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Pedimos escolas, eles nos deram a Copa (mais 2 destaques)

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Juntos!

Pedimos escolas, eles nos deram a Copa


Breno Lobo e Fabiana Amorim*

Sim, a Copa chegou. À base de remoções, desmandos da FIFA, forte repressão aos protestos e superfaturamentos de obras . E nós estudantes, que vivemos na pele o descaso com os serviços públicos, onde ficamos nessa história? O calendário letivo mudou, também na tentativa de nos deixar em casa. O governo dissemina o discurso do medo para nos afastar das ruas. O aparato repressor não só nos amedontra, como também a nossos pais. Grande parte dos jovens, principalmente os mais jovens, como nós, deixaram de ir às ruas, por causa das perseguições e repressão à ativistas. Nas cidades-sede da Copa, o modelo praticado é o da cidade militarizada, onde espaços públicos são ocupados por policiais para intimidar a juventude. Tudo isso se faz a partir da lógica de que segurança é igual a policiamento militarizado. E a única resposta a indignação dos que vão pra rua é a violência.

E a educação, como fica?

As escolas continuam precarizadas, faltam professores e infraestrutura básica. No dia 02 de junho, o Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional da Educação (PNE). A votação foi marcada pela articulação de bancada fundamentalista para retirar do texto-base a parte que colocava a promoção da Igualdade de Gênero como uma das diretrizes do plano. Além de, infelizmente, os 10% do PIB aprovados não ser exclusivos à educação pública, e o prazo para alcançar a meta é de 10 anos. Se tem dinheiro pra estádio e obra que pouco nos serve, tem que ter para aplicar os 10% do PIB JÁ! na Educação Pública. Além disso, também EXIGIMOS O FIM das reformas do Ensino Médio em curso, como o Politécnico no Rio Grande do Sul e a escola de tempo integral em São Paulo, que de forma antidemocrática foram impostas com um único objetivo: alimentar a lógica da educação como mercadoria, e sucatear ainda mais o ensino público. Tudo isso, sob a tutela das entidades estudantis que não vão mais para as ruas, na contramão da luta de milhares de professores e estudantes.

Qual é a prioridade?

O comprometimento do governo com a FIFA, para garantir a Copa, nunca foi visto com pautas que consideramos mais urgentes. Se fez o impossível para que a bola possa rolar, mas por que não se vê o mesmo engajamento quando o assunto são nossos direitos? Por que o estádio é mais importante do que a sala de aula? Por que as obras de mobilidade estão no trajeto: Aeroporto – Estádio – Hotel e não na ligação de nossas casas com nossas escolas e com os espaços de lazer? Convivemos com um sistema de transporte degradante e o Passe Livre, que ajudaria todos os estudantes a terem acesso a escola, quando existe, é tão degradado quanto o nosso direito à cidade e à cultura.

Mas assim como milhares de trabalhadores têm feito no último período, nossa indignação e luta por direitos – dentro e fora da escola – cresce cada dia mais. Contra a repressão aos grêmios estudantis e aos movimentos sociais, de forma geral! Não começamos na Copa nem terminaremos depois dela. Nossa luta continua! Por outro modelo de escola, por mais investimento em educação pública, por outro futuro para a juventude!

*Breno e Fabiana são militantes do Juntos! Nas Escolas.


Cotas na UEPA, vitória do movimento Estudantil


*Heitor Moraes e **Pedrinho Maia

Em tempos agitados de luta pela afirmação dos nossos direitos, em tempos que a juventude vai à rua gritar: "Fifa Go Home" ou "Ei Fifa, paga a minha tarifa" contra os gastos excessivos com a Copa do mundo da Fifa, em tempos em que lutar por melhoria na qualidade da saúde, transporte e educação.

Nesse tempo, a educação deu um grande passo no Pará, a UEPA agora tem em seu já tão desigual processo seletivo, COTAS. Após a apresentação de um projeto feito pelos próprios estudantes, via DCE e alguns Centros Acadêmicos, com a reserva de 50% das vagas do Programa de Ingresso Seriado (PRISE) e 50% das vagas do Processo Seletivo (PROSEL) para a política de cotas sociais e raciais.

A reitoria apresentou em seu projeto de edital do vestibular, inicialmente, 25% das vagas para os ambos os programas de acesso a universidade. Após o proposto pela gestão superior em reunião do CONSUN (Conselho Superior Universitário), foi feito pedido vistas pelos conselheiros para reanalisar vários equívocos no edital, dentre eles o percentual das vagas pro sistema de cotas.

Ontem, dia 17.06.2014, no CONSUN, foi apresentado e aprovado a reformulação: 30% das vagas serão reservadas para alunos oriundos de escola pública que cursaram integralmente o ensino médio nestas instituições. Este percentual ainda esta muito abaixo da real necessidade de um povo que vive na miséria, de um povo historicamente explorado e atualmente iludido com a falsa igualdade de oportunidades. A nossa luta por 50% de vagas para o sistema de cotas, e a sua pluralidade com a integração de politicas afirmativas não vai parar!

A nossa luta não para enquanto observamos um estado que tem 69% da sua população preta ou parda (segundo dados do IBGE) e a universidade estadual tem dentro dos seus cursos da saúde, por exemplo, menos de 10% de negros. A nossa luta não para enquanto diariamente observamos que a lacuna existente no acesso a nossas Universidades públicas esta diretamente ligada a falta de políticas públicas para educação básica e superior. A nossa luta é por igualdade de oportunidades, contra essa falsa democracia racial que o Brasil afirma ter, mas não tem, é por democracia real já, é para garantir que a juventude da periferia possa ter oportunidade de acesso ao ensino superior em detrimento do crime organizado.

Essa vitória, por mais que seja parcial, é muito significativa. Vencemos parcialmente uma batalha e temos que avançar. Precisamos de Cotas pra entrar e assistência estudantil pra permanecer na universidade, nessa luta nós estamos Juntos!

#Pro-ReitoriaDeAssuntosEstudantisJá

#Queremos50porcentoJá

#CotasRaciaisJá

#CotasPraEntrarAssistenciaPraPermanecer

#Juntos

*Heitor Moraes é do Juntos Negros e Negras e Coordenador Geral do DCE-UEPA **Pedrinho Maia é Coordenador da Rede Emancipa – Belém


Nossos Junhos


*Lucas Villela Canôas

Esta semana comemoramos um dos maiores levantes brasileiros, que se deu em junho de 2013, mas existem outros junhos que também são nossos! Junho de 1976 contra o apharteid, junho de 2010 contra a copa na África do Sul, junho de 2013 pelo transporte e junho de 2014 pelo hexa dos direitos: o que eles tem a ver?

Soweto

Levante de Soweto

Em 1976, época que vigorava oficialmente o apharteid na África do Sul, os negros tinham acesso à escolas precarizadas, superlotadas e professores sem qualificação. Enquanto que para os brancos colonizadores, a escola era gratuita e de qualidade. Em dado momento, o governo passou a impor o ensino da língua africâner (com influência do Holandês) ao lado da língua inglesa e passando por cima da cultura e língua local. Os professores não conseguiam ensinar na língua oficial, precarizando mais ainda a educação.

Isso foi o estopim para que ocorresse o Levante de Soweto, juntando milhares de pessoas contra esse modelo de educação segregacionista. No protesto pacífico de 16 de junho de 1976, Hector Pieterson (assim como Edson Luís, no Brasil, morto pela polícia na ditadura) foi um dos centenas de mortos, se tornou símbolo da luta. As fotos da repressão correram o mundo, marcando o declínio da política de apharteid.

Sul Africanos tomaram as ruas por moradia,                        uma das pautas.

Sul Africanos tomaram as ruas por moradia, uma das pautas.

Em junho de 2010, a copa do mundo chegou na África do Sul, 34 anos anos depois do levante de Soweto! Nos anos antes, os de preparação para a Copa do Mundo, a FIFA fez o que quis com a ajuda do governo, removeu favelas, "limpou" os moradores de rua, militarizou as ruas das cidades sede, tudo isso aprofundou ainda mais a desigualdade da África do Sul. Enquanto isso, os sul africanos protestavam contra os gastos com a copa e a mídia internacional pouco divulgou os fatos

Um estádio foi feito perto do bairro de Soweto, com o discurso de aproximar a copa dos pobres (o futebol é o esporte dos pobres na África do Sul e o Rúgbi da elite branca), mas foi apenas uma aproximação geográfica, pois o alto preço dos ingressos excluíram a população local, que não foi ver a África do Sul jogar, no mesmo dia do assassinato de Hector.

Já em junho de 2013, a população brasileira se levantou contra oFOTO SITE 2 preço da tarifa de ônibus, que exclui a população pobre do acesso à cidade e consequentemente dos serviços públicos. A resposta do governo foi repressão (resultou 8 mortos), com a PM, com a Força Nacional oferecia pelo ministro Cardozo (PT). Novos questionamentos se abriram por 20 centavos, o de financiamento de campanhas por empresários (do Busão por exemplo) que ganham o retorno depois das eleições, da desmilitarização da PM, sobre a reforma urbana com o MTST.

Atualmente, em junho de 2014, temos o maior evento do mundo no Brasil, nossa vitrine expõe belos estádios, que escondem nossa desigualdade social, greves, sem-tetos, ausência de direito de manifestação, escolas sucateadas e filas mortíferas no SUS. Nossas manifestações colocam nossas contradições à frente dos belos estádios inúteis, e mais uma vez, o governo nos responde com repressão, nos impedindo de nos manifestar, prendendo arbitrariamente e até mesmo torturando militantes dentro de secretarias de "segurança".

 

De junho à junho, temos uma lição a entender! As vitórias ocorrem nas ruas e não nas urnas.

*Lucas é militante do juntos!


 


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