Comunicado do JUNTOS SÃO PAULO: Quem está em guerra, Haddad? GRUPO DE TRABALHO ESTADUAL do JUNTOS SP Comunicado Quem está em guerra, Haddad? A quarta-feira, 21 de maio, foi mais um capítulo da corajosa greve dos motoristas e cobradores de São Paulo. De novo, 5 empresas de ônibus e mais da metade dos terminais da cidade foram paralisados. Por toda a cidade, os trabalhadores rodoviários bloquearam importantes avenidas, como forma de se fazer ouvir pelos patrões. O impacto sobre a capital foi tamanha que o rodízio de automóveis precisou ser suspenso. Os trabalhadores passaram por cima do seu sindicato, controlado por uma máfia, como aconteceu no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Intransigentes são os patrões e a prefeitura Enquanto isso, os donos da empresa permaneceram irredutíveis aos apelos dos grevistas, pouco se importando com os usuários dos ônibus. Nenhuma novidade para quem jamais se preocupa com o bem-estar do povo. A lógica do transporte urbano privatizado funciona acima de tudo para aumentar o exorbitante lucro das concessionárias. A Grande Mídia, como de praxe, fez questão de retratar a situação de forma inversa. Se um marciano viesse à São Paulo ontem, pensaria que até segunda-feira, imperava uma situação de plena satisfação da população paulistana com a mobilidade urbana até que a greve provocou o caos. O transtorno causado a patronal era tanta que a TV Globo chegou a interromper o Vale a Pena Ver de Novo para fazer uma espécie de "dramaturgia ao vivo" sobre a mobilização dos rodoviários. A tática deles era cristalina: jogar a população trabalhadora contra os motoristas e os cobradores. No meio desta pesada artilharia da burguesia, o escritório paulista do Ministério do Trabalho (comandado por um dos maiores picaretas do sindicalismo brasileiro) em conjunto com a burocracia sindical desmoralizada intermediou uma proposta para que os ônibus voltassem a operar a partir desta quinta-feira, sob a promessa de que a prefeitura intercederia para a reabertura das negociações. Ainda que desconfiados, parte dos funcionários retornou ao trabalho hoje. Uma nova paralisação pode ocorrer a qualquer momento, caso Haddad continue se fazendo de morto. O JUNTOS presente na solidariedade aos trabalhadores Como não poderia deixar de ser, nós do Juntos estivemos presentes no ato dos estudantes da USP em solidariedade aos rodoviários e continuamos apoiando a luta dos motoristas e cobradores. A mobilização só deve cessar se a categoria for ouvida e contemplada! Desde Junho de 2013 temos aprendido várias lições. Quando os trabalhadores querem, eles invertem a lógica habitual. Quando os trabalhadores lutam unidos, os patrões e governos são prensados contra a parede e as vitórias são possíveis. E principalmente que a coragem é contagiosa. A guerra contra o povo é diária! Uma proposta ousada para destravar o impasse: CATRACAS ABERTAS! Ao contrário da imprensa tradicional, o povo sabe que a guerra contra o povo é diária. Ficar quatro horas no transporte, em pé, enfrentando filas quilométricas , péssima qualidade, horários limitados não é nenhuma situação "normal". Não aceitamos esse discurso. Queremos discutir a sério essa proposta com os companheiros das comissões de empresa. Seria uma excelente oportunidade de virar a OPINIÃO pública a favor da luta, de desmascarar o sindicato e a truculência de Haddad e os empresários. Estamos dispostos a chamar uma reunião de urgência com todos os setores combativos da juventude para discutir essa e ampliar essa proposta. Ousar lutar. Ousar vencer. |
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