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sábado, 7 de dezembro de 2024

Teatro: peça celebra em Paris memórias de domésticas exploradas por diplomatas brasileiros na França

imagem: A peça "Ressonâncias: revoltas silenciosas". © Aliette Cosset / reprodução


***Até o começo dos anos 2000, os diplomatas brasileiros alocados em Paris dispunham de um privilégio, abolido durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva: trazer consigo para a capital francesa duas empregadas do Brasil. Sem falar francês, isoladas pela distância e sem redes sociais, muitas delas viveram em regimes comparáveis à semi-escravidão. A peça "Ressonâncias: Revoltas Silenciosas", do ator e músico Yure Romão, busca dar visibilidade a essas protagonistas invisibilizadas pelo silêncio.



"O projeto começou em 2022, durante um café na casa de uma amiga, a primeira pessoa que conheci aqui em Paris. Por questões de anonimato, já que os diplomatas com quem algumas dessas mulheres trabalharam ainda estão em atividade, vou chamá-la de Maria", conta o diretor do espetáculo, o ator, músico e encenador Yure Romão.

"Naquele dia, estávamos conversando sobre política. Era o dia da eleição presidencial na França, e a extrema-direita estava ganhando força. Eu estava muito contrariado, sem entender como brasileiros vivendo aqui podiam votar na extrema-direita no Brasil, ou como franceses optavam por isso", contextualiza.

"Maria começou a compartilhar experiências pessoais e de amigas próximas", relembra Romão. "Ela contou que conhecia muitas famílias brasileiras, especialmente de diplomatas, que nos anos 2000 tinham o direito de trazer duas empregadas domésticas ao país onde estavam alocadas", detalha.

"Eu não sabia disso. Maria explicou que, até 2003, isso era um privilégio concedido, mas que foi cortado no governo Lula, junto com outros benefícios, como auxílio-moradia. Segundo a análise dela, isso gerou um sentimento anti-Lula entre muitos diplomatas", avalia o diretor.

"Essas empregadas domésticas vinham com a promessa de receber um salário de US$ 800 e moradia digna. No entanto, ao chegarem aqui, a realidade era outra", conta.

"Algumas recebiam salários bem inferiores ou nada, e muitas viviam isoladas, longe das famílias, num contexto análogo à escravidão. Nos anos 2000, a comunicação era difícil — sem celulares ou WhatsApp, elas ficavam ainda mais isoladas", destaca o artista brasileiro, que desenvolve diversas residências com artistas em ex-colônias francesas, como Guadalupe e Martinica.

"Naquela tarde, Maria me apresentou duas amigas que passaram por essas situações. Elas expressaram o desejo de que suas experiências fossem conhecidas, não só como registro histórico, mas para que filhos, netos e outras gerações soubessem o que viveram", relata Romão.

Histórias reais
No cruzamento da narrativa e da pesquisa documental, com dramaturgia fortemente marcada pela presença da música popular, do Brasil às ex-colônias francesas, o espetáculo resgata histórias reais de empregadas domésticas brasileiras na França, como conta Yure Romão.

"Decidi então transformar essas histórias em um espetáculo, pois sou diretor e músico, e meu trabalho é centrado no teatro e na música. Paralelamente, começamos a trabalhar em um livro, baseado nas transcrições das entrevistas. Tanto o espetáculo quanto o livro respeitam o anonimato, com cada mulher escolhendo um pseudônimo para garantir segurança e evitar retaliações", conta o diretor.

Uma das mulheres contou que dormia na lavanderia, embaixo de uma tábua de passar roupa.

"As histórias que elas contam revelam realidades dolorosas. Muitas vieram seduzidas pela ideia de ganhar US$ 800 — uma quantia impressionante comparada ao salário mínimo da época no Brasil. Algumas eram trabalhadoras domésticas; outras, profissionais qualificadas, como enfermeiras e administradoras, que aceitaram a proposta por parecer mais vantajosa. Mas ao chegarem aqui, enfrentaram promessas não cumpridas: salários retidos, condições precárias de moradia e isolamento", relata o diretor, em entrevista à RFI.

Os abusos aconteciam de formas variadas, como relata o diretor do espetáculo. "Uma das mulheres contou que dormia na lavanderia, embaixo de uma tábua de passar roupa. Outras relataram violências físicas e psicológicas, agravadas pela distância da família e pela dificuldade de pedir ajuda. O diretor conta ainda que "essas situações ocorriam dentro de um quadro legal, já que havia contratos, mas que na prática eram desrespeitados".

Entrelaçamento de dramaturgias
Yure Romão detalha o entrelaçamento de dramaturgias que ele teceu, num diálogo com a autora antilhana Françoise Ega, através de seu livro "Cartas a uma negra", onde ela endereça cartas à escritora brasileira Carolina Maria de Jesus.

"Ao longo do processo, percebi semelhanças com outras migrações institucionais, como as descritas pela escritora guadalupense Françoise Ega, em seu livro Cartas a uma Alma Negra. Nele, ela relata a experiência de mulheres das Antilhas Francesas, nos anos 1960, que também vieram para a França com promessas de melhores condições, mas encontraram exploração. A conexão entre essas histórias, separadas por décadas e continentes, revela padrões profundos de desigualdade e abuso", analisa Yure Romão.

Visibilidade
"O espetáculo busca dar visibilidade a essas mulheres e suas histórias, enquanto o livro serve como registro memorial. Algumas delas decidiram que suas famílias descobrirão o que viveram apenas ao assistir à peça ou ler o livro. Elas desejam que suas histórias não se percam e que sirvam como alerta para que outras mulheres não enfrentem as mesmas dificuldades", ressalta Romão.

"Não sinto medo de expor essas questões, embora elas revelem um lado sombrio da diplomacia brasileira", diz o diretor. "Estamos protegidos pelo anonimato e pela importância do trabalho. Essas histórias fazem parte da história do Brasil e da diplomacia, e acredito que merecem ser contadas", insiste.

"Estamos planejando levar o espetáculo ao Brasil em 2025, durante o Ano do Brasil na França. Será uma versão em português, e algumas das mulheres que entrevistei poderão assisti-lo. Espero que o impacto seja tão transformador lá quanto tem sido aqui", afirma Romão.

"Muitas vezes, quando falamos do projeto, deixamos claro que não se trata de 'dar voz' a essas mulheres. Elas já têm muita voz e falam muito. E isso é maravilhoso. Acho que o nosso papel é mais sobre escutar essas vozes, amplificá-las e fazê-las ressoar", diz a atriz, marionetista e contadora de histórias Ana Laura Nascimento.

"Enquanto mulher, filha e neta, essa questão me atravessa profundamente. Minha avó foi empregada doméstica, e minha madrinha ainda é, vivendo no interior de Pernambuco", afirma. "Mesmo com a PEC das Domésticas, muita coisa não mudou, especialmente nos interiores. Muitas empregadas domésticas ainda não têm seus direitos reconhecidos. É algo muito próximo para mim, porque tenho pessoas da família que enfrentam essas condições", sintetiza a artista brasileira, que desenvolveu seus estudos e boa parte de sua prática teatral na França.

"Quando falo, crio ou produzo peças sobre temas difíceis como esse, o que mais me motiva é explorar como essas pessoas conseguiram resistir e continuar. Quero falar sobre o que foi necessário para elas seguirem em frente, mesmo diante de tantas adversidades", destaca Nascimento.

"Tecnologias de sobrevivência"
"Vivemos em um país que enfrentou 400 anos de escravidão. Se estamos aqui hoje, é porque criamos tecnologias de sobrevivência, maneiras de seguir vivendo", avalia Nascimento. "Não foi só pela luta, mas também pela celebração, pela criação de subjetividades e de espaços onde antes não havia nada. Foi essa capacidade de criação que nos manteve vivos", aponta.

