Ainda está em tempo de comemorarmos o Centenário de Carolina Maria de Jesus, oriunda de uma família extremamente pobre que, contrariando todos os indicadores negativos (favelada, semi analfabeta, negra, catadora de lixo, mãe solteira...), tornou-se Escritora/Compositora. Carolina Maria de Jesus Na década de 1930, já em São Paulo foi morar na favela do Canindé. Seu sustendo próprio e de seus três filhos foi exercendo a atividade de catadora de papel. No meio do lixo, Carolina, encontrou uma caderneta, onde passou a registrar seu cotidiano de favelada, em forma de diário. Foi o jornalista e repórter da Folha da Noite Audálio Dantas o descobridor da veia artística de Carolina Maria de Jesus. Da esquerda para a direita: Carolina Maria de Jesus, Audálio Dantas (jornalista) e Ruth Souza. Carolina teve suas anotações publicadas, em 1960, no livro "Quarto de Despejo", que vendeu mais de cem mil exemplares. A obra foi prefaciada pelo escritor italiano Alberto Moravia e traduzida para 29 idiomas. Também foi adaptado para o teatro e cinema. Em 1961 lançou, pela RCA Victor, o disco – "Quarto de Despejo: Carolina Maria de Jesus cantando suas composições". No ano da sua morte (1977), durante entrevista concedida a jornalistas franceses, Carolina entregaria seus apontamentos biográficos, onde narrava sua infância e adolescência. Em 1982 o material foi publicado postumamente na França e na Espanha, sendo lançado no Brasil em 1986, com o título "Diário de Bitita", pela editora Nova Fronteira. Desejo que a história de vida de Carolina Maria de Jesus não caia no esquecimento e engendre o aparecimento de várias outras "Carolinas" que, certamente, estão esperando uma oportunidade de mostrar suas artes ao país e ao mundo. Fonte: http://luisnassif.com/ |
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