prejudicar bancos de coral, pastagens e espécies marinhas. “As águas lançadas no mar não diluem, seu comportamento hidrodinâmico é como um fluido, vai emigrando e seus danos não estão devidamente estudados nem avaliados”, assegurou Bravo.

O governo do presidente Enrique Peña Nieto pretende apresentar este ano ao parlamento um projeto de nova lei de águas nacionais, que incluirá a abordagem deste método e delimitará situações como a propriedade do recurso dessalinizado quando se entregar em concessão o serviço a particulares.

“Meu medo é que se atenda a questões políticas, porque então os governos locais de zonas costeiras com escassez de água serão os que ficarão com a decisão final. Se a lei não contemplar cláusulas de proteção, prevalecerão favoritismos e a amizade e assim poderá haver uma orientação que não vai salvaguardar o interesse público”, alertou Nava.

Desde 2010 está pronta para aprovação uma regulamentação a respeito, da qual González participou, mas o governo ainda não deu luz verde. Envolverde/Terramérica

por Emilio Godoy*

* O autor é correspondente da IPS.



Biólogos e engenheiros se unem para criar planta que brilha no escuro


O primeiro passo é identificar os genes de bactérias bioluminescentes e utilizar a sequência de DNA em outras plantas. Imagem: Reprodução


Um grupo de biólogos e engenheiros dos Estados Unidos está concentrado no desenvolvimento de uma planta que brilha no escuro através de biologia sintética. A novidade pode tornar-se um ponto de iluminação dentro de casa, o que reduziria o consumo de energia.

O Glowing Plant Project está disponível no site de financiamento coletivo Kickstarter. Há quase um mês para terminar a campanha de arrecadação, o projeto já conseguiu ultrapassar a meta estipulada de 65 mil dólares, chegando a mais de 300 mil até agora.

Isso mostra a credibilidade que o projeto alcançou. Muitas pessoas estão confiantes e na expectativa de que as plantas geneticamente modificadas possam ser comercializadas.

O primeiro passo é identificar os genes de bactérias bioluminescentes e utilizar a sequência de DNA em outras plantas, isso será feito através de um software. “Não temos a planta brilhante ainda. Nós desenhamos a sequência do DNA da planta nesse software e iremos imprimi-la em pequenas bactérias inteligentes chamadas ‘Agrobacterias’”, afirmou o gerente do projeto e mestre em Matemática, Antony Evans, a INFO Online.

No site do projeto, o grupo afirma que precisa de recursos financeiros exatamente para imprimir o DNA e completar o processo. O dinheiro arrecadado também poderá ser usado para a criação de rosas brilhantes.

Em troca, quem realizar doações a partir de 40 dólares receberá de 50 a cem sementes para cultivar uma planta brilhante em casa. A partir de 150 dólares, o apoiador ganha uma muda. Os cientistas adiantam que a entrega pode demorar de seis meses a um ano.

De acordo com Evans, ainda não se tem certeza da potência luminosa da planta, mas ele adianta que, provavelmente, não será tão intensa a ponto de iluminar uma sala inteira. Ainda assim, acredita que ela possa substituir luminárias decorativas. Para saber mais detalhes sobre o projeto e ajudar a financiá-lo, clique aqui.

* Com informações da Revista Galileu.

por Redação CicloVivo






Comércio eletrônico terá novas regras




Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O comércio eletrônico terá regras mais claras e rígidas a partir de hoje (14) com a entrada em vigor do Decreto Federal 7.962/13. Entre as obrigações previstas para as vendas feitas por meio da internet está a disponibilização, em lugar de fácil visualização, de informações básicas sobre a empresa, como nome, endereço, CNPJ – ou CPF, quando for o caso de a venda ser feita por pessoa física.

Com as novas regras, as empresas terão também a obrigação de respeitar direitos do consumidor, como o de se arrepender da compra no prazo de até sete dias úteis, sem a necessidade de que seja apresentada qualquer justificativa. Nesses casos, a obrigação pela retirada do produto na casa do consumidor e o estorno do valor pago, será da empresa que vendeu o produto.

Os sites destinados à venda de produtos pela internet terão de disponibilizar em suas páginas um canal de serviços de atendimento ao consumidor que facilite o trânsito de reclamações, questionamentos sobre contratos ou mesmo dúvidas sobre o produto adquirido e prevê algumas regras a serem cumpridas por sites de compras coletivas, como informar a quantidade mínima de clientes para conseguir benefícios como preços promocionais.

Edição: Fábio Massalli