"Além disso, ontem, no início do ensaio, falamos sobre como essas histórias nos atravessam e nos emocionam profundamente. Elas nos deixam frágeis, mas também nos impulsionam", sublinha Nascimento. "Trabalhamos com artistas incríveis, com muita técnica, e isso nos permite transformar essa emoção em algo produtivo. Essa emoção se torna adubo, alimentando a nossa técnica e o nosso trabalho", conclui a atriz.

Depois da temporada francesa, a peça "Ressonâncias, revoltas silenciosas" deve desembarcar em 2025 no Brasil, dentro do calendário que comemora os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

Espetáculo : "Résonances - Des révoltes silencieuses"

Quando: Nos dias 7 e 8 de dezembro de 2024

Onde: No Plateau 31,  31 rue Henri Kleynhoff, 94250 Gentilly.

Por: Márcia Bechara

Fonte:  DigitalRadioTv / RFI - Paris (Fr)
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Universidade na França dedica jornada para discutir desafios da língua portuguesa no cenário global

imagem: 4ª Jornada da Lusofonia que discutiu os desafios para aumentar a visibilidade da língua portuguesa no mundo. © Adriana Brandão / reprodução


***Como promover e proteger a língua portuguesa e as culturas dos nove países que têm o idioma como oficial em um mundo cada vez mais dominado pelo inglês? Esse foi o tema central da 4ª Jornada da Lusofonia, evento internacional organizado pela Universidade Clermont Auvergne, em Clermont-Ferrand, região central da França..



O encontro reuniu acadêmicos, diplomatas e especialistas para discutir o papel da língua portuguesa em um cenário global marcado pela predominância de idiomas hegemônicos, como o inglês, especialmente em áreas como ciência, tecnologia e entretenimento.

A língua portuguesa, com mais de 260 milhões de falantes nativos, é uma das mais faladas no mundo. Mas, como outros idiomas, tem perdido relevância internacional diante da crescente predominância do inglês amplamente utilizado em áreas como tecnologia, ciência, diplomacia e entretenimento em todo o mundo. Para que o português mantenha sua relevância internacional, é necessário expandir seu alcance e atrair interesse de falantes não nativos.

"No último recenseamento, que foi feito pelo instituto Camões, o português é colocado com uma quarta língua mais falada por pessoas nativas do mundo. Então, nós precisamos trabalhar justamente para que essa língua não seja somente uma língua utilizada como ferramenta para nativos, mas atrair também pessoas que não necessariamente têm nacionalidades de países lusófonos que possam aprender e se interessar por esse idioma", destaca Ailton Sobrinho, professor do Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade Clermont Auvergne (UCA).


Universidades francesas e o ensino do português
Muitas universidades francesas têm departamentos de língua portuguesa, indicando o interesse pelo idioma na França. Somente na Universidade de Clermont Auvergne são mais 200 alunos, de graduação e pós-graduação. Comércio internacional, turismo e tradução são as principais áreas de atuação visadas. A Inteligência Artificial (IA) representa um grande desafio, principalmente para os tradutores, segundo Ailton Sobrinho.

"Acredito que nós não vamos conseguir substituir o homem por uma máquina, porque ela nunca terá essa sensibilidade de compreender os contextos, de compreender as especificidades de uma língua. Então eu prefiro acreditar que a profissão do tradutor, a figura humana, ela será sempre essencial nesse trabalho, nessa profissão", afirma.

A UNESCO e o papel do Brasil na promoção do português
A embaixadora do Brasil na Unesco, Paula Alves de Souza, foi uma das participantes da Jornada da Lusofonia. Ela lembrou que o papel da Unesco, formada por 194 países, é justamente a promoção e a defensa da diversidade cultural e linguística. Foi a Unesco que declarou o dia 5 de maio Dia Mundial da Língua Portuguesa. Paula Alves de Sousa ressalta, no entanto, a importância do governo brasileiro ter uma política nacional de proteção de sua língua e cultura.

"O papel do governo é investir em uma produção cultural de língua portuguesa. Por exemplo, investir recursos na produção audiovisual, no cinema brasileiro e justamente investir em salas de cinema e na reserva de mercado para que as pessoas possam assistir a filmes brasileiros", exemplifica.

Outro campo de exploração, segundo a embaixadora, é na área das ciências e da educação. "É tentar fazer que a língua portuguesa seja a língua da ciência, e que a gente possa escrever e produzir em língua portuguesa e assim ganhar cada vez mais força e espaço no meio científico", defende.

Paula Alves de Sousa acrescentou que, em um mundo cada vez mais globalizado, a preservação do idioma tem que ser um esforço contínuo. "É uma batalha difícil, talvez quase perdida, mas precisamos insistir. O mundo está se tornando cada vez mais anglófono e particularmente norte-americano. E com isso, nós teremos uma única cultura mundial e cada vez menos diversidade cultural. Isso sem dúvida alguma, é um empobrecimento para todos nós", alerta.

Mesmo diante de cortes orçamentários, a embaixadora acredita que é possível direcionar recursos de forma eficiente para a promoção da cultura brasileira. "Hoje é impossível você pensar em cultura se você realmente está tentando ainda alimentar ou dar vacina para as pessoas. Na realidade é pouco dinheiro para muita coisa, para muitos objetivos. Mas é pensar criativamente, para poder ter investimento na cultura", diz Paula, citando o Fundo Setorial do Audiovisual como um exemplo do uso de recursos com criatividade e boa gestão.

Por: Adriana Brandão

Fonte:  DigitalRadioTv / RFI - Paris (Fr)

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Jornalista brasileira tenta desconstruir clichês sobre franceses no livro “Entrelinhas de Paris”

imagem: Livro "Entrelinhas de Paris", de Luciana Marques, foi lançado em outubro pela Editora Ases. © Divulgação
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***"Entrelinhas de Paris" é o título do livro que a jornalista brasileira Luciana Marques acaba de lançar, em português, pela editora Ases. A obra de minicrônicas é uma mistura de guia de viagem, manual de francês e da cultura francesa, descrição de hábitos parisienses e as impressões de uma brasileira sobre isso tudo..


Você poderá clicar aqui e ouvir esta e outras notícias em nosso blog, enquanto ouve músicas ao fundo  https://digitalradiotv.blogspot.com


Luciana Marques morou em Paris durante seis meses para um intercâmbio na Universidade Sorbonne Nouvelle. Na época, começou a anotar no bloco de notas do telefone celular, principalmente durante os trajetos no metrô, suas impressões sobre a cidade e os parisienses. "Depois, eu fui vendo que aquilo realmente tinha um conteúdo que poderia virar um livro futuramente", conta.

Antes de virar livro, a jornalista apresentou as anotações e informações sobre o que viu e ouviu "de curioso, de choque cultural também" como projeto final do curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas ao Multilinguismo e à Sociedade de Informação da Universidade de Brasília. Depois, atualizou e organizou essa visão de "uma brasileira olhando a cidade" no livro "Entrelinhas Paris: microcrônicas desconstruídas e descontraídas da capital francesa", lançado em outubro.

A obra tem sete capítulos, com títulos bilingues francês-português, que podem ser lidos independentemente e fora da ordem. O título é bem bolado, com múltiplos sentidos. "É entrelinhas porque eu escrevi entre uma linha e outra do metrô e também entre uma linha e outra desse livro que é um formato um pouco diferenciado" diz.

Ela explica que as frases que compõe o texto foram escritas "como se fossem tuítes, mas são encadeadas. Então, você lê o livro corrido, mas cada frase é uma minicrônica", detalha afirmando que "Entrelinhas" é uma obra "bem debochada, bem irônica". As ilustrações do livro, assinadas por Jane Carmen Oliveira, reforçam essa ironia.

Paris romântica e franceses mal-humorados
Paris seria a capital do romantismo, do luxo, da culinária, e os e as parisienses seriam chiques, mas mal-humorados. Esses são apenas alguns dos clichês associados à capital da França que Luciana Marques tenta desconstruir no livro para mostrar e "entender essa riqueza da cultura, que realmente vai além do que a gente vê no dia a dia".

O texto é repleto de anedotas que confirmam estereótipos, mas revelam outras facetas dos parisienses. Ela lembra que uma vez chegou a uma loja que estava fechando e o vendedor se recusou a atendê-la, porque não podia perder tempo para ir ler um livro na pracinha. "Isso no Brasil seria muito difícil de a gente encontrar, uma pessoa que prefere não vender para aproveitar a vida. A gente aprende muito com esse espírito francês, também de bon vivant, do 'bobô' (burguês-boêmio) parisiense", acredita.

O gênero de "Entrelinhas" é difícil de definir. O livro é uma mistura de manual de língua e de cultura, um guia de viagem e um relato de viagem. "Eu defini como minicrônicas exatamente pelo fato de ter essa linguagem do dia a dia, do cotidiano", indica.

Por: Adriana Brandão

Fonte:  DigitalRadioTv / RFI - Paris (Fr)

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Autores e Livros destaca três semifinalistas do Prêmio Oceanos: André Giusti, Luís Henrique Pellanda e Micheliny Verunschk


***No final do mês de agosto, o Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa anunciou os 60 títulos semifinalistas da edição de 2024..



Neste ano, a premiação contou com 2.619 livros inscritos, submetidos a dois júris especializados, um de prosa e outro de poesia, ambos formados por profissionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal.

Entre os finalistas, estão nomes como Mia Couto, Micheliny Verunschk, Germano Almeida, André Giusti, Adilia Lopes, Nei Lopes e Luis Henrique Pellanda.

E o Autores e Livros dessa semana destaca três desses 60 livros selecionados: "O caçador chegou tarde", de Luís Henrique Pellanda, "Caminhando com os mortos", de Micheliny Verunschk, e "As filhas moravam com ele", de André Giusti.

imagem: arquivo / reprodução



O programa traz também obras da poetisa, ilustradora e performer Rupi Kaur. Quando tinha 21 anos e era estudante universitária, Rupi escreveu, ilustrou e autopublicou sua primeira coletânea de poesia, "Outros jeitos de usar a boca". Em seguida, veio "O que o sol faz com as flores". Essas coletâneas venderam mais de 10 milhões de cópias - sendo mais de 600 mil delas apenas no Brasil - e foram traduzidas para mais de quarenta idiomas. Seu terceiro livro, "Meu corpo minha casa", conquistou o primeiro lugar em listas dos mais vendidos em todo o mundo.



Autores no programa: Luís Henrique Pellanda, Micheliny Verunschk, André Giusti e Rupi Kaur.

Fonte:  DigitalRadioTv / Autores e Livros

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Cidades intermediadoras


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Fonte:  DigitalRadioTv / Br 61

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Marco dos bioinsumos representantes do agro defendem importância do projeto aprovado no Senado


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Reportagem: Marquezan Araújo

Fonte:  DigitalRadioTv / Br 61

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Radioterapia para tratar câncer de mama que já atingiu gânglios será mais curta, explica oncologista que dirigiu estudo


***A radioterapia para tratar tumores do seio que já atingiram os gânglios linfáticos agora terá três semanas em vez de cinco, segundo um estudo dirigido pela oncologista e radioterapeuta Sofia Rivera, do instituto francês Gustave Roussy. Os resultados foram divulgados em setembro, durante o congresso da ESMO, a Sociedade Europeia de Oncologia, que todos os anos apresenta os últimos avanços na luta contra a doença.



A pesquisa mostrou que a eficácia da radioterapia de 15 sessões em três semanas, com doses um pouco mais fortes de radiações, é similar a 25 sessões de cinco semanas.

A descoberta foi anunciada após a fase 3 do estudo, chamado de HypoG-01. Os resultados apresentados modificarão o protocolo de tratamento radioterápico aplicado em pacientes do mundo todo, segundo a oncologista francesa.

