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José Pires Do Rio – O Multiprofissional Que Virou Prefeito de São Paulo


A história da política paulistana passa por gestores ruins, pessoas com o natural instinto de liderança e grandes líderes. A trajetória do sexto prefeito da nossa história mostra que a terceira opção é perfeita para suas realizações.

José Pires do Rio era um homem de multitalentos. Foi geólogo, economista, especialista em transportes, jornalista, Ministro da Viação e Ministro da Fazenda. E todo o seu talento já começava a aparecer na adolescência.

José Pires do Rio: o sexto prefeito de São Paulo

Enquanto era estudante da Escola de Minas de Ouro Preto, formou-se no curso de Engenharia de Minas e Civil em 1° lugar. Tal feito lhe valeu uma viagem de estudos complementares à Europa e Estados Unidos. Vale destacar que esse prêmio foi oferecido pela  própria instituição de ensino em homenagem ao seu grande esforço.

Quando voltou de viagem, iniciou uma grande carreira como técnico em diferentes áreas de portos e ferrovias, além de ser o responsável por escrever um estudo fundamental sobre a péssima qualidade do carvão brasileiro.

Após boas atuações, foi convidado para assumir o Ministério de Viação, no governo do presidente Epitácio Pessoa, quando desenvolveu estudos importantes sobre as possibilidades energéticas brasileiras principalmente no campo de hidroeletricidade. Após sua saída do governo elegeu-se deputado federal por São Paulo e pouco depois foi convidado por Carlos de Campos, presidente do estado, a assumir a prefeitura de São Paulo.

A Atuação Como Prefeito

Durante a gestão de Pires do Rio, foram iniciadas as primeiras obras deretificação do Tietê, a partir das sugestões de uma comissão chefiada pelo engenheiro Saturnino de Brito. Vale o destaque que, se as medidas sugeridas 70 anos atrás tivessem sido cumpridas à risca, as  inundações em São Paulo não teria atingido as proporções dos dias atuais.

A comissão, criada durante a gestão de Firmiano de Moraes, sugeria a construção de barragens antes do Rio Tietê ingressar na cidade, o que traria um controle de vazão maior e menor possibilidade de desastres naturais.

Além disso, previa-se uma retificação do rio, intercalada com diversas lagoas que absorveriam os excesso de água do verão, ou seja : "piscinões" a céu aberto, que compensariam o aterramento das lagoas naturais antes existentes nas várzeas do Tietê, Tamanduateí e Pinheiros.

Pires do Rio era um visionário e, naquela época, já se preocupava com o sistema viário paulistano. Curiosamente, foi sua a iniciativa de encomendar ao urbanista Prestes Maia um "Estudo de um Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo", o qual seria executado posteriormente em boa parte por Fábio Prado, pelo próprio Prestes Maia e Faria Lima.

O  túnel Tom Jobim sob a avenida Senador Queirós, construído recentemente, já estava previsto nesta proposta. Entre suas obras destaca-se a construção de um grande trecho da Avenida São João, entre a Avenida Ipiranga e a praça Marechal Deodoro, e o prosseguimento de parte das obras da avenida 9 de Julho.

Durante os anos 20 a cidade foi invadida pelos automóveis, notadamente o Ford T, conhecido popularmente como "Ford Bigode". A linha de produção inventada por Henry Ford em 1917 havia barateado o preço do automóvel, tornando-o acessível à emergente classe média paulistana.

Ford T invadiu São Paulo durante o mandato de Pires do Rio

Até então, a malha de bondes elétricos atendia as necessidades de transporte da maioria da população, com eficiência e regularidade. Com a chegada dos automóveis nas estreitas ruas do centro da cidade os bondes perderam sua soberania, com prejuízos na pontualidade.

As forças da natureza também conspiraram contra os bondes. Uma forte seca ocorrida em 1924 e 1925, ainda durante a gestão anterior de Firmiano Morais Pinto, forçou a Light a racionar energia elétrica e diminuir o número de bondes em circulação, dado que o sistema dependia totalmente da hidreletricidade.

Diante da necessidade, a Prefeitura passou a permitir a abertura de diversas linhas de ônibus, algumas da própria Light.

Movidos a combustíveis e independentes da rigidez dos traçados dos trilhos, os ônibus se espalharam pelos bairros, permanecendo com suas linhas mesmo após a superação da crise de energia elétrica.

Os "mamãe-me-leva", nome afetivamente dado pela população aos ônibus, haviam rompido irreversivelmente o monopólio dos transportes urbanos da Light em São Paulo.

A companhia canadense ainda tentou uma reação para recuperar o monopólio perdido. Em 1927 apresentou uma proposta à Prefeitura e à Câmara de um sistema misto de bondes e ônibus, a qual previa linhas subterrâneas no centro, tal qual um metrô.

O "Plano Integrado de Transportes" foi rejeitado, principalmente por conter duas cláusulas consideradas abusivas: o monopólio das linhas de ônibus e o aumento das tarifas. Durante sua gestão na capital paulista, foram iniciados o projeto e a construção do Parque do Ibirapuera.

Inauguração do Ibirapuera em 54. O parque começou a ser construído durante o mandato de Pires do Rio.

Com a revolução de 30, Pires do Rio teve que abandonar o cargo alguns meses antes do fim de seu mandato. Porém, continuaria a se destacar por onde passasse : publicou livros básicos sobre problemas brasileiros como fontes energéticas, siderurgia e política econômica e financeira.

Convidado pelo Conde Pereira Carneiro, tornou-se o principal executivo do Jornal do Brasil. Em 1945 licenciou-se para assumir o Ministério da Fazenda no governo transitório de José Linhares, logo após a queda de Getúlio Vargas.

Em Goiás, o município de Pires do Rio leva o seu nome como uma homenagem póstuma.


Fonte da publicação - spinfoco
  DIVULGAÇÃO    http://digitalradiotv.blogspot.com

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