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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

16º CONCURSO "ACELERA STARTUP" - ETAPA SOROCABA.


Imagem: acelerafiesp

Paulo Skaf, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), convida para o

16º CONCURSO
ACELERA STARTUP

ETAPA SOROCABA

 

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INSCRIÇÕES GRATUITAS ATÉ 11 DE AGOSTO!
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Escola Senai Luiz Pagliato
Av. Itavuvu, 6515 – Jardim Santa Cecília – Sorocaba/SP

Informações: acelerafiesp@fiesp.com.br


NASCIMENTO DO HIP HOP EM NOVA YORK em 11 de agosto de 1973.


Imagem: extranoise (http://www.flickr.com/photos/extranoise/196480079/) [CC BY-SA 2.5], via Wikimedia Commons


Como qualquer estilo de música, o hip hop tem suas raízes em outros ritmos e sua evolução foi moldada por vários artistas ao longo do tempo. Mas, pode-se dizer que o gênero nasceu precisamente no dia 11 de agosto de 1973, em uma festa de aniversário no salão de festas de um prédio no Bronx, em Nova York. O homem responsável por esse marco histórico no número 1520 da avenida Sedgwick era o irmão da aniversariante, Clive Campbell, mais conhecido na história como DJ Kool Herc, fundador do hip hop.

Nascido e criado até os dez anos de idade em Kingston, na Jamaica, DJ Kool Herc começou a girar discos em festas e tocava entre os sets da banda de seu pai quando ainda era adolescente, no início dos anos 70, no Bronx. Herc começou imitando o rap dos jamaicanos, mas com o tempo passou a utilizar dois discos para fazer a típica transição caraterística do hip hop. Este movimento foi batizado por ele como Merry Go-Round e, hoje, é conhecido como o "break beat".

No verão de 1973, o DJ Kool Herc já era um nome de peso no "break beat", mas o aniversário de sua irmã o colocou à frente de seu maior público até então, com o sistema de som mais potente com o qual já trabalhara. O sucesso da festa deu início a uma revolução musical popular, seis anos antes de o termo "hip hop" ser inventado.

Por: seuhistory

Clique na imagem a seguir e assista ao Doodle do "Hip Hop".



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

11ª Feira USP e as Profissões.


Edição em São Paulo ocorrerá entre 24 e 26 de agosto no Parque de Ciência e Tecnologia da USP, das 9h às 15h (foto: 10º Feira USP e as Profissões/Marcos Santos/USP Imagens)

A 11ª Feira USP e as Profissões na cidade de São Paulo será realizada entre 24 e 26 de agosto de 2017 no Parque de Ciência e Tecnologia da USP, das 9h às 15h.

A feira é gratuita e voltada a alunos do ensino médio e pré-vestibulandos. Os grupos de estudantes visitantes recebem esclarecimentos de equipes de professores da USP, monitores (alunos de graduação e pós-graduação) e funcionários sobre as unidades de ensino e suas infraestruturas, os cursos oferecidos, o vestibular, a formação acadêmica, as grades de disciplinas, os conteúdos programáticos e as especializações. O objetivo é ajudar os jovens estudantes na tarefa de escolher uma profissão

As visitas podem ser feitas individualmente ou em grupo. Os interessados podem se inscrever pelo site da feira. O endereço do Parque de Ciência e Tecnologia é av. Miguel Stefano, 4.200, Vila Água Funda, São Paulo.

Edição no interior

A Feira de Profissões da USP é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e conta com duas edições anuais, sendo uma na capital e outra em um campus do interior.

Este ano a edição no interior ocorreu em São Carlos, nos dias 22 e 23 de junho. Em dois dias, o local do evento recebeu a visita de 17,5 mil jovens. "O alcance do evento também ultrapassa o Estado de São Paulo. Houve grupos inscritos oriundos de Brasília e dos estados do Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, perfazendo um total de 128 cidades", disse o coordenador do evento, professor Eduardo Nobuhiro Asada, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

Além de oferecer orientação sobre os cursos, a Feira contou com atividades como orientação profissional, palestras, apresentações artísticas e culturais e a exibição de projetos de grupos extracurriculares. Na tenda cultural montada em frente ao centro de convenções, os estudantes puderam se divertir e aprender com shows de física e de química.

Mais informações: http://jornal.usp.br/universidade/feira-usp-e-as-profissoes-uma-experiencia-capaz-de-mudar-vidas/ e http://prceu.usp.br/uspprofissoes/.

Por: Agência FAPESP

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Deputados comprados vieram com defeito.


Deputados discutem parecer sobre denúncia contra Michel Temer. Foto:Gilmar Felix/Câmara dos Deputados


"Deputados comprados vieram com defeito", brincava a edição 39 do tablóide humorístico Planeta Diário em 1988. Empossado em lugar do falecido Tancredo Neves, de quem era vice, o então presidente José Sarney era acusado de liberar verbas públicas a deputados que votariam pela extensão de seu mandato presidencial de quatro para cinco anos. A CPI da Corrupção chegou a recomendar o impeachment de Sarney, arquivado pouco depois pelo presidente da Câmara. Os cinco anos de mandato foram aprovados e Sarney, o primeiro presidente da redemocratização – que por ironia era da base de apoio da ditadura –, ficou até 1990, quando Collor assumiu o poder.

Como se vê, nem o presidente Michel Temer nem a Câmara do Deputados inovaram ou evoluíram nesses 42 anos de redemocratização. De acordo com o Valor Econômico, somadas os mais de 3 bilhões de reais de emendas à renúncia fiscal de 7,6 bilhões em favor dos produtores rurais – donos de uma bancada de 207 deputados – e do aumento dos royalties da mineração (em favor das bancadas de Minas e do Pará) – "o pacote de bondades" do governo para livrar Temer chegou a 13,2 bilhões de reais. Ah, a crise!

Talvez seja por isso que os deputados viram tantas melhorias na economia – usada como desculpa por muitos para livrar de investigação o presidente acusado de corrupção. Não é o que dizem os números (veja o Truco) nem o que sentem os brasileiros, 92% contrários ao governo Temer segundo as pesquisas.

O que realmente parece ter mudado dos tempos da manchete do Planeta Diário para cá é o grau de controle das empresas sobre o Congresso. Um levantamento da Pública realizado em 2016 entre as bancadas da Câmara mostrou que além dos beneficiados ruralistas mais de 200 deputados compõem as bancadas empresarial e a das empreiteiras e construtoras (muitos são se ambas), o que se revelaria nas delações da Lava Jato. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi acusado por cinco delatores diferentes de vender medidas provisórias.

Ah, e por falar em Planeta Diário, uma de suas campanhas mais bem sucedidas foi a que quase elegeu o Macaco Tião à Prefeitura do Rio. Seu adversário era César Maia, o pai do atual presidente da Câmara, e os cariocas já pressentiam o caos lucrativo que se abateria sobre a cidade.

Marina Amaral, codiretora da Agência Pública

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Robô advogado usa inteligência artificial para acelerar processos judiciais




A tecnologia em favor da Justiça. Inédito no Brasil, o primeiro robô-advogado do país usa inteligência artificial para acelerar o andamento de processos e diminuir as margens de erro - isso, sem contar a capacidade significativa de aumento de produtividade para os advogados brasileiros. O sistema ELI, sigla em inglês para Inteligência Legal Melhorada, é capaz não só de identificar e organizar processos, mas também de organizá-los, buscar jurisprudência e indicar os próximos passos para o advogado - tudo de forma autônoma.

O robô pode ser customizado para diferentes especialidades, mas o objetivo é o mesmo: devolver tempo ao advogado para que ele possa inovar, dar mais atenção aos seus clientes e se dedicar ao trabalho intelectual; ou seja, cuidar de tudo aquilo que não pode ser automatizado.

Na prática, o sistema inteligente ajuda na coleta de dados, geração e organização automatizada de documentos, execução de cálculos, formatação de petições e até na interpretação de decisões judiciais. Através do aprendizado de máquinas - o popular machine learning - o robô pode aprender de forma autônoma ao consumir um grande volume de dados e passar a identificar padrões extraindo informações importantes para tomadas de decisão ou identificação de situações específicas.

A mesma empresa que desenvolveu o robô ELI já trabalha com outros aplicativos para o mundo jurídico. O primeiro é uma assistente pessoal digital que busca informações judiciais de forma organizada - o advogado então ganha horas preciosas no seu dia que seriam necessárias para cadastrar processos no sistema e ainda passa a receber notificações sobre as atualizações do processo.