Os testes clínicos aconteceram em 29 estabelecimentos franceses, entre setembro de 2016 e março de 2020. A idade média das 1 265 pacientes era 58 anos e todas haviam sido operadas de um câncer do seio locorregional, ou seja, que atingiram os gânglios.

O estudo vai facilitar a vida das pacientes, explicou a oncologista e radioterapeuta Sofia Rivera. "O HypoG-01, apresentado em uma sessão da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, é o primeiro estudo a demonstrar que quando tratamos um câncer com um volume maior, podemos fazer uma radioterapia mais curta e passar de cinco para três semanas de tratamento", explicou à RFI.

A radioterapia é a última etapa do tratamento contra o câncer de mama. Duas semanas a menos é um verdadeiro "alívio" para as pacientes, mas também para o já sobrecarregado sistema de saúde francês, que tem cada vez mais dificuldade em atender a demanda.

"Esse tempo mais curto também representa uma redução de custos e menos idas e vindas das pacientes aos hospitais" diz a oncologista. A redução do tempo da radioterapia também libera vagas nas máquinas para atender outras mulheres mais rapidamente e aumenta em alguns casos as chances de sobrevida e de cura.

Na França, cerca de 90% dos cânceres de mama são descobertos no estágio inicial ou já atingiram os gânglios, sem metástases em outros órgãos.

Efeitos colaterais
Para ser validado e garantir a segurança das pacientes, o estudo se concentrou nos eventuais efeitos colaterais que poderiam surgir por conta da maior intensidade das radiações. "Quando irradiamos os gânglios, irradiamos também mais tecidos normais. Temos o coração, e atrás dos gânglios, embaixo da clavícula, o pulmão, além dos vasos e nervos dos braços", descreve Sofia Rivera.

"Um dos temores era que as pacientes tivessem mais efeitos colaterais e linfedemas, ou seja, braços inchados. É um risco que aparece após a cirurgia e a radioterapia dos gânglios. Mas o estudo mostrou que as pacientes não tinham mais reações adversas. Pelo contrário, tinham até menos, porque sentiam menos cansaço. Nossa conclusão é que só há benefícios para elas", resume.

Além do tratamento em si, não é apenas o caminho de casa até o hospital que cansa as pacientes. Há também a adaptação aos horários das consultas e a expectativa na sala de espera, muitas vezes ao lado de outras mulheres tratadas por cânceres mais graves. "Isso pode ser psicologicamente difícil", destaca a oncologista.

Vantagem em zonas de guerra
Desde a apresentação do estudo no congresso europeu, vários centros de tratamento adotaram o novo protocolo e a oncologista francesa foi procurada por profissionais de vários países, inclusive da Ucrânia.

"Felizmente as radioterapias continuaram no país apesar da guerra e diminuir os deslocamentos das pacientes é um benefício incontestável", lembra. "Vamos organizar um workshop online para ajudar as equipes e formá-las para adotar esse novo tratamento".

Ela lembra que o diagnóstico precoce continua sendo um dos maiores aliados das pacientes e, neste caso, as chances de cura podem chegar a 100%, lembra Sofia Rivera. Ela lamenta que na França muitas mulheres simplesmente não façam a mamografia periodicamente, apesar de o exame ser gratuito no país.

"Ainda temos taxas de mamografia de rotina muito baixas. Hoje na França, menos de 50% das mulheres que deveriam realizar a mamografia de rotina fazem o exame". É importante também, diz, implantar estratégias para promover e possibilitar exames de rotina personalizados, em função do risco da paciente.  

A recomendação para filhas de mulheres que tiveram câncer do seio é começar o exame de rotina cinco antes do diagnóstico da mãe e realizar uma mamografia anualmente, ou a cada dois anos. Essa precaução deve ser acompanhada, além do autoexame, de uma visita ao ginecologista ou clínico geral, já que os nódulos podem ser detectados em um exame clínico.

Por: Taíssa Stivanin

Fonte:  DigitalRadioTv / RFI - Paris (Fr)

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