Secretaria de Cultura traz ao Museu da Cidade – Oca a maior exposição já realizada sobre a civilização maia

"Mayas: revelação de um tempo sem fim" reúne, pela primeira vez mais de 380 objetos e homenageia esta civilização em todo o seu esplendor; exposição poderá ser visitada, gratuitamente, até o dia 24 de agosto

A estatueta feminina feita de cerâmica representa a deusa mãe 

com as mãos sobre o abdome, tendo às costas um portal com plumas

Por Giovanna Longo

Chega a São Paulo dia 10, no Museu da Cidade - Oca, no Parque Ibirapuera, imediatamente após uma temporada bem-sucedida no Palácio Nacional, na Cidade do México, a exposição "Mayas: revelação de um tempo sem fim", que reúne, pela primeira vez, mais de 380 objetos e celebra essa civilização pré-colombiana que fascina gerações até os dias atuais. 

Alguns itens que compõem a exposição jamais foram exibidos, entre eles, o trono do Templo XXI de Palenque, uma das expressões artísticas mais sublimes da arte maia, que não havia sido descoberto até 2002, e que, agora, é um dos principais destaques da mostra inédita. 

A civilização maia se destacou cientificamente em diversas áreas, como a astronomia e a matemática. Até pouco tempo atrás, seu rebuscado sistema de escrita era um mistério. Sua decifração ampliou de forma significativa o conhecimento pelas suas descobertas e despertou múltiplos interesses em diversos segmentos. 

Ao entrar no espaço expositivo da Oca, o visitante encontra uma seção introdutória, que traz uma visão geral da área geográfica e dos grupos maias, reunindo cerca de 30 etnias, cada uma com língua e expressividade próprias. Uma linha do tempo, com informações sobre os períodos cronológicos desde a época pré-hispânica até a atualidade, passa pelo período colonial e pelo século 19.

No subsolo, ocupam uma área de 3 mil m² oito eixos temáticos que abordam a diversidade dessa cultura em detalhe, como a relação com a natureza, a vida em comunidade, o centro das cidades, a relação com o tempo e a astronomia, as forças sagradas e os ritos funerários. 

"É um privilégio da cidade São Paulo receber esta exposição. Ela é resultado de um esforço do governo municipal e da Secretaria de Cultura em fortalecer os vínculos da cidade de São Paulo com o resto do mundo e, particularmente, com as cidades da América Latina", afirma o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira.

A curadoria é de Mercedes de la Garza e de sua equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), no México, em colaboração com o Conselho Nacional para a Cultura e as Artes. Após sua permanência no Brasil, a mostra segue para o Quai Branly - Museu das Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas, em Paris (França).

Em São Paulo, a exposição é uma realização conjunta do Inah, da Embaixada do México, do Museu da Cidade - Oca e da Prefeitura da Cidade de São Paulo.

A mostra conta com o apoio do Ministério da Cultura, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, e tem o patrocínio do Banco Itaú, da Embratel, da Claro e da Caixa Seguros, além do apoio da Femsa, Pullman e ProAC (Programa de Ação Cultural), do Governo do Estado de São Paulo.  A organização está a cargo da Expomus, empresa brasileira que atua desde 1981 no mercado cultural, tendo realizado importantes projetos no Brasil e no exterior. 

Serviço: Museu da Cidade – Oca. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera. Acesso pelo portão 3 (entrada de carro) ou portão 1 (entrada de pedestres). Zona Sul. Até 24/8. 3ª a dom., das 9h às 18h. Grátis

 

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