O segundo aplicativo é uma ferramenta em que pessoas físicas e em-presários podem encontrar e acompanhar seus processos em uma linguagem mais acessível e compreensível.

Há algum tempo, no Reino Unido, um estudante criou um chatbot para oferecer conselhos legais para quem recebe multas de trânsito e deseja recorrer contra elas. O robô DoNotPay já venceu mais de 375 mil contestações de multas de trânsito relacionadas a estacionamento em locais ilegais. No Brasil, nada impede que o robô-advogado, em um futuro próximo, também possa contribuir para o desenvolvimento de ferramentas para pessoas físicas em situações de autoatendimento que não requerem necessariamente a ação de um advogado.

Por: Prado Machado, Advogado.



CPTM inaugura estação da linha que irá até Cumbica.


Nova linha: ligará a malha metroferroviária até o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo (@Linha12_CPTM/Twitter/Reprodução)

O novo espaço tem área de 1,5 mil metros quadrados, ante os 500 m² que tinha antes, e agora atenderá as Linhas 12 e 13

São Paulo – A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) abriu nesta sexta-feira, 4, a primeira estação da Linha 13-Jade, que ligará a malha metroferroviária até o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, em 2018.

A Estação Engenheiro Goulart, que já atendia a Linha 12-Safira, havia sido fechada para reformas. O novo espaço tem área de 1,5 mil metros quadrados, ante os 500 m² que tinha antes, e agora atenderá as Linhas 12 e 13. Reformada, a nova estação tem agora 16 catracas e, segundo o governo do Estado de São Paulo, acessibilidade nas plataformas.

Há ainda na estação um bicicletário para 152 vagas. A Linha 13-Jade, quando for inaugurada e tiver 12,2 km, deve receber 130 mil pessoas por dia.


Por: Exame.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

ONU abre concurso de vídeos para jovens que lutam contra as mudanças climáticas.


O concurso é fruto de uma parceria entre a UNFCCC, o Programa de Bolsas do PNUD e do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e a TVE.



Jovens engajados em iniciativas para combater as mudanças climáticas estão convidados a participar de uma competição de vídeos promovida pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).


O vencedor receberá como prêmio uma viagem de ida e volta para participar da 23ª Conferência do Clima da ONU,   evento que acontecerá em Bonn(Alemanha), de 6 a 17 de novembro de 2017.


Para concorrer, os jovens deverão enviar um vídeo sobre um projeto que eles próprios criaram em um das duas áreas temáticas abordadas pela competição:
> "Cidades resilientes e respeitadoras do clima" ou
> "Oceanos e mudança global do clima".


Além de participar da conferência, o premiado terá também a oportunidade de atuar como jovem repórter, auxiliando a equipe de redação das Nações Unidas com vídeos, artigos e publicações em redes sociais.


Como participar?

Para participar da competição, basta ter entre 18 e 30 anos de idade e fazer um vídeo envolvente de no máximo três minutos de duração, usando qualquer tipo de câmera. O vídeo deve ser enviado por meio do site tvebiomovies — acesse o link abaixo informado  — e deve mostrar uma iniciativa criada pelo participante sobre uma das duas categorias temáticas:
1) Cidades resilientes e respeitadoras do clima; ou
2) Oceanos e mudança global do clima.


1) Construir cidades e comunidades sustentáveis é um dos principais caminhos para a redução das emissões de gases do efeito estufa e para a adaptação aos impactos inevitáveis das mudanças do clima. Dentro dessa categoria, os vídeos devem mostrar iniciativas sobre um dos temas abaixo:
◾A implementação de ideias/soluções que levem em conta as questões climáticas sobre como promover a sustentabilidade em comunidades/áreas urbanas, incluindo ações sobre energia limpa, transporte limpo, hortas comunitárias, reciclagem e redução de resíduos e outros projetos para reduzir emissões;
◾A construção de resiliência a impactos climáticos, como ondas de calor e inundações, por meio do plantio de árvores por exemplo, aumentando os espaços verdes e criando barreiras às inundações;
◾Ações para aumentar a conscientização pública e advogar por mudanças no nível político no que tange à necessidade de redução das emissões de gases do efeito estufa e de construção de resiliência.

