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“É necessário que os gestores municipais percebam a importância da Atenção Primária à Saúde”, afirma o médico Gonzalo Vecina Neto

imagem: arquivo / reprodução


Faz um ano que a história recente da humanidade ganhou um novo capítulo na história mundial. Há um ano a Covid-19 chegou arrastando mudanças e ceifando vidas ao longo de todo esse período e não há uma pessoa sequer que possa dizer que passou ilesa por essa pandemia - que ainda não terminou.

O impacto daqueles primeiros dias de 2020, quando ainda não tínhamos quase nenhuma informação a respeito da doença, foram embalados por um misto de medo e surpresa. É o que recorda a professora universitária Cilene Campetela, que mora na capital do Amapá, Macapá.

"Estávamos vivendo o começo da pandemia, entre fevereiro e março, quando chegou abril, tive os sintomas. Primeiro começou com meu marido. Mas logo no começo da pandemia não tinham testes, fizemos uma consulta online, que identificou como um possível caso", explicou a professora. Alguns meses depois o marido e ela fizeram o exame que constatou o contágio naquela época.

Por todo o mundo, a doença afetou 216 países e territórios, com estimativa de mais de 80 milhões de casos e quase dois milhões de mortes. A região das Américas foi a mais afetada se visto sob um contexto de grandes diferenças na população da Europa, onde a Covid-19 atingiu rapidamente as cidades. Os dados são da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

No Brasil, passamos da marca de oito milhões de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus e a doença atingiu 100% dos municípios do País. Em relação aos óbitos, chegamos a 203.000 mortes de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde até o fechamento desta reportagem.



Apesar de toda a tragédia relacionada à Covid-19 e ao número de mortes que a doença fez aqui no Brasil, é importante observar que entre erros e acertos, a pandemia poderia ter causado danos maiores à população, caso os gestores públicos não tivessem agido rápido para proteger suas comunidades. E mesmo que muitos municípios tenham renovado as prefeituras, o impacto da gestão anterior vai continuar, por isso é preciso absorver as experiências municipais de sucesso no combate ao novo coronavírus.

E isso é o que afirma a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Cristiane Pantaleão, que também é secretária municipal de Saúde de Ubiratã (PR). "Tivemos uma troca de gestão nos municípios e, para continuar os atendimentos, no ano passado o Ministério da Saúde fez um repasse de recursos importantes para ajudar na organização de combate à Covid-19. Mas é claro que só dinheiro não é suficiente. O que a gente espera é que os gestores, junto com os profissionais de saúde, desenvolvam novas estratégias de atendimento para a população", explicou Pantaleão.  

Essa é uma visão compartilhada pela gestora adjunta da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde de Jundiaí (SP), Dayane Martins, que nesse um ano de combate ao coronavírus, afirmou que "a gestão pública municipal aprendeu muito, observando aquilo que, de fato, se faz importante da rede pública de saúde e o que vai além do SUS como, por exemplo, o trabalho em rede com outras áreas do governo e com a própria comunidade, são pontos importantes", explicou a médica.

"Vale a pena destacar que em anos anteriores o Ministério da Saúde já estava investindo em Atenção Primária e na porta de entrada da população ao SUS, com a reformulação de estrutura e aparelhos das unidades básicas de saúde, quanto no funcionamento, o que no final das contas fez toda a diferença para atender a população", destacou Dayane Martins. E a fala da profissional vai ao encontro dos recursos destinados ao combate da doença – que até agora foi liberado pelo governo federal quase R$ 65 bilhões de reais.

Durante o levantamento de informações para esta reportagem, conseguimos apurar que até o dia 11 de janeiro, o valor total que o Ministério da Saúde repassou aos municípios, exclusivamente para a Atenção Primária à Saúde, ultrapassou os R$ 28 bilhões de reais. Esse é o setor dos primeiros cuidados ao cidadão que procura uma unidade de saúde para ser atendido por qualquer tipo de doença.

O médico sanitarista, Gonzalo Vecina Neto, é fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e atualmente atua como professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o médico, é importante manter esse setor funcionando de maneira estratégica, pode ajudar os municípios a continuar oferecendo serviços de saúde para a população ao mesmo tempo em que mantém os atendimentos relacionados à Covid-19.

"É necessário que os gestores municipais percebam a importância da Atenção Primária à Saúde e isso significa criar um fluxo de trabalho para oferecer atendimento, tanto aos pacientes com Covid-19 ou sintomas similares, quanto às pessoas que precisam tratar de outras enfermidades ou problemas de saúde", avalia. Vecina detalha que esse fluxo diferenciado nas unidades de saúde "precisa ser feito para não misturar os pacientes e evitar que quem já está com a imunidade mais baixa, seja acometido pela Covid-19", afirmou o médico.

Um exemplo da relevância desse tipo de atendimento, realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi o recebido por Rita Miliani Marcondes, que tem 38 anos e trabalha como artesã em Jundiaí, no interior de São Paulo. No final de 2020, a mulher começou a perder a sensibilidade dos sentidos como paladar e olfato, então procurou uma Unidade Básica de Saúde próxima de casa.

"Fiz o teste que detectou a Covid-19. Como senti algumas dores no corpo, parecido com gripe, fiquei com receio pelos meus filhos e marido, mas fui bem orientada pelo pessoal do acolhimento da unidade e não tive complicações", lembrou Miliani.

Fonte: Br 61


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


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