Fonte: Secretaria de Cultura de Mogi das Cruzes

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Desde 1948, em 23 de junho celebra-se no mundo todo o Dia Olímpico, comemorando a fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI) pelo Barão Pierre de Coubertin no ano de 1894, em Paris, França - acontecimento que marcou o renascimento dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Anualmente, por ocasião da passagem do Dia Olímpico, quase todos os 200 Comitês Olímpicos Nacionais promovem a Corrida do Dia Olímpico - Olympic Day Run. E a Semana Olímpica nada mais é do que um prolongamento das festividades comemorativas em torno desse dia.
Desde 1987, a Corrida do Dia Olímpico, que busca difundir o Movimento Olímpico em todo o mundo, reúne milhares de homens, mulheres, jovens e crianças de diversas culturas e classes sociais, irmanados pelo ideal olímpico - que busca utilizar o esporte como fator de socialização, contribuindo assim para a formação de uma sociedade pacífica e comprometida com a preservação dos valores éticos e morais que dignificam o ser humano.
Objetivando a maior divulgação do Movimento Olímpico no país, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), desde 1998 promove a realização da Semana Olímpica, evento que compreende diversas manifestações de caráter cultural, educacional e esportivo.
Reunindo características importantes para atração da comunidade e da mídia, o evento está inserido no calendário de atividades comemorativas do COI e do COB, proporcionando assim repercussão em âmbito nacional e internacional.
No Brasil, 23 de junho é também Dia do Desporto, instituído pela Lei Pelé (Lei nº 9615/98, artigo 86).
Olympic is known to be one of the most popular sports events in the world. 23rd June is popular as the International Olympic Day.
International Olympic Day was firstly celebrated on 23rd June 1948. During the time of 42nd International Olympic session at St Moritz of Switzerland in the year 1948, the International Olympic Committee firstly declared 23rd June as the "International Olympic Day".
Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro / Society Events
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MANUAL DE REABILITAÇÃO EM ONCOLOGIA DO ICESP
Os editores e os autores do Livro cederam a integralidade dos direitos autorais ao
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
EDITORES:
Cesar Antonio Pinto
Christina May Moran de Brito
Linamara Rizzo Battistella
Mellik Bazan
Wania Regina Mollo Baia
__________________________
Data: 03 de julho de 2014
Horário: das 12h30 às 13h30
Local: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
Endereço: Av. Doutor Arnaldo, nº 251 - 6º Andar, no hall do auditório
Bairro Cerqueira Cesar - São Paulo/SP
TODOS ESTÃO CONVIDADOS!
Att.
Isabel
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LINFOMA DE HODGKIN X LINFOMA NÃO-HODGKIN
Afinal, qual a diferença entre linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin?
O Linfoma de Hodgkin foi descrito pelo patologista Thomas Hodgkin. As células de origem desta neoplasia do sistema linfático se tratam de um linfócito B. O sintoma inicial mais comum do linfoma de Hodgkin é o aumento indolor e perceptível dos linfonodos, ou seja o surgimento de caroços no pescoço, axilas ou virilha. Mas há também aumento na porção superior do peito, interior do peito (mediastino) e abdômen. Outros sintomas incluem febre, suores noturnos (que geralmente obrigam o doente a trocar a roupa de cama), perda de peso sem motivo (pelo menos 10% do peso ao longo de seis meses sem dieta) e coceira na pele.Quando o linfoma de Hodgkin afeta os gânglios linfáticos do peito, o inchaço desses gânglios pode comprimir a traquéia e causar tosse, falta de ar e dor torácica. Além disso, o baço também pode aumentar (esplenomegalia).
Mesmo nos grupos menos favoráveis, o índice de cura pode atingir 60%. A curabilidade destes pacientes também se reflete na possibilidade de resgate de cerca de 50 % dos pacientes, que apresentam recidivas após o tratamento inicial com o transplante autólogo e até mesmo com o transplante alogênico.
O nome Linfoma não Hodgkin surgiu pela semelhança da apresentação clínica com o Linfoma de Hodgkin. Entretanto, foram notadas diferenças que não permitiam a classificação como o processo descrito originalmente pelo Professor Hodgkin.
Os linfomas não Hodgkin (LNH) representam os linfomas mais frequentes. Eles são originários de dois tipos de linfócitos; os linfócitos B e os linfócitos T. Os LNH representam um grupo heterogêneo de neoplasias. Mais de 70 subtipos já foram identificados e as classificações patológicas ainda não foram totalmente definidas.
