Integrantes da comunidade médica afirmam que o medicamento é indispensável no tratamento de um determinado tipo da doença.
O Ministério da Saúde terminou de realizar uma consulta pública para decidir se amplia ou não a distribuição de um medicamento contra o câncer pelo SUS. Integrantes da comunidade médica afirmam que o remédio é indispensável no tratamento de um determinado tipo da doença.
A empresária Cláudia Woltzenlogel Paleo, de Piracicaba, em São Paulo, afirma que pagou R$ 15 mil pela dose do remédio indicado para tratar o câncer do filho. “Nós custeamos todo o tratamento e estamos agora tendo resultado que é a recuperação do Bruno, que deu ótimas respostas ao tratamento e vem se recuperando muito bem”, ela destaca.
O remédio, chamado Rituximabe, foi prescrito pelo médico. Mas nem todos os pacientes com linfoma têm acesso a ele. Quem tem linfoma não-Hodgkin do tipo folicular não recebe o remédio pelo SUS. Esse linfoma é um tipo de câncer que ataca o sistema linfático, responsável por combater infecções e doenças. As células linfáticas se multiplicam sem controle, levando a tumores. O não-Hodgkin folicular representa 20% dos casos de linfoma no Brasil.
Em 2013, cerca de 1,9 pessoas devem desenvolver a doença. Especialistas dizem que o Rituximabe faz toda a diferença no tratamento: “O Rituximabe é uma droga segura, vem sendo utilizada há vários anos. Desde a sua introdução, como bem documentado em vários estudos, ela contribui significativamente para redução de mortes em pacientes que apresentam a patologia”, explica o hematologista e oncologista Daniel Tabak.
Um abaixo-assinado com mais de 60 mil assinaturas pede a liberação do remédio para esses pacientes. O governo já realizou uma consulta pública, recebeu a opinião da sociedade e de especialistas sobre o medicamento.
A comissão técnica que recomenda aprovação ou exclusão do remédio vai analisar essas informações e tomar uma decisão até junho. Se o remédio for aprovado, os pacientes terão que esperar mais seis meses para que a medicação seja comprada e disponibilizada no SUS.
Clarice Petramale, representante da Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias, diz que o governo está seguindo o prazo previsto em lei: “Esse é mais um dos 170 medicamentos que nós avaliamos, tecnologias que nós avaliamos nesse ano. Eficácia é fundamental, ele tem que ter um benefício. A segurança é fundamental também. E o custo-efetividade, quer dizer, quanto custa, qual é o valor que implica nessa incorporação, porque nós temos que planejar compras e tudo mais”, acrescenta Clarice.
Para ver o vídeo da matéria, acesse -> g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/04/governo-avalia-se-amplia-ou-nao-distribuicao-de-remedio-contra-cancer.html
Fonte: Portal G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário