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O massacre que ocorreu na Praça da Paz Celestial



O massacre que ocorreu na Praça da Paz Celestial em 4 de Junho de 1989 fez seu infeliz vigésimo quinto aniversário recentemente. Mesmo grandes tragédias, tais como a explosão das duas bombas atômicas no Japão ou o 11 de Setembro, são lembradas pela população mundial e, sobretudo, local. Contudo, não existem lembranças póstumas de uma das maiores chacinas que ocorreram no século XX, na China, quando a Guerra Fria já estava chegando ao seu fim. O mero panfleto ou a simples mensagem de um usuário de determinada rede social chinesa para outro, mencionando os fatos que ocorreram no dia de 4 de Junho de 1989, poderá ser interpretado pela censura chinesa como uma grave afronta ao Estado.

Curiosamente, as ruas de Hong Kong e de bairros em vários países pelo mundo com imigrantes chineses inflaram sob o grito de protesto contra as autoridades da China por continuarem mantendo em sigilo quaisquer informações envolvendo os protestos na Praça Tiananmen. O local em que ocorreu o fenômeno há 25 anos permaneceu neste infeliz aniversário em silêncio, contando apenas com a presença de policiais e militares a fim de assegurar que nenhuma adversidade ocorreria.

Apesar de a China possuir um eficiente sistema de censura, vários autores chineses conseguiram ganhar o reconhecimento mundial, como o escritor Mo Yan (Prêmio Nobel de Literatura 2012), de modo a permitir que os acontecimentos de 4 de Junho de 1989 na Praça Tiananmen não caiam tão facilmente no esquecimento.

Um dos nomes é a autora sino-americana Yiyun Li, que escreveu a obra Kinder Than Solitude. Uma das premissas do livro é romper a censura que acoberta a história contemporânea chinesa para quem a vê a partir de outros países. A obra, cujo ponto inicial são os protestos da Praça da Paz Celestial em 1989, descreve a história de uma mulher que acabou por ser envenenada pouco tempo depois dos eventos que ocorreram naquele período conturbado na China. Anos depois, Shaoi acaba vindo a falecer e seus amigos, buscando entender como a sua amiga havia sido envenenada coincidentemente nos dias do protesto, retornam nos seus dias turbulentos como jovens manifestantes por meio de vários flashbacks. O enredo que pode remeter a um mero romance policial, cujo detetive seria um estereótipo de Sherlock Holmes, permite, contudo, uma profunda leitura política acerca do discurso inflamado que os jovens chineses tinham no final da década de 80, e de como (e por que) foram brutalmente silenciados.

A escritora Rowena Xiaoqing He, professora da Universidade de Harvard que coordenou a Tiananmen Conference 2014, em memória aos assassinatos cometidos pelo governo durante as manifestações, escreveu a obra Tiananmen Exiles: Voices of the Struggle for Democracy in China. A própria professora que escreveu foi uma das participantes das manifestações da Praça da Paz Celestial, e anos depois se reuniu com ex-líderes estudantis que se exilaram para a América do Norte, bem como outros antigos integrantes dos protestos. A obra lembra de certa forma As boas mulheres da China de Xinran (livro que pode ser encontrado facilmente em qualquer livraria do Brasil), pelos diversos relatos e diários acerca do que foi a China no século XX, durante e após a Revolução Cultural.

O desejo de Rowena não é somente afastar distinções e rótulos impostos pelo governo chinês sobre seus militares e apontar como traidores os manifestantes. O livro busca descrever as vidas destes supostos traidores que seguiram um ideal de uma China mais livre.

Fonte: http://literatortura.com/2014/06/escritores-lembram-o-aniversario-massacre-da-praca-da-paz-celestial/


  DIVULGAÇÃO    http://digitalradiotv.blogspot.com

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