Para os linfomas do tipo B, o tratamento quimioterápico foi impulsionado com a introdução do medicamento rituximabe-Mabthera que aumentou a probabilidade de cura de um subtipo de linfomas do tipo B- o linfoma difuso de grandes células. No linfoma folicular, ele contribui para o aumento da sobrevida e para o intervalo livre de progressão, medidas indiscutíveis da melhor qualidade de vida destes pacientes.
Os linfomas T representam de uma maneira geral uma doença mais agressiva. Os resultados terapêuticos são menos favoráveis, embora também constituam uma neoplasia potencialmente curável.
*Todas informações acima foram escritas e revisadas pelo Dr. Daniel Tabak, membro do Comitê Científico da Abrale e onco-hematologista do Centro de Tratamento Oncológico do Rio de Janeiro.
Créditos: ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – http://www.abrale.org.br
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Posted: 20 Jun 2014 06:51 AM PDT
| Pedimos escolas, eles nos deram a Copa Breno Lobo e Fabiana Amorim* Sim, a Copa chegou. À base de remoções, desmandos da FIFA, forte repressão aos protestos e superfaturamentos de obras . E nós estudantes, que vivemos na pele o descaso com os serviços públicos, onde ficamos nessa história? O calendário letivo mudou, também na tentativa de nos deixar em casa. O governo dissemina o discurso do medo para nos afastar das ruas. O aparato repressor não só nos amedontra, como também a nossos pais. Grande parte dos jovens, principalmente os mais jovens, como nós, deixaram de ir às ruas, por causa das perseguições e repressão à ativistas. Nas cidades-sede da Copa, o modelo praticado é o da cidade militarizada, onde espaços públicos são ocupados por policiais para intimidar a juventude. Tudo isso se faz a partir da lógica de que segurança é igual a policiamento militarizado. E a única resposta a indignação dos que vão pra rua é a violência. E a educação, como fica? As escolas continuam precarizadas, faltam professores e infraestrutura básica. No dia 02 de junho, o Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional da Educação (PNE). A votação foi marcada pela articulação de bancada fundamentalista para retirar do texto-base a parte que colocava a promoção da Igualdade de Gênero como uma das diretrizes do plano. Além de, infelizmente, os 10% do PIB aprovados não ser exclusivos à educação pública, e o prazo para alcançar a meta é de 10 anos. Se tem dinheiro pra estádio e obra que pouco nos serve, tem que ter para aplicar os 10% do PIB JÁ! na Educação Pública. Além disso, também EXIGIMOS O FIM das reformas do Ensino Médio em curso, como o Politécnico no Rio Grande do Sul e a escola de tempo integral em São Paulo, que de forma antidemocrática foram impostas com um único objetivo: alimentar a lógica da educação como mercadoria, e sucatear ainda mais o ensino público. Tudo isso, sob a tutela das entidades estudantis que não vão mais para as ruas, na contramão da luta de milhares de professores e estudantes. Qual é a prioridade? O comprometimento do governo com a FIFA, para garantir a Copa, nunca foi visto com pautas que consideramos mais urgentes. Se fez o impossível para que a bola possa rolar, mas por que não se vê o mesmo engajamento quando o assunto são nossos direitos? Por que o estádio é mais importante do que a sala de aula? Por que as obras de mobilidade estão no trajeto: Aeroporto – Estádio – Hotel e não na ligação de nossas casas com nossas escolas e com os espaços de lazer? Convivemos com um sistema de transporte degradante e o Passe Livre, que ajudaria todos os estudantes a terem acesso a escola, quando existe, é tão degradado quanto o nosso direito à cidade e à cultura. Mas assim como milhares de trabalhadores têm feito no último período, nossa indignação e luta por direitos – dentro e fora da escola – cresce cada dia mais. Contra a repressão aos grêmios estudantis e aos movimentos sociais, de forma geral! Não começamos na Copa nem terminaremos depois dela. Nossa luta continua! Por outro modelo de escola, por mais investimento em educação pública, por outro futuro para a juventude! *Breno e Fabiana são militantes do Juntos! Nas Escolas. |
| Cotas na UEPA, vitória do movimento Estudantil *Heitor Moraes e **Pedrinho Maia Em tempos agitados de luta pela afirmação dos nossos direitos, em tempos que a juventude vai à rua gritar: "Fifa Go Home" ou "Ei Fifa, paga a minha tarifa" contra os gastos excessivos com a Copa do mundo da Fifa, em tempos em que lutar por melhoria na qualidade da saúde, transporte e educação. Nesse tempo, a educação deu um grande passo no Pará, a UEPA agora tem em seu já tão desigual processo seletivo, COTAS. Após a apresentação de um projeto feito pelos próprios estudantes, via DCE e alguns Centros Acadêmicos, com a reserva de 50% das vagas do Programa de Ingresso Seriado (PRISE) e 50% das vagas do Processo Seletivo (PROSEL) para a política de cotas sociais e raciais. A reitoria apresentou em seu projeto de edital do vestibular, inicialmente, 25% das vagas para os ambos os programas de acesso a universidade. Após o proposto pela gestão superior em reunião do CONSUN (Conselho Superior Universitário), foi feito pedido vistas pelos conselheiros para reanalisar vários equívocos no edital, dentre eles o percentual das vagas pro sistema de cotas. Ontem, dia 17.06.2014, no CONSUN, foi apresentado e aprovado a reformulação: 30% das vagas serão reservadas para alunos oriundos de escola pública que cursaram integralmente o ensino médio nestas instituições. Este percentual ainda esta muito abaixo da real necessidade de um povo que vive na miséria, de um povo historicamente explorado e atualmente iludido com a falsa igualdade de oportunidades. A nossa luta por 50% de vagas para o sistema de cotas, e a sua pluralidade com a integração de politicas afirmativas não vai parar! A nossa luta não para enquanto observamos um estado que tem 69% da sua população preta ou parda (segundo dados do IBGE) e a universidade estadual tem dentro dos seus cursos da saúde, por exemplo, menos de 10% de negros. A nossa luta não para enquanto diariamente observamos que a lacuna existente no acesso a nossas Universidades públicas esta diretamente ligada a falta de políticas públicas para educação básica e superior. A nossa luta é por igualdade de oportunidades, contra essa falsa democracia racial que o Brasil afirma ter, mas não tem, é por democracia real já, é para garantir que a juventude da periferia possa ter oportunidade de acesso ao ensino superior em detrimento do crime organizado. Essa vitória, por mais que seja parcial, é muito significativa. Vencemos parcialmente uma batalha e temos que avançar. Precisamos de Cotas pra entrar e assistência estudantil pra permanecer na universidade, nessa luta nós estamos Juntos! #Pro-ReitoriaDeAssuntosEstudantisJá #Queremos50porcentoJá #CotasRaciaisJá #CotasPraEntrarAssistenciaPraPermanecer #Juntos *Heitor Moraes é do Juntos Negros e Negras e Coordenador Geral do DCE-UEPA **Pedrinho Maia é Coordenador da Rede Emancipa – Belém |
| *Lucas Villela Canôas Esta semana comemoramos um dos maiores levantes brasileiros, que se deu em junho de 2013, mas existem outros junhos que também são nossos! Junho de 1976 contra o apharteid, junho de 2010 contra a copa na África do Sul, junho de 2013 pelo transporte e junho de 2014 pelo hexa dos direitos: o que eles tem a ver? Levante de Soweto Em 1976, época que vigorava oficialmente o apharteid na África do Sul, os negros tinham acesso à escolas precarizadas, superlotadas e professores sem qualificação. Enquanto que para os brancos colonizadores, a escola era gratuita e de qualidade. Em dado momento, o governo passou a impor o ensino da língua africâner (com influência do Holandês) ao lado da língua inglesa e passando por cima da cultura e língua local. Os professores não conseguiam ensinar na língua oficial, precarizando mais ainda a educação. Isso foi o estopim para que ocorresse o Levante de Soweto, juntando milhares de pessoas contra esse modelo de educação segregacionista. No protesto pacífico de 16 de junho de 1976, Hector Pieterson (assim como Edson Luís, no Brasil, morto pela polícia na ditadura) foi um dos centenas de mortos, se tornou símbolo da luta. As fotos da repressão correram o mundo, marcando o declínio da política de apharteid. Sul Africanos tomaram as ruas por moradia, uma das pautas. Em junho de 2010, a copa do mundo chegou na África do Sul, 34 anos anos depois do levante de Soweto! Nos anos antes, os de preparação para a Copa do Mundo, a FIFA fez o que quis com a ajuda do governo, removeu favelas, "limpou" os moradores de rua, militarizou as ruas das cidades sede, tudo isso aprofundou ainda mais a desigualdade da África do Sul. Enquanto isso, os sul africanos protestavam contra os gastos com a copa e a mídia internacional pouco divulgou os fatos Um estádio foi feito perto do bairro de Soweto, com o discurso de aproximar a copa dos pobres (o futebol é o esporte dos pobres na África do Sul e o Rúgbi da elite branca), mas foi apenas uma aproximação geográfica, pois o alto preço dos ingressos excluíram a população local, que não foi ver a África do Sul jogar, no mesmo dia do assassinato de Hector. Já em junho de 2013, a população brasileira se levantou contra o Atualmente, em junho de 2014, temos o maior evento do mun
De junho à junho, temos uma lição a entender! As vitórias ocorrem nas ruas e não nas urnas. *Lucas é militante do juntos! |
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As inscrições podem ser feitas até 25 de julho; edital oferece 21 vagas em 10 distritos da Cidade
Foi publicado nesta terça-feira, dia 17, no 'Diário Oficial da Cidade', edital que abre inscrições para o credenciamento de 21 articuladores do Plano Juventude Viva no Município. Neste primeiro momento, as inscrições são voltadas a moradores das regiões de Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim São Luis, Jardim Ângela, Brasilândia, Pirituba, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Helena e São Mateus, onde o Plano está sendo implementado inicialmente.
Os articuladores atuarão na construção de parcerias com organizações da sociedade civil, grupos e coletivos de jovens, para auxiliar na formação e no fortalecimento de uma rede de apoio e de denúncia de violações de direitos da juventude. Realizarão também o acompanhamento e o monitoramento das ações governamentais que compõem o Juventude Viva e das atividades, ações e eventos realizados nos territórios que dialoguem com os objetivos do Plano.
O edital prevê a prestação dos serviços em regime contratual de um ano, com possibilidade de renovação por mais um ano.
Os interessados devem fazer a inscrição até o dia 25 de julho, pessoalmente, na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (Rua Líbero Badaró, 119, 7º andar, sala da Coordenação de Políticas para Juventude), de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h.
Lançado na Cidade no ano passado, o Plano Juventude Viva tem o objetivo de reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e de periferia, que são as principais vítimas de homicídios, e criar estratégias de prevenção à violência. Iniciativa do governo federal, o Plano tem a sua implementação em São Paulo coordenada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da Coordenação de Políticas para Juventude, e pela Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR).
Por: Professor Elie Elie Ghanem (professor) 55-11-99219-9960 Skipe elie.ghanem20112 ou elie.ghanem2011 Twiter: @elietwiter Faculdade de Educação da USP Avenida da Universidade 308 bloco A sala 234 Cidade Universitária 05508-040 São Paulo SP Brasil DIVULGAÇÃOhttp://digitalradiotv.blogspot.com
Thalif Deen, da IPS
Uma em cada cinco pessoas do Sul em desenvolvimento não tem acesso à eletricidade. A chave para remediar essa situação é o financiamento, mas o mundo está longe de investir a astronômica quantia que será necessária até 2030 para alcançar a meta da energia sustentável universal.
O mundo em desenvolvimento foi o tema central do primeiro fórum anual de Energia Sustentável para Todos (SE4ALL), realizado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, entre os dias 4 e 6 deste mês. Na ocasião a ONU apresentou uma longa lista de promessas de contribuições financeiras dirigidas a alcançar a meta de SE4ALL até 2030.
A Noruega prevê gastar US$ 330 milhões em projetos de energia renovável em todo o planeta este ano, enquanto o Bank of America emitirá US$ 500 milhões em “bônus verdes” ao longo de três anos, como parte de uma iniciativa de grandes empresas que prometeram investir US$ 50 bilhões no ambiente no prazo de dez anos. Essa iniciativa foi assumida na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2012 no Rio de Janeiro, conhecida como Rio+20.
Além disso, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) criou um fundo de US$ 1 bilhão para acesso à energia. Também o Banco Africano de Desenvolvimento aprovou projetos de energia sustentável no valor de US$ 2 bilhões e cofinanciará projetos de US$ 4,5 bilhões. No Brasil, o programa Luz para Todos levou energia elétrica renovável para quase 15 milhões de pessoas da área rural que antes viviam praticamente na escuridão.
Porém, os compromissos e os êxitos estão muito longe de cumprir a meta geral do SE4ALL. O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse em 2013 que o financiamento era a chave para resolver a crise energética, e que para isso seria necessária a assombrosa quantia anual de US$ 600 bilhões a US$ 800 bilhões até 2030.
As três metas são o acesso à energia, a eficiência energética e as energias renováveis, afirmou Kim na oportunidade. “Agora começamos pelos países onde a demanda de ação é mais urgente. Em alguns desses países somente uma em cada dez pessoas tem acesso à eletricidade. É hora de mudar isso”, acrescentou Kim.
Para conseguir a mudança a ONU está arrecadando fundos, principalmente de grandes empresas privadas e organizações internacionais. Entre os participantes do setor privado no fórum de Nova York estavam executivos do Bank of America, Citigroup, Coca-Cola, Deutsche Bank, Royal Dutch Shell, Philips Lighting, Statoil e Sumitomo Chemical.
A reunião contou com as presenças de quase mil delegados, entre eles chefes de governo, profissionais da energia, representantes de organizações internacionais e não governamentais. No entanto, defensores dos direitos humanos e ativistas do setor da energia desconfiam do papel que as grandes empresas podem ter nesse âmbito.
Dipti Bhatnagar, coordenadora de justiça climática e energia da Amigos da Terra Internacional, disse à IPS que a iniciativa SE4ALL “foi absorvida pelas empresas de energia suja” e, portanto, a ONU não está em condições de alcançar seu objetivo. Os fundos provêm de um grupo irresponsável e escolhido a dedo, dominado por representantes de multinacionais, entre elas gigantes petroleiras como Shell, que investem milhares de milhões na extração de combustíveis fósseis em todo o mundo, apontou.
“Alertamos o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que o SE4ALL e outras iniciativas do fórum mundial foram dominadas pelas empresas de energia suja que as utilizam para limpar sua imagem ambiental”, afirmou Bhatnagar. Estas empresas obstruem “a rápida transformação que se necessita para reduzir nossa dependência dos combustíveis fósseis e conseguir um sistema energético justo e sustentável”, advertiu.
Meena Raman, da Rede do Terceiro Mundo, uma organização internacional com sede na Malásia que promove o desenvolvimento ecologicamente sustentável, também expressou sua preocupação pela participação das grandes empresas na meta da SE4ALL. “Já que a iniciativa SE4ALL está dominada em grande parte pelas grandes corporações energéticas, por bancos multilaterais de desenvolvimento e capitais privados que buscam o lucro comercial, é duvidoso que se cuide dos interesses das pessoas que carecem de energia”, ressaltou à IPS.
A ênfase dada nos sistemas modernos de energia centralizados, que são caros e fora do alcance dos que mais necessitam deles, afeta o objetivo que se pretende cumprir com relação a garantir o acesso universal aos serviços energéticos, acrescentou Raman. Segundo a ativista, uma grande porcentagem dos pobres do mundo, residentes nos países em desenvolvimento, recebem a energia que precisam para sobreviver de tradicionais fontes energéticas que obtém por baixo custo nos mercados locais, e que enfrentam a crescente ameaça da mineração, da expansão da urbanização e da industrialização.
“Isso não é necessariamente por não existirem serviços modernos de energia nessa sociedade ou localidade, mas em grande parte se deve ao fato de as pessoas pobres não poderem pagar os serviços de energia modernos e de maior custo”, explicou Raman. Obrigar os pobres a entrarem no mercado da energia comercial, sem sistemas infalíveis que garantam seu acesso, vai gerar mais privações, desigualdade e angústia, alertou.
Ban declarou no fórum que “o desenvolvimento sustentável não é possível sem a energia sustentável”. No segundo dia do encontro, o secretário-geral da ONU também pôs em marcha a Década da Energia Sustentável para Todos (2014-2024), uma iniciativa da ONU centrada na energia para a saúde das mulheres e das crianças em seus primeiros dois anos de vida.
Bhatnagar disse à IPS que o atual sistema energético mundial é insustentável e injusto. “Prejudica as comunidades, os trabalhadores, o ambiente e o clima. Para fornecer energia sustentável a quem agora está excluído precisamos com urgência transformar nosso sistema energético atual, controlado pelas corporações, em um que faculte às pessoas a construção de sistemas renováveis de energia limpa e controlados democraticamente”, acrescentou.
Raman indicou à IPS que a primeira prioridade deve ser a redução drástica das ameaças ao livre acesso dos pobres a serviços energéticos gratuitos ou de baixo custo. O objetivo de proporcionar “serviços de energia modernos” aos que carecem deles só pode ser obtido quando o Estado desempenha um papel determinado pelas políticas sociais e regula com força a economia de mercado em consideração das diferenças no poder aquisitivo na hora de adquirir energia, ressaltou.
Isso não se consegue com a desregulamentação e a privatização dos serviços frente a grandes capitais e mercados, assegurou Raman. “Pôr muita ênfase no setor privado e na economia de mercado acabará concentrando o acesso à energia mais moderna nos que puderem pagá-la”, acrescentou. Assim, segundo a ativista, o papel das políticas de Estado progressistas e inclusivas é de suma importância e deveria aumentar, em lugar de diminuir.
(Envolverde/IPS)
http://www.mercadoetico.com.br/arquivo/energia-universal-esta-a-milhares-de-milhoes-de-dolares-de-distancia/