2) A segunda temática — "Oceanos e mudança global do clima" — chama atenção para as consequências do aquecimento global para os oceanos. Atualmente, os mares correspondem a 97% de toda a água do planeta. Eles geram emprego para 200 milhões de pessoas e são fonte primária de proteína para 3 bilhões de seres humanos. A degradação dos ecossistemas marinhos representa, portanto, uma séria ameaça a comunidades e a países inteiros.

Os oceanos absorvem grande parte do aumento da temperatura e 30% do dióxido de carbono produzido por humanos, o que está contribuindo para níveis mais elevados de acidez e de volume, ameaçando muitas comunidades costeiras. Dentro dessa categoria, os vídeos devem mostrar projetos ou ações sobre um dos temas abaixo:
◾A restauração de regiões pantanosas e de manguezais que atuem como proteção contra tsunamis e intrusão de água salgada;
◾A construção de diques e outros mecanismos de defesa contra o aumento do nível do mar;
◾O aumento do conhecimento científico para melhorar a qualidade dos oceanos;
◾Atividades que aumentem a conscientização pública sobre a necessidade de construir resiliência no que tange aos oceanos e às formas de reduzir emissões de CO2, para que os mares fiquem mais protegidos.


O prazo para participar da Global Youth Video Competition 2017 vai até 18 de agosto.


Fonte: http://biomovies.tve.org/en/


Plenário aprova arquivamento da denúncia contra Temer.



Dos 492 deputados presentes à sessão, 263 votaram a favor do relatório, que sugere o não encaminhamento da denúncia contra o presidente da República para o STF


O relatório do deputado Paulo Abi Ackel, do PSDB de Minas Gerais, foi aprovado por uma diferença de 36 votos. Dos 492 deputados presentes à sessão, 263 votaram a favor do relatório, que sugere o não encaminhamento da denúncia contra o presidente Temer para o Supremo Tribunal Federal. 227 parlamentares foram contrários. Houve duas abstenções. Dezenove deputados não compareceram à sessão.

Durante a primeira parte da votação, lideranças partidárias demonstraram as preferências das bancadas pelo sim ou pelo não. Os partidos integrantes da base aliada do governo apontaram aspectos positivos do governo Temer, principalmente na área econômica. Assim como outros líderes, o deputado Arthur Lira, do PP de Alagoas, desqualificou a acusação contra o presidente.

"Não há, na denúncia que foi feita contra o presidente Temer, nenhum cunho jurídico que enseje você levar o presidente da República a um julgamento no Supremo Tribunal Federal com todas as consequências que possam advir políticas. Salvo e louvo o relator do PSDB, deputado Abi Ackel, que na sua abertura fez referências à economia, à estabilidade política, à seriedade e à serenidade e a que o Brasil precisa ter neste momento para continuar crescendo e se desenvolvendo".

Deputados de oposição, ao contrário, ressaltaram o que consideram prejuízos causados pelo governo Temer à nação, como as Reformas Trabalhista e da Previdência. Citaram o que seriam as provas do envolvimento de Michel Temer com atos de corrupção. Alessandro Molon, da Rede do Rio de Janeiro, advertiu para as consequências da votação em Plenário para a imagem do Legislativo.

"É uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, após investigação da Policia Federal e todos concluíram que Temer praticou vários crimes e que deve responder por eles no Supremo. No entanto, o Parlamento corre o risco de colaborar com a impunidade, de permitir que votos sejam trocados por emendas, por cargos ou sejam concedidos por ameaças ou chantagens praticadas pelo presidente da República".

A votação dos deputados foi feita pela bancada de cada estado, alternando unidades da federação das várias regiões do país. Dentro de cada bancada estadual, em ordem alfabética, os deputados declararam seu voto em dois microfones instalados no centro do Plenário. Alguns momentos de tensão aconteceram entre os blocos do governo e da oposição, por causa de provocações com cartazes, bonecos infláveis e uma chuva de dinheiro falso. Ao todo 13 horas de sessão, só de votação foram três horas e meia. Terminada a sessão, deputados de oposição saíram do Plenário entoando refrãos contrários ao governo Temer.

Reportagem - Cláudio Ferreira - Rádio Câmara

domingo, 30 de julho de 2017

A desigualdade “racial” nas eleições brasileiras.


Em 2014, enquanto a parcela autoclassificada como "negra" somava mais de 53% da população, os "negros" constituíram menos de 25% dos políticos eleitos (foto: Wikimedia Commons)

Mesmo em sistemas eleitorais competitivos e relativamente inclusivos, nos quais a clivagem do eleitorado no que se refere a "raça" não é tão forte, a democracia formal pode conviver com desigualdades persistentes em termos de representação política, privilegiando candidatos "brancos" em detrimento de "não brancos", e configurando aquilo que, em sociologia, recebeu o nome de "pigmentocracia".

Esta foi a conclusão de um estudo conduzido pelos cientistas políticos Natália Salgado Bueno e Thad Dunning e apresentado na "Escola São Paulo de Ciência Avançada em Metodologia em Ciências Humanas", realizada na Universidade Estadual de Campinas, com apoio da FAPESP.

Bueno bacharelou-se em Ciências Sociais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); fez seu mestrado na Universidade de São Paulo (USP), com apoio da FAPESP; e está concluindo seu doutorado na Yale University, nos Estados Unidos.

O estudo em pauta, apoiado por Yale, foi objeto do artigo "Race, Resources, and Representation: Evidence from Brazilian Politicians", publicado por Bueno e seu orientador, Thad Dunning, na revista World Politics.

"A disparidade racial entre cidadãos e seus representantes é especialmente notável na América Latina, onde narrativas sobre a 'democracia racial' celebram a harmonia étnica, a integração e a miscigenação. Mesmo que haja boas razões para sermos céticos em relação a esses relatos – muitos deles ratificam o poder da minoria branca enquanto mascaram o racismo –, os estudiosos apontam a falta de fortes limites sociais baseados em 'raça'. Mas, no Brasil, onde a maioria da população se autoidentifica como 'negra' ('preta' ou 'parda'), os políticos em muitos níveis do governo são desproporcionalmente 'brancos'", escreveram Bueno e Dunning em seu artigo.

Em 2014, enquanto a parcela que se autoclassificava como "negra" ("preta" ou "parda") somava mais de 53% da população, os "negros" compunham menos de 25% dos políticos eleitos em todo o território nacional para os cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual [Os dados sobre a população são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, e as informações sobre os políticos eleitos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)]. "Nosso estudo procurou investigar as causas dessa discrepância de atributos de 'raça' e 'cor' entre os eleitores e os eleitos", disse Bueno à Agência FAPESP.

O estudo utilizou dados das eleições de 2008, 2010 e 2014. Como apenas nas eleições de 2014 o TSE passou a coletar as autoclassificações dos candidatos em relação a "raça" e "cor", uma primeira dificuldade da pesquisa foi obter esse dado nas eleições anteriores, considerando que "raça" e "cor" são construções sociais e não determinações biológicas. "Para identificar os candidatos 'negros' nas eleições de 2008 e 2010, o que fizemos foi recorrer à chamada 'alterclassificação' ou 'classificação por outro'. Para isso, distribuímos fotos de cerca de 5.500 políticos a aproximadamente 1.000 classificadores, e cada foto foi classificada em média três vezes", informou a pesquisadora.

Quando contabilizou o conjunto dos candidatos, isto é, os eleitos e os não eleitos, Bueno verificou que a discrepância dos não eleitos era menor do que a esperada. Ao contrário do que acontece na distribuição dos candidatos por gênero, em que as mulheres já competem em porcentagem muito menor do que os homens, a porcentagem dos negros entre os candidatos não é tão diferente daquela registrada no conjunto da população. O problema se evidencia após a proclamação dos resultados. "A discrepância ocorre entre quem ganha e não entre quem concorre", resumiu.

A pesquisadora tratou, então, de investigar as causas da sobrerrepresentação dos "brancos" e da sub-representação dos "não brancos" entre os eleitos. E procurou considerar três hipóteses plausíveis. A primeira possibilidade testada foi uma eventual preferência dos eleitores por candidatos "brancos".

"A verificação dessa hipótese é muito difícil, porque as diferenças entre candidatos 'brancos' e 'não brancos' não se resume à cor. Eles são diferentes sob vários aspectos: recursos de campanha, acesso aos diferentes partidos etc. Como separar uma coisa da outra e atribuir um comportamento do eleitor à 'cor' do candidato e não a outras variáveis associadas à cor?", ponderou Bueno.

"Nossa estratégia foi fazer uma enquete domiciliar com 1.200 pessoas das cidades de Salvador e Rio de Janeiro. Preparamos vídeos com 16 atores, oito 'brancos' (quatro representando candidatos ricos e quatro representando candidatos pobres) e oito 'negros' (quatro representando candidatos ricos e quatro representando candidatos pobres). O conteúdo das falas era o mesmo, no estilo daquela utilizada durante o horário eleitoral gratuito. E a identificação de 'riqueza' ou 'pobreza' podia ser feita por meio das roupas e do tipo de discurso.

Esses vídeos foram apresentados de maneira aleatória aos 1.200 entrevistados. E lhes foram feitas várias perguntas sobre o que achavam, em escalas de um a sete, dos supostos candidatos. Até para nossa surpresa, não houve diferença significativa nas escolhas dos entrevistados com relação à 'cor' do candidato. E uma diferença muito pequena a favor dos 'candidatos' ricos."

Mais contribuição às campanhas de brancos

Descartada, como causa principal, a eventual preferência do eleitorado por candidatos "brancos", o estudo investigou uma segunda hipótese: se houvesse uma abertura maior do sistema eleitoral para o ingresso de candidatos, poderia ser reduzido o hiato entre eleitos "brancos" e "não brancos"?

No Brasil, municípios com até 200 mil eleitores registrados não têm segundo turno. E municípios com mais de 200 mil eleitores registrados têm. Se forem considerados os municípios logo abaixo e logo acima dessa linha de corte, qualquer diferença no comportamento do eleitorado dependerá muito mais do fato de haver ou não o segundo turno do que de qualquer outro fator. A literatura especializada mostra que, quando a eleição ocorre em dois turnos, o número de candidatos tende a ser maior no primeiro turno. A eleição em um turno só restringe as candidaturas.

"Se a desvantagem em relação aos candidatos 'negros' fosse simplesmente uma barreira no acesso à candidatura, os municípios com a possibilidade de dois turnos deveriam apresentar uma proporção significativamente maior de candidatos 'não brancos'. Mas os dados levantados não confirmaram essa possibilidade", afirmou Bueno.

A pesquisadora partiu, então, para a terceira hipótese: a de que a discrepância na proporção dos eleitos em relação aos eleitores deveria ser creditada aos recursos dos candidatos – tanto os recursos pessoais declarados quanto os recursos de campanha declarados. E verificou – "o que não foi nenhuma surpresa" – que os candidatos brancos possuíam quantidades muito maiores de dinheiro.

"Em duas eleições mencionadas (2008 e 2010), e para todos os cargos considerados, a diferença entre os bens pessoais declarados por candidatos 'brancos' e 'não brancos' foi, em média, de R$ 730 mil", informou Bueno. "Ao mesmo tempo, verificamos que os vencedores eram, em média, R$ 740 mil mais ricos do que os perdedores – o que constitui uma evidência de que os recursos pessoais estão associados aos resultados das eleições", prosseguiu.

A pesquisa mostrou que os candidatos "brancos" também receberam muito mais contribuições de campanha. "Em média, os candidatos 'brancos' eram cerca de três vezes mais ricos do que os 'não brancos' e receberam cerca de quatro vezes mais em doações", escreveram Bueno e Dunning em seu artigo.

"Os dados que levantamos não me permitem afirmar isto de forma categórica, então não sabemos se os candidatos 'negros', dispondo de maiores recursos financeiros, teriam sua chance de serem eleitos significativamente aumentada. Os dados sugerem que sim, mas não temos como ainda saber com o tipo de pesquisa que fizemos. De modo geral, o que encontramos, e podemos dizer com segurança, é que pode haver uma desigualdade 'racial' na representação política mesmo na ausência de preferências fortes do eleitorado em relação a candidatos 'brancos', e mesmo na ausência de barreiras muito grandes à entrada de candidatos 'negros' nas eleições", sintetizou Bueno.

O estudo não mostrou uma tendência de os eleitores "brancos" votarem mais em candidatos "brancos", e os eleitores "negros" votarem mais em candidatos "negros".

Uma outra pesquisa, conduzida por Rosario Aguilar [do Centro de Investigación y Docencia Económicas (Cide), da Cidade do México] e colaboradores e publicada na Latin American Research Review, chegou a resultado diferente em relação a este subtema. Investigando o município de São Paulo, em outro recorte temporal, mas também com metodologia experimental, Aguilar e colaboradores concluíram que, quanto maior o número de candidatos, maior a probabilidade de a "raça" virar um fator relevante para a conduta dos eleitores. Em uma eleição com poucos candidatos, preferências em relação à "raça" importariam pouco. Mas, em uma eleição com muitos candidatos, a "raça" se transformaria em uma espécie de atalho informacional para os eleitores no qual eleitores prefeririam candidatos que são do seu mesmo "grupo racial".

"Nosso estudo chega a conclusões diferentes. O próximo passo será replicar a nossa pesquisa, com algumas modificações, para testar se o padrão que detectamos se confirma ou não. Também queremos investigar se existe algum padrão nas doações de campanha que favoreça os candidatos 'brancos' em detrimento dos 'não brancos'. Estamos começando a pensar nisso de forma sistemática agora", anunciou Bueno.

De qualquer modo, os resultados já obtidos permitem concluir que os recursos financeiros estão fortemente associados à vitória eleitoral e que os candidatos 'brancos' entram na disputa com muito mais recursos para concorrer.

Tal conclusão é coerente com dados da PNAD que mostraram que, a despeito de os "negros" comporem atualmente mais de 53% da população brasileira, sua participação na parcela mais rica do país é apenas pouco maior do que 17%. E cai para alguns décimos acima de 12% quando se considera o estrato superior dessa faixa de renda, correspondente às pessoas que, na época do levantamento, em 2014, tinham uma renda média de R$ 11,6 mil.

Isso significa que, mesmo se o Brasil não estivesse passando por uma grave crise política, mesmo se as instituições estivessem funcionando sem nenhuma anormalidade, ainda assim a democracia brasileira seria fortemente impactada pela herança de um passado escravista, que, transcorridos 129 anos desde a abolição, continua longe de ter sido superado.


José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

sexta-feira, 28 de julho de 2017

São Paulo pode servir de modelo para soluções em cidades inteligentes.


Escola São Paulo de Ciência Avançada reúne estudantes de 14 países para buscar soluções e melhoria na qualidade de vida em regiões em desenvolvimento (foto: Wikimedia Commons)

 Visualizar cidades na forma de dados e pensar no uso da Ciência da Computação em iniciativas para melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos. Isso é parte do que 150 estudantes de pós-graduação de diversas partes do mundo estão fazendo até o dia 4 de agosto na Escola São Paulo de Ciência Avançada em Cidades Inteligentes, organizada pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

"Cidades inteligentes é um assunto interdisciplinar que envolve não apenas as ciências da computação, como também urbanismo, biologia, direito, todas as áreas. O foco da Escola é pensar como nós, cientistas da computação, podemos lidar e disponibilizar dados para que, junto com as outras áreas, seja possível resolver os problemas das cidades", disse Alfredo Goldman, coordenador do evento, à Agência FAPESP. A Escola é apoiada pela FAPESP por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA).

O programa reúne especialistas em áreas como redes móveis, internet das coisas, sustentabilidade, visualização, simulação em grande escala, inovação, privacidade, aprendizado de máquina, big data e frameworks de software, todos com sólida formação em Ciência da Computação. Os 10 cursos estão sendo realizados no auditório da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Cidade Universitária, em São Paulo.

"Avançar no estudo de cidades inteligentes é uma grande oportunidade para fazer pesquisa com impacto positivo na vida de milhões de pessoas em todo o planeta", disse Fabio Kon, coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP e um dos professores da Escola.

A procura pela Escola São Paulo de Ciência Avançada em Cidades Inteligentes foi tanta que, além das 75 vagas disponíveis para estudantes com despesas de manutenção financiadas pela FAPESP, outros 75 estudantes se inscreveram bancando os próprios custos.

A ESPCA é um programa especial da FAPESP que visa estabelecer, no Estado de São Paulo, um polo competitivo mundialmente para pesquisadores talentosos. A FAPESP já financiou mais de 50 escolas, que contaram com a participação de pesquisadores e estudantes de vários países.

Amplo alcance

Mais da metade da população mundial vive hoje em cidades e, em 2050, o índice deve saltar para 75%. Goldman conta que o objetivo de reunir pesquisadores nestas duas semanas está em usar a computação para conseguir criar soluções que sejam reprodutíveis em todas as cidades.

"Hoje, vemos que só pelo fato de as cidades serem diferentes, com características diferentes, os modelos não se adaptam. Acreditamos que a Ciência da Computação possa mudar isso", disse.

A estudante da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, Kalyanaraman Shankari, acha que um dos pontos principais da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Cidades Inteligentes está no fato de se pensar em soluções para cidades em todo o mundo.

"Quase todos os aplicativos relacionados a cidades inteligentes são feitos por e para pessoas de 20 e poucos anos do Vale do Silício. O problema é que isso não significa nada para a maioria da população mundial. Por isso vim para esta Escola em São Paulo. Acredito que a interação com pesquisadores de outros países possa render soluções mais amplas para todos os lugares", disse.

Kon concorda com a estudante. "Os exemplos de soluções em cidades inteligentes que temos hoje são quase sempre de Amsterdã, Paris ou do Vale do Silício, que já são bons locais para se morar. Acontece que a maior parte da população vive em grandes cidades em países em desenvolvimento. Temos que focar nos 95% da população nas cidades do mundo real que enfrentam problemas com transportes, habitação, saúde, educação", disse.

Para ele, na maioria das soluções existentes há uma falta de visão global, gerando processos que otimizam o local, não o global. "E é assim que cientistas de computação podem aumentar a qualidade de vida das pessoas, otimizando o uso dos recursos da cidade por meio de algoritmos que têm uma visão do todo, possibilitando também o planejamento baseado em dados", disse Kon.

INCT da Internet do Futuro para Cidades Inteligentes

A ideia de realizar a Escola em Cidades Inteligentes surgiu como um desdobramento do projeto que reúne 48 pesquisadores em nove universidades brasileiras no estudo sobre o tema. Criado no ano passado, o INCT da Internet do Futuro para Cidades Inteligentes tem realizado estudos e publicado artigos apresentando soluções que estão sendo testadas no Brasil e que podem ganhar escala global.

O projeto, coordenado por Fabio Kon, é um dos 33 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia do Brasil financiados por parcerias entre instituições federais – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – e a FAPESP.

"Acredito que São Paulo se mostra como uma cidade boa para fazer testes de modelos e soluções em cidades inteligentes. É uma cidade que se adapta a mudanças e soluções de forma muito rápida", disse Goldman. Entre as pesquisas realizadas pelo projeto estão aplicativos e análise de dados sobre transporte, atraso de ônibus, dados de saúde e privacidade de dados.

"Qual o nível de privacidade a população quer? Hoje, basicamente tudo é permitido com o sistema de celular. Com a internet das coisas, teremos outros dispositivos que vão monitorar muito mais que o celular. Temos um grupo estudando como vamos validar as permissões e permitir o controle de dados. Isso é importante, pois quando se fala de privacidade, fala-se em liberdade também. É preciso decidir até que ponto queremos a facilidade e até que ponto, a privacidade", disse Goldman.

Outro grupo do projeto está investigando como melhorar as redes veiculares (redes acessíveis em carros).

"Em um sistema de monitoramento de trânsito, por exemplo, os carros passam muito rápido uns pelos outros, o que faz com que o tempo não seja suficiente para fazer com que a informação vá e volte da nuvem. Uma forma que estamos estudando de melhorar isso é, em vez de mandar para a nuvem, usar uma espécie de roteador, tornando o sistema mais rápido, mais eficiente e sem erro", disse o professor do IME-USP.

De acordo com Goldman, o INCT está aplicando o conceito de usar computação para tornar as cidades melhores para se viver.

"O projeto deve servir como alavanca para conseguir outros financiamentos e aumentar a visibilidade e a pesquisa que pode ser feita em cidades inteligentes. Na ESPCA pudemos, além de trazer pessoas ligadas ao projeto – principalmente estudantes –, também aumentar a visibilidade de uma maneira enorme para o mundo inteiro", disse Goldman